De como as matilhas são outras

(Oxisdaquestao in Blog Oxisdaquestao, 19/08/2023)

A urbanização dos espaços agrícolas que rodeavam as cidades, os campos como dizíamos, fez desaparecer imagens de uma vida natural mesmo para os animais. Ainda recordo os grupos de cães que percorriam as ruas periféricas e limítrofes da zona rural e que em certas épocas do ano passavam o tempo a cheirar o rabo uns aos outros na tentativa de descobrirem uma fêmea com cio. (…)

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4 pensamentos sobre “De como as matilhas são outras

  1. Afinal o caso não é com cães mas com pessoas, e faz todo o sentido:
    Isto de ter uma classe média entre os pobres e os ricos não é nada progressista.
    Pelo contrário, amortece a raiva que poderá levar à criação de uma sociedade mais igualitária: diminuindo o pobres, só serve para proteger os ricos não os isolando, e impedindo que estes venham a ser eliminados e substituídos pelos camaradas dirigentes que, mais adiante, bastante mais adiante, nos levariam, dizem, à sociedade sem classes.
    Desta sociedade sem classes sabe-se ainda pouco, mas há quem garanta que é o regime que vigora nas sardinhas.

  2. Cara Estátua, o link para o artigo remete para a necessidade de abrir uma conta no Word Press, coisa que eu, interessado no artigo, não estou interessado em fazer. E creio não ser caso isolado.

  3. Não estou, decididamente, interessada em abrir uma conta no Word Press.
    Caros amigos da Estátua, obrigada pelo flop

  4. O problema das nossas sociedades hoje é que os ricos são cada vez mais ricos e com isso vão transformando a classe média em classe cada vez mais pobre. Porque os ricos não teem pátria, nem fe, nem lei, fogem aos impostos e ninguém vai atrás deles. O dinheiro dos ricos vai para paraísos fiscais, para offshores, para o raio que os parta, e o resultado é uma classe média afogada em impostos e nos baixos salários que os ricos lhe pagam. A cada vez maior concentração da riqueza nas maos de gente com pouca ética faz da classe média uma ficcao, pois cada vez são mais os que nessa classe média vêem dobrar cada vez mais mês no fim do ordenado.
    Claro que essas mantilhas empobrecidas vao facilmente atrás do canto de sereia dos que garantem que lhes vão baixar os impostos. Nunca explicam e a troco de que. E o troco é a delapidação do que, resta dos servicos de saúde, da educação, das infra estruturas, da proteção civil, de tudo. Porque, a verdade é que mesmo que os impostos desçam para a empobrecida classe média, nunca vão subir para quem devem para compensar. É devem subir para quem os pode pagar. Para os ricos, para os que fogem aos impostos. Mas com os ricos ninguém se mete.
    Quem falar mal de empreendedores que dizem que não gostam de pagar salários e por isso vao pagar o mínimo e despedir o maior número de funcionários possível como o tubarão da Altice a quem demos de mão beijada a Portugal Télécom so pode ser um perigoso comunista segundo alguns bons espíritos que deviam ir ver se o mar dá choco.
    Já agora, a prometida descida de impostos pelo PSD, pela voz do sacripanta que disse que a vida das pessoas nao estava melhor mas o pais estava, daria vontade de rir se não fosse trágica. Porque foi esse, mesmo partido que se fartou de prometer isso em 2011 e ganhas as eleições, uns tempos depois, veio um certo ministro, Gaspar de seu apelido e o resto do seu nome tenho feito por esquecer, com ar de estar charrado, a prometer, isso sim, um grande aumento de impostos. Que no meu caso concreto foram uma palmada de 100 paus num ordenado que não chegava aos 1000.Ha e tal, a situação do país era outra, claro que era outra e já era bem conhecida durante a campanha eleitoral.
    Agora é mais que certo que nunca ninguém terá, a coragem política e outra se ir buscar o dinheiro onde o há. E com isto a classe média é apenas uma ficção, como é em países da America Latina onde falar em taxar os ricos também é coisa de comunista, aqueles grandes malandros que querem acabar com os ricos, aqueles senhores tão bondosos que as vezes até dão uns donativos, boa parte dos quais podem descontar no IRC. Querem fazer alguma coisa de útil à sociedade? Paguem ordenados decentes, para começar. Declarem tudo o que ganham e deixem,-se disso de planeamento fiscal agressivo. Deixem de sacar subsidios que são os impostos da, chamada classe média cada vez mais pobre que vai pagar. Quem acha que isso é pedir muito va ver se o mar dá choco.

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