A guerra que a Rússia perdeu em … março de 2022

(Daniel Vaz de Carvalho, in Resistir, 20/01/2023)

1 – A guerra psicológica

Em março de 2022, os “comentadores” de serviço explicavam que a Rússia havia perdido a guerra – iniciada um mês antes, além disso tinha ficado sem munições, os soldados sem vontade de lutar, até de falta de alimentos os militares russos padeciam. Estas afirmações foram repetidas mês após mês.

Na revista Visão, de 20/junho o sr. Luís Delgado (eminente administrador e dono da sociedade Trust in News, 12 revistas compradas por 10,2 milhões de euros em 2018) assegurava que com as novas armas americanas – “a vitória da Ucrânia é inquestionável, unidades russas correm o risco real de ficarem isoladas, cercadas e rendidas”. Tratava-se então dos HIMAR que mudariam o curso da guerra. Afinal a Rússia ainda não tinha sido derrotada… Deviam ter tomado atenção às palavras dos responsáveis russos: a resposta seria proporcional às iniciativas da NATO e os ataques ganhariam profundidade.

Porém havia outras “visões”: o Der Spiegel de 17/agosto, explicava porque uma grande ofensiva de Kiev no sul da Ucrânia dificilmente era possível. Uma guerra subversiva e ataques terroristas da Ucrânia são prováveis. Às Forças Armadas da Ucrânia “faltam experiência ofensiva e preparação para manobras maiores”. A Ucrânia carece de unidades bem treinadas e de armas.

As contradições da cobertura jornalística da guerra da NATO contra a Rússia na Ucrânia, assemelham-se – tal como a estratégia militar no terreno – às práticas nazis na fase em que a derrota se evidenciava, mas mostram também o baixo nível que a NATO atingiu, celebrando triunfante o assassinato de uma jornalista, Daria Dugina, de 29 anos – sujeita a sanções – cujo delito foi ter opiniões favoráveis ao seu país.

As centrais de desinformação alimentam os noticiários com narrativas, cujo objetivo é condicionar a capacidade de discernimento e interpretação dos factos, criando uma ambiente virtual, em que os desejos são tomados como realidades. Em “Lutando contra a Psyopcracy” é afirmado:   “O constante reforço dessas mentiras entrincheira-se na mente pública e, com o tempo, passa a ser aceite como verdade inquestionável”. “É difícil de combater porque não é um inimigo físico, mas sim mensagens que se alojam na mente das pessoas”. “Propositadamente não são informadas de que a guerra realmente começou em 2014, depois do golpe apoiado pelos EUA, que levou os falantes de russo no Donbass a declararem independência, após o que o governo golpista os atacou militarmente. Outros fatos são removidos da história, como os tratados propostos pela Rússia aos EUA e à NATO em dezembro de 2021, que teriam impedido a intervenção da Rússia na guerra civil ucraniana”.

As reportagens sobre a Ucrânia têm sido uma mistura de ilusões e propaganda, organizada por agências de notícias e serviços secretos ocidentais, omitindo a verdade, a lógica e a realidade. Reportagens essencialmente destinadas a manter os povos ocidentais sob controlo nas dificuldades que enfrentam em resultado das decisões suicidas das suas elites políticas controladas pelos EUA.

No entanto, não é difícil distinguir entre a propaganda e a realidade. Basta comparar o que foi sendo dito ao longo do tempo, as contradições, as inconsistências. Claro que é necessário ter memória, sem memória não há associação de ideias nem, portanto, raciocínio consistente.

2 – Da propaganda à realidade

Como é que o que está a acontecer na Ucrânia se compatibiliza com o que os media andaram a dizer antes? Um dos aspetos é que as perdas ucranianas nunca são mencionadas. Só recentemente se foi por vezes apresentando “pesadas perdas de ambos os lados”, contra toda a lógica dos combates, em que o exército da Ucrânia/NATO era antes dos avanços russos massacrado com intensas ações de artilharia e mísseis.

A retirada da Rússia de algumas zonas foi festejada como uma eminente derrota e a garantia que Kiev tomaria conta do território como existia antes de 2014, numa intensa campanha psicológica. Na verdade a NATO, que é quem na realidade comanda as operações, fornece homens e armas, caía numa armadilha. As unidades ucranianas e mercenários da NATO, ocupantes daquelas zonas – conquistadas com pesadas perdas – foram sujeitas a constantes bombardeamentos com perdas de vidas e material.

O comandante do batalhão neonazi Svoboda, cuja unidade tenta manter Bakhmut, disse aos media ocidentais no início de dezembro que os campos e florestas ao redor estão repletos de cadáveres de soldados ucranianos”. Segundo fontes ocidentais as perdas diárias ucranianas perto de Bakhmut/Artyomovsk chegam a um batalhão (500-800 pessoas), os hospitais estão superlotados e escolas estão sendo convertidas em hospitais.

Um surpreendente relato colhido no terreno por um jornal ucraniano, o Kiev Independent, é ignorado pelos media. “Para os soldados ucranianos com a tarefa de suportar as primeiras linhas há pouca esperança de uma trincheira ou abrigo não ser atingido diretamente. Algumas unidades estão simplesmente a ficar sem pessoal. Nestas condições a crença acerca da pobre eficácia das forças de combate russas pode ser rapidamente posta de parte. Fala-se das enormes perdas sofridas pelas russos, mas pelo que pude ver em Bakhmut as coisas estão mais ou menos bem para eles. Em termos de coordenação geral no terreno entre as suas brigadas e artilharia, pode dizer-se que o fazem muito bem e como é difícil lutar contra eles”.

O fundador e chefe da PMC Mozart, o coronel aposentado dos Fuzileiros Navais dos EUA Andrew Milburn, em entrevista à American Newsweek, afirmava que as Forças Armadas da Ucrânia estão sofrendo “perdas incrivelmente altas” em Bakhmut/Artemovsk, recrutas não treinados são enviados como reforço. Os números de mortes e desaparecidos em combate estão na casa das centenas de milhares.

Afinal os tais mísseis que já não existiam continuam a cair sobre a Ucrânia. Depósitos de equipamentos, munições, combustíveis, lubrificantes são destruídos. Centros ferroviários essenciais para a movimentação de tropas e material, deixam de existir. Por exemplo, em resultado de um ataque em Drumzhkovka, à plataforma para descarregar comboios militares, 120 militares ucranianos morreram sendo destruídos lançadores HIMARS, veículos de combate, rockets, veículos, etc. São também atacadas concentrações de tropas da Ucrânia na retaguarda operacional de Bakmut/Artyomovsk.

As infraestruturas energéticas estão destruídas em 70%, o resto funciona precariamente com ligações provisórias e geradores móveis fornecidos pela UE/NATO. Vastas regiões estão sem a energia necessária e de modo fiável. Há também interrupções no fornecimento de água, Internet móvel e comunicações por telemóvel. Afirma Vitali Klitschko, autarca de Kiev: “Está muito frio na Ucrânia agora, viver sem eletricidade e aquecimento é quase impossível. A situação é crítica. Estamos a lutar para sobreviver”.

Escrevia Die WeIt, segundo um diplomata: “Estamos muito preocupados que, devido a ataques à infraestrutura energética, muitas pessoas sejam forçadas a deixar a Ucrânia em condições de frio congelante” ( t.me/s/intelslava 04/12). De facto, ao mesmo tempo que os bem instalados elogiam a capacidade de sofrimento da população ucraniana, incentivam-nos a viver e morrer em condições terríveis.

Os ataques à Rússia, propalados como importantes vitórias, saldam-se por represálias muito dolorosas. Em resposta ao ataque a uma concentração temporária de militares russos em Makeyevka, em que morreram 120 soldados, em 24 horas, foram atacados pontos de concentração de militares ucranianos em Kramatorsk, tendo morrido mais de 600 soldados.

Na realidade, no campo militar a guerra na Ucrânia foi vencida pela Rússia que decide o ritmo das operações. Os soldados ucranianos mais qualificados e experientes foram mortos ou capturados, os recrutas idosos e jovens não farão a diferença, tal como mais armas da NATO, cujo destino será o das anteriores. É triste que um país seja forçado por potências estrangeiras a lutar até o último homem sem esperança no futuro, apenas com a perspetiva de maior destruição. É o que é dado perceber da realidade.

Stoltenberg, que antes proclamava que a Rússia tinha de ser derrotada, diz agora: “a Rússia não pode ganhar a guerra”. É uma significativa nuance. Mas há duas questões que os jornalistas nunca colocaram aos prolixos “comentadores”: Em que condições a UE vai existir na base de sanções à Rússia – e a outros países? Como vai a “Ucrânia” (leia-se NATO) vencer a Rússia nesta guerra que os EUA iniciaram em 2014? Também gostaríamos de saber.

3 – A NATO na guerra da Ucrânia

A posição da NATO nesta guerra tem qualquer coisa de hipócrita e cobarde. Por um lado, é uma guerra que existe porque os dois acordos de Minsk foram um logro para dar tempo à NATO armar e treinar a Ucrânia para atacar as regiões russófonas que recusavam o golpe anticonstitucional de 2014 que iria permitir que a NATO se instalasse em Sebastopol (Crimeia). Por outro, chorando as vítimas civis (de facto mínimas comparadas com as das guerras dos EUA/NATO) fomentam o prosseguimento da guerra que só continua com o fornecimento de dinheiro, material e homens vindos dos países da NATO. Além disto. as negociações entre a Ucrânia e a Rússia foram interrompidas pelos EUA em abril, dizendo contudo que as negociações serão como e quando a Ucrânia desejar. Tudo isto é triste…

Há algo de cobarde da parte da NATO, ao acusar a Rússia de crimes de guerra e apoiar o terrorismo, mas não ter a coragem de frontalmente fazer-lhe um ultimato e/ou chamá-la para a mesa de negociações. Continuam insistindo em sanções, que só prejudicam outras nações europeias e se tornaram ridículas aos olhos da grande maioria dos países que não as seguem.

Stoltenberg, normalmente sem noção real do que diz, acabou por desmascarar este jogo de interesses imperialistas: “a derrota da Ucrânia significa uma derrota para a NATO”. Na verdade a Ucrânia foi derrotada há muito tempo, o que se trata aqui é a derrota da NATO na Ucrânia.

Uma importante derrota da NATO deu-se ao perder o controle de todo o território de Soledar e com isso também, a maior produção de sal da Europa que agora pertence à Rússia. Soledar mostrou que nenhuma participação da NATO pode ajudar onde a velocidade e a pressão são a principal regra da batalha. Foram lançadas as melhores forças na defesa de Soledar, forças especiais de vários tipos, mercenários, nazistas selecionados, um monte de equipamentos, artilharia e aviação. No final, a batalha foi perdida. Soledar, (como Mariupol) teve defesas tornadas ainda mais fortes por oito anos de preparativos. Além de mais de 200 km de túneis e minas, Soledar tem uma zona industrial muito grande que tornou os avanços muito difíceis e perigosos.

Algumas fontes afirmam que foram perdidos 14 batalhões numa tentativa desesperada de evitar a derrota. Lavrov afirmou que o “ocidente” perdeu na Batalha de Soledar 25 mil soldados entre ucranianos e mercenários ocidentais. Agora Bakhmut/Artemovsk está prestes a cair com todas as suas fortificações.

Bakhmut/Artemovsk é considerado o ponto central da Frente Oriental e um centro logístico sério, com capacidades únicas de defesa, que incluem a divisão da cidade por barreiras de água e um complexo de povoações num sistema de defesa unificado. Além disto existe um sistema de túneis, na verdade uma rede de cidades subterrâneas, onde não apenas pessoas, mas também tanques e veículos de combate de infantaria se movem. “(Intel Slava Z – Telegram 07/01)

As tropas da NATO contratadas por empresas privadas (PMC) são consideráveis, são principalmente polacos, britânicos e também dos EUA. Contudo, a sua situação é extremamente difícil devido aos incessantes ataques da artilharia. A Rússia nesta fase procura destruir o exército da Ucrânia/NATO, sendo destruídas posições de defesa antiaérea e antitanque. A Rússia tem assim preparado um cenário de batalha favorável, para garantir sucesso com mínimo de perdas, enfraquecendo oponentes e infraestruturas.

Os contra ataques da Ucrânia são lançados apenas por razões de propaganda política, saldando-se por pesadas perdas. A NATO tentou atacar em Kherson, mas falhou sucessivamente, reduzindo-se agora a principalmente voos de reconhecimento de UAV e artilharia. Idem para Kharkov onde os ataques dos ucranianos foram praticamente interrompidos. A Rússia tem também avançado noutros locais e destruindo posições ucranianas e equipamentos com artilharia de alta precisão.

A guerra na Ucrânia mostrou a falta de preparação do ocidente para conduzir hostilidades de longo prazo, afirmou o jornal espanhol El País. Os países ocidentais enfrentam problemas devido ao esgotamento dos arsenais e à má preparação da indústria militar para resolver sérios problemas militares.

É bastante claro que (além de alguns enraivecidos) poucos europeus têm estômago para uma guerra continental em grande escala na Europa que deixaria os seus países em ruínas. No entanto, eles obedecem aos neocons dos EUA, sendo arrastados para o precipício.

4 – Ucrânia, Estado fantasma

A NATO mostra ser o contrário do rei Midas que transformava em ouro tudo em que tocava, a “aliança defensiva” transforma em caos e miséria tudo em que interfere. A Ucrânia é mais um exemplo, transformada em Estado fantasma. São de uma insensibilidade criminosa as bazófias de apoio vindos de dirigentes da UE/NATO.

O que define um Estado? Território, população, economia, grau de independência política. O território é definido pelas suas fronteiras e nada mais equivoco que as fronteiras da Ucrânia. A oeste a Polónia tem em vista ocupar uma parte das terras ricas, alegando direitos históricos. A Leste, para a Rússia são umas, para o Ocidente são outras.

Como Republica Soviética a Ucrânia tinha cerca de 50 milhões de habitantes. Em 2000, 48 milhões, em 2020, 41,7 milhões (sem Crimeia). A guerra causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus. O número de refugiados na Rússia ultrapassa 5 milhões de pessoas, a população no Donbass conta 6 milhões. Assim, a Ucrânia teoricamente controlada por Kiev contará no máximo 25 milhões de pessoas. Tenha-se ainda em conta que a taxa de natalidade cai catastroficamente.

Cerca de 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento. A UE/NATO tem de alimentar, vestir, alojar todas estas pessoas e financiar o Estado. A maioria dos refugiados não irá nem poderá retornar à Ucrânia.

Em termos económicos o pais afunda-se. O desemprego é estimado em 30% da população ativa, em algumas regiões pode atingir 80%. Os salários são baixíssimos: a maioria da população empregada recebe cerca de 381 dólares por mês. No entanto, o preço dos bens aumentou de 40 a 80%, de modo que as pessoas existem à beira da sobrevivência.

Segundo o BM o PIB caiu 35% em 2022, porém se os ataques continuarem, o PIB afundará 50%. No quarto trimestre a produção industrial caiu entre 50 a 90%, dependendo da região. De facto, um país sem energia elétrica em condições normais, não pode ter uma economia funcional. Apenas pequenas empresas e lojas que trabalham com geradores podem ir funcionando; as instituições bancárias e municipais operam de forma limitada. Não há na atual situação soluções para esta crise energética.

A dívida governamental é de mais de 100 mil milhões de dólares. Para o Wall Street Journal a Ucrânia está à beira do colapso financeiro. Kiev luta para encontrar fundos, pondo em risco a estabilidade do sistema financeiro. Os impostos cobrem apenas cerca de 40% do orçamento, mais de 60% do qual são gastos militares. O Express dos EUA revela que o défice mensal da Ucrânia é de 5 mil milhões de dólares. O governo de Kiev apenas sobrevive com as ajudas de Washington e Bruxelas.

A Ucrânia, o país mais corrupto da Europa, é um buraco negro para o dinheiro e equipamentos militares ocidentais. Para a manutenção da guerra com a Rússia e a sobrevivência do regime nazifascista da Ucrânia os EUA já comprometeram mais de 10 mil milhões por mês desde fevereiro, a que acrescem as verbas da UE, que chegam a milhares de milhões por mês. Há ainda que sustentar 14 milhões de refugiados internos e na UE e a administração pública. Para o ano fiscal de 2023 os EUA consignaram 44,9 mil milhões de dólares para a Ucrânia.

Sem tais subsídios, Zelenski não teria durado mais de dois meses na guerra. A questão é quanto tempo vai durar esse fluxo? A congressista Marjorie Taylor Green exigiu uma auditoria à utilização dos fundos que os EUA entregam à Ucrânia, A proposta foi chumbada na comissão respetiva: 22 parlamentares votaram a favor do documento, 26 contra.

A propaganda e os políticos da NATO/UE repetem que “a Ucrânia defende o mundo livre”, que “defende o Ocidente”, que “defende os Estados Unidos”. É um absurdo. Como pode um país fraco, dos mais pobres da Europa, defender os EUA, dito o país mais poderoso do mundo? Os ucranianos têm que sofrer e derramar seu sangue na “defesa” de um país que dista mais de 10 mil km?

À medida que a guerra progride, o fluxo de dólares cresce, e numa Ucrânia devastada por bombardeamentos russos e ucranianos, sem vida económica real, que vive do dinheiro da UE/NATO para funcionários públicos, importações de alimentos, equipamentos, soldados, mercenários, é toda uma população submetida à guerra e que vai morrendo ou fugindo.

É neste panorama que Zelensky exige que todo o território da Ucrânia pré-2014, incluindo a Crimeia, deve ser colocado sob o poder instalado em Kiev. Bem, se o clã de Kiev quisesse assim tanto aos seus cidadãos, não teria assassinado 14 mil deles nos últimos oito anos e retomado os bombardeamentos no início de fevereiro de 2022, antes da invasão russa.

A Ucrânia está a perder tudo o que foi criado no seu território nas décadas passadas. É impossível imaginar quanto custará repor centrais, redes elétricas e ferroviárias, zonas habitacionais, infraestruturas. Como diz Alyona Zadorozhnaya, Zelenski alcançou resultados únicos e trágicos na destruição da Ucrânia. Ele conseguiu reduzir a população da Ucrânia ao nível de um século atrás, colocar o país em escravidão ao ocidente e privar os concidadãos dos benefícios mais elementares da civilização.

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6 pensamentos sobre “A guerra que a Rússia perdeu em … março de 2022

  1. Nestes dois parágrafos, revela-se a EUFORIA do SR. DANIEL VAZ DE CARVALHO, ao afirmar, subreptíciamente, que quem está a perder a guerra, ao contrário do título, é a Ucrânia.

    “A propaganda e os políticos da NATO/UE repetem que “a Ucrânia defende o mundo livre”, que “defende o Ocidente”, que “defende os Estados Unidos”. É um absurdo. Como pode um país fraco, dos mais pobres da Europa, defender os EUA, dito o país mais poderoso do mundo? Os ucranianos têm que sofrer e derramar seu sangue na “defesa” de um país que dista mais de 10 mil km?”

    Argumento de peso…

    MAS DEPOIS :

    “A Ucrânia está a perder tudo o que foi criado no seu território nas décadas passadas. É impossível imaginar quanto custará repor centrais, redes elétricas e ferroviárias, zonas habitacionais, infraestruturas. Como diz Alyona Zadorozhnaya, Zelenski alcançou resultados únicos e trágicos na destruição da Ucrânia. Ele conseguiu reduzir a população da Ucrânia ao nível de um século atrás, colocar o país em escravidão ao ocidente e privar os concidadãos dos benefícios mais elementares da civilização”.

    E CONTA, EM FORMA DE PERGUNTA, A “ANEDOTA MACABRA” ::

    “Como pode um país fraco, dos mais pobres da Europa, defender os EUA, dito o país mais poderoso do mundo? Os ucranianos têm que sofrer e derramar seu sangue na “defesa” de um país que dista mais de 10 mil km?”

    TEM TODA A RAZÃO, SR, DANIEL:

    DE FACTO “Zelenski alcançou resultados únicos e trágicos na destruição da Ucrânia. Ele conseguiu reduzir a população da Ucrânia ao nível de um século atrás, colocar o país em escravidão ao ocidente e privar os concidadãos dos benefícios mais elementares da civilização”.

    E, “O PAÍS MAIS POBRE DA EUROPA”, A UCRÂNIA,COMO MUITO BEM DIZ :

    Está a perder tudo o que foi criado no seu território nas décadas passadas. É impossível imaginar quanto custará repor centrais, redes elétricas e ferroviárias, zonas habitacionais, infraestruturas.

    COMO SE VÊ, UMA “COERÊNCIA” ABSOLUTAMENTE INULTRAPASSÁVEL !

    HOJE, FAZENDO “ZAPPING” VI, NO CANAL 224 FRANCÊS M6 duas interessantes reportagens, que já sei que NINGUÉM VAI VER, mas alguém virá aqui argumentar, apriorísticamente, como é costume, que são mera “propaganda ocidental”, ao contrário do SR. DANIEL e outros comentadores, que têm o exclusivo da verdade “verdadeira” da propaganda pró-russa…

    CANAL 224 : 19.Jan.2023 (21h55m)

    1 – Affaire Litvinenko: Um assassinato de Estado

    Súmula : Novembro 2006 – Alexandre Vitvinenko, antigo agente do KGB, foi hospitalizado em Londres, acusando Vladimir Putin de ser o mandante do seu assassinato. A autópsia revelou que ele foi envenenado com “Polonium 210”

    2 – Oligarcas russos . A grande caçada (22h55m)

    Súmula : – Depois da invasão da Ucrânia e as sanções tomadas contra Moscovo, a União Europeia decidiu congelar o património dos oligarcas russo, esses homens de negócios ultra-poderosos acusados de financiar a guerra.

    E EU, COMO O SR. DANIEL, TAMBÉM GOSTO DE CONTAR ANEDOTAS :

    Já por aqui alguém falou naquela anedota do “empregado” russo da empresa de mercenários WAGNER”, que resolveu “pedir a demissão e emigrou a salto” para a Finlândia, onde promete contar as atrocidades desse grupo de “patriotas” a soldo de Putin e do seu exército ?

    É claro que, em resposta, logo veio um “administrador da empresa” afirmando que as atrocidades que o ex empregado ameaça contar, foram praticadas por ele…

    ORA DIGAM LÁ QUE ISTO NÃO É DE REBOLAR A RIR ?

    • De rebolar ainda mais a rir é saber que esse Andrei Medvedev é ucraniano e que se juntou às forças armadas ucranianas em Março…

      Afinal por onde é que o homem andou e porque é que decidiu ir combater com o inimigo 3 meses depois de se alistar para defender o seu país ?

      https://www.ojogo.pt/modalidades/tenis/noticias/tenista-ucraniano-com-11-titulos-atp-juntou-se-ao-exercito-para-combater-russos-14683383.html

      E antes de pensares “Aha! Foi capturado e forçado a combater!”, pensa que ele diz que assinou um contrato de livre vontade…

      https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ex-comandante-do-grupo-wagner-da-russia-pede-asilo-na-noruega/

      És basicamente o protótipo daquilo a que se chama “memória curta”, pá… Nem os senhores da tua cabeça se dão ao trabalho de ser minimamente coerentes com o que publicam.

      O mais provável é o gajo ter servido como infiltrado porque o chefe do Wagner acusou-o de maltratar prisioneiros e, quando vai a ser processado, salta a fronteira…

      Já agora: um tribunal que diz que é “provável” que alguém tenha mandado envenenar alguém já demonstrou para o que vem… Não há factos, não há provas, não há nada… Tribunais europeus… Essa história é como a do Skripal.

      • Mateus Ferreira

        Eu só não adivinho a chave do totoloto ! Aqui estás TU a destilar verrina, a bolsar veneno, a chutar para canto, em defesa “dos bons” (os russos…)

        Sobre o principal da crónica do SR. DANIEL, de que certamente, só leste os dois parágrafos que transcrevi, em que ele advoga que “Zelensky alcançou resultados únicos e trágicos na destruição da Ucrânia. Ele conseguiu reduzir a população da Ucrânia ao nível de um século atrás, colocar o país em escravidão ao ocidente e privar os concidadãos dos benefícios mais elementares da civilização”.não dizes nem uma palavra !

        Compreende-se: O texto é uma lauda ao Putin. Só lhe faltou dizer que foi Zelensky quem, há um ano acordou mal disposto e começou a destruir à bomba, o património histórico, arquitectónico, cultural, os bairros habitacionais cheios de pessoas, os hospitais, as maternidades. A assassinar milhões dos seus compatriotas, homens, mulheres, crianças, idosos, e a pôr em fuga outros tantos milhões…

        Foi “Zelensky que alcançou resultados únicos e trágicos na destruição da Ucrânia? Foi ele que conseguiu reduzir a população da Ucrânia ao nível de um século atrás, colocar o país em escravidão ao ocidente e privar os concidadãos dos benefícios mais elementares da civilização”.escreve O SR. DANIEL com um descaramento igual ao teu !

        “Colocou o país em escravidão ao ocidente” continua O SR. DANIEL ? Ou é o assassino Putin que está a reduzir os ucranianos à mais torpe escravatura, e a privá-los, por todos os meios, dos mais elementares benefícios da civilização” ?

        A ti, e aos outros “pacifistas” o que convém é fazerem o papel das intriguistas “mulheres de soalheiro para todo o serviço” a varrerem sem qualquer sucesso, nem vergonha, estes verdadeiros crimes contra a Humanidade, para debaixo de um imenso tapete…

        E tens a leviandade e o descaramento de pensares que consegues…

        A TI, O QUE TE INTERESSOU, FOI TRIPUDIARES COM O TRÂNSFUGA DESERTOR, SE ERA UCRANIANO OU RUSSO, COMO SE ISSO FOSSE IMPORTANTE….

        É UM MERCENÁRIO COBARDE E DESERTOR CONTRATADO PELA MILÍCIA RUSSA.
        E SE É UCRANIANO, É UM TRAIDOR DO SEU POVO, E NÃO SERÁ O ÚNICO.

        E é claro que Vitvinenko estava em Londres de férias do KGB, numa esplanada a beber um belo uísque, enganou-se no copo e bebeu “Polónium 210″…Não há provas nenhumas, a única prova, que não é de levar em conta, foi o veneno que, na autópsia, lhe encontraram no estômago, para além da sintomatologia e a rápida degradação física que o levaram à morte.

        Mas óbviamente que Putin nega ! Ele estava tão longe de Londres, como podia ser ele o autor do crime ? E quem é que tem culpa de o “turista” se ter enganado no copo?

        E os multimilionários oligarcas russos, que em toda a Europa compraram sumptuosas mansões (incluindo Putin que tem uma, bem identificada, na Itália), e iates de luxo, que estão arrestadas pelos vários governos, desabitadas e guardadas por forças de segurança, que facultam visitas aos jornalistas devidamente credenciados ?

        E os que aparecem “suicidados”… e porquê ? Teriam deixado de dar “o óbulo” ao Putin ?

        Nem te deste ao trabalho de ver as reportagens do Canal francês ! Pois claro, Para ti, só o que vem de Moscovo e dos seus lacaios, é que é “a verdade a que tens direito”!

      • Então, toda a tua argumentação assenta no facto de teres um “empregado” (para usar as tuas aspas) que se “demite” e que veio denunciar alegados crimes cometidos pelo Grupo Wagner…

        Mas quando descobres que o gajo, afinal, era ucraniano, a tua teoria é a de que ou é um desertor cobarde ou é um traidor do seu país.

        Mas então o gajo não era a prova das atrocidades do Wagner e do Kremlin e do Putin e de mais não sei o quê ? E agora passou a ser um desertor cobarde do Wagner ou um traidor do país ?

        Como é que é isto ?

        Metes as mãos pelos pés a cada linha que escreves…

        Segundo: meter palavras nos comentários das pessoas é má educação…

        Eu nunca disse que não havia provas do envenenamento.

        Eu disse que não havia provas de que o envenenamento tivesse tido mão do Estado Russo ou do Presidente. E é isso que diz o inquérito do Tribunal Europeu para os Direitos Humanos: é “provável” que Putin tenha encomendado a coisa.

        Que eu saiba, “provável” não é nem culpado, nem inocente. Não é nada em termos jurídicos. Porque não há provas, há especulação alimentada por interesses políticos.

        Também curioso é tu não dizeres mais nada do teu Litvinenko: o gajo desertou da Rússia e do FSB (não do KGB que foi extinto em 1991) em 2000 por enfrentar acusações de corrupção e uma sentença de prisão de até 3 anos e meio.

        E desertou sabes para onde ?

        Para Inglaterra e foi trabalhar para o MI6.

        Enquanto em Inglaterra, estava na folha de pagamentos de um oligarca russo que vivia no UK na época (Boris Berezovsky) com quem se dava muito bem quando era precisa financiar “críticos do Estado Russo” – isto é palavreado para “formatar a opinião contra os selvagens do leste que não são civilizados como nós”.

        Porque é que tu achas que um oligarca financia críticos das autoridades do seu país ? São oligarcas de bem, é isso ?

        Agora, nada disto justifica a morte de alguém como é óbvio.

        Mas nada disto explica algumas coisas acerca do inquérito realizado pelas autoridades britânicas:

        Não se explica porque é Kovtun e Lugovoy, os “agentes do Kremlin” acusados de envenenar Litvinenko, fizeram 3 viagens a Londres para matar um homem com Polónio-210, uma substância radioactiva que tem a capacidade de matar 50 milhões de pessoas com apenas 1 grama e que não ocorre facilmente na natureza, sendo o seu meio de produção mais usual em reatores nucleares.

        Também não explica que só são produzidos 100 gramas de Polónio-210 por ano pela sua inviabilidade económica e também não explica que:

        «It is known from estimates that the uptake of about 20 MBq (20 million Bq) of polonium-210 can lead to death within a few days. As polonium-210 has a very high specific activity (1.67×1014 Bq/g), this activity – expressed in grams – corresponds to a very small amount (approx. 0.1 µg) of polonium-210.»

        [The becquerel (English: /bɛkəˈrɛl/; symbol: Bq) is the unit of radioactivity in the International System of Units (SI)]

        E ficas a saber que um miligrama de Polónio-210 emite tanta radiação como 5 gramas inteiras de Rádio.

        Ou seja, 0.1 MICROGRAMAS de Polónio-210, por causa da concentração de radiação, tem a possibilidade matar uma pessoa em DIAS!

        Mas os agentes do Kremlin, como são uns incompetentes do diabo, fazem 3 (!!!) viagens a Londres para matar um homem com 0.1 MICROGRAMAS de Polónio-210 e, na primeira viagem, segundo a polícia Britânica, despejaram Polónio pelo lavatório (da ENORME quantidade que lhes sobrou da primeira tentativa de assassinato, não é ?) , na segunda viagem (segundo a polícia Britânica outra vez) tiveram um acidente, o contentor caiu dentro dum caixote do lixo do quarto de banho (sítio estranho para cair qualquer coisa) do quarto de hotel e limparam aquilo com toalhas (meu deus) e na terceira viagem, depois de usarem uma proporção de Polónio que nem é visível ao olho humano numa chávena de chá ainda foram para o Hotel e conseguiram despejar o suficiente do que restava da quantidade ENORME de que precisavam para matar um homem em DIAS (que sobreviveu SEMANAS depois de envenenado, já para não dizer mais de um mês desde a primeira tentativa de envenenamento) para que ainda se encontrassem vestígios num depósito de sedimentos da casa de banho do hotel.

        Para teres noção, foram encontrados vestígios de Polónio no quarto de hotel de Lugovoy e de Kovtun na primeira viagem a Londres a 16 de Outubro de 2006… E depois desta primeira viagem, foi determinado que o Litvinenko começou a ter vómitos que, na altura, atribuiu a uma intoxicação alimentar.

        A Segunda viagem foi feita de 25 a 28 de Outubro e nessa altura foi quando Lugovoy entornou o Polónio no caixote do lixo, segundo o inquérito. E esteve com o Litvinenko no BAR do Hotel!

        Ora, se uma pessoa mata alguém com um 0.1 MICROGRAMAS de Polónio-210 em DIAS, porque é que o entornar de uma quantidade suficiente para ser enformada pelo lavatório haveria de impedir os planos de o matar no bar do hotel com 0.1 microgramas de Polónio ?

        E a terceira viagem, de 31 de Outubro a 3 de Novembro de 2006, culminou com a doença do Litvinenko no dia 2 de Novembro, que sobreviveu até 21 de NOVEMBRO!

        19 dias!!

        E enquanto os teus agentes do mal se iam livrando de quantidades enormes de Polónio ao ponto de deixarem o que se chama de “contaminação primária” nos lavatórios, nos canos, em toalhas, caixotes do lixo e em depósitos de sedimentos do quarto de banho, iam levando consigo contaminação secundária para os locais de reunião (salas de empresas, restaurantes…) com o Litvinenko, mas nunca o mataram (apesar de se ter determinado que o homem começou a vomitar em Outubro) a não ser ao fim de duas/três semanas com uma chávena de chá num local público e com todos os indícios (e câmaras do hotel) a apontar para eles!

        Portanto, desperdício da substância radioactiva mais rara (e cara) do planeta enquanto não se mata um homem com a substância de que menos quantidade é necessária para se matar um homem.

        É como dizes: isto é de rebolar a rir.

        Independentemente de tudo o resto que foi apurado na investigação e que até constitui causa provável (falo da mera presença de Lugovoy e Kovtun em Londres) isto faria qualquer pessoa começar a pensar um bocado na estranheza e na incompetência de dois homens que podiam matar um outro de maneira muito mais fácil sem haver qualquer necessidade de deixar tanta contaminação e tanta pista contra eles, não é ?

        Isto é, sem terem de recorrer à substância radioactiva mais rara do planeta e que mais facilmente mata com o menor número de quantidade, apesar das quantidades enormes que eles transportavam de trás para a frente entre Moscovo e Londres ao ponto de andarem a despejar a coisa pelas pias.

        Quer dizer, será que ouviram falar de cianeto ?

        Que raio de agentes do KGB!

        Não é suposto estes russos serem uns assassinos 5 estrelas ?

        É que a pergunta crucial é mesmo esta: porque é dois ex-agentes do KGB (que não existe e transferiu as responsabilidades para o FSB) fazem 3 viagens a Londres para matar um homem da maneira mais conspícua possível (envenenamento por radiação), aparecendo em câmaras de segurança, estando em registos de hotéis e encontrando-se com a vítima em inúmeros locais (até salas de reunião), e, no meio disto tudo, vão DESPEJAR uma substância radioactiva raríssima e que custa imenso dinheiro a produzir (depois de não terem matado o seu alvo), que se sabe ter uma half-life de 140 e tal dias enquanto decai e que permite a sua identificação imediata por assinatura de radiação, nos CANOS dos lavatórios dos SEUS quartos de hotel ?

        Não queriam ser mais óbvios ?

        Achas que os espiões são burros ao ponto de deixarem tanta prova atrás de si ? Achas que eles não seriam imediatamente instruídos para não deixarem este tipo de provas para trás ?

        Mas não! Na primeira viagem que fazem… despejam o Polónio pelo lavatório para serem identificados mais facilmente quando o homem com quem se encontram morrer envenenado por radiação!

        Enfim…

        Quanto ao resto, não comento porque não tenho nada a dizer.

        Tu não falas dos Acordos de Minsk, não falas de 8 anos de bombardeamentos, não falas de uma proposta enviada pela Rússia aos EUA, Ucrânia, França e Alemanha em Dezembro de 2021 para evitar a guerra e não falas da violação do cessar fogo pelas forças armadas ucranianas em 16 de Fevereiro de 2022 com milhares de bombardeamentos diários ao Donbass, dias antes da Federação Russa intervir.

        Não falas também da utilização das forças armadas ucranianas de civis como escudos humanos em Mariupol e noutras frentes de combate, não falas da colocação de sistemas anti-aéreos em zonas civis e de forma ilegal (algo que tem causado inúmeros danos desnecessários em áreas residenciais e mortes civis) e não falas dos bombardeamentos deliberados desde Junho do ano passado à cidade de Donetsk com bombas que espalham minas pessoais no meio das ruas da cidade onde andam crianças ou o recurso a mísseis dos HIMARS para bombardear prédios de habitação que matam mulheres e crianças às dezenas.

        Não falas de nada disto. Como não falas de nada disto, eu não respondo ao que o Daniel Carvalho diz do Zelesnky porque ele tem razão.

        O Zelesnky, eleito com base numa plataforma de reconciliação e de paz com o Leste do país, não fez nada disto. Ajudou à escalada de tensões.

        Como tal, e como recusa negociações a toda a hora, só o Zelesnky é responsável pela situação em que afundou a Ucrânia.

        Não te esqueças dos off-shores dele e dos amigos.

        Encerrada a conversa.

        • ATÉ QUE ENFIM !

          ESPERO QUE DESTA VEZ RESULTE.

          “METES os pés pelas mãos” a justificares todos os “pormenor…zinhos” das tuas desesperadas tentativas argumentativas, para teres razão…Mas só sobre o desertor da WAGNER.

          SOBRE o “artiguelho” do SR.DANIEL VAZ DE CARVALHO, NEM PIAS !
          È óbvio que estás de acordo com ele…

          NÃO TENS NADA A DIZER SOBRE, MAS A PROLIXIDADE DA TUA “ARGUMENTAÇÃO” ACERCA DO DESERTOR, ESTÁ DE ACORDO COM O TEU (E DELE…) DESCARAMENTO.

          DEPOIS, “dás-me” lições de “boa-educação” porque…meter palavras nos comentários das pessoas, bláblábláblá…e perdes-te em rodriguinhos sobre a palavra “provável” ! TUDO E NADA SERVEM-TE SEMPRE COMO “ARGUMENTOS”.

          NESSE ESFORÇO, nem te apercebes do quão ridículo és ! Sobre “pintelhinhos”, sabes tudo…para o resto, “não tens tempo” . Olha que “força de argumentos” !!!!!!!

          ANDO HÁ QUE TEMPOS a dizer-te que não tenho paciência para malhar em ferro frio.

          Espero que seja a última vez que arrumo o malho, a bigorna !

          PELA 4.ª VEZ : PONTO FINAL PARÁGRAFO !

  2. Quando vejo propagandistasj, seja de que lado for, fico fora de mim. Este texto é um chorrilho de mentiras e manipulações pró-Kremlin, um disco riscado das aldrabices do Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa Russo.

    «Em resposta ao ataque a uma concentração temporária de militares russos em Makeyevka, em que morreram 120 soldados, em 24 horas, foram atacados pontos de concentração de militares ucranianos em Kramatorsk, tendo morrido mais de 600 soldados.»

    Isto é pura e simplesmente mentira. Aliás, várias mentiras, entretanto desmascaradas pelas fontes mais credíveis deste conflito, que até são pró-Russas (Rybar) ou pelo menos pró-Donbass (Erwan Castel):

    1- morreram pelo menos 200 soldados russos (não apenas 120) nesse ataque de grande sucesso dos UkraNaziNATO, fora os feridos irremediavelmente fora de combate. O MdD Russo mentiu pela metade, o MdDUcraniano mentiu pelo dobro.

    2- não foi atacada nenhum ponto de concentração de militares em Kramatorsk como represália a esse sucesso dos UkraNaziNATO. As imagens mostradas pelo MdD Russo são de um edifício abandonado que estava inteiro (aliás até as lâmpadas estava inteiras e a funcionar), e não há uma única imagem de um único corpo. No máximo, houve um ataque Russo cujo impacto nesse edifício nem sequer foi directo, e as imagens serviram apenas para efeito de propaganda caseira, para de alguma forma trazer vingança (ou algum sentimento de justiça) aos familiares dos mais de 200 recente mobilizados (aspecto importante) que morrerem no ataque de sucesso dos UkraNaziNATO na passagem de ano.

    Isto é apenas uma das mentiras deste chorrilho de propaganda pró-Kremlin. A outra é sobre a “retirada estratégica e organizada da Rússia em Kharkov, com grandes baixas para os UkraNaziNATO”, quando quem está bem informado sabe que foi uma humilhação total da Rússia, com perda de vidas e de material, e pior, abandono dos civis pró-Russos às mãos dos assassinos/genocidas de Azov e companhia, e uma contra-ofensiva muito bem preparada pelos UkraNaziNATO numa zona muito mal defendida pelos Russos, com vários casos de tropas a ficarem isoladas e a tornarem-se ou prisioneiros de guerra ou a lutar até à morte.

    Aliás, esta perda foi dupla, pois para além do que já descrevi, a Rússia ficou durante meses sem a cidade de Lyman (já nem digo Izium) que era essencial para o ataque de Norte contra a linha defensiva UkraNaziNATO em Severks primeiro, e Sloviansk depois. E só agora é que a Rússia está finalmente a recuperar iniciativa em relação a Siversk, após o trabalho dos Wagner PMC em Soledar (auxiliados por inteligência/artilharia/aviação do exército Russo e das milícias ex-Ucranianas das LDPR).

    Não tenho tempo para mais, estou a ficar sem paciência para caçar e humilhar vigaristas/propagandistas de ambos os lados deste conflito. Mas digam o que disserem, há coisas que são de tal forma verdade que ninguém as pode sequer contrariar (e quem o faz ou é ignorante, ou propagandista):

    1- o objectivo inicial da Rússia de libertar a República de Donetsk ainda está travado (mas não parado) na linha defensiva estabelecida pelos UkraNaziNATO em finais de Junho (quando se antecipava a total libertação da cidade de Lisichansk e dessa forma da totalidade da República de Lugansk);

    2- os HIMARS com mísseis de 80 Km de alcance mudaram o conflito favoravelmente para o lado UkraNaziNATO e foram a razão que obrigou a Rússia a desistir (temporariamente ou não, só saberemos mais tarde) da cabeça de ponte de Kherson (todo aquele território a Oeste do rio Dnieper);

    3- a actual escalada prometida pela NATO aumentará o alcance dos HIMARS para 150 Km… Portanto é olhar para o ponto 2 e é só fazer as contas;

    4- não está fácil nem para um lado nem para outro. Mas quem mais se f*de são os Ucranianos civis (sejam pró-Ocidentais ou pró-Russos) nas zonas que a cada momento vão desenhando a linha da frente. Portanto quem quer o prolongamento da guerra “custe o que custar” e “até ao último Ucraniano” é o principal criminoso: EUA, UK, UE, NATO, e extremistas UkraNazi;

    5- há um lado decente que defende a paz, mas que não deixa de intervir militarmente para se defender a si e ao seu povo. E há um lado indecente que recusa a paz (aliás até violou os acordos de Minsk) e quer mais armas para prolongar a guerra, seja via batalhões regulares, seja via batalhões de ultra-naZionalistas;

    6- há propaganda dos dois lados. É muita mas mesmo muita mais do lado UkraNaziNATO, mas como se viu é preciso também estar atento aos propagandistas do Kremlin. Isso não significa que mintam sempre, aliás a melhor propaganda é a que engana com base numa verdade parcial. E já todos fomos vítimas disto, estejamos de que lado estivermos, e tenhamos que opinião tivermos, neste conflito;

    7- um dia isto há-de acabar em negociações, como todas as guerras. Mas quem terá de fazer a esmagadora maioria das concessões é o lado UkraNaziNATO, pois isto passa-se na fronteira de uma potência nuclear que olha para a questão como existencial (e com toda a razão, dado o cadastro da NATO/EUA e ameaças que o regime genocida ocidental fez contra todo o povo Russo);

    8- nós, comuns mortais, continuaremos a sofrer e a tentar sobreviver num Mundo injusto com um sistema económico pornográfico, enquanto os accionistas/oligarquia do Complexo Militar Industrial irão gozar a vida com o lucro que esta guerra (e outras) lhes deu, e usar parte do dinheiro para convencer políticos corruptos a provocar as guerras/lucro seguintes, e a financiar a máquina de propaganda “imprensa livre” a convencer o povinho de que tem mesmo que ser assim;

    9- a escalada belicista e a provocação está num ponto em que um erro de cálculo pode levar à ÚLTIMA Guerra Mundial, aquela, nuclear, de que só as baratas se vão lembrar;

    10- se a Rússia e a China tivessem outros Presidentes, e o Irão e companhia outros regimes, tudo isto aconteceria da mesma forma. Se a Europa tivesse outros líderes, e os EUA fossem um regime diferente, tudo isto podia ter sido evitado. Acima de tudo o resto, esta é que é a grande verdade inconveniente que os umbiguistas ocidentais não conseguem enxergar. O rebanho Ocidental recebeu lavagem cerebral a um ponto que até deve deixar Kim Jong-un invejoso… No meu dicionário moral, isto justifica um golpe de Estado. Alguém viu por aí um MFA?

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