(José Goulão, in AbrilAbril, 14/07/2022)

Segundo relato recente da revista norte-americana Newsweek, dois caças F-16 da Força Aérea dos Estados Unidos interceptaram dois aviões de combate russos SU-34 quando estes se preparavam para atacar instalações onde terroristas do ISIS ou «Estado Islâmico» fabricam bombas para alimentar a guerra na Síria. A missão antiterrorista da aviação da Rússia ficou por cumprir.
A guerra da Síria está «quase resolvida» a favor de Damasco, isto é, do governo legítimo do país, reconhece também a Newsweek, que chega a defender a retirada dos efectivos militares norte-americana dos territórios e das bases que ocupam ilegalmente.
Pressente-se, porém, que amanhã não será a véspera do dia em que se cumprirá a inusitada mas significativa sugestão dessa revista «de referência» da rede mundial de informação corporativa. Existem indícios indisfarçáveis de uma reactivação em território sírio dos grupos terroristas com franquias da al-Qaida e do ISIS, embora sob outras designações. Foram branqueados através de operações de rebranding tecnocrático produzidas em Washington e Londres para continuarem as suas missões de banditismo como braços da NATO, organização que tenta, cada vez com maior insucesso, esconder essa «clandestinidade» da opinião pública. Tal como fez com as operações «stay behind», como a Gladio, ao longo da sua história.
O incidente entre os aviões russos e norte-americanos, um inquietante episódio de enfrentamento militar entre as duas grandes potências, não foi o primeiro, e não será certamente o último, no teatro de guerra sírio. Existem, é certo, canais próprios entre os contingentes dos dois países de modo a tentar evitar que situações desse tipo evoluam para choques directos susceptíveis de gerar a escalada belicista pretendida por alguns lunáticos neoconservadores que gerem a administração Biden. Esses canais funcionaram recentemente, recorrendo de novo à Newsweek, quando aviões russos bombardearam acampamentos de mercenários do ISIS acolhidos e treinados na base norte-americana de al-Tanf. A guarnição dos Estados Unidos foi avisada previamente e não se registou qualquer baixa entre os efectivos do Pentágono.
Situação propícia
A situação na Síria, porém, é de uma delicadeza extrema, embora tenha parecido estagnada durante os tempos mais recentes – uma imagem deturpada pela falta de interesse da comunicação social dominante quando percebeu que o governo de Damasco não foi derrotado.
As importantes vitórias conquistadas pelas tropas sírias durante os últimos anos, sobretudo a partir do momento em que Damasco solicitou o apoio militar da Rússia, em 2015, deslocaram decisivamente o fiel da balança de guerra para o lado da soberania síria. Muitas foram as ocasiões em que os agressores ocidentais reconheceram a derrota militar – mais uma – inclusivamente em Washington, mas o quadro geral resultante não ficou plenamente clarificado. Embora o poder de Damasco se exerça na maior parte do território, a soberania síria não se estende ainda a todo o país. Mantém-se alguma fragmentação, circunstância que cumpre parcialmente um dos principais objectivos originais da agressão cometida pelos Estados Unidos e a NATO através dos mercenários «fundamentalistas islâmicos», seus procuradores.
A situação geral tem, portanto, muitos ingredientes que, de um momento para o outro, podem reactivar o conflito em proporções há muito não registadas. Além disso, segundo desenvolvimentos que se percebem no terreno, a Síria pode vir a servir como uma reserva estratégica de guerra a explorar pela NATO em conformidade com o andamento do conflito na Ucrânia.
Existe pelo menos um resultado imediato da coexistência dos dois conflitos. A diminuição da actividade militar russa na Síria na sequência do envolvimento militar de Moscovo na Ucrânia está a ser aproveitada pelos Estados Unidos e pela Turquia para tentarem recuperar de algumas perdas sofridas no auge da guerra.
Ancara alimenta continuamente a interligação entre as suas tropas no terreno e os efectivos terroristas do Hayat Tahrir al-Sham (al-Qaida) na província de Idlib, um enclave sírio ocupado e governado pela NATO através deste grupo. O Hayat Tahrir al-Sham é efectivamente um heterónimo da al-Qaida, repaginado como «moderado» a partir do momento em que o seu chefe, Abu Mohammad al-Jolani, conhecido pelos crimes bárbaros contra civis, envergou um fato ocidental para ser entrevistado no programa «Frontline» da cadeia pública de televisão dos Estados Unidos PBS, uma emanação propagandística da CIA. Foi um happening para consumar a regeneração milagrosa de um criminoso sanguinário, testemunho inquestionável dos prodígios apenas ao alcance de uma «civilização superior» como é a ocidental.
A Turquia e os Estados Unidos continuam a aproveitar a ocupação terrorista de Idlib como alfobre de mercenários transferíveis para outras áreas de conflito. Isso aconteceu anteriormente na Líbia para impedir que as milícias do governo da região da Cirenaica concluíssem a sua ofensiva até Trípoli, onde pontifica um governo da Irmandade Muçulmana protegido por Ancara.
Nos últimos meses, Ancara e Washington injectaram um número avultado de terroristas da al-Qaida/Tahrir al-Sham na Ucrânia, onde têm combatido em ligação operacional com as milícias nazis de Kiev. Mercenários «fundamentalistas islâmicos» foram detectados, por exemplo, nos combates por Mariopol – e alguns deles acabaram detidos pelas tropas russas quando abandonaram a siderurgia de Azovstal.
Nem só de Idlib se deslocaram terroristas «islâmicos» para a Ucrânia. Aconteceu movimento semelhante com efectivos reciclados do ISIS que têm sido acolhidos e treinados na base norte-americana de al-Tanf e em outros redutos ocupados ilegalmente por tropas dos Estados Unidos na Síria. Também estes grupos do «Estado Islâmico» receberam uma reconversão de fachada. Agora actuam sob a designação de Magavir al-Saura, não deixando de ser o que são – terroristas do ISIS.
Como se percebe, a ocupação ilegal de áreas da Síria por tropas da NATO pode vir a servir de reserva estratégica em interligação com o envolvimento directo da aliança na defesa do regime ucraniano de tutela nazi.
Outras actividades de guerra contra a soberania Síria prosseguem no terreno. Todas elas têm potencial para ser rastilhos de uma grande provocação anti-russa que os belicistas da NATO, empenhados em transformar a situação na Ucrânia em mais uma «guerra sem fim», possam considerar necessária – nem que seja como fruto do desespero suscitado pela derrota de Kiev em desenvolvimento. Depois do fracasso militar no Afeganistão e dos insucessos no Iraque; tendo em conta a situação na Síria, ainda assim um grande falhanço da agressão ocidental; e perante as fragorosas derrotas no Donbass às mãos de efectivos russos, que representam uma percentagem menor do poder militar total de Moscovo, a administração Biden e os falcões neocons agregados ao Partido Democrata necessitam de qualquer coisa em grande que supostamente os ajude nas eleições intercalares de Novembro. A previsível perda da maioria no Congresso será terrível para uma administração Biden em estado de desgraça.
Enquanto tem vindo a ganhar terreno na região de Idlib, a Turquia regressou ao velho objectivo de ocupar uma zona tampão no Norte e Nordeste da Síria invocando, como sempre, a sua guerra contra os curdos.
Os curdos da região, porém, estão às ordens das tropas norte-americanas dentro das Forças Democráticas Sírias (FDS), na companhia de efectivos do ISIS pretensamente regenerados. O seu objectivo é travar os esforços do exército sírio para alargar territorialmente a soberania de Damasco.
No plano teórico, esta situação regional poderia acarretar um diferendo, até de índole militar, entre dois aliados dentro da NATO, os Estados Unidos e a Turquia. Porém, a experiência diz-nos que os arrufos da Turquia se dissolvem com relativa facilidade no interior da aliança – como foi o caso das inconsequentes «ameaças» turcas em relação ao arranque do processo de anexação da Suécia e da Finlândia pela organização atlantista. A NATO convive esplendidamente com regimes autocráticos e mesmo iliberais no seu interior. O neo-otomanismo de Erdogan acaba por ser um NATOmanismo.
Acresce que na região setentrional da Síria o sector curdo não incomoda a Turquia porque foi reconvertido do «marxismo-leninismo» a uma espécie de «anarquismo ecológico» e supostamente «contemplativo» pelos seus tutores do regime de Israel, conhecido como um grande adicto do pacifismo. De modo que as Forças Democráticas Sírias sob controlo norte-americano, dominadas por curdos em aliança com o ISIS, deixam a Turquia em paz e actuam em exclusivo contra as tropas soberanas sírias.
As forças norte-americanas de ocupação têm ainda outra missão: controlar todas as fontes de combustíveis fósseis da Síria para roubar petróleo de modo a sabotar a restauração da normalidade energética pelo governo de Damasco; e também, agora com maior acuidade, para o pôr a circular nos mercados internacionais. Quem sabe, talvez a União Europeia venha a consumir desse petróleo saqueado – e certamente a preços bem mais altos do que os praticados com o petróleo russo. Iniciado por Trump, este roubo tem continuado na administração Biden, no âmbito de uma prática cada vez mais comum de rapina transnacional que saqueia biliões de reservas de ouro e monetárias de países que não se submetem ao diktat atlantista imposto de Washington. É, como se sabe, uma expressão da «ordem internacional baseada em regras».
Guerras boas e guerras más?
Ao quadro geral da instabilidade síria acresce a guerra que Israel trava contra Damasco, alegadamente para atingir os meios operacionais iranianos que actuam em aliança com o exército de Damasco na resistência à agressão ocidental.
Raro é o dia em que a Força Aérea de Israel não bombardeia a Síria, perante o silêncio da chamada «comunidade internacional» e do aparelho global de propaganda, empenhado na intoxicação das populações com a única versão oficial dos acontecimentos internacionais: a guerra contra a Ucrânia é «má»; a guerra de Israel contra a Síria, sempre que noticiada, é «boa».
Israel tem a sua agenda própria para estes ataques: mostrar quem tem o poder para controlar o Médio Oriente; sabotar a restauração do acordo internacional sobre as questões nucleares iranianas; consolidar a ocupação e a anexação ilegais dos Montes Golã sírios e manter em aberto as condições propícias à consumação de uma tão desejada agressão internacional contra o Irão. Por outro lado, a guerra de Israel contra a Síria insere-se na agressão internacional perpetrada desde 2011 no âmbito da NATO. O regime sionista é dos mais interessados na destruição do Estado sírio e no desmantelamento territorial do país, potencialmente um dos mais poderosos da região, que se mantém solidário com os direitos nacionais do povo palestiniano, com a soberania do Líbano e outras frentes de resistência ao expansionismo de Israel. Recorda-se que o desmantelamento de outro dos mais poderosos Estados do Médio Oriente – o Iraque – continua a ser o objectivo central da agressão internacional contra o país, seja por acção directa, seja por procuração terrorista.
De maneira que existem actualmente na Síria circunstâncias em banho-maria e outras em agravamento a que os Estados Unidos e a NATO poderão recorrer à medida que a derrota do nazismo ucraniano se vai consumando. Embora a possibilidade de virar o rumo dos acontecimentos a favor de Kiev não passe de uma ilusão de teor propagandístico, para animar tropas, as organizações nazis e a conspiração mediática internacional, restam as esperanças concretas atlantistas de prolongar a guerra na Ucrânia criando o tal desejado «pântano» para as tropas russas. A situação síria pode ser útil para as tentativas de concretizar este objectivo.
Um regresso à guerra generalizada na Síria é susceptível de criar embaraços estratégicos à Rússia, pois as forças militares de Moscovo serão confrontadas com duas frentes de guerra activas, o que exige um esforço militar bastante maior a não ser que haja alguma desactivação do envolvimento num dos casos, que seria certamente o do Médio Oriente. Nessa hipótese, a NATO em aliança com os mercenários da al-Qaida e do ISIS, «moderados» por exigências da propaganda, poderia ganhar alento na tarefa de esfrangalhar a Síria e reclamar assim, finalmente, uma gloriosa vitória. Há que ter em conta, contudo, que tanto na Síria como na Ucrânia a Rússia está a usar sectores bastante limitados do seu poder militar global, uma situação que poderá não se manter se as condições se alterarem radicalmente.
No horizonte estaria então, ou já está mesmo, uma interligação aterradora entre as guerras da Síria e da Ucrânia tendo como consequência uma multiplicação exponencial dos riscos de confronto directo entre tropas da NATO/Estados Unidos e da Rússia. Além de serem muito mais amplas as condições propícias a uma grande provocação capaz de transpor o conflito para dimensões e consequências imprevisíveis. Recorda-se que a Síria tem funcionado como um «laboratório» terrorista para ensaios de operações de bandeira falsa, concretamente através de encenações de ataques químicos para acusar o governo de Damasco – obviamente com a cumplicidade dos seus aliados russos.
Os conflitos da Ucrânia e da Síria são assim complementares nos perigos que representam, tornando no fundo as guerras de agressão e sem fim dos Estados Unidos e aliados, como as do Iraque, da Líbia, do Iémen, da Somália e as situações na Palestina e no Saara Ocidental comparáveis na mesma dimensão e actualidade à situação ucraniana. Dizer o contrário, como corre por aí, é próprio de intelectuais oficiais do regime voluntariamente desfasados da realidade, destacando-se um, especialmente prolixo, que pratica História a la carte, tem sempre o cuidado de escrever «império americano» entre aspas e guarda extremosamente no cantinho das relíquias uma Rússia no caos, governada e saqueada por Washington através de uma marioneta etilizada.
É o mesmo lapidador e fiscal da opinião única para quem os defensores da paz, palavra que ele também escreve entre aspas, encaram a guerra como se fosse uma coisa «abstracta».
Não é por isso que a paz deixa de ser a única solução para conflitos como os da Ucrânia e da Síria, embora a palavra tenha desaparecido do dicionário da opinião única.
Daí o enorme risco que corre a humanidade no caso de que, como muitas coisas o indicam, o agravamento do conflito sírio acabe por multiplicar para lá da Ucrânia os riscos de conflagração directa entre as duas maiores potências militares.
Para a NATO e os seus aliados terroristas nazis e «islâmicos» essa apresenta-se como uma estratégia atraente para tentar diluir num conflito de vastas proporções as sucessivas derrotas militares que vêm acumulando. Um conflito obviamente concreto que só pode ser impedido por caminhos realistas e corajosos em direcção a uma paz concreta. O problema é que para o Ocidente e a sua civilização «excepcionalista», militarista, expansionista, colonialista e xenófoba a paz tem de ser um conceito abstracto, ou mesmo já extinto.
A minha interpretação da “mudança de liderança global” parece-me bastante próxima da realidade, obviamente há coisas sobre as quais devo estar errado ou a interpretar mal uma vez que obviamente não posso adivinhar o futuro, no entanto, acho muito objectiva. Como disse há alguns dias atrás, o Império Romano não entrou em colapso num dia. Penso que estamos a caminhar para dias difíceis, agora quem quer que possa ir com o fluxo será aquele que sairá por cima. Tenho 53 anos e estou ansioso pelo mundo de amanhã, embora não vá ser fácil.
Este regresso sobre as misérias na Síria, que não cessa, mas infelizmente esquecido pelos meios de comunicação social .
Os sírios sofrem após a guerra com o embargo e a ocupação dos libertadores americanos que pilham o petróleo e o gás sírio, bem como as colheitas (incluindo o trigo e os cotões, as azeitonas e os pistácios, etc.), partilhando-os com os cães de guarda da Turquia e com os curdos da Síria.
As sanções são piores do que a guerra para os sírios. Os russos salvaram sírios fiéis a Al Assad ,quando a Inglaterra e a europa estava a armar rebeldes .
O salário de um trabalhador sírio (15 a 25 euros por mês) é menos pago do que o preço das rendas, muitas crianças vivem na rua…
A maioria das pessoas vivem sem aquecimento e electricidade ..
Teria sido interessante recordar que a guerra no Afeganistão remonta à guerra fria, com os americanos a armarem os afegãos mais perigosos para lutar contra os russos.
Durante quanto tempo teremos de pagar pelos danos de uma ideologia baseada na predação?
A predação não é o sistema dominante, na natureza é a cooperação que domina e é a mais eficaz.
Os americanos não lutam guerras para as ganhar, lutam por energia e lucros. Se não há mais lucros a obter, deixam o campo, vencedores ou não. Para eles, a energia é a única coisa que conta.
O Frankismo e o Sionismo internacional decidiram há algum tempo ser donos do planeta e estão a tentar activamente estabelecer uma “governação mundial”, uma espécie de mega-comissão europeia ao nível da nossa Terra, portanto necessariamente uma ditadura..
O seu erro é acreditar que a China e a Rússia os deixarão fazê-lo e, especialmente, ter a ilusão de que sairiam vitoriosos de uma guerra nuclear, Trump compreendeu-o perfeitamente dizendo América Primeiro, ele é um nacionalista como Putin e alguns outros e o seu encontro com o presidente russo sem testemunhas oficiais deve ter resolvido alguns pontos para destruir os objectivos desta oligarquia globalista.
Para a população síria de hoje, as importações são impossíveis excepto com a Rússia e a China e apenas com as empresas destes países que não negoceiam em dólares, mas deve acrescentar-se que o embargo à Síria também visa o equipamento médico, basicamente os EUA estão a provocar fome e a privar a população de cuidados de saúde, além de impedir a reconstrução do país e pilhar o próprio petróleo da Síria, o que significa que o preço na bomba é excessivo. Sem os subsídios estatais decretados pelo Presidente Bashar al-Assad, a taxa de fome seria imensa, e é uma sorte que os cuidados de saúde sejam gratuitos porque ninguém os poderia pagar.
O meu comentário relaciona apenas factos e factos assumidos pelos americanos. Já é suficiente! Este é um longo e doloroso genocídio! E a palavra genocídio é aqui perfeitamente aplicável uma vez que é a eliminação de uma população devido à sua origem geográfica de uma forma metódica.
Os danos do fanatismo do imperialismo americano ganancioso. Em segundo lugar, tendo um cérebro, todos sabemos que os EUA financiaram o Estado islâmico e que os incomodou muito o facto de Vladimir Putin ter apoiado o governo de Bashar Al-Ashad, o que ajudou a estabilizar a situação diplomática no país.
A região da Síria-Líbano, juntamente com o Iémen, são as áreas que serão as primeiras a sofrer as repercussões económicas da guerra Rússia-Ucrânia.
Muitos observadores acreditam que Bashar já não controla quase nada na Síria. A Rússia controla os céus e o mar, obteve em troca do seu envolvimento o maior pedaço das minas e hidrocarbonetos do país que não são detidos pelos Curdos, paga parte do exército (a 5ª divisão em particular), assegura o fornecimento de alimentos e equipamento militar, etc. O Irão detém a totalidade da parte oriental do país. O Irão mantém toda a parte oriental da Síria sob controlo governamental, fornece a espinha dorsal das tropas terrestres graças ao Hezbollah e ao Hachd al-Shaabi, controla uma grande parte da economia formal e informal, especialmente no tráfico de droga, bem como parte da administração, fornece petróleo, infiltrou-se completamente na 4ª divisão, etc. E os dois “patrocinadores” sabem como lembrar ao ditador as suas dívidas.
Também estamos a caminho da guerra com o Irão.
A convulsão geopolítica continua, o Irão vinga-se. Desde 1979 que está sob embargo americano e continuará a construir a sua arma atómica desde que foi Trump quem rasgou o acordo nuclear que Obama tinha feito em 2015 com os europeus. O Irão não tinha rasgado nada. Talvez não tenha respeitado as cláusulas do tratado? Não sou perito nesta matéria. Em qualquer caso, é a resposta do pastor à pastora e será implementada uma nova rota comercial entre a Rússia e o Irão através do Mar Cáspio, pelo menos aí ninguém poderá fazer embargos, controlos ou bloqueios. Os russos estão a fazer vigilância e a combater drones, é uma forma de escolher lados como os europeus estão a fazer, trazendo armas para a UCRÂNIA.
Não conheço o líder sírio, mas uma coisa é certa, terei muito cuidado com o que me dizem dele, especialmente se me disserem mal, porque a lição que aprendi da guerra na Ucrânia, mas também da minha vida pessoal, é que aquele que é definido como um bom ou um herói é muitas vezes o mau da fita e o demónio da história faz do vilão que somos descritos e visado o verdadeiro herói em qualquer caso é assim que eu explico as coisas se estivéssemos num filme, mas uma vez que na realidade para mim não há vilão ou bom rapaz apenas ganância e poder onde a justiça e a injustiça são permanentemente confrontadas .
A inflação e o aumento dos preços da energia enfureceram os americanos. A popularidade de Biden está a um mínimo histórico (pior que a de Nixon, é assim tão mau) e Hunter Biden está de volta às notícias (o vídeo com a fenda e o peripatético).
O apoio popular à intervenção dos EUA na Ucrânia está a ser cada vez mais criticado ..Afinal de contas, os americanos são vistos como o grande Satanás no Irão, mas a opinião americana sobre os iranianos é também muito violenta.
Também não é impossível que, como Biden vai polir os sapatos da MBS (*) de modo a produzir um pouco mais de petróleo, os americanos estejam também a tentar influenciar a Arábia Saudita, sugerindo com os seus grandes cascos que o inimigo da Arábia Saudita, o Irão, está a ajudar a Rússia.
A aliança Irão-Rússia é muito útil para ambos os países. A aliança é muito útil para ambos os países e as áreas são numerosas. Se acrescentarmos aos russos os quase 100 milhões de dhbts do Irão, tudo é modificado, a energia formidável e o potencial estratégico do Irão. Não esquecer que o Irão exporta o seu gás graças aos russos. Um 1000% para um acordo militar recíproco… a ser continuado.
O problema do Irão é simples, Após a guerra que o colocou em conflito com o Iraque em 1979, e a sua derrota pelo Iraque, apoiada na altura pelos ocidentais e americanos, e depois rearmou o Iraque depois de dominar o Médio Oriente durante mais de 40 anos com o apoio dos americanos e dos ambargos que se seguiram durante mais de 80 anos até agora, os iranianos estão a recuperar a confiança após o regresso da Rússia como potência militar e económica mundial, daí a importância dos iranianos para apoiar visivelmente a inversão desta estratégia que os americanos e ocidentais puseram em prática para desestabilizar os países menos bem posicionados no domínio nuclear, daí que, desta vez, a Nato e e a guerra na Ucrânia mostra que está a surgir uma nova ordem mundial com esta operação especial que a Rússia conduziu na Ucrânia para contrariar o avanço da NATO e dos seus aliados e os iranianos sabem muito bem que com os americanos e os ocidentais não há nada a ganhar com isso porque continuar a apoiar os ditames que sabemos que irá piorar, independentemente das concessões que fizer, nada poderá funcionar com o Ocidente e os americanos, daí esta geopolítica mundial para os iranianos apoiarem a todo o custo a vitória da Rússia contra a NATO através da Ucrânia e depois reorganizarem a ordem mundial .
Portanto, sim, senhor, a Rússia está à procura de ajuda onde quer que a possa encontrar neste momento, é por isso que se estão a aproximar mais do que nunca da China, ao passo que antes suspeitavam disso, mesmo que se apoiassem uns aos outros geopoliticamente contra o bloco de Leste. Esta é também a razão pela qual Putin visitou recentemente a Índia e podemos também acrescentar a NECESSIDADE da Rússia de manter relações com a Turquia. Em suma, este país vai simplesmente participar na inversão da ordem geopolítica mundial, enfraquecendo o Ocidente e precipitando a ascensão da China e da Índia, que se empanturram das vantajosas tarifas de hidrocarbonetos oferecidas pela Rússia. A Rússia desempenhará o seu papel, mas claramente não tem estatura para impor os seus desígnios aos outros ou para competir pela liderança do mundo de amanhã,será para a China.
A 3°é mais do que desejada,e eles vão fomentá-la,vai ser difícil com sangue e lágrimas.
«Os sírios sofrem após a guerra com o embargo e a ocupação dos libertadores americanos que pilham o petróleo e o gás sírio, bem como as colheitas (incluindo o trigo e os cotões, as azeitonas e os pistácios, etc.), partilhando-os com os cães de guarda da Turquia e com os curdos da Síria.
As sanções são piores do que a guerra para os sírios. Os russos salvaram sírios fiéis a Al Assad ,quando a Inglaterra e a europa estava a armar rebeldes .»
– AndréCampos Campos
É verdade. Até me dá nojo ver “responsáveis” USAmericanos a dizer, alegre e impunemente, que as sanções são uma coisa que têm o direito divino de aplicar contra quem quiserem, neste caso na Síria ocidental, mas não no território Sírio que passou a ser de facto mais uma conquista territorial USAmericana. E ainda por cima regozijarem-se que “o regime de Assad” (como se fosse só um gajo num palácio, e não um povo inteiro) vai ficar sem petróleo e sem a zona produtora de cereais.
Ou seja, a fome provocada propositadamente pelo invasor. Não é esta mesma gente que anda sempre com o Holodomor na ponta da língua? E que há um mês atrás, de repente, do nada, decidiu andar uns dias a fazer de conta que se preocupava com a fome em África? Como se o Mundo inteiro não soubesse o que se passa também no Iémen e no Afeganistão? Enfim.
E ainda outra agravante, e principal razão pela qual lhe vim responder a mais um grande texto do AndréCampos Campos: sim, os tais rebeldes Sírios foram apoiados pelos EUA, Reino Unido, e Europa. Mas não são apenas rebeldes, nem são pró-Democracia. E no entanto são grupos desses (ou menos óbvios nos países AINDA não em guerra) que são “apoiados” por coisas como o NED: National Endowment for Democracy. Olha que nome tão pomposo. Se tivesse um nome honesto, não soava tão bem: Saco-Azul Americano para Financiar Golpes e Instalar Regimes pró-interesses-dos-EUA.
Como John Bolton há dias confessou, eles nos USA especializam-se em fazer golpes de Estado. Até se gabam da proeza. E nem querem saber da natureza do regime, pois até já derrubaram Democracias para lá instalar os seus ditadores amestrados.
Na Síria, tal como em todas as outras vítimas deste imperialismo assassino, o objectivo era tão somente apoderarem-se do território, dos benefícios geo-políticos, das matérias primas, provocar mais a zona próxima do Irão e da Rússia, e ter mais um conflito a fazer o que Assange descreveu como um roubo aos contribuintes ocidentais de forma a garantir os lucros da oligarquia dona do Complexo Militar Industrial, que por sua vez usa parte do dinheiro para corromper “líderes” Ocidentais, em esquemas que fazem a Uber parecer uma santinha…
Não admira portanto que os NeoCon queiram Assange morto ou pelo menos preso de forma perpétua. Jornalista que publica factos e a verdade, é persona non grata nos territórios ocupados pela oligarquia Ocidental. Que linda mensagem que passam ao resto do Mundo…
Mas isto ainda não é o pior! O pior é que para além dos rebeldes, os EUA apoiaram grupos extremistas do género da Al-Qaeda e até mesmo do ISIS. Aliás, a Rússia mostrou as imagens aéreas/satélite das filas de camiões cisterna cheios de petróleo Sírio captado nos campos controlados pelo ISIS, a irem a caminho da Turquia, que os ia comprar a preços mais baixos que os do mercado, mas ainda assim bem lucrativos para o vendedor. E há vídeos que mostram militares USAmericanos a transportar membros do ISIS de uma para a outra zona do conflito! Soltos, sem algemas!! Ou seja, na prática tivemos pelo menos 2 países importantíssimos da NATO a apoiar grupos TERRORISTAS logística e financeiramente.
Esta pouca vergonha só acabou graças aos Sírios leais a Assad (percebe-se que, como no Iraque, não é uma questão de preferências ideológicas, mas uma necessidade ter chefes autoritários naquela zona), graças aos Russos que tanto foram injustamente ora omitidos ora criticados na imprensa ocidental, e graças aos heróis Curdos pró-Democracia vencedores contra o ISIS no terreno a este do rio que divide a Síria em dois pedaços.
Estes Curdos, que gosto SEMPRE de classificar como heróis, como pró-democratas (Rojava é aliás a ÚNICA democracia no Médio Oriente, pois Israel é um Apartheid), e como os vencedores na guerra contra o ISIS. Foram os combatentes do SDF em geral, e os combatentes do YPG em particular, com o delicioso “pormenor” de terem também um grupo militar feminino (YPJ) de bravas guerreiras, essas sim mulheres fortes e independentes. Nada que se confunda com o “feminismo” woke Ocidental, que infelizmente muitas vezes mais não é do que propaganda NeoLiberal com CEO/herdeiras em capas de revistas e “jornais” económicos, e quase sempre apresentado com um paleio de forma de colocar colaboradoras contra colaboradores, sem uma única linha que realmente defenda os direitos laborais como tão bem fazem os movimentos realmente Feministas.
Ora bem, é num Mundo com uma triste história destas, que os actuais “líderes” Europeus decidem que os seus maiores aliados (na realidade os seus donos) devem ser os EUA. Que faz sentido a Turquia estar na NATO. Que a NATO “defensiva” deve participar nestas poucas-vergonhas. E que agora até a Suécia e a Finlândia devem juntar-se ao grupo de montes de m*rda (é mesmo assim!) que deram luz verde à Turquia para manter a invasão no Norte da Síria, continuar a bombardear os Curdos, e matar ainda mais dos seus militares e cidadãos que, relembro SEMPRE, são heróis pró-Democracia que derrotaram o ISIS no terreno.
São estes os “valores ocidentais” da “democracia liberal”… País desgraçado após país desgraçado, uma e outra vez, sempre com mentiras e manipulações. Cada vez com mais grupos terrorista no Mundo, e agora (desde há 8 anos) até com grupos de Nazis.
O que mais me custa é a Europa ir no sentido completamente errado, quando tinha todas as possibilidades de se distinguir dos EUA. Podia ter recusado enviar as suas tropas para ajudar nas ocupações USAmericanas no Médio Oriente. Podia ter ajudado a fazer os tais de “regime change” de uma forma positiva, em vez da forma de Zero Sum. Imagine-se a Síria, sem guerra nos últimos 10 anos, a receber fundos Europeus (em vez de os gastarem nas tais missões da NATO) em troca de avanços no regime e de mais negócios com benefício mútuo. Imagine-se uma Presidente ELEITA da Comissão Europeia a inaugurar um hospital na Síria (e quem diz este país, diz Iémen, Palestina, etc), em vez de uma NÃO-eleita a ler os comunicados que o Pentágono lhe escreve. Imagine-se uma Síria em inteira e mais desenvolvida, em que o povo sai à rua pacificamente e exige eleições. E uma Europa que, de uma posição neutral, aceita mediar negociações entre Assad e uma verdadeira oposição democrática, para uma transição pacífica, sem qualquer interferência de planeadores de golpes e guerra dos USA. Imagine-se uma Europa que não precisa de receber refugiados da Síria, e em vez disso promove o desenvolvimento e o turismo em todo o Mediterrâneo. E que quanto tem refugiados, usa o dinheiro para os bem acolher, em vez de comprar metralhadoras e barcos de guerra para a Frontex.
Imagine-se uma Europa melhor, decente, sinónimo de progresso para os seus cidadãos e para os seus vizinhos.
Eu imagino-a, mas depois abro os olhos, e dá-me vontade de chorar ao ver que não existe, nem é possível/expectável no meu tempo de vida. E tremo ao aperceber-me, ao intuir, que vai ser preciso uma catástrofe (na melhor das hipóteses sócio-económica, na pior das hipóteses militar) para que alguma coisa mude. São assim os regimes NÃO-representantes do povo: só mudam a mal. E Otelos e Maias só houve um de cada e já cá não estão. Agora só temos Cravinhos e Stoltenbergs. Estamos tramados!
Depois de 10 dias de acalmia, a Rússia começou hoje em força a libertação da República de Donetsk. No mapa do Defense Politics Asia, notam-se muitas explosões na linha da frente (algo verificado num certo satélite da NASA que observa os fogos na Europa). Nota-se que muitas são concentradas como era de esperar na área por libertar da República de Donetsk, mas há também muitas na fronteira de Kherson, o que implica a destruição da tentativa de contra-ataque tão anunciada pela Ucrânia.
Olhando para os recentes textos no blog Moon Of Alabama e no blog Donbass (Erwan Castel), e para os recentes vídeos do The New Atlas (Brian Berletic) e do Military Summary, percebe-se que o impacto dos HIMARS com mísseis de até 80 Km de alcance “apenas” obrigou a Rússia a fazer ligeiras mudanças na forma como armazena as munições atrás das suas linhas (estavam em média a 50 Km da frente, agora ou ficam 40 Km mais longe, ou mais espalhadas em armazéns mais pequenos). Mas o sentido da Operação Militar Especial continua na mesma: derrota total da Ucrânia, apenas faltando saber se falta mais mês ou menos mês.
Segundo o rapaz que faz o Military Summary, fala-se que o líder da Sérvia terá comentado que as intenções da Rússia para este Verão são estas: primeiro a linha de Severks (já lá estão) a Bakhmut, depois a linha de Slaviansk a Kramatorks, a seguir a libertação total de toda a área da República de Donetsk, e nesse momento a apresentação de uma proposta ao Ocidente, provavelmente na linha do que o Kremlin já tinha proposto, como toda a justiça e bom senso, em Dezembro, mas que os NeoCon/belicistas dos EUA e seus idiotas/vassalos da NATO rejeitaram. Se voltarem a rejeitar, o rumor é que então a Rússia estará a ponderar o fim da Operação Militar Especial, e passar para uma Guerra de facto, com mobilização de tropas, e meios mais pesados e menos cirúrgicos.
Depois, e aqui começo eu a especular, será a vez do Ocidente fazer a sua jogada: ou reconhece finalmente a legitimidade e justificações da Operação Militar Especial limitadíssima feita por um país ameaçado pela NATO e pelo exército vizinho cheio de naZionalistas, mas ainda com vontade de negociar a paz; ou coloca-se a jeito para a Rússia fazer o cheque-mate convencional (ainda sem armas nucleares), em que os objectivos da Rússia passam do Donbass para serem oficialmente toda a Novorússia e toda a área a leste do rio Dniepr, e em não ficará pedra sobre pedra no “Banderistão” (de Kiev a Lviv), que verá dezenas de milhões fugir para a Europa (em plena crise económica e cansaço disto tudo) e será uma terra que apenas servirá para a Rússia colocar as piores armas (nucleares incluídas) juntinho à fronteira da Polónia e companhia.
Eu, por saber tudo o que está em causa, sou neste momento favorável à operação Z, pois considero ser a única forma de salvar o povo do Donbass, fazer cair a ditadura naZionalista de Kiev, e garantir que o governo substituto assina mesmo de verdade um acordo de paz para cumprir.
Espero portanto que quando isso estiver concluído, o Ocidente tenha a decência suficiente para rejeitar a estupidez americana, ameaçar Kiev de isolamento caso não aceite a paz, e voltar a ter uma relação diplomática q.b. com a Rússia.
A alternativa é escalada atrás de escalada, e não coloco que parte que, se os maluquinhos dos EUA decidirem enviar mísseis com 300 Km de alcance para os HIMARS já presentes na Ucrânia, assistidos com as coordenadas GPS dos satélites americanos (o que noutros tempos e perante regimes menos pacientes, já teria levado a uma declaração de guerra directa), a Rússia possa até antecipar deixar de estar nesta posição de mero contra-ataque, quase passiva, e passar ao ataque, por exemplo destruindo os satélites americanos, e bombardeando as bases dos EUA na Síria.
Seria o princípio do fim…
Para já, em Agosto, veremos apenas os exercícios militares conjuntos da Rússia, China, e Irão, nos territórios aliados no chamado “quintal dos EUA”: as Caraíbas. O anfitrião será a Venezuela, e participarão mais 10 países. Que sirva de aviso. E que tenha o efeito equivalente à colocação de mísseis Soviéticos em Cuba, ou seja, que nesse momento alguém com um cérebro funcional na Casa Branca perceba que está na hora de evitar algo pior. Algo só possível se os EUA deixarem de ser o pior e mais mortal regime do Mundo desde 1945 e começarem a desescalar.
O Mundo não aguenta que os EUA continuem a ser o que são. E à mesma conclusão chegaram o Pepe Escobar, o Carlos Matos Gomes, e o Luo Siyi, em 4 dos textos publicados entre 11 e 14 de Junho no blog Resistir. São de leitura obrigatória para quem quiser perceber este momento da história, e perceber que o que se passará a seguir em todo o Mundo, dependo totalmente do que for decido na Casa Branca: PAZ duradoura, ou GUERRA Mundial.
É que agora, do outro lado, já não está um grupo de pastores de cabras isolados num monte no Afeganistão, apenas munidos das suas Kalashnikovs e alvos fáceis para os drones assassinos dos criminosos de guerra com fardas da NATO. Não! Agora, do outro lado, está a aliança militar e económica entre Rússia e China, e cada vez mais países do Mundo real, não-Ocidental, desejoso de se ver livre do Império a bem, mas se tiver que ser, cada vez mais preparado para o fazer a mal.
Sim, mais do que nunca é preciso dar voz e ouvir quem defende a paz. Até lá, reservo-me a hipocrisia de ser momentaneamente pró-guerra até que o último naZionalista tenha sido derrotado, e todo o povo do Donbass (e arredores) esteja libertado e em segurança sob a proteção dos seus irmãos Russos.
E ficarei a fazer figas para que um dia, mais cedo do que tarde, alguém faça também um favor destes aos povos Curdo, Iemenita, e Palestiniano. Pelo menos estes e, para citar Hugo Chávez, “por ahora”… O resto logo se vê.
Excelente. Vai para artigo.
Obrigado pelo reconhecimento.