(Leonid Savin, in OrientalReview, 02/08/2023, Trad. Estátua de Sal)

Na véspera da cimeira da NATO, o The New York Times publicou um artigo da autoria de Gray Anderson e Thomas Meaney intitulado “A NATO não é o que diz ser”. (Ver aqui).
No início do artigo abordam-se acontecimentos recentes, incluindo a admissão da Finlândia na NATO e o convite da Suécia, seguido de uma revelação extremamente importante:
“Desde o início da sua existência, a NATO nunca se preocupou primordialmente com o reforço militar. Com 100 divisões em plena Guerra Fria sob o seu controlo, uma pequena fração dos efetivos do Pacto de Varsóvia, a organização não podia descartar a possibilidade de ter de repelir uma invasão soviética e mesmo as armas nucleares do continente estavam sob o controlo de Washington. Pelo contrário, o seu objetivo era atrair a Europa Ocidental para um projeto muito mais vasto, liderado pelos EUA, de uma ordem mundial em que a proteção americana servisse de alavanca para obter concessões noutras questões, como o comércio e a política monetária. Foi surpreendentemente bem-sucedida no cumprimento dessa missão”.
O artigo conta ainda como, apesar da relutância de alguns países da Europa de Leste em aderir à NATO, estes foram arrastados para tal, tendo sido usados todo o tipo de truques e manipulações. Os ataques a Nova Iorque em 2001 serviram os interesses da Casa Branca, que declarou uma “guerra global contra o terrorismo”, estabelecendo, de facto, esse mesmo terror, tanto literalmente (Iraque, Afeganistão) como figurativamente, encurralando com pontapés os novos membros da NATO. Isto foi feito porque estes países eram mais fáceis de controlar através da NATO.
Os autores também mencionam tarefas mais estratégicas dos EUA, dizendo que “a NATO está a funcionar exatamente como pretendido pelos planificadores norte-americanos do pós-guerra, levando a Europa a depender do poder dos EUA, o que reduz o seu espaço de manobra. Longe de ser um programa de caridade dispendioso, a NATO assegura a influência dos EUA na Europa a um preço barato. As contribuições dos EUA para a NATO e outros programas de ajuda à segurança na Europa constituem uma pequena fração do orçamento anual do Pentágono, menos de 6%, de acordo com uma estimativa recente.
A situação da Ucrânia é clara. Washington vai garantir a segurança militar, fazendo com que as suas empresas beneficiem de um grande número de encomendas europeias de armas, enquanto os europeus vão suportar os custos da reconstrução pós-guerra, algo para o qual a Alemanha está mais bem preparada do que para aumentar as suas forças militares. A guerra é também uma espécie de ensaio geral para uma confrontação dos Estados Unidos com a China, na qual não será fácil contar com o apoio europeu.
Para além da NATO, há um segundo elemento-chave controlado por Washington. É a União Europeia. Há mais de sete anos, o British Telegraph revelou que a UE não passava de um projeto da CIA (Ver aqui).
Nesse artigo afirmava-se que a Declaração Schuman, que deu o mote para a reconciliação franco-alemã e que conduziu gradualmente à criação da União Europeia, foi inventada pelo Secretário de Estado americano Dean Acheson durante uma reunião no Departamento de Estado.
O Comité Americano para a Europa Unida, presidido por William J. Donovan, que durante os anos de guerra dirigiu o Gabinete de Serviços Estratégicos, com base no qual foi criada a Agência Central de Informações, era a principal organização de fachada da CIA. Outro documento mostra que, em 1958, este comité financiou o movimento europeu em 53,5%. O seu conselho incluía Walter Bedell Smith e Allen Dulles, que dirigiram a CIA nos anos cinquenta.
Por último, é igualmente conhecido o papel dos Estados Unidos na criação e imposição do Tratado de Lisboa à UE. Washington precisava dele para facilitar o controlo de Bruxelas através dos seus fantoches.
Mas, atualmente, nem isso parece ser suficiente para os Estados Unidos. No dia anterior, num artigo publicado no The Financial Times, o antigo embaixador dos EUA na União Europeia, Stuart Eizenstat, foi citado como tendo dito que era necessária uma nova estrutura transatlântica entre os EUA e a UE, comparável à NATO, para resolver os problemas modernos. (Ver aqui).
Ele apontou para a necessidade de criar um novo formato de coordenação, ou seja, de facto, a criação dos Estados Unidos da América e da Europa, onde os Estados europeus seriam, por todos os meios, apêndices dos Estados Unidos, cumprindo a vontade política de Washington.
Por conseguinte, todas as declarações e afirmações da Alemanha e da França sobre a sua autonomia estratégica podem ser consideradas palavras ocas de sentido.
Ducunt Volentem Fata, Nolentem Trahunt (“os destinos conduzem os que querem e arrastam os que não querem”), como se dizia na Roma antiga. Pode ser desagradável para muitos europeus aperceberem-se deste facto. No entanto, o facto é que os países da Europa estão a ser arrastados pelos colarinhos para onde não querem ir.
Original aqui.
A UE não tem vontade política própria
Como em toda a tese, o esforço é dirigido a demonstrá-la.
Se se tratasse de um apreciação, critica haveria de dizer-se que: o EUA foram criados e povoados por povos europeus; a sua constituição política reflectiu o que então era o mais progressivo contexto europeu; o capitalismo como sistema económico, recebeu-o da Europa.
Não é discutível o seu direito a autonomamente determinar as suas políticas e buscar o benefício dos seus cidadãos.
Quanto à Europa, a vitória na IIGG foi obtida com a participação e o apoio dos EUA, apoio que foi vital a todos os beligerantes anti-Eixo, da Grã-Bretanha à URSS.
E se o Plano Marshall apoiou a Europa Ocidental, a protecção militar dos EUA dispensou um dispendioso rearmamento até aos dias de hoje e foi fundamental aos avanços dos estados- providência.
Quanto à NATO importa estabelecer o essencial: é uma Aliança defensiva ou é expectável que seja ofensiva sem que o artº 5º seja invocado?
És mesmo um pobre parvinho, mas pensas que parvos são todos os outros. Olha que não, espertalhão, olha que não!
Claro, a Constituição dos Estados Unidos tinha tudo o que de mais progressivo havia na Europa mantendo alguma coisinha muito pouco progressiva como a escravatura e o racismo mais cruel que chegou a classificar as populações nativas como combatentes estrangeiros hostis a ser varridos a todo o custo.
E sim os estados unidos foram povoados pelo melhorzinho dos europeus. Primeiro criminosos, tudo bem que a progressista Inglaterra não precisava de muito para considerar um pobre que não tinha mais remédio que roubar nem que fosse pão ou um trabalhador revoltoso um perigoso criminoso a merecer ser pendurado na ponta de uma corda ou em alternativa mandado para lá do sol posto, onde havia terras para desbravar e populações nativas para matar. Na América foram aqueles a que a besta do Cristóvão Colombo chamou índios por pensar que tinha chegado a Índia, na Austrália os aborígenes, também bestas selvagens a exterminar. Chegaram lá também bom número de fanáticos religiosos, como os puritanos, ou anabatistas e outros que a Europa já tinha pelos cabelos. Depois, entre as vagas de deserdados da Europa que para lá foram também foi muito camelo. Como o avo do Trump, deportado para, a Alemanha por explorar casas de putas na rota das corridas ao ouro e novamente mandado pela sua própria terra de volta aos Estados Unidos.Tal era a rica encomenda. É a exportação de mafiosos italianos e outros está bem documentada. Quem tinha a, polícia a perna era arranjar lugar num Barquinha.
De toda esta caldeirada do pior que a Europa tinha, despejada numa terra de grandes recursos naturais e com vizinhos a Sul prontos a explorar se fez uma nação que é hoje uma verdadeira praga para o mundo, onde meteram nos cornos que são a única nação imprescindível e que devem dominar todos os outros não importa se metade da população mundial tiver de morrer no processo.
Porque é que, a Europa embarca nisto? Porque aqui também estão as tais elites corruptas que a nível de desprezar os seus próprios povos não fica a dever grande coisa as africanas.
Outros acham boa ideia tentar acabar o que o Hitler começou e acham que a América pode ajudar.
É, claro outros ainda não esquecem o Aldo Moro, encontrado na bagageira de um carro com um tiro na cabeça, alegadamente morto por umas tais brigadas vermelhas que mais tarde se soube terem sido a, fachada de um bom número de ataques de falsa bandeira. Como também não esquecem o Olof Palme, abatido em plena rua como um cao, com arma de caça grossa, nem o sangue do desgraçado sobre a neve. Por isso vale mais fazer lhes o frete e termos a certeza que não nos acontece nada, não temos um acidente estranho.
Claro que qualquer destas atitudes é rasteira. Os racistas e fascistas estão a cometer um crime porque racismo é crime. Os corruptos deviam estar na cadeia. É os medrosos deviam comprar um cão preto, tipo cão de água algarvio, que dizem que é bom para o medo.
Sim, os nossos políticos, por um motivo ou outro puseram nos a todos coleira e trela, andamos atrás de uma cambada de criminosos que destroem a Europa sem sujar as botas e nem protegem a sua, própria gente como as vítimas de catástrofes naturais aprendem a sua custa. E por cá ainda há quem idolatre a tal nação excepcional e na realidade genocida e rapinante. Tivessem lhe as vacinas do covid corrido mal que eles logo endeusavam quem tercerizou a produção de um verdadeiro veneno ganhando milhões primeiro com a venda do meimendro, depois com o tratamento dos sequelados. É continuam a tentar convencer gente a ir dar aquilo e ninguém os leva presos. Vão dar vacinas vão que, agora até já podem ir a farmácia. Podiam estas criaturas que não acordam ao menos deixar de insultar os outros e ir ver se o mar dá choco.
Muito bom comentário. Vai para artigo.