Os soldados ucranianos são imortais – os russos só matam civis…

(José Preto, in VK.com, 06/04/2022)

As sucessivas invocações de pretendidos massacres, de imaginários crimes de guerra, de gritado genocídio, até, de que seria vítima a população civil “ucraniana” tem que ser ouvida e respondida com maior eficácia.

Em primeiro lugar, estão material e efectivamente excluídos da cidadania ucraniana os russófonos, desde logo (e os magiares também, aliás, não se esgotando aqui o fenómeno das exclusões).

Por isso, a Ucrânia não apresenta, do ponto de vista do seu pretenso governo, um qualquer projecto nacional, além do imaginário hegemonismo do imaginado grupo dos varegos.

E não havendo sequer um projecto nacional, a Ucrânia é por ora (e não pode ser outra coisa) apenas um território, onde vários grupos disputam o poder.

Uns sob orientação externa da corja otanasca (alimentando ali um projecto colonial) e outros procurando defender a terra onde nasceram, o direito de aí viverem, frequentando as práticas religiosas da Igreja que sempre tiveram e falando a Língua que sempre falaram…

A intervenção russa fez-se em consonância com a defesa dos direitos dos grupos e regiões russófonas violentamente guerreadas desde há oito anos. Isso implica evidentemente a proclamação de que nenhum alvo civil seria tocado pela intervenção. E explica também o esforço reactivo da junta do karaíta de Kiev para fazer atingir civis, custasse o que custasse.

E por isso transformaram edifícios civis em alvos militares. Por isso estacionaram peças de artilharia e tanques no meio dos bairros residenciais, por isso usaram as populações civis como escudos humanos, disparando até sobre quem tentava fugir, sob orientação directa da corja otanasca, presente em alguns desses lugares, senão em todos.

Alguma dessa corja pede agora o repatriamento em Mariupol. E os cadáveres devem ser repatriados a expensas dos países agressores (com pagamento em rublos). Os sobrevivos talvez venham a ser alvo de pena complementar de expulsão do território, expurgadas as respectivas penas que o tribunal competente fixará, no caso de se não suicidarem no cárcere.

O que a ânsia de matar civis – vinda a par da ânsia de matar soldados russos – significa, é que a corja otanasca não quer consentir que algum exército, em algum lado, possa fazer mais e melhor do que ela faz.

A corja otanasca sempre atacou civis. Está até viciada no ataque a civis. A corja otanasca, exemplificativamente, bombardeou em Belgrado o Hospital materno-infantil. Bombardeou igrejas. Bombardeou as celebrações da Páscoa. Bombardeou até a Embaixada Chinesa. É o que sempre faz a corja otanasca. Mata civis. Parece-lhe que isso afecta a “moral da rectaguarda”…

A corja não pode pois admitir que alguém consiga, sequer, não fazer o que ela sempre faz. Como não pode admitir que a eficácia russa tenha menos baixas do que alguma vez a corja teve, fosse onde fosse (e verdade seja dita que, pela Graça de Deus, a OTAN levou quase sempre no focinho, à excepção dos suspensos desenlaces dos Balkãs, onde não levou ainda, mas vai levar).

É disto que se trata. Não estão – embora evidentemente também estejam – a tentar sujar a imagem das FFAA russas. Estão, antes disso, a procurar salvar a imagem própria na inevitável comparação. E também isso não vão conseguir. Nunca conseguiram.


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7 pensamentos sobre “Os soldados ucranianos são imortais – os russos só matam civis…

  1. Estão no lugar errado da História. Mudem de uma vez por todas para Moscovo que fica definitivamente resolvido o vosso conflito civilizacional. Quem sabe alguns traumas psicológicos.

      • Não, não sou eu que me sinto incomodado. Quem terá razões para se sentir incomodado, direi mais, perplexa e indignada, é a comunidade dos seres humanos que ainda conservam intactas a sua consciência cívica e moral e a sua capacidade de discernimento. É que o espanto que a todos tolhe é ver cidadãos deste país a colocarem-se ao lado da barbárie e da iniquidade, indiferentes à matança de civis inocentes e à aniquilação de cidades, só porque assim o resolveu quem se julga ungido pela graça de decidir sobre a vida e a morte dos homens e sobre a geometria das nações.
        Tenho a grata satisfação de me sentir identificado com a maioria esmagadora dos povos e das nações que condenam esta guerra que foi imposta a um estado soberano e cujo poder político foi eleito democraticamente.
        Já agora, aproveito para sugerir que se cuide da gramática neste espaço, dado que vi escrito “a moral da rectaguarda”, quando o que é correcto é dizer-se: “o moral da retaguarda”. Isto no caso de a palavra moral estar a referir-se ao estado anímico.

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