(Jorge Rocha, in Blog Ventos Semeados, 04/03/2021)

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Dissipado o nevoeiro em que não se deu pelo prometido Sebastião, eis que dele emergiu azougado Romeiro, que não esconde o envolvimento no autêntico Alcácer-Quibir de entre 2011 e 2015, quando ajudou a entregar o país à troika ou a suportar-lhe os posteriores efeitos. Desde então a quase anónima passagem por Bruxelas não nos fizera darmos-lhe pela falta, agora interrompida ao ver-mo-lo ansioso por se voltar deitar com a ditosa Pátria apesar de a saber a usufruir maior felicidade no ter-se entregue a outro eleito..
Convenhamos que dizendo-se endinheirado no apelido – mesmo que tão pouco se fique pelas moedas e não tanto pelas bem mais apetecíveis notas – não se lhe encontra merecimento maior do que o personagem garrettiano. É que olhamos para trás e dele não lembramos a mais ínfima tentativa de impedir o avanço do (In)desejado chefe para o inóspito deserto, quiçá acreditando-lhe na promessa de aí serem encontrados verdejantes prados. O resultado, não o esquecemos: os jovens convidados a procurarem futuro nas estranjas, menos direitos para quem ainda mantinha os empregos e o geral empobrecimento dos que não soubessem enriquecer à conta das fartas privatizações ou das fugas fiscais.
Até outubro, e porque não têm quem lhes sirva de contrapoder que as contradiga, as televisões e a generalidade da imprensa irão ser pródigas nos méritos do regressado, por muito que não nos consigam dizer quais os que a seu respeito possam alegar. Mas sabemos bem o quanto as direitas, nelas consolidadas, nem quererão saber que fundamento possa existir nas promessas de quem, não tendo uma única ideia para fazer progredir o país, já se contentam com a reconquista do poder apenas por esse mesmo poder. Não faltarão laudas às «virtudes» do Romeiro como se de Aladino com a respetiva lâmpada mágica se tratasse. E haverá até quem o julgue sério concorrente a quem, em contraponto, vem transformando Lisboa numa das mais reconhecidamente belas cidades europeias.
Lá para o fim do ano, quando o logro tiver ficado esclarecido poderemos ver reposto o verdadeiro final do segundo ato do «Frei Luís de Sousa»: a quem perguntar ao Moedas quem afinal é, sempre poderá responder com o «Ninguém», que futuramente está fadado a ser…
E um dos responsáveis da privatização dos CTT, com Passos e Portas – não esquecer que deram cabo de um Serviço Público dos melhores da Europa numa empresa privada que tem vindo a piorar a olhos vistos.
É preciso ser-se muito hipocrita, indigente mental, cinico, mentiroso compulsivo, descarado e sem vergonha para escrever este chorrilho de patacoadas sem qualquer adesão à realidade historica.
Quem entregou o país à Troika?
Tenham um minimo de pudor. Há quase 25 anos ininterruptos que estão no poder. Como ousam acusar alguém das chagas e miserias de que infestaram este outrora país de nobres gentes mas que agora pejaram de indigentes?
Tenham vergonha.
Inventam os Sebastiões, borram-se de medo com as próprias invenções mas não se amedrontem que as perolas não são para todos os porcos.
Ó cógito, não exageremos.
No tempo do estado novo as “nobres gentes” eram muito mais indigentes do que agora.
Apesar de grande parte da população emigrar, ainda assim Lisboa estava cheia de bairros da lata que nasciam como toda a parte como cogumelos.
Nem SNS nem salário minimo, nem reformas para todos havia, para não falar de rendimentos de inserção.
E tudo isso devemos ao PS – com um valente empurrão da extrema esquerda. Que sem medo dela talvez o PS não tivesse feito nada.
Nisso tenho de reconhecer o valor da extrema esquerda, Sem a pressão que exercem sobre o centro provavelmente não existia estado social.
Quanto às bancarrotas, o PS em politica económica segue exatamente a cartilha do PSD, privatizar tudo até rebentar com a economia, Tanto assim que a bancarrota de 1983 era o PSD que là estava, embora se façam de esquecidos.
Assim como se fazem de esquecidos que chumbaram a alternativa à troika que em 2011 o PS tinha conseguido negociar com a Alemanha e o BCE. A direita até fez uma “geringonça” com a extrema esquerda para inviabilizar a alternativa que o PS tinha conseguido.
O Cogito deve ser de Marte ,não seguiu a história não sabe as empresas privatizados por 10 réis de mel coado como dizia a minha avó ,mas só privatizaram as rempresas que davam lucro tipo EDP,REN,CTT, que todos os anos enchiam os cofres do estado e agora há que recuperar esses activos estratégicos para o país cabe na cabeça de alguém empresas de energia ficarem nas mãos de empresas de paises estrangeiros ?
Caro Luís.
Recuperar as empresas estratégicas para o país ?
O PS?
Ná. Nisto o PS é igualzinho ao PSD-CDS.
O que eles vão fazer é resgatá-las com biliões do dinheiro dos impostos, agora que estão a dar prejuízo.
Quando começarem outra vez a dar lucro privatizam-nas outra vez.
Veja o que fizeram com o BES.
E como está a dar merda, se for preciso resgatam o novo banco outra vez para o voltarem a privatizar de seguida.
As vezes que forem precisas até enriquecer os banqueiros privados até rebentarem de gordos ou acabar o dinheiro dos impostos.
No regime neoliberal o contribuinte é a vaca leiteira dos “empreendedores” privados.