O que nos vale é ter acabado a impunidade – ou os sucessos do Ministério Público

(In Blog Aspirina B, 13/10/2018)

MP

(A impunidade é como a igualdade: há sempre uns mais impunes que outros.

Comentário da Estátua, 15/10/2018)


1 – Inventona de Belém, Cavaco queixa-se que anda a ser espiado e o Ministério Público faz escutas ao Sócras.

2 – Cavaco faz permuta manhosa da vivenda Mariani pela cena da Coelha, 5 vezes mais área e qualidade superior, subavaliação à vista desarmada, papéis falsos, construção ilegal, etecetera & tal; Ministério Público investiga o Freeporcos na base de uma denúncia anónima dum gajo do CDS, que trabalhava no gabinete do Santana Lopes, em colaboração com agentes da judiciária.

3 – Cavaco e filha, embrulhados numa história de mais valias nunca vistas com acções do BPN, nunca justificou a compra e muito menos a venda; Ministério Público investiga um sucateiro que deu uma caixa de robalos ao Vara.

4 – BES financia o genro do cavaco na compra do barracão atlântico, o banco faliu, não se sabe se pagou, se ficou a dever mas aparentemente aquilo é dele mais umas herdades que entretanto comprou. estranho para um gajo que só tinha credores à perna; Ministério Público investiga cartões de crédito dos ministros do governo Sócras e guarda resultados na gaveta para melhores dias.

5 – Falência fraudulenta do BPN, gang Cavaco à solta, só o Oliveira Casca foi dentro mas por pouco tempo e ainda gozou com a justiça; Ministério Público preocupado com 20 perguntas que não fizeram ao Sócras nos últimos 10 anos de investigações e fugas ao segredo de justiça.

6 – Governo sócras muda localização do futuro aeroporto da Ota para Alcochete por pressão do Cavaco, baseado em estudo pago pelo vanzelina, para os amigalhaços da primária do Cavaco comprarem terrenos em Alcochete com dinheiro emprestado pelo BPN. Ministério Público chamado a investigar Sócras por negociatas com a Elos e mais não sei quê relacionado com o troço do Poceirão que foi cancelado pelo Passos, negociata do Sérginho com condições ruinosas para o Estado.

7 – Desapareceram uns milhões com a compra dos submarinos e apareceram vestígios no CDS por intermédio do Capelo Rego. Idem com uns pães duros, mais umas broas com armamento e sobreiros do BES. Investigações borregaram, tudo gente séria. Ministério Público investiga Sócras por suspeita de receber bué de milhões do saco azul do GES.

8 – Orlando Figueira empresta dinheiro por baixo da mesa ao Carlos Alexandre e encaminha currículo do filho para a Sonangol e é tudo normal. investigam-se cabras & cabritos.

9 – Passos vende a PT à azeitice por uma broa e o Ministério Público resolve investigar Sócras porque não vendeu ao Belmiro.

10 – A corporação queria demitir o Centeno por causa dumas entradas para a bola, mas como a coisa não tinha ponta por onde pegar, abortaram a coisa e meteram a bucha dos cartões de crédito dos Secretários de Estado do Sócras.

11 – Rangel decide na Operação Marquês a contragosto da corporação, é investigado e há buscas em direto na TV manhosa por uma cena que afinal ninguém ainda sabe o que é, mas que afinal pode não ter sido nada. Dizem que havia um pacote com 10k euros na garagem.

Poderia ficar aqui a noite inteira, a enumerar exemplos da luta contra a corrupção e prisão de poderosos, mas seria fastidioso porque começam e acabam todos da mesma maneira: ai-é-então-espera-aí-que-já-comes.


Fonte aqui

5 pensamentos sobre “O que nos vale é ter acabado a impunidade – ou os sucessos do Ministério Público

      • Zé Neves, deixa o tipo descansado, bebe antes águinha del cano que sempre,é mais em conta e, não te esqueças, tem sempre presente que. muito embora ele contribua para te educar de quando em quando, umas vezes aqui e outras ali (epá, isto até parecem as escutas do José Sóctrates!!) o faz, e apenas, durante as horas vagas e se está naquele momento bem-disposto. O que é verdade é que, nos momentos importantes e graves como a hora difícil que atravessamos, não liga patavina a estas e às outras bacoradas que andas a escrever durante a madrugada.

        Sim, SIÔ? Ou não, SIÔ?

        Zé Neves diz:
        Outubro 14, 2018 às 4:55 am
        Manuel G., sei que ficarás desiludido (tal como o Dieter, o Carlos Esperança, a sôtora Virgínia, No País das Maravilhas, idem o sôtor Bruno Preto, o Daniel, a minina Danielle, o alucinado Soixante, o émulo do Cantiflas, pincipalmente estes!, e, ainda!, a versão imortal de António Costa e, eventualmente, o Marcelo Rebelo de Sousa),mas declaro por minha honra, aqui e agora, que estou indisponível para ocupar o cargo de CEO d’A Estátua de Sal depois da tua demissão bem como o posto de ministro da Defesa Nacional.

        Disse.

        Ainda bem que não te lembraste de mim, ó RFC filho da burguesia.

        Por mim, nunca serisa SIÔ nem daqui nem de coisa nenhuma, que não chegas aos calcanhares nem da mulher da limpreza do Grande José Sócrates, nem do Grande Valupi que esse está ao mesmo nível (da senhora), muito menos ministro e não serviu de nada andares por aí aos caídos aofereceres-te para a pasta da Defesa. Bem feita, a escolha é o Cravinho (um nome de más memórias, o pai é do piorio).

        Caros, concidadãos, não se deixem enganar que nem p’rá Água nem pró Vinho, nem do p’ró Branco Velho, Tinto e Jeropija ele serve.

        Tenho dito, toma!

        Zé Neves diz:
        Outubro 14, 2018 às 4:57 am
        Ah! Estive a ver lá no meu livro sobre engenharia mecânica que história é essa do SIÔ, e procurei a noite inteira mas os bichos devem ter ratado as páginas (ou usei-as para acender uma fogueira?) porque não dizem nada. Depois lembrei-me do Sinhozinho Malta di Roque Santeiro e, então, fiquei aqui a pensar que aquilo do SIÔ deve ser do primeiro livro do Jorge Amado. Não sei se foi O País do Carnaval (1931), mas lembro-me que li este romance tinha ele acabado de sair.

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