Tanta verdade junta mereceu publicação – take II

(Carlos Marques, 04/04/2022)


(Este texto resulta da resposta ao comentário a um artigo de que publicámos do Major-General Raúl Cunha, ver aqui, e que está na imagem acima. Perante tanta verdade junta, resolvi dar-lhe o destaque que, penso, merece.

Estátua de Sal, 05/04/2022)


Existe desgraça na Ucrânia desde sempre, em particular desde que virou capitalista, a “história acabou” e o país foi abandonado, e só seria ajudado caso aceitasse entrar na esfera de influência de Washington.

Existe violência desde o golpe de Estado de 2014, contra um presidente eleito em Democracia, com operações de falsa bandeira levadas a cabo por extremistas de cores vermelha e preta (Sector Direito, Stepan Bandeiristas, neonazis, etc).

Existe guerra desde 2014. A Ucrânia matou +13 mil dos seus próprios cidadãos, só por se atreverem a ser contra o golpe de 2014, por se atreverem a defender-se das milícias nazi (entretanto aceites dentro da Guarda Nacional, como foi o caso do Batalhão Azov), ou por simplesmente falarem a sua própria língua, ou querem votar nos partidos que os representavam, entretanto ilegalizados por Zelensky, que o que gosta mesmo de fazer é condecorar nazis de Azov.

Existe invasão, porque a Rússia foi a única a chorar esses +13 mil mortos no Donbass, a única a acolher meio milhão de refugiados nestes 8 anos, a única a defender a paz e a democracia na Crimeia, a única a querer acabar com a guerra em Lugansk e Donetsk, a única a fazer alguma coisa para que os acordos de paz de Minsk fossem cumpridos, em vez de violados pela Ucrânia.

Por falar em cinismo, como comentas o facto de comprares mais gás aos recordistas das invasões e crimes de guerra dos EUA, e mais petróleo à brutal ditadura genocida da Arábia Saudita, à qual a NATO vende armas para matar crianças no Iémen há 7 anos? Como te sentes a viver numa economia da qual faz parte todo o dinheiro roubado ao povo do Afeganistão, onde estão AGORA +5 milhões de crianças a passar fome?

Voltando ao artigo de hoje, que é o que se passou em Bucha, eu tenho muitas perguntas e poucas respostas:

1- se no dia 30 de Março, a Rússia saiu dos arredores de Kiev numa demonstração de boa fé a para que os acordos de paz avançassem, como justificas a ofensiva Ucraniana nessa zona nos momentos seguintes? Foi para “fazer a paz” que dispararam nas contas dos que saíam?

2- se a Rússia saiu de Bucha, Boridyanka, Ivankiv, Irpen e Gostomel, porque é que este alegado massacre só se passou na cidade cujo nome melhor fica nas manchetes ocidentais em inglês, com um som sugestivo a fazer lembrar “butcher”?

3- se há assim tantos mortos pelos Russos, porque é que a Polícia Nacional fez um vídeo no dia 2 de Abril a mostrar operações de limpeza (tirando carros do meio da estrada) nessa zona e não se via uma única vítima? Demoraram 3 ou 4 dias a descobrir mortos na estrada?

4- porque é que um dos “mortos” aparece num espelho retrovisor a levantar-se após o carro de propaganda ucraniano ter passado por ele? Já estava cansado de estar morto? Tipo os “13 mortos” da ilha do “f*ck you” que foram condecorados postumamente por Zelensky, mas que afinal estavam todos vivos? Ou são todos da família do “Ghost of Kiev” que afinal não era um avião/piloto real mas sim imagens de um jogo de computador?

5- numa invasão que tem o record de ser das que menos vítimas gerou, tendo em conta os avanços num mês (território equivalente ao Reino Unido) e as armas que a Rússia possui (mas conteve-se de as usar), sendo o triste total de 1200 vítimas civis ainda assim um número a lamentar, e andando a Rússia a mostrar que tem atacado alvos militares (como a artilharia pesada escondida no centro comercial, ou a maternidade evacuada que era quartel dos Azov), porque raio iria agora a Rússia sair daquela zona deixando corpos naquela posição?

6- porque foi a Rússia a mais apressada a pedir a investigação, e o Reino Unido a recusar a reunião na ONU?

7- porque é que após tantas mentiras da Ucrânia, ainda há gente no Ocidente a acreditar em tudo, e jornalistas a publicar tudo como se fosse facto, sem sequer usarem aspas, e sem qualquer verificação? E porque é que as histórias desaparecem todas assim que a Rússia começa a mostrar provas da mentira? Publicam: “Rússia bombardeou sinagoga, diz Zelensky”, mas depois não publicam o vídeo onde um OCS da Rússia mostra essa mesma sinagoga inteira, entrevista o Rabi, e mostra um vídeo de uma câmara de video-vigilância onde os militares Ucranianos são apanhados a guardar armamento nesse local e a transportar militares em veículos civis sinalizados como “transporte de crianças”! Isto é jornalismo?

8- E já reparaste que a RT em inglês foi censurada (mas eu uso VPN asiática e continuo a vê-la), mas na box do teu operador de TV tens ainda lá o canal estatal de propaganda da Rússia transmitido em russo? Ou seja, só o canal de notícias em inglês é que era um “perigo”, pois esse podia ser entendido por quem no ocidente fala inglês. Mas o Channel One Russia transmitido em russo, com propaganda russa, com apresentadores a usar t-shirts com um Z enorme, já pode ser? Não achas estranho?

9- a censurada RT disse desde início a verdade sobre o último crime de guerra dos EUA no Afeganistão no verão de 2021: bombardeamento da casa em zona civil que assassinou uma família de 10 pessoas (maioria crianças) com um drone – mas os canais ocidentais que andaram duas semanas a repetir a propaganda e cartilha da NATO/Washington a mentir dizendo: “EUA eliminaram com sucesso um alvo terrorista do ISIS-K”: é que são os canais em quem tu confias, e que a Europa acha que não precisam de qualquer regulação?

10- se a Rússia tem tanto a perder nesta situação, achas que esta invasão foi uma decisão que Putin tomou sozinho, sem justificação, sem ser provocado, e tendo outra opção? Realmente, se se acreditar na propaganda que diz “Putin é mau, NATO é boa, Zelensky é herói, Azov só tem democratas, e não houve guerra nem mortos nem refugiados nos últimos 8 anos”, esse argumento infantil até parece fazer sentido…


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17 pensamentos sobre “Tanta verdade junta mereceu publicação – take II

    • Quais negacionistas? Os que recusam suspender as patentes, recusam partilhar vacinas (ou partilharam muito menos que o prometido e necessário, e em lotes perto do fim da validade), e recusaram salvar vidas nos países pobres em nome das doses de reforço e para crianças nos países ricos?
      Os negacionistas que tentaram impedir Cuba de comprar seringas para administrar as vacinas por si desenvolvidas?
      Os negacionistas que proibiram as vacinas de fora da UE+EUA de serem válidas para o certificado Europeu (apesar da OMS já as ter aprovado)?
      Os negacionistas que preferiram defender as grandes farmacêuticas com contratos secretos (aka anti-democráticos) onde só graças a denunciantes ficámos a saber os preços?
      Os negacionistas que aceitaram pagar mais pelas vacinas que já estavam a ser vendidas muito acima do preço de custo, com vários aumentos de preço a cada anúncio dos países ricos sobrr doses de reforço?
      Os negacionistas que em nome de “salvar o Natal” mataram tantos portugueses, ao mesmo tempo que chamavam “ditadura” aos países que adotaram a tática da Covid Zero (como a China ou a Nova Zelândia)?
      Os países europeus que abriram as fronteiras, os aeroportos e os hoteis e deixaram entrar as novas estirpes só para fazer a vontade a esses lobbies?
      Ou os negacionistas que nos primeiros meses mentiram deliberadamente dizendo que “as máscaras não são precisas” só para mal disfarçar a falência do modelo económico da UE (de deslocalização da produção, e de preços sem qualquer regulação)?
      Ou os negacionistas que andaram a multar pessoas por comerem sandes dentro dos próprios carros?
      Ou os negacionistas que estiveram a um passo de colocar a polícia a mexer nos telemóveis das pessoas em nome de uma mera aplicação sem eficácia?
      Ou os negacionistas que continuaram a enviar a classe trabalhadora arriscar a saúde em transportes lotados a caminho das fábricas, enquanto ficaram em casa em teletrabalho a gozar o privilégio e a atacar os que, depois do trabalho e do transporte coletivo lotado, tentavam ter uns minutos de liberdade e lazer?

      Ou estavas a ignorar isso tudo e só a falar, tal como a “imprensa livre” te treinou, do pequeno grupo de negacionistas que protestou contra o excesso de ataques contra a liberdade, e que recusaram a vacina prejudicando-se apenas a si próprios?

      Ou será a terceira alternativa: és do grupo da moda do pensamento único, que passou a ter o hábito de chamar primeiro “populista” e depois “negacionista” a todos os que discordam do teu ponto de vista?
      Se é esta, então tem cuidado com as companhias. É que essa moda já vem muito de trás. A Inquisição chamava “infiéis” aos que discordavam, e a ditadura fascista chamava-lhes “subversivos” ou “perigosos comunistas”…

      Já dizia o outro, parafraseando: primeiro vieram atrás dos “populistas” anti-austeridade do €uro/NeoLiberalismo e eu não disse nada; depois vieram atrás dos “negacionistas” que reclamavam contra o lobby das farmacêuticas e as restrições à liberdade e eu não disse nada; a seguir vieram atrás dos “putinistas” que se atreveram a falar do contexto histórico e a não comer a propaganda da NATO e eu não disse nada. A continuar assim, quando já não sobrar mais nenhum “subversivo”, um dia destes vão atrás de ti, mas já não haverá mais ninguém para sair em tua defesa, pois já os levaram a todos… E ficaram só os que concordam com a opinião “certa” e andam caladinhos, só a abanar “sim senhor” com a cabeça, e a mostrar respeitinho!

      Por falar no respeitinho do tempo da outra senhora, sabes quem é que fez parte dos fundadores da NATO em 1949? Pois é, foi aquele “democrata” defensor da “liberdade” e dos “valores europeus”, um Ocidental exemplar, que “nunca” invadiu nem torturou nem prendeu nem matou ninguém, um “herói” à Zelensky, Duda, Orbán, ou Erdogan, chamado Salazar.
      “Viva a pátria e viva a NATO” diziam os teus camaradas enquanto bombardeavam Africanos!
      E tendo em conta o que se passa no Mali ou no Sahara Ocidental, na Palestina ou no Iémen, etc, parece que continua na mesma. Mas como não têm a cor de pele certa, não te preocupa.
      Vais continuar de consciência leve enquanto compras Coca-Colas e BMWs e financias a máquina das “guerras boas”… Na Jugoslávia e no Afeganistão foram tão “boas” que até lhes chamaram “operação humanitária” e “operação especial pós 11-Setembro” respetivamente. E ainda dizem que Putin é que tem imaginação para dar nomes a invasões.

  1. Graças ao “génio” de Carlos Marques e sob o alto patrocínio do estátua de sal, está publicado, em jeito de “resposta”, um extenso comentário ancorado nas narrativas produzidas pela propaganda do Estado russo. Entre as qualidades desse comentário ressaltam a indulgência seletiva, a denegação cínica dos crimes perpetrados pelos invasores russos e a auto-indulgência de quem julga poder dar lições de moral, ao mesmo tempo que omite os crimes que não lhe convêm.

    • De um lado a Rússia que quer investigação ao que se passou em Bucha. Que só se chegou a Kiev para obrigar o outro lado a negociar, e que abriu corredores humanitários sempre e assim que possível. Que tem um arsenal destrutivo (ex: termobárico) que não usou, e que optou por uma guerra mais lenta e cara, em vez de fazer à Ucrânia o que os EUA/NATO fizeram no Médio Oriente: destruição total e milhões de mortos.

      Do outro um governo que violou acordos de paz de Minsk, fez guerra no Donbass durante 8 anos, e se preparava para matar ainda mais do que os +13 mil que já tinham morrido. Que ameaçou tomar a Crimeia pela força e que ameaçou a Rússia com futuras armas nucleares 5 dias antes da invasão. E que glorifica, integra e condecora nazis, algo documentado por tanta imprensa desde 2014, e até pelo FBI.

      Na ONU um membro da NATO a bloquear a investigação, com medo que desmascarem a desculpa para mais sanções, e outro que tenta esconder a verdade sobre os quase trinta laboratórios de armas biológicas nos quais o filho do Presidente está envolvido num escândalo de corrupção.

      Na imprensa ocidental um pensamento único construído num alicerce de areia qué é a propaganda N vezes falsa dos políticos de Kiev. Na ilha foram 13 mortos que afinal estavam vivos. Na maternidade era um escândalo, mas afinal já tinha sido evacuada. No teatro com “crianças” eram 1300 pessoas sob os escombros, mas afinal foram zero. Etc.

      Cada um escolhe as suas fontes. Eu tenho o hábito de deixar de ver/ouvir aqueles que mentem sistematicamente: a “imprensa livre” que viu armas de destruição massiva no Iraque e justificou a invasão do Afeganistão (aliás, até chorou contra o seu fim em 2021). Ou um Polígrafo que precisa de ser poligrafado, tendo já dito coisas tão alarves e manipuladoras como chamar “crise da dívida do Sócrates” ao que se passou na Zona Euro em vários países. Seris como chamar “crise militar de Churchil” ao que se passou na Segunda Guerra Mundial. E isto dito por mim, que nem admiro Churchil nem tolero Sócrates!

      Cada um escolhe como olhar para os crimes de guerra: eu espero por fontes credíveis e investigação independente; outros mais adeptos da NATO preferem acreditar na primeira coisa que lhes é dita por quem mantém o denunciante Assange preso… E por quem aplicou sanções contra os juízes do Tribunal Penal Internacional que se atreveram a investigar o que os EUA fizeram no Afeganistão.
      Essas é que são as fontes credíveis e o lado bom que merece apoio incondicional. Esses é que disparam mísseis feministas e balas LGBT, têm granadas que distribuem paz e drones que espalham democracia…

      E não nos esqueçamos da “operação humanitária” na Jugoslávia, justificada por um alegado genocídio de dezenas de milhares, que afinal não tinha nem de perto essa dimensão, e até era prática dos dois lados do conflito. Saber isto, e lembrar isto tudo, e perceber como tudo se relaciona, e como cada lado tem o hábito de agir e mentir, não é ser putinista, nem é relarivizar, e muito menos ser selectivo, mas é sim ser anti-propaganda.

      Se a Ucrânia e a NATO não queriam mais guerra, então tivessem cumprido os acordos de paz de Minsk (que implicava indiretamente a não expansão da NATO), e não enviassem armas para matar +13 mil ucranianos russófonos durante 8 anos. Este é o cerne da questão. Mas haver quem diga isto é algo que incomoda que se farta todos os fanáticos da NATO e todas as vítimas da sua máquina de propaganda, que até já faz inveja ao Kim Jong-un…

      Em particular ao comentador “sabão russo” peço que aprenda a ler. No meu comentário eu não faço negação, até porque os mortos estão mortos e alguém os matou. Mas em vez de comer o que é dito por quem só tem mentido e manipulado e faz acusações sem provas nem verificação, eu faço perguntas. Mas até isso (fazer perfuntas) passou a ser mal visto pelos PIDES do século XXI…

      Volto a perguntar: porque é que um autarca de Bucha e uma deputada dessa zona fizeram vídeos após a saída russa a dizer que tudo tinha voltado à normalidade, e a Polícia Nacional fez um vídeo a mostrar a limpeza das estradas (com zero cadáveres), mas só uns dias depois é que aparecem corpos numa das ruas? Quem são essas vítimas? São civis, milícias, militares ucranianos, militares russos com roupas civis? Quando morreram? Durante ocupação, durante bombardeamento final dos Ucranianos, ou após regresso das tropas ucranianas? Quem as matou? Onde foram mortas? Porquê nessa rua e não noutras? E qual o número verdadeiro? Como se podem fazer acusações e ter certezas antes de ter estas respostas?
      Será como no caso Skripal, em que ainda a equipa do CSI britânico não tinha chegado ao local, e já o Ministério dos Negócios Estrangeiros sabia o que tinha acontecido e de quem era a culpa?

      Antes de uma investigação credível por uma parte neutra, tanto é válida a versão russa, quanto é válida a versão ucraniana, como são válidas todas as opiniões pelo meio.
      Eu, para já, tendo em conta o que li de AMBOS os lados, inclino-me para esta: há mortos mas são muito menos que o anunciado (algo típico na propaganda ucraniana desde o primeiro.dia), uns são milícias (“civis” armados) mortas legitimamente por russos durante invasão, outros são efeitos colaterais normais em qualquer guerra vítimas de bombardeamentos ou fogo cruzado de ambos os lados, e outros são operação de “limpeza” de nacionalistas ucranianos contra os civis que colaboraram (de braçadeira branca) com os russos e cujos corpos foram colocados numa estrada para maior efeito televisivo no dia em que essa zona foi aberta aos mídia.

      Ou seja, há mortes a lamentar, há culpados de ambos lados (como em qualquer guerra), há propaganda de ambos os lados, mas não há nada que se possa chamar de genocídio, e o grosso da mentira vem da propaganda ucraniana.

      É como na maternidade de Mariupol. Também tinha sido um “crime de guerra” e um “genocídio”, e de facto houve vítimas, mas vai-de a ver e afinal a maternidade tinha sido evacuada, as vítimas contam-se pelos dedos de uma mão, era um alvo legítimo pois servia de base para o batalhão Azov, e uma grávida azarada pós-evacuação serviu para a ampliação de toda a propaganda de Kiev, ampliada exponencialmente pela “imprensa livre” dos países da NATO. Atenção, não me interprete mal, uma única morte já seria uma tragédia, mas esta análise fria também é necessária!

      E no teatro de Donetsk/Mariupol a mesma coisa (eram 1300 crianças bombardeadas, mas afinal não). E no Shopping a mesma coisa (era um bombardeamento indiscriminado, mas afinal estava lá artilharia pesada da Ucrânia). E na sinagoga a mesma coisa (tinha sido destruída, mas afinal ainda está inteira). E nos bloqueios aos corredores humanitários a mesma coisa (era a Rússia que não os abria como deve ser, mas afinal foram os atiradores Azov a impedir os seus escudos humanos de fugir). E na ilha dos 13 “mortos” a mesma coisa (Zelensky condecorou os mortos, mas afinal estão vivos). Etc.
      São vezes a mais sempre em moldes semelhantes. Por isso o que eu acho mais inacreditável e inadmissível nesta altura do campeonato, é que ainda exista tanto desinformado a chamar “putinista” a quem passou a estar vacinado contra tanta manipulação, mentira e propaganda de Kiev e da NATO.

      Mas desconfiar da propaganda de um lado não significa comer a propaganda do outro lado. No entanto chamar “putinista” a quem desconfia da propaganda de Kiev é um sinal claro e inequívoco da propaganda da NATO. É uma tentativa de impor o pensamento único, uma forma de censura (a cancel culture), e uma criação autoritária de barricadas anti-plurais: “ou comes tudo o que eu digo, ou estás contra mim”. É INDECENTE!

      Felizmente, como bem disse a EstátuaDeSal sobre o vídeo do Pedro Mourinho, a verdade vem sempre ao de cima.
      Ora, é extamente isso que também espero em relação às alegações sobre Bucha, doa a quem doer.
      Se tiver de fazer mea culpa, farei. Aliás, tal como fiz quando a Rússia iniciou a invasão, que eu, mesmo sabendo e compreendendo o contexto que nos trouxe aqui, com largas culpas de Kiev e da NATO/EUA, sempre quis acreditar até ao último momento que não ia acontecer e que era só “histeria” de alguns governos e comentadores pró-NATO. Eu estava errado, eles estavam certos. Ser intelectualmente honesto, é isto. É reconhecer o erro e admitir a razão do lado oposto.

      Infelizmente a “imprensa livre” tem-se dedicado a ignorar olimpicamente os factos que contradizem a sua narrativa, e a deixar de falar sobre algo sempre que esse algo começa a ser desmascarado. Ou passa logo para a mentira seguinte, ou continua a mostrar imagens da destruição, sem contexto (como a existência de um alvo militar legítimo por baixo dos escombros aparentemente civis), só para continuar a manipular os corações dos mais influenciáveis (e menos informados), como já vi fazerem com as imagens do tal shopping bombardeado.
      Ou seja, é o oposto da honestidade intelectual, salvo as raras ocasiões em que deram voz aos militares portugueses que explicaram a situação preto no branco.
      Uma imprensa assim não é confiável, e eu já há muito que esgotei a paciência para os aturar e de esperar pelos raros momentos de real pluralismo e honestidade intelectual.

  2. Parabéns ao “Estátua de Sal”, pela clarividência e pela coragem que tem revelado a respeito do que se está a passar na Ucrânia.
    Sei que não é fácil, para o cidadão comum, perceber a realidade que se esconde para lá da densa cortina mediática; pensar fora do que nos é transmitido através da impressionante caixa de ressonância em que se transformaram os meios de comunicação corporativos, ao serviço dos interesses do “império” ocidental. Os meios de comunicação, propriedade dos “donos disto tudo”, e os batalhões de comentadores ao seu serviço, são meras correias de transmissão das “versões oficiais” dos acontecimentos e das “operações de falsa bandeira” criadas pelas agências especializadas anglo-americanas, repetidas até à exaustão e emolduradas por um discurso de incitamento à guerra, gerador de ódio e de intolerância contra aqueles que foram escolhidos pelo “império” para inimigos de morte e, marginalmente, contra aqueles que se atrevem a por em dúvida as versões oficiais e a esboçar juízos críticos às mesmas.
    O princípio que adotam é: “inimigo do meu inimigo… é meu amigo”. Isto é, fomenta-se o ódio mortal contra os russos e o seu presidente, passando os nazis ucranianos, seus inimigos de morte, a ser automaticamente nossos amigos de estimação – mesmo que os seus crimes de genocídio contra os russófonos sejam difíceis de esconder, mesmo que os seus laboratórios de armas biológicas, instalados pelos americanos, sejam uma evidência, mesmo que nazis dos quatro cantos do “mundo branco” se dirijam para lá para combater ao lado dos seus iguais, ou mesmo que o comediante/presidente proíba todos os partidos políticos à exceção dos da direita e da extrema-direita.
    E ninguém refere a responsabilidade dos “camones” e do seu braço armado, a OTAN, que desejaram e provocaram esta guerra (convenientemente longe do seu território); ninguém refere a covardia e a subserviência ao “império” dos dirigentes europeus, que nada fizeram para a evitar e deixaram que ela eclodisse na Europa, tramando a vida de todos nós; ninguém refere os delírios belicistas e a irresponsabilidade do comediante/presidente, marioneta do “império”, que aceita fazer a guerra por procuração usando o seu próprio povo como carne para canhão; ninguém refere os nazis que dominam o aparelho político-militar de Kiev, nem os seus crimes .

  3. Excelente resposta, Estátua! Aqui deixo um video que mostra uma estrada em Bucha com uns cadáveres em que um deles, à direita, mexe o braço antes do tempo. A pressa foi tanta em mostrar o video que esqueceram este pormenor: E depois querem à viva força que acreditemos na “narrativa” do Zelen e seus donos:

  4. Para alguns ,só a sua “verdade”é que existe,ficaram com Herança ,de antes de 25 de Abril,se não pensas com nós,logo teras que ser eliminado(a) da “circulação”……estranha “Democracia ” a destes “cavalheiros” e desta “canina” C.Social,,,,,,,

  5. Face ao certificado de idoneidade que foi emitido pela Estátua de Sal ao Pedro Mourinho, a única informação a que dou crédito é a que ele transmite. Até agora não me tem decepcionado.

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