Zé Milhazes – o ingrato

Sófia Smirnov, in Facebook, 18/02/2023)


O José Milhazes, ontem não só atacou a embaixada da Rússia e o PCP pelo seu rancor conhecido a ambos – algo que a mim até me faz alguma confusão como pessoa decente que me considero -, como atacou também o jornalista Bruno de Carvalho. Aliás, eu ontem fiz imediatamente um post sobre o assunto sem ter sequer conhecimento dos verdadeiros factos agora descritos pelo Bruno de Carvalho no seu texto (Ver aqui). Limitei-me a comentar com base no que ouvi e usei o cérebro. Nem era necessária a explicação do Bruno para se perceber a anormalidade do que José Milhazes disse, o que já é normal.

Parte do que sei do José Milhazes é que em Portugal corria o risco de ser pescador ou padre mas que, pelas mãos do PCP, foi para a Rússia (na época URSS) que o sustentou e lhe deu formação como a outros. Não é vergonha ser pescador. Pelo contrário, é uma profissão que merece respeito pelo risco que aqueles homens correm diariamente e pela dureza da profissão. Se calhar até lhe tinha feito falta para aprender a dar valor ao bem que lhe fazem e a não cuspir no prato em que comeu.

José Milhazes é a imagem típica de inúmeros jovens licenciados com a mania que são espertos e só dizem disparates, sem conhecerem minimamente a rudeza da vida porque tudo lhes foi dado de mão beijada. Os jovens são imbecis queques na sua maioria (há exceções e ainda bem). O José Milhazes é um velho que se tornou imbecil e que não tem perfil de queque mas age como eles. Na verdade o Zé tem mais ar de taberna e bordel e é isso até que lhe dá piada e acaba por me fazer rir.

Mas, ó Zé, eu sei porque foi convidado a sair e ficou impedido de pisar solo russo durante 10 anos. Bem, não foi preso, enviado para a Sibéria e torturado como diz que fazem na Rússia à descarada. Se Putin já ouviu as barbaridades que tem dito, garantidamente já se arrependeu de não o ter prendido, até porque, como bem sabe, o podia ter feito, É pá, e nem desapareceu do mapa e não caiu de nenhum prédio como ele diz que o “ditador russo” manda fazer. Diz tantos disparates e tanta boçalidade que me pergunto que tipo de gente o ouve e lhe dá credibilidade: só ignorantes que nunca estiveram na Rússia, claro, que se acham informados – e alguns até exibem diplomas – mas que só têm ar naquelas cabeças. Bem, suspeito que, por esta altura, a proibição de 10 anos de pisar solo russo – e que já devia estar a terminar -, já deve ir em 110 anos. Acho que o Zé Milhazes se deve começar a esquecer de voltar a meter os pés na Rússia, até porque, há muito que o Zé Milhazes passou do imobilizado incorpóreo da Rússia para perdas e já está mais que ultrapassado. No fundo foi tratado como um equipamento que se avariou e foi despachado para a sucata. Isto é que dói ao Milhazes: é que nem a um chazinho envenenado que ele apregoa teve direito. Chiça, um ditador que mata e prende todos os que se lhe opõem! Descrição: 🤣

Para pessoas que se acham inteligentes mas não conhecem a Rússia e papam todos os discursos anormais, pergunto-me se não se questionam como ainda respira o Milhazes e vive sem medo. Uns não se questionam porque efetivamente não são inteligentes e nem pensam (alguns nem deviam votar na minha humilde opinião). Outros pensam – e até sabem que ele só se diz barbaridades -, mas são pagos para as difundirem e defenderem. E, é isto que temos por cá: uma multidão em que uns são mesmo imbecis e outros são pagos para o serem.

Quem não alinha com a manipulação e os esquemas impostos e até usa o cérebro, é logo comuna ou fascista (depende dos dias). Podem também ser nazis até porque, a maioria perdeu a completa noção do que foi e é o nazismo e até já lhe chamam democracia e apoiam a sua divulgação. Também são putinistas só porque não apoiam um regime corrupto, criminoso e com tiques nazis que, ainda por cima, arrastou o seu povo para a desgraça. Portanto, desde há um ano, apoiar a paz, não ser hipócrita e cúmplice de aberrações, ser lúcido e informado – porque o conflito começou oficialmente em 2014, mas começou a ser preparado um ano antes -, é suficiente para se ser perseguido, censurado, ofendido e maltratado.

A mim, na parte que me toca, podem chamar-me o que quiserem. Só ainda não me chamaram santa. Fui censurada um ano, cidadã portuguesa que dei lucro ao meu país desde que nasci, fui chamada de tudo mas não me ofendo. Sou democrata e tenho poder de encaixe – ao contrário de muitos que se dizem democratas mas só em palavras porque, quando são criticados, parecem bebés chorões, tão fraquinhos que são. Vem logo o bullying, o assédio e mais um par de botas. Eu, se fosse igual a eles, estavam tramados; tinha a polícia e os tribunais do país a trabalharem para mim e já nem deviam ter espaço para arquivo. Não há noção nem limite para a imbecilidade desses democratas fofinhos.

Mas há coisas graves nisto. E grave não são as críticas ou os nomes que nos chamam nas redes sociais: quem não tem perfil e estaleca para usar redes sociais ou ser figura pública preserva-se e à sua vida privada, não se expõe. Tudo tem um preço e não podem querer ser famosos e não serem criticados, não podem querer o melhor de tudo. Bem, podem querer, exigir é que não.

O grave é que neste país durante um ano existiu censura desmedida, como já não havia há 49 anos, promoveu-se a desigualdade até entre cidadãos nacionais e refugiados ucranianos, o racismo e a xenofobia. Foi permitido o crescimento de movimentos nazis e banderistas que meteram em risco até a segurança de cidadãos nacionais. Foram divulgadas identidades de cidadãos nacionais ao SBU (Serviços secretos da Ucrânia), e alguns até constam de uma lista negra para os liquidar. A sorte é que a lista já é tão grande que precisavam de mais um exército para fazerem o serviço. E quem divulgou essas identidades? Alguns que até sentam o befe como comentadores nas televisões nacionais, outros que nem sendo portugueses se movem em Portugal e nas Instituições portuguesas como peixinho na água e viajam e voltam livremente para a Ucrânia sem qualquer controlo e monotorização. E nem as atividades que tiveram cá durante 20 anos são investigadas, quanto mais agora em tempo de guerra, já que passaram a ser coitadinhos e heróis, apagando-se e ocultando-se todos os crimes e indecências …

Eu não me calo e não compactuo com anormalidades, podem lá mandar vir o SBU calar-me, até pode vir o Zelensky, sou fiel às minhas convicções e não me vendo. Nunca o fiz.


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12 pensamentos sobre “Zé Milhazes – o ingrato

  1. As pessoas que se imunizaram contra a propaganda, que se capacitaram para pensar pela própria cabeça, que nasceram e cresceram com uma predisposição para a honestidade intelectual, e que que desenvolveram um carácter incorruptível, são hoje em dia consideradas perigosos “extremistas” pelo regime genocida ocidental.
    Aplaudo a autora deste texto pois mostra ser uma pessoa deste grupo.

    São uma minoria, porque quem está acima da média é sempre uma minoria. Mas isso não dá legitimidade para sequer pensar que os outros, mal intencionados, ignorantes, ou vítimas da propaganda, devam perder o direito ao voto.
    Tenho por isso de criticar essa sua frase!

    Pelo contrário, o problema da Democracia (ou daquilo a que se chama “democracia liberal” no regime genocida ocidental) tem o problema oposto. Tem demasiada gente a abster-se, demasiada gente que já desistiu de acreditar no regime/sistema, e tem o problema de votar sem estar bem informada, mas este não é um problema das pessoas em si. É um problema do próprio regime e da sua brutal máquina de propaganda e manipulação.

    A grande questão aqui é: o que fazer para mudar isto, para que mais gente vote, para que o regime/sistema mereça ter quem acredite em si, e para que os que votam o possam fazer sem ir ao engano, na posse de todas as informações, e escolher colocar a cruz naquilo ou naqueles que efectivamente melhor defendem os interesses dos eleitores, do país, e da humanidade e natureza.

    Eu, neste momento da história, não sei. Sei que vamos a passos largos para uma distopia. E não faço ideia como travar isso. E apesar de me considerar uma pessoa do grupo que descrevi inicialmente, não faço parte daqueles que importam, pois nunca fui um cidadão activo. Sou um mero meio-cidadão, de sofá e teclado.

    Exemplo concreto: em nome da verdade, da decência, da liberdade, da democracia real, e da paz, eu sei que devia fazer algo para impedir que Portugal faça parte do grupo terrorista (NATO) cujo objetivo é prolongar está guerra. Devia fazer algo para impedir o envio de tanques para serem usados por glorificadores do nazismo. Devia fazer algo para travar as sanções ilegais e com efeito boomerang. E devia fazer algo para impedir que o Presidente condecorar com uma medalha da “liberdade” o corrupto ditador da Ucrânia, um tipo belicistas, criminoso de guerra, lunático, que até já celebrou imagens de tortura de Ucranianos opositores políticos.

    Eu sei estas coisas porque tenho a cabeça e o coração no sítio certo. Mas nunca tive nem terei aquilo que distingue as boas pessoas das pessoas ótimas, que são aquelas que se mexem, cativam seguidores, provocam mudança, e deixam o Mundo melhor.
    Faltou-me nascer com o impulso para agir, seja no activismo anónimo ou a dar a cara publicamente.

    Sou aquilo que crítico. Um verdadeiro Português. Tal como aqueles que, se não fosse o MFA em 1974, ainda hoje estariam quietinhos e caladinhos no sofá, enquanto o regime lá continuaria, por deitar abaixo.

    Mas há uma grande diferença entre esse povo Português dos anos 70 e o povo Português de agora. Não uma diferença no povo em si, mas no Mundo em que vive.
    Enquanto que em 1974 bastou o MFA aparecer para quase todo o povo sair à rua, hoje em dia se aparecer um MFA para salvar o país do ** estado a que isto chegou ** novamente, o povo irá primeiro ter contacto com as redes sociais e com a TV. Uns lerão posts dos fascistas e dos corruptos (PSs e Passa etc) a chorar lágrima de crocodilo sobre o “fim da democracia”, enquanto outros ouvirão na TV um exército experiente na manipulação a dizer-lhe que o MFA é que está errado, e que os belicistas colaboradores de nazis é que estão certos. Que os sindicalistas e os do PCP (e BE) é que estão errado e querem uma “ditadura”, e que aquilo que a de facto ditadura da UE e seus USAtlantistas é que são “bem intencionados”.

    E da parte de pessoas que mesmo assim resistir à propaganda, uma metade estará contra a revolução pois terá medo de perder o pouco privilégio e condições materiais que hoje em dia tem (uma casa de cimento cuja prestação/renda custa tanto a pagar, em vez da barraca de madeira na favela como as que existiam até 1974).

    É esta a grande vitória do regime/sistema em que vivemos: criar um síndrome de Estocolmo massivo e permanente.
    Até já há pretos a votar nos partidos racistas dos EUA, e ciganos a votar no Chega. Explorados e votar em Capitalistas, e trabalhadores a votar em Fascistas. Gente a passar frio e fome que depois continuará a votar em quem aplicou sanções (= inflação na energia) e em quem defende fanaticamente a economia de mercado desregulada (= inflação nos bens essenciais, e lucros excessivos para os especuladores).

    Todos os regimes do império genocida ocidental sofrem deste mal. Mas Portugal sofre de uma variante ainda mais agressiva. Foi por isso que emigrei.
    Se, para além de ter o coração e a cabeça no sítio certo, também tivesse a coragem e a impulsividade para agir, em vez de emigrar, estaria numa madrugada destas a mandar tocar a Grândola Vila Morena na rádio…
    “Se não for eu, será outra pessoa, e se não for agora, será um dia destes.” – é a forma como minto a mim mesmo para conseguir lidar.

    1/2 (continua)

    • Amigo Carlos Marques, não concordo contigo. O que aqui fazes, despejando o que te vai na alma e no cérebro, é já um contributo para a mudança, na medida em que, juntamente com outros que contigo partilham (total ou parcialmente) preocupações e análises, podes ajudar ao despertar de um ou outro dorminhoco ou distraído. Há muita gente que se sente desconfortável com o que lhe despejam pela goela abaixo mas não sabe bem porquê. Tu, (espero que) eu e muitos outros que por aqui andam podemos ajudar a que percebam a razão do seu próprio desconforto e, a partir daí, aprofundem maneiras de o minorar.

    • Esta plataforma tira-me a paciência. Já fentei publicar N vezes… Umas vezes publica logo, outras vezes demora uma dia, outras vezes censura, outras vezes simplesmente não aceita comentário por ser demasiado longo mas não informa sobre isso, outras vezes aceita o comentário mas não o pública e depois quando tento submeter outra vez diz que não aceita porque “você já disse isso”. Já não tenho pachorra.

    • 3

      Era um morteiro no focinho de cada corrupto EUrofanático belicista e USAtlantista que desgoverna o nosso continente em direção ao abismo, e o acordo de paz ficava assinado ainda esta semana, de preferência com as mesmas cláusulas que foram assinadas com a Finlândia e a Alemanha em há cerca de 80 anos: desmilitarização e desnazificação.
      Que seja preciso explicar isto a tanta gente, e mesmo assim se corra o risco de se ser atacado com um daqueles impedidores de pensamento como o “putinista” ou o “stalinista”, diz tudo sobre o grau de degenerescência a que chegou a ex-civilização ocidental.
      Sou assim obrigado a citar quem não queria citar:

      “A próxima guerra na Europa será entre a Rússia e o Fascismo, mas o Fascismo será chamado de Democracia”

      – Fidel Castro, líder do povo Cubano na luta contra a opressão do império genocida ocidental.

      Não o citei apenas por estar correcto na previsão. Citei-o agora porque, se bem me lembro, o Presidente Marcelo começou o seu mandato com uma visita a Fidel Castro em Cuba, NÃO por acaso quando nos EUA havia uma aparente aproximação a Cuba. Esse mesmo Marcelo é quem agora vai condecorar o ditador de uma regime nazi que é fantoche do império/EUA, também NÃO por acaso o ditador mais propagandeado por Hollywood e pela MSM em toda a história.
      Isto deve ser o cúmulo da falta de espinha dorsal. Tal e qual como o deep state (Victoria Nuland e companhia) gosta deles e delas…
      Aliás, emendou já aqui, o número um neste cúmulo da falta de espinha dorsal é para o Scholz, que continua a APOIAR quem cometeu um acto terrorista contra o seu próprio país.

  2. “O José Milhazes é um velho que se tornou imbecil”, escreve Sófia Smirnov. Não concordo de modo nenhum. O Milhazes é um imbecil que se tornou velho, o que é diferente. Um imbecil jovem não poderia dar noutra coisa que não fosse um imbecil velho, porque um imbecil é, por natureza, irrecuperável e irreciclável. O Milhazes é um imbecil que escreveu um ou dois livros que ninguém lia e muito menos comprava e que se tornou, subitamente, num sucesso de vendas apenas porque disse “caralho” em directo na televisão. Claro que continua a não haver ninguém que lhe leia os livros, mas a verdade é que, de um dia para o outro, não faltam taxistas, prototaxistas e criptotaxistas a comprar-lhos. E conseguiu também transformar o esgoto que, no canal do militante n° 1, partilha com o caga-mísseis Nuno Rogeiro (pardon my French!) num sucesso de audiências. Não há taxista que ávida e diariamente não assista, sempre na finíssima esperança de que o imbecil velho e boçal repita em directo a bojarda que o tornou famoso. É um fenómeno de vingança e redenção, a vingança e redenção dos taxistas, por obra e graça de um imbecil ressabiado com uma Moscóvia que cometeu o inaudito pecado de não lhe dar mais importância do que aquela que é devida aos imbecis.

  3. Sou um tipo simples: Antes, gostava dos EUA e odiava a Rússia pré ou pós-estalinista…agora, é ao contrário!…Finalmente compreendo que os viciados, os pervertidos, os lgbttrucs/homotransgenrophiles/kovidolaters, decadentes curtos, etc., etc., estão na Walt Disney, que os patriotas e ainda as pessoas normais estão no Leste e não no Oeste…é uma mudança infernal!!!
    Putin está a fazer como Kennedy fez com Cuba: nunca será capaz de tolerar aquela nato, rentistas que querem mostrar a sua emergência de um coma ultrapassado…

    Nos debates o verdadeiro problema do que está a acontecer na Ucrânia quase não é abordado …o que muitos “jornalistas” já não fazem: ir ao terreno e trazer-nos factos, investigações e imagens sem preconceitos. É preciso coragem para o fazer.

    Poder-se-ia dizer que os europeus e americanos estão numa bolha onde tudo é óptico e tudo é imediato e teatro, e todos nós temos de jogar este jogo. Também pode ser que estejam a projectar o mesmo zelo sobre os russos e os chineses, acreditando que devem pensar da mesma maneira: sem valores, sem crença em nada, excepto naquilo que toca melhor nos principais meios de comunicação social.

    Há cerca de 25 anos que as mulheres ucranianas trabalham em Itália como empregadas domésticas, limpeza, assistentes de idosos, enquanto na Ucrânia são professoras, farmacêuticas, etc., porque são maltratadas no seu querido país, porque são mal pagas e em Itália ganham mais dinheiro a fazer trabalhos domésticos em casas de banho, e são respeitadas.
    Éra bom que na Ucrânia tenha consideração pelas mulheres.

    Fiquei decepcionado e achei que as opiniões,ou estavam ligadas ou claramente orientadas pela doxa ocidental. Portanto, o exército russo está a lutar, a recuar, etc., mas na realidade o contrário é verdade. A Rússia ocupou 123.000 km2, ou seja, metade do tamanho do Reino Unido. Depois, quando ouvi dizer que os chechenos, Kadyrovtsy, não são terríveis enquanto capturaram milhares de ukronazis de azov na fábrica de Marioupol. Em suma, talvez devêssemos abrir os nossos olhos e reconhecer que esta guerra já está perdida pela Ucrânia e pelos ocidentais que a apoiam. Enviar diplomatas (se sobrar algum) para impedir o massacre.

    É necessário falar que a Rússia (que era uma república soviética e socialista como os outros países que constituíam a URSS) não é responsável. Estaline, um georgiano, foi o senhor absoluto da URSS. Se os ucranianos na altura pagaram um preço elevado pelo facto de as terras agrícolas serem importantes nesta região, o mesmo aconteceu com as outras repúblicas soviéticas. Esta pesada fome era uma consequência da lei das espigas de milho promulgada por Estaline a 7 de Agosto de 1932. Os acontecimentos do passado devem ser conhecidos, compreendidos e sempre deixados no seu contexto, sob pena de voltarem sempre a surgir, mas amplificados e distorcidos. Serão novamente utilizados para fazer mártires nas gerações seguintes e futuras.

    O que podemos dizer dos americanos que multiplicaram o número de guerras em todo o mundo (10 vezes mais do que os russos) e nunca ganharam nenhum delas sozinhos ou não sozinhos (à excepção das 2 guerras mundiais… com os russos)

    Se a Rússia atingir os seus objectivos, muitas coisas irão mudar, a Rússia está condenada a confirmar a sua superioridade militar…!
    Colocou o dedo no cerne do problema. Já passou o tempo em que os EUA poderiam travar uma guerra terrestre no continente euro-asiático ou na Ásia Oriental. Mesmo uma guerra apoiada pelos EUA no Médio Oriente provavelmente não é viável. Os novos mísseis hiper-rápidos significam também que grandes grupos portadores seriam elefantes brancos num grande conflito. Continuarão a ser úteis na intimidação de países mais pequenos em África, no Pacífico e na América do Sul. O ponto de viragem do domínio militar dos EUA pode já ter passado. Tal como passar o horizonte do evento para um buraco negro, a transição não é perceptível, mas a situação é irremediável. Alguns especialistas estrangeiros argumentam que a capacidade de produção militar da China tem uma vantagem de cerca de 5:1 sobre a capacidade de produção dos EUA e uma vantagem relativa de custos de cerca de 20:1 sobre os custos dos EUA. Dada a informação do conflito ucraniano sobre a produção militar russa, parece difícil para a América e seus aliados ganhar uma guerra convencional prolongada contra a Rússia ou a China, literalmente impossível ganhar uma guerra convencional tão prolongada contra uma força militar combinada chinesa/russa.

    Um ano após este confronto militar e ainda sem uma análise estratégica satisfatória, na minha opinião.
    Nas primeiras horas deste conflito, eu tinha rapidamente estabelecido a ligação entre a guerra de baixa intensidade dos anos 80 no Afeganistão que esgotou o monstro soviético e esta guerra nascente.
    Doze meses mais tarde, o baixo nível de envolvimento militar da Nato leva-me a confirmar a mesma estratégia de atrito contra a Rússia.

    Para aqueles que estão conscientes do plano de esmagar a Rússia, é óbvio que sempre estivemos numa guerra pró-xi-guerra que visava a destruição económica da Rússia.
    Claro que não haverá greve em território russo, mas a hemorragia económica que começou há vinte anos só se está a aprofundar através do desgaste humano e material.

    Por isso:
    1- se os países membros da UE não disserem parar com este esquema americano, esta guerra durará muito tempo até que a Rússia se esgote.
    2- se os países membros da UE não disserem parar com este esquema americano, afundaremos e permaneceremos num estado de extrema pobreza ao nível dos países do terceiro mundo dos anos 80.
    Claro que vou parecer delirante, estou bem ciente da cegueira geral, mas há um facto que não estou a inventar! Se estamos atolados na inflação estrutural e na desindustrialização, e se acumulamos uma ruptura no fornecimento de matérias-primas e outros componentes essenciais para a indústria, tais como o gás néon que a Rússia nos fornecia para o funcionamento das câmaras de atmosfera neutra e outros equipamentos, não seremos capazes de reanimar a indústria e as exportações. Se não reanimarmos a indústria e as exportações, não seremos capazes de revalorizar o euro, e continuaremos a sofrer de inflação galopante e de pobreza insuperável.

    Acredito que Putin ditou o fim desta comédia e tem a sorte de ter um povo com boa memória e um senso de honra.
    Parece que após a destruição da Líbia a sua política mudou radicalmente, ele soube ouvir Gaddafi, que era um dos melhores conspiradores com 15 anos de antecedência.
    Para a Síria, ele disse stop, os Estados Unidos ainda queriam bombardear excessivamente o enésimo país porque Bashar al-Assad não estava jogando o seu jogo.

    No entanto, todos os jornalistas ocidentais parecem esquecer os slogans gritados durante o maidan (matar todos os russos), as pessoas queimadas vivas em Odessa, cujas imagens foram transmitidas na televisão e seguidas de aplausos, proibição da língua russa na ucrânia, não cumprimento dos acordos de Minsk, etc…
    Se Putin não é um bom homem, como dizem, dos europeus?

    O objetivo de guerra de Putin/ Rússia foi Kiev e uma guerra relâmpago? Quando ele teve declarações russas sobre isso? Fontes? Não acredito que uma única fonte russa tenha dito isso.
    O exército russo está com problemas? Então por que Zelensky quis negociar depois de alguns dias?
    Depois da queda de Soledar, os governos pensaram que deviam apoiar a Ucrânia? Isso significa que até lá não o fizeram?
    Muita imprecisão nestes jornalistas.

    No que diz respeito ao exército russo , não é pior do que um exército dos EUA ou da NATO que, até agora, não conheceu mais do que coligações contra países ( Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria)que não são grandes potências militares e, apesar disso, não podemos dizer que foram vitórias, dado o caos que reina hoje . Não basta levar a cabo uma guerra sem fim , é preciso pensar sempre no pós-guerra , o que fazem os Russos , eles passarão em breve por libertadores , pois é assim , os Ucranianos sofrem com o regime Zelensky , entre a corrupção e o neo-neo-nazismoO Parlamento Europeu aprovou uma resolução comum sobre a luta contra o terrorismo . o Exército Russo estava antes de 24 de Fevereiro em plena reforma e reestruturação ,após o colapso da URSS , a força da Rússia estava mais na defesa do território por armas de dissuasão do que em um exército ofensivo . O Exército Ucraniano foi aniquilado desde o início, eles estão agora a recrutar à força homens com mais de 55 anos ou rapazes muito jovens acabados de sair do liceu , sem os mercenários Polacos, EUA, UK e o apoio da NATO a guerra teria acabado. Imaginem o exército “Português” contra o exército Russo , 1 dia e mais , então vamos levar a sério alguns tanques ou aviões não mudarão muito, a Rússia vai até o fim, não é uma parte do CALL OF DUTY! É uma guerra de alta intensidade e rezemos a Deus para que acabe da melhor maneira ,porque esta gente não tem juizo,ou pensam que se vão salvar..

  4. Joe Biden chegou a Kiev. Palhaço rico encontra-se com palhaço pobre. O circo está completo. Bilhetes à venda para a próxima matinée.

  5. O corrupto senil reúne-se com o corrupto varonil. Na arte de roubar em toda a sela, desconhece-se qual deles terá mais a ensinar ao outro.

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