Tudo ao contrário!

(Hugo Dionísio, in Facebook, 12/01/2023)

Oito anos de construções fortificadas, túneis, bunkers e depósitos de armamento sem fim, dois meses de reposicionamento de reservas e perdas humanas militares, eis que tudo começa, finalmente, a colapsar. As perdas humanas situam-se na casa das dezenas de milhares de jovens, menos jovens, nacionais e estrangeiros, eis que aconteceu o inevitável. O comediante que é presidente, nos seus vídeos diários a partir de um qualquer bunker ou numa qualquer mansão resistiu sempre a fazer o que o oponente faz quando considera que o esforço é demasiado para o ganho: recuar para uma linha de defesa mais sólida, poupando homens e equipamento.

A narrativa oficial, partilhada vezes sem fim, ecoando “as vitórias mais importantes desde a Segunda Grande Guerra”, para o lado doméstico, não será despicienda, para a decisão de lutar até ao último homem. Afinal, qualquer decisão, de dar por perdida uma importante cadeia defensiva, implica uma inversão total na narrativa propagada pela imprensa corporativa do Atlântico Norte. Há que preparar primeiro o público, seguidor implacável de tais narrativas. Dizer-lhe a verdade, não é uma opção, pois tal significaria dizer efectivamente o contrário do que se tem dito, nomeadamente quanto ao desfecho inevitável do conflito.

Esta é mais uma guerra usada como ciclo de acumulação capitalista, facto bem patente na importância destes últimos 9 anos de sanções para a inversão da tendência no mercado mundial de armamento, que colocava os dois indirectos contendores em competição directa e com números muito próximos. Só que tal situação como que se inverteu, sendo hoje os EUA, o incontestável líder da venda mundial de armamento, com cerca de 2/3 a mais em valor de vendas do que o seu maior concorrente directo (a FR).

Não quer dizer que vendam mais quantidade…Vendem sobretudo mais caro. Os dados ao dispor são elucidativos sobre o uso da guerra e do complexo militar industrial enquanto instrumento do ciclo de acumulação capitalista, ou, ao contrário, enquanto instrumento que tem como objectivo fundamental a defesa nacional.

O “Global Fire Power 2023” que estabelece o “Fire Power Index”, coloca os EUA em primeiro com 0,0712, a Federação Russa (FR) com 0,0714 e a China (RPC) com 0,0722. Ou seja, os dois primeiros surgem empatados e o terceiro está muito próximo. O 4.º lugar, da India, já está muito mais longe, com 0,1025. O que é que isto nos diz sobre o papel de cada exército?

A primeira questão que salta à vista é, como é que um país que gasta 800 mil milhões de dólares em orçamento militar (e não integramos aqui o “dark money” das secretas, nem toda a investigação paga através de programas federais que também vai para fins militares), tem praticamente o mesmo poder de fogo que um país que gasta 65 mil milhões de dólares e pouco mais do que outro que gasta 290 mil milhões de dólares?

A resposta está em vários vectores: 1.º o complexo militar industrial norte americano é privado, logo, visa prosseguir o lucro, o enriquecimento de uma elite e a concentração de riqueza, sendo o estado um instrumento dessa acumulação; 2.º os outros dois têm um complexo militar industrial essencialmente público – não exclusivamente -, principalmente nas áreas mais sensíveis, não se destinando a mais do que cumprir o seu papel público, ou seja, garantir uma defesa nacional eficaz e capaz de defender a soberania do país.

Esta diferença é primordial, pois o primeiro faz armas para vender, nomeadamente e como dizem muitos especialistas, produzindo “brinquedos” de luxo, muito sofisticados e complexos, e por isso muito caros, quer no acto de compra, quer na manutenção, formação e exigências técnicas do pessoal, quer quando em combate, normalmente muito dados a avarias. Ao contrário, os outros dois contendores tentam produzir o mais barato possível, produtos eficazes, eficientes e com durabilidade. O facto de se tratarem, em grande parte, de empresas públicas, permite comprar a preço de custo e mesmo quando se tratam de empresas privadas, o preço que exigem está condicionado por um mercado dominado pelo sector empresarial público, cujas dinâmicas de acumulação são controladas pelo Estado, na defesa do que entende como interesse nacional. A isto, os EUA, chamam de “falta de liberdade económica”. Dos mais ricos, claro!

A estes dois vectores poderemos ainda adicionar outras variáveis que não deixarão de ter grande importância: qualquer uma das economias do 2.º e 3.º classificados são menos financeirizadas e, nesse sentido, menos especulativas, principalmente em sectores estratégicos, o que se reflecte em preços mais baixos e num menor peso do sector rentista sobre a indústria. Depois ambos os países têm um potencial industrial instalado muito grande, o que permite a produção nacional quase exclusiva, com cadeias de produção quase totalmente em moeda nacional e por isso muito pouco vulneráveis a ataques especulativos ou a disrupções de outro tipo (no caso da federação russa, ainda tem a vantagem de ter acesso a todas as matérias primas no seu próprio território). Por fim, e entroncando no tópico anterior, ambos os países têm contas de capital fechadas (pelo menos em parte, sendo que a FR tem vindo a fechar com as sanções e a RPC só abre em determinadas áreas e com muitos limites), o que permite estabelecer cadeias de produção de alto valor acrescentado, mas de baixo custo comparativo, quando avaliado, nominalmente, em dólares. As vantagens que aqui constatamos em matéria de defesa são também visíveis noutros domínios como por exemplo a investigação espacial, a ferrovia e a banca. Só assim se suportam sanções em catadupa (caso da FR), só assim é possível usar o potencial acumulado para um desenvolvimento mais rápido do país (como no caso da RPC).

Venham de lá agora os defensores do neoliberalismo e da “abertura” dos mercados, defender que os países defendem melhor a sua soberania dessa forma, e não através das medidas protecionistas atrás referidas. Não fossem essas medidas e as duas economias em causa já estariam absolutamente arrasadas, quer por sanções, quer por ataques especulativos e os seus povos na mais absoluta indigência, de que tanto lhes custou sair. Não é por acaso que as duas grandes reivindicações dos EUA quanto às mudanças na RPC estão relacionadas com a privatização do seu imenso (cerca de 30% da propriedade do país) sector público empresarial (principalmente a banca) e com a abertura total das contas de capital. Não é por acaso, também, que os EUA acusaram a FR de valorizar a sua moeda através do controlo de capitais. Eis porque razão a Casa Branca diz ser necessária uma “mudança de regime”. Este não interessa à “sua” democracia, dificulta a entrada de cavalos de tróia.

Mas se este constitui um dos mais importantes factores em disputa, um outro, o energético, já deu frutos, pelo menos no curto prazo. De acordo com a Bloomberg, os EUA tornaram-se, em 2022, o maior produtor mundial de gás. Tudo à custa da transição da compra europeia, da FR para os EUA. Se, para os EUA, esta “oportunidade” (como referiu Blinken) foi fantástica, para a Europa, deixa à mostra toda a sua fragilidade, política, económica e cultural. Para se ter uma ideia do custo que tem o “desacoplamento” da FR e “acoplamento” nos EUA, em matéria de dependência energética, basta ver os dados relativos à balança comercial em Novembro de 2022, período em que estes países se dedicaram a encher as suas reservas de gás natural e outros combustíveis.

Os dados fornecidos pela Golden Sachs dizem que, para a França, o ultimo novembro foi o mais negativo dos últimos 20 anos, em matéria de défice comercial (- 15%). A Suécia, tal como a França, também teve o pior novembro dos últimos 20 anos, um dos únicos 5 que em 20, tiveram deficit, sendo o deste ano muito superior ao do ano passado, que já era negativo e reflectia a “grande” decisão de Úrsula em se passar a comprar o gás “on the spot” ao invés de celebrar contratos de longa duração (já estava em preparação o “desacoplamento”), como seria aconselhável. A Alemanha, mantendo-se em terreno positivo, teve, mesmo assim, o seu pior novembro dos últimos 18 anos. Em matéria de produção industrial química e farmacêutica (que exigem gás), está em queda livre, baixando para níveis muito inferiores a 2010, em plena crise do subprime. O preço elevadíssimo do gás americano torna inviável a produção e, por outro lado, a falta de gás, devido ao encerramento e destruição do Nord Stream pelos seus “aliados”, leva a que tenha de se optar entre a produção industrial por um lado, e a manutenção das reservas estratégicas de gás, por outro, tão necessárias ao aquecimento em pleno inverno. A Alemanha tem optado pelo encerramento e deslocalização de empresas. Umas para a RPC, outras para os EUA, que até tem um competitivo sector farmacêutico (nada é por acaso).

O Japão também está numa situação complicada, também com o pior novembro dos últimos 20 anos. Por essa razão não será alheia a decisão de voltar a comprar petróleo à FR, nomeadamente voltando ao projeto Sahkalin e não cumprindo o teto de preço que havia antes, no G7, “contribuído”  para fixar. Esta decisão certamente não deixará os seus mestres atlantistas muito contentes.

Assim, a conclusão de um dos economistas da Golden Sachs que divulgou estes dados é esta: “os campeões mundiais da exportação já deixaram de o ser”. Eis no que dá prescindir da soberania nacional e deixar os “aliados” passarem a tomar as decisões que a cada um cabem.

A total sujeição dos países do G7 e EU aos ditames da NATO, organização criada para os arregimentar, confundindo-se hoje com a própria União Europeia; a aplicação cega de todas as sanções e orientações económicas e financeiras; a falta de mecanismos de protecção dos respectivos mercados internos… Não deixam de ter o efeito a que estamos a assistir, que havia sido previsto por tanta gente silenciada ao longo deste tempo. Como devem detestar ter razão.

E enquanto todos mantêm tal abertura, o “aliado” atlântico adopta medidas proteccionistas que visam precisamente captar o que de melhor a indústria dos seus “amigos” ainda tiver para dar.

Depois disto e do anunciado – manobra de diversão para os desaires militares recentes – pela cúpula da União Europeia, só falta ver o nosso Primeiro-ministro, Presidente e demais direitas e esquerdas atlantistas virem defender a entrada rápida da Ucrânia, da Geórgia, e da Moldávia na União Europeia… Tudo por solidariedade, claro! Quero ver depois quando esta gente, que tanta empresa tem que vive dos fundos comunitários, deixar de os receber… De certeza que vão encontrar culpados onde não existem. Afinal essa é a sua praxis!

Querem mudanças, querem mesmo? É fazer tudo ao contrário do que estes dizem!


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31 pensamentos sobre “Tudo ao contrário!

  1. Bem ! Já que os arautos do “pacifismo”, aqui na Estátua não se chegam à frente…então dou eu a notícia :

    14 DE JANEIRO DE 2023 – PRÉDIO DE HABITAÇÃO DE 9 ANDARES, EM DNIPRO (UCRÂNIA), FOI DESTRUÍDO POR MÍSSIL RUSSO. HÁ DEZENAS DE MORTOS.

    • É pena que não digas que Aleksey Arestovich, conselheiro sénior do Zelensky, admitiu que o míssil russo foi abatido por defesas aéreas Ucranianas e que, por essa razão, ao atingir o prédio detonou… Quando não é conveniente, não se diz nada.

      Claro que, para corrigir a calinada anti-Terra Mãe do terrorismo nazi e dos adoradores de genocidas de judeus, este mesmo conselheiro teve de vir dizer que ninguém ia culpar a Ucrânia, da mesma maneira que ninguém tinha culpado a Ucrânia quando um “míssil russo” atingiu a Polónia há dois/três meses atrás…

      Só é pena é que ninguém saiba como é que um míssil S-300 foi parar 45 km dentro da fronteira polaca quando os mísseis do S-300 (para além de serem anti-aéreos), quando modificados para serem mísseis ofensivos, terem um alcance limitado e, na altura, não haver um único sistema russo (inclusive na Bielorrússia) que tivesse a capacidade de atingir território se modificado…

      Mas o conselheiro diz e passo a citar:

      «”Everybody understands perfectly that the tragedy would not have happened if it was not for the Russian strike.”

      “Nobody will blame Ukraine. Just like it was not blamed when our air defense missile fell in Poland, killing two Polish citizens,” Arestovich added, referring to an incident that occurred last fall.»

      Aqui tens o que o conselheiro disse:

      «Asked if the air defense forces in Dnepr had the opportunity to intercept the incoming missile, Arestovich stated: “It was shot down. It apparently fell on the [apartment] block. But it exploded when falling.”»

      Vá-se lá perceber, Peralta, vá-se lá perceber!

  2. Mateus Ferreira

    Para quem não tem tempo nem paciência, os teus extensos relambórios na tua estrénua luta dos “bons” os russos, contra os “maus” os ucranianos parecem demonstrar o contrário. Imagino o “sofrimento” do teu teclado, face aos teus irados ataques…

    A citação do conselheiro de Zelensky, refere-se ao míssil russo que atingiu a Polónia em Novembro de 2022 e não ao que destruiu agora o prédio de 9 andares, matando dezenas de pessoas e soterrando outras dezenas.

    Sobre o teu teclado, não deve haver problema. Quando sucumbir aos teus ataques, compras outro. Até são baratos !

    Sobre o “resto”, vou utilizar a “imagística” para que o teu cérebro assimile e processe melhor e mais e mais rápidamente o que escrevo :

    1.º – Eu não sou ferreiro, e mesmo que o fosse não perdia tempo nem trabalho inútil a malhar em ferro frio.
    2.º – Também não sou oftalmologista e, pelas mesmas razões, não teria qualquer medicamento para a tua cegueira ideológica, tanto em relação ao “teu” PCP, quanto à Ucrânia.
    3.º- Para o teu “problema” própriamente dito, talvez ainda vás a tempo de consultar um psicólogo ou um psiquiatra.

    E por aqui me fico…Ponto final parágrafo..

    • José Peralta, tu sabes ler ?

      Eu republico aquilo que aqui deixei para ver se entra na moina:

      «Asked if the air defense forces in Dnepr had the opportunity to intercept the incoming missile, Arestovich stated: “It was shot down. It apparently fell on the [apartment] block. But it exploded when falling.”»

      A não ser que a Geografia da Ucrânia tenha mudado, parece-me que Dnepr e o famigerado edifício de que tanto se fala ficam no Oblast de Dnipropetrovsk, junto do rio Dnepr, a sul de Kiev, mesmo no meio da Ucrânia e não numa aldeia junto à fronteira da Polónia, em Novembro de 2022, e a 1050 km de distância!

      Ainda se me tivesses vindo dizer que o homem teve que retirar o que disse porque o presidente da Câmara de Dnepr disse isto dele: «The mayor of Dnepr, Boris Filatov, became particularly enraged by his statements, branding the presidential aide “a narcissistic animal and a foul mouth,” and urging the Ukrainian Security Service (SBU) and counterintelligence to “react.”»

      Já lhe queriam mandar o SBU a casa! Devia ser para partir nozes e ajudar a desmontar as iluminações de Natal!

      Desta tenho eu pena, pá! Um homem diz uma coisa com sentido e a seguir chamam-no de animal narcisista e atiram-lhe com a polícia do estado para cima. Isto é que é a Democracia de que tanto gostas!

      Quanto à minha cegueira ideológica: antes ser cego ideológico (que não sou) do que afiliado a um partido que se diz de esquerda e que, desde há um ano atrás, já teve uma dezena de casos de promiscuidade flagrante entre os seus dirigentes e práticas de corrupção das mais descaradas que se pode imaginar.

      Para encerrar a história do PCP, ficas a saber que os teus renovadores recorreram ao Tribunal Constitucional para declarar ilegais as ações do partido e o TC não encontrou nada de ilegal naquilo que foi feito pelo PCP – podes ir ver, o acórdão está disponível na net se tiveres paciência.

      Faz como eu: vai até ao fim e vês lá a deliberação.

      https://www.publico.pt/2002/07/19/politica/noticia/edgar-correia-e-carlos-luis-figueira-expulsos-do-pcp-164126

      «”No conjunto do partido, predomina largamente a consciência da absoluta inaceitabilidade do prosseguimento de tentativas de impor, pela via dos factos consumados, a constituição de tendências organizadas dotadas dos seus próprios porta-vozes e agindo, sempre que lhes apetecer, em contestação pública às orientações do partido e prosseguindo objectivos internos de grupo, com espírito de grupo e tácticas de grupo, que são frontalmente ofensivas dos princípios de lealdade e solidariedade entre os comunistas”, afirmou o secretário-geral comunista, naquilo que por muitos foi entendido como libelo acusatório justificador das expulsões, já que a existência de tendências é proibida pelos estatutos do PCP.»

      Citação retirada da notícia acima e a explicação da expulsão de dois membros e suspensão de 10 meses de Carlos Brito.

      Se te focaste na parte do libelo acusatório: lembra-te do Tribunal Constitucional e do acórdão…

      Ora, toda a gente compreende que um movimento interno a um partido político que pretenda minar a atividade desse mesmo partido tem de ser reprimido!

      Não importa que seja o PCP, o PSD, o PS ou o BE!

      Uma coisa é assumir posições distintas do partido, manifestá-las dentro do quadro e da atividade do mesmo, apoiá-lo se se gostar, não apoiar se não se gostar e demonstrar isso através dos meios mais comuns da vida democrática de qualquer partido ou país – votando.

      Isso acontece em todo o lado!

      Mas um partido político não tem de aturar dissensões flagrantes e atitudes que lhe pretendam retirar credibilidade frontalmente, tudo com o intuito de colocar em causa não a liderança desse partido, mas o próprio partido e as suas orientações!

      Para isso, mais valia os teus renovadores criarem um partido deles próprios! Qual é o sentido da existência de um movimento interno ao PCP, com porta-vozes, com atitudes e atividade organizada distinta do PCP e com o intuito de contrariar toda a atividade deste ?

      Já viste o que era o Pedro Nuno Santos entrar por comícios do PS adentro e começar a arregimentar militantes para colocarem em causa toda a atividade do PS, criando comissões, organizando votações ou manifestando publicamente a sua opinião como se da opinião do partido se tratasse apenas para criticar toda a orientação determinada pelos militantes do PS ?

      Ridículo! Para isso, mais vale ir para um partido diferente. Assim faz a oposição toda ao partido que entender – no seu total direito democrático.

      De resto, mais do que condenar o PCP por ter forçado militantes a afastarem-se das fileiras, se eu fosse a ti eu estaria interessado era em conhecer as razões para tal.

      Mas como tu és vítima da cegueira ideológica de que tanto acusas os outros, só sabes dizer alarvidades e espalhar novelas.

      Em nenhum jornal, exceto naquela notícia que partilhei acima do Público e que é verdadeiramente extensa e extensiva, se diz isso!

      Nenhuma notícia da época explica quais os motivos para expulsar os “renovadores” e, muito à tua semelhança de batedor de teclas, batem sempre no ceguinho e dizem que o PCP expulsou aqueles militantes sem razão (só mesmo para manipular idiotas), transmitem a opinião dos expulsados de que foi um ato indigno e dão corda à telenovela, dizendo que a decisão estava tomada pela direção antes da votação no Comité Central, mas ninguém, absolutamente ninguém diz o que é que os renovadores fizeram ou disseram, que posição assumiram, que atitude ou opinião/opiniões manifestaram de maneira a serem expulsos.

      Eu, como pessoa naturalmente curiosa, até gostava de conhecer tudo isto! Porque assim, na posse de todas as informações pertinentes, estaria em posição de dizer: concordo ou não concordo com o que foi feito.

      Mas tudo isso é inútil, meu caro: o Tribunal Constitucional ouviu as queixas destes renovadores e não as considerou fundamentadas, dando razão ao PCP.

      Portanto, de que é que estamos para aqui a falar ?

      De resto, virem os teus renovadores à tona com o textinho que partilhaste quando o PCP era atacado por todos os lados simplesmente por se demonstrar como um partido a favor da paz e das negociações entre as partes envolvidas no conflito atual cheira a oportunismo do mais reles que há.

      Fim de capítulo.

        • Eu bem te avisei, Joaquim Camacho,

          Já não perco tempo contigo !

          Os meus posts de resposta a Mateus Ferreira, por economia de tempo e de espaço, servem-te como um belo smoking..

          Fazes parte do mesmo…rebanho !

          Palmada na lombeira e…campo.

        • Pois foi, Joaquim Camacho. Tomara ter seguido o conselho logo à partida!

          A criatura esgotou-me a paciência, mas não antes de eu ter escrito um último comentário acerca dos famigerados renovadores que ainda não foi publicado (mas que eu espero que entre no entretanto).

          De resto, considero as minhas fúteis (mas bem intencionadas) tentativas de educar um palerma como um retumbante falhanço.

          Há calhaus que simplesmente não cedem…

          • Pois é, caro amigo, é um coitado, com o QI de uma amiba e a imaginação de uma tábua de engomar. Mas dele será, certamente, o reino dos céus… em regime de co-propriedade, claro, pois a matriz (ou meretriz) onde foi modelado não conhece folgas nem dias santos.

          • Mateus Ferreira

            Estás a ver o que dá NÃO seguires os sábios conselhos do Camacho, um quadrúpede político tão bronco como as “paredes de tijolo (BURRO !) em que excrementa ?

            Quase tão bronco como tu, que tens a pretensão ridícula de “educar um palerma” e onde as tuas tentativas, a única verdade que têm é que são…FÚTEIS !

            Aqui, O CALHAU que não cede, és tu, porque eu é que cedi a continuar a dar-te corda, até chegar à conclusão que, contigo e com os Camachos desta vida, (com a matriz ou meretriz em que são modelados (*), é inútil continuar a malhar em ferro frio…

            (*) Insinuações cobardes e filhasdaputa deste jaez, só demonstram a baixeza moral (nem digo “pulhítica”) do excremento que as profere…

            E é inútil, porque mais tarde ou mais cedo a realidade há-de dar razão…a quem a tiver.

            E quando TE disse PONTO FINAL PARÁGRAFO, só não o foi porque não quiseste, e preferiste dar ouvidos ao outro calhau ! (Mas que bem, que os calhaus se entendem entre si !!!!!)

          • Ó amiba, como Homo sapiens sapiens que sou, não me custa admitir que os Sapiens metem por vezes a pata na poça, mesmo que ligeiramente. No caso concreto, posso ter metido um pouquito a ponta do polegar do pé direito no charco com o jogo de palavras matriz/meretriz, mas, não fosse o QI de amiba, terias percebido que não passava disso mesmo, de um jogo de palavras parido por um filho da matriz de poetas que somos, porque é (ou devia ser) claro que nunca quis trazer para aqui a tua mãe, certamente tão digna como a minha e que culpa não tem de ter parido um filho adiantado mental. Já tu, como amiba, estás livre dos pruridos lexicais do Sapiens e usas o vernáculo sem ambiguidades, valha-te Deus!

          • É engraçado. Eu entendi a cena da matriz/meretriz de uma maneira completamente diferente, nomeadamente como a felicidade encontrada no Reino dos Céus (ignorância) é partilhada com outros ignorantes e como essa ignorância é resultado da matriz (a maneira de pensar que está associada ao que ele vê/ouve na comunicação social) ou da meretriz (o conjunto dos avençados que se prostituem em redações e escritórios deste país e mundo) que o criou.

            Na verdade, até achei o comentário poético e uma lição em utilização de figuras de estilo!

            Tomara ter-me lembrado duma semelhante.

            Claro que a coisa foi mal interpretada e partiu para o insulto, mas o que é que há-de se fazer ?

              • No caso do evangélico que por aqui vai fazendo as rondas, vai ter uma coisa feia ao descobrir que o Paraíso para o qual tanto contribui com dízimos mensais em várias subscrições é, na verdade, um antro “comunista” em que todos partilham as mesmas ideias maceradas.

                Mas como a Irmã Lúcia lhe orienta a devoção, pode ser que ele lá consiga ignorar esse facto desagradável. Ou que façam com que ele continue a ignorá-lo… É tudo uma questão de persistência e dedicação à arte!

  3. Mateus Ferreira

    Tu é que não sabes ler nas entre-linhas !

    Até no texto do link que agora envias, se percebe o cinismo e a hipocrisia do Comité Central que, juiz em causa própria, nega a verdadeira PURGA estalinista, dos 46 “traidores” (a palavra é tua…) cujo nome figura no link por mim enviado.

    Naturalmente, achas que “o juiz que jogou em casa” foi (é) independente…

    Era (é !) o velho processo do Estaline ! Adversários expulsos deixavam de ter existência, e eram apagados das listas, até das fotos (foi isso que aconteceu, quando não da vida).

    É o centralismo atávico, dogmático, indiscutível do “quero, posso e mando”, que levou ao desmembramento progressivo e à quase inanição actual do PCP. Onde é que andavas, se é que já eras nascido, quando muitos daqueles 46, eram presos e torturados, eram obrigados longa clandestinidade e à emigração, para agora lhes chamares traidores ?

    Acreditas piamente NISTO? «”No conjunto do partido, predomina largamente a consciência da absoluta inaceitabilidade do prosseguimento de tentativas de impor, pela via dos factos consumados, a constituição de tendências organizadas dotadas dos seus próprios porta-vozes e agindo, sempre que lhes apetecer, em contestação pública às orientações do partido e prosseguindo objectivos internos de grupo, com espírito de grupo e tácticas de grupo, que são frontalmente ofensivas dos princípios de lealdade e solidariedade entre os comunistas”, afirmou o secretário-geral comunista, naquilo que por muitos foi entendido como libelo acusatório justificador das expulsões, já que a existência de tendências é proibida pelos estatutos do PCP.»

    Acreditas que homens, autênticos heróis que quantas vezes foram presos, bárbaramente torturados e que arriscaram a vida e a das suas famílias em nome do partido “tinham objectivos internos de grupo, com espírito de grupo e tácticas de grupo, que são frontalmente ofensivas dos princípios de lealdade e solidariedade entre os comunistas” ?

    Homens e Mulheres que sempre manifestaram indefectível lealdade e solidariedade com o partido, e alguns, muitos por ele lutaram e por ele arriscaram a vida, podiam ser acusados com o labéu de “divisionistas”, quando durante dezenas de anos, foram leais ao partido ?

    Não percebes que essa acusação do Comité Central, foi uma desculpa “à Estaline”, para atemorizar outras possíveis iniciativas, e manter os militantes obedientes, amorfos como zombies ? E para consumo “externo” para mostrar quem manda, mesmo que seja, ainda hoje um Comité Central completamente ultrapassado e agarrado ao poder que teme que lhe possa fugir das mãos ?

    Sempre quero ver até onde deixam ir o Paulo Raimundo, se não quiser ser “mais do mesmo”…

    Aquilo que a mim me é possível dizer publicamente, embora tenha consciência da minha pequenez e da inutilidade das minhas opiniões, (como aliás das tuas…) é que eu posso, orgulhosamente, dizê-las, sem que os senhores do “politburo” lá na sua torre de marfim, nem num pêlo me tocam, que eu não deixo…

    O mais que podem fazer, é chamar-me “anti-comunista primário” que me provoca gostosas gargalhadas, e é para o lado que durmo melhor

    Ao contrário de ti que fazes parte do rebanho…e gostas !

    Quanto à 1.ª parte da tua “exposição”, é como te disse ! Cada um na sua e eu acho inútil malhar em ferro frio.

    A submissão equívoca dos “pcpistas” como tu, à Rússia, sempre naquela fronteira pantanosa do “nem sim, nem não, nem nim, antes pelo contrário”, como se a “fidelidade aos ideais da Revolução de 1917” ainda existissem, tem levado. estúpidamente o PCP, aos níveis mixurucos, de popularidade e debilidade em que se encontra hoje…e a cegueira ideológica, não é so a tua…

    Mas não digam que não foram avisados em 2003, das consequências, que hoje estão aí !

    Porque não lês o livro de Domingos Lopes “100 anos do PCP-Do Sol da Terra ao Congresso de Loures- Resgatar e reconfigurar o Ideal Comunista” ?. Custa 14 €…

    Domingos Lopes, entrou em 1969 para a organização dos estudantes comunistas, e a seguir ao 25 de Abril,e até ao VI Governo provisório, trabalhou no gabinete do ministro de Estado Álvaro Cunhal.
    Foi membro do Comité Central do PCP, é advogado e foi vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos da respectiva Ordem, e do Conselho Português para a Paz e Cooperação.Foi membro do Secretariado do Conselho Mundial da Paz e é presidente do Fórum pela Paz e pelos Direitos Humanos. Escreveu vários livros de ficção e de poesia.

    Espírito lúcido e combativo, abandonou o PCP ao fim de 40 anos, e analisa, no livro, o seu percurso e funcionamento pouco democrático.

    Com este currículo, bem conhece, POR DENTRO o Comité Central e o partido “das paredes de vidro… fôsco” !

    Certamente não sabias da existência do livro ! Se não fosse por mim, achas que era pelo partido que ias saber? E não sabendo, o livro “não existia”…o velho processo estalinista !

    Ah ! Já me esquecia ! No teu linguajar…é um dos “traidores”…

    De nada ! Não tens nada que me agradecer !

  4. EM TEMPO : Domingos Lopes, numa prosa incisiva e clara, percorre NO LIVRO, os grandes acontecimentos do movimento comunista internacional, as intervenções da União Soviética, A REPRESSÃO, OS PRIVILÉGIOS DOS FUNCIONÁRIOS.

    E como o PCP via tudo isto, OLHANDO PARA O LADO…COMO HOJE !

    • Domingos Lopes, o gajo que, em entrevista, diz que a URSS implodiu, quando, na verdade, foi desmembrada/dissolvida por Ieltsin de maneira ilegal e contra a vontade da população, que realizou manifestações de dezenas de milhares de pessoas em Moscovo e em S. Petersburgo em apoio à manutenção do sistema, assume-se como um anti-comunista primário e um oportunista de primeira.

      Um gajo que escreve um livro sobre um qualquer ideal de comunismo e que diz que a URSS implodiu é, no mínimo dos mínimos, um idiota que quer lucrar com a manipulação de pessoas.

      Um gajo que diz que não compreende a decisão do PCP de chumbar o Orçamento de Estado que levou à dissolução do Parlamento e às eleições de há um ano atrás, que diz que as pessoas querem um governo de esquerda (mas que raio é que o homem pensa que o PCP é ?) e que escamoteia deliberadamente que a causa do chumbo foi a não reversão das normas laborais do tempo da Troika pelo “orçamento mais à esquerda de sempre” é apenas um tipo desonesto, um oportunista, um escritor de terceira categoria e que merece ir para um sítio que eu cá sei…

      Mas como entretanto se pôs a escrever artigos no Público, a publicar livros contra o PCP e a falar dum comunismo qualquer (não assente em qualquer da teoria marxista existente, que teve uma aplicação ou foi o resultado de experiência prática da tentativa de criação de sociedades mais justas), assim como a dar entrevistas em todos os jornais Mainstream portugueses e a ganhar dinheiro com estas, algo que lhe vai enchendo o papo enquanto critica o partido que sempre defendeu os portugueses sem qualquer tipo de condição, está tudo bem com esse vira-casacas dum raio.

      E, para compensar o destaque que nunca alcançou na vida de outra maneira, vai fazendo aquilo que centenas de outros idiotas úteis fazem: vai palrando e bolçando a propaganda mais descarada do regime em relação à guerra da Ucrânia, tudo enquanto fala de um ideal de paz comunista em que os povos não são livres enquanto oprimem outros, dizendo isto para criticar a intervenção russa.

      Vai dizer isso ao povo do Donbass, seu grandessíssimo…!

      Já que o teu Domingos Lopes tanto gosta de criticar a posição do PCP quanto à guerra, bem que pode ir pró meio de nazis levar no trombil a ver se gosta! O SBU iria adorar tê-lo por lá a defendê-los.

      A única coisa que um gajo desses merece (desculpe, Estátua de Sal…) é mesmo ir pó cara***.

      E tu, José Peralta, não és em nada melhor do que ele, seu papagaio desbotado.

      A única diferença é que ele ainda é inteligente e vai ganhando uns trocos à custa de néscios.

      Tu és só mesmo mais outro idiota na mão de oportunistas como este indivíduo – um idiota que não tem a expediência para pôr a cabeça a funcionar por si próprio.

      • Mateus Ferreira

        “Domingos Lopes, o gajo que, em entrevista, diz que a URSS implodiu, quando, na verdade, foi desmembrada/dissolvida por Ieltsin de maneira ilegal e contra a vontade da população, que realizou manifestações de dezenas de milhares de pessoas em Moscovo e em S. Petersburgo em apoio à manutenção do sistema, assume-se como um anti-comunista primário e um oportunista de primeira.

        Um gajo que escreve um livro sobre um qualquer ideal de comunismo e que diz que a URSS implodiu é, no mínimo dos mínimos, um idiota que quer lucrar com a manipulação de pessoas”.
        ————————————————-
        Um gajo, cheio de pretensões ridículas a “educador do Povo” como tu, que é capaz de dizer que Domingos Lopes é um “traidor”, um homem com 40 anos de PCP, assessor e homem de confiança de Álvaro Cunhal, que conhece o partido como a palma das mãos, que reconhece as suas práticas POUCO DEMOCRÁTICAS, e tem a coragem de o dizer publicamente, destruindo tabus ancestrais que obrigam o rebanho de eunucos , ao silêncio.

        TU, pobre e mesquinho “puxa-sacos” de um PCP em estado comatoso, fiel rata de sacristia obediente ao “evangelho”, o alarve que eu só conheço das “pregações” que escreve aqui, faz coro com Camachos pouco recomendáveis E MAIS NADA, tens o desplante de dizer o que dizes sobre alguém que diz a sua verdade sem peias, e sem peias escreve um livro dizendo o que pensa !

        Criticas o livro ? Porquê ? Já o leste, “meu” grandessíssimo… Então quem deve ir p’ró ?…ÉS TU !

        TU e os “camachos” que na sombra cobarde das redes sociais são as “prostitutas da “paz” de banha da cobra. Não têm um arremedo de nobreza de caracter, mas tem, isso sim, descaramento às “paz…adas” !

        PORTANTO VAI LÁ…E DESAMPARA-ME A LOJA !

        Tens aqui a lista dos TEUS “TRAIDORES” (Há um ano, deram corajosa e publicamente o seu nome num Manifesto, ao contrário de muitos “lambedores” como tu).

        Abílio Travessas
        António Avelãs
        António Bica
        António Cruz
        António Martins Coelho
        Armando Lopes
        Bernardino Aranda
        Carlos Bento Leal
        Carlos Brito
        Carlos Luís Figueira
        Carlos Ramildes
        Cipriano Justo
        DOMINGOS LOPES
        Ernesto Afonso
        Fernando Oliveira
        Fernando Sousa Marques
        Fernando Vicente
        Guadalupe Simões
        Hélio Samorrinha
        Isabel do Carmo
        Isabel Soares
        Joaquim Lopes Neto
        José Carlos Martins
        José Carreira Marques
        José Maria Silva
        José Morais
        José Tavares
        Luís Gamito
        Manuel Joaquim Cerdeira Dias
        Maria Augusta de Sousa
        Maria de Lourdes Teixeira Guerreiro
        Maria João Andrade
        Mário Dias Sousa
        Mário Fonseca
        Nelson Bertini
        Nídia Zózimo
        Orlando Almeida
        Paulo Fidalgo
        Paulo Jacinto
        Paulo Sucena
        Rodrigo Henriques
        Rogério Brito
        Rosa Nunes Lopes Brito
        Rui Pato
        Teresa Sampaio
        Vítor Sarmento

        https://expresso.pt/politica/2021-03-11-Manifesto-46-Renovadores-alertam-para-declinio-do-PCP

        • Deram corajosa e publicamente o seu nome ?

          O que é que tu achas que lhes ia acontecer, oh palerma ?

          Achas que iam presos por escrever um manifesto anti-comunista ? Como se isso não fosse do que mais existe neste país!

          Basta ler os teus comentários para se ficar versado e bem entendido nesse tipo de sentimentos alarves.

          É preciso muita coragem nos dias que correm para vir insultar o PCP sem razão e insistir em novelas que foram refutadas há 20 anos pelo Tribunal Constitucional!

          Mas, lá está, os teus renovadores precisavam dos seus 5 minutos de fama, dão as suas entrevistas, escrevem os seus livros demagógicos e ganham o seu dinheiro, e, pelo caminho, ainda reforçam a antipatia contra homens e mulheres que ajudam a avançar este país.

          Como já não tinham relevância há 20 anos, aproveitam a guerra para que alguém se lembre deles.

          E os Merdia Portugueses não se importam de difamar o PCP, portanto, lá cedem uns minutos de antena a meia dúzia de imbecis sem espinha.

          Olha, tu que tanto criticas o PCP e o acusas de ser comatoso, porque é que não lês isto e me dizes o que é que o PCP afinal defende ?

          https://www.abrilabril.pt/internacional/directiva-sobre-salario-minimo-e-novo-ataque-soberania

          Deve ser a pobreza, não é ? Ah, pensa outra vez…

        • E não deixo de reparar que os teus renovadores, fiéis à sua missão reaccionária e eles, sim, obsoletos, comatosos e pouco inovadores, na notícia que publicaste começam por usar a mesma tática que usaram há 20 anos e que levou à sua expulsão do partido em primeiro lugar: realização de abaixo-assinados!

          Tática mencionada pelo Tribunal Constitucional e que eles, em 20 anos de morosa decomposição política, não aprenderam a diversificar.

          Até tenho pena, pá…

          Mas os reaccionários são eficazes por causa disto mesmo: chavões, títulos sensacionalistas e idiotas úteis que caem nas suas armadilhas…

          E não esquecer o facto de nunca terem propostas concretas a não ser que sejam manifestos e abaixo-assinados para dizer: “olhem para ali, eles estão a definhar!”…

          Ao menos o PCP, consultando registos de votações, propostas de projetos-lei, intervenções na Assembleia e no Parlamento Europeu, ainda vai fazendo alguma coisa concreta em defesa dos trabalhadores e dos portugueses.

          De facto, quando tu ou os teus renovadores dizem que é preciso um PCP forte e que defenda os trabalhadores e alertam para um definhamento que começou há 20 anos e que, por alguma razão, levou a que o partido visse a percentagem de votos em eleições legislativas ou presidenciais aumentar durante o tempo do Jerónimo de Sousa (vá-se lá perceber como, já que estavam a definhar), aquilo que tu queres dizer é que te queres é livrar do PCP no seu formato atual de partido de esquerda e queres transformá-lo num partido de oposição controlada que seja um mero porta voz da ideologia do PS ou que vá ratificando os seus diplomas para que primeiros-ministros ou Presidentes da República venham bater nas costas de líderes partidários e dizer que é importante a “diversidade” na democracia e no país.

          Desde que não questionem demasiado como é que se utilizem os fundos públicos… Ou o que é que se faz no SNS… Ou na TAP, ou com os professores, ou com o salário mínimo, ou com os agricultores, etc…

          És transparente, Peralta.

      • Sabes, José Peralta, és um manipulador de primeira e um traste dum raio.

        Ontem escrevi dois comentários que acabaram por não ser publicados, mas escrevo aqui resumidamente aquilo que não entrou ontem.

        Nunca apelidei os teus renovadores de traidores em comentários anteriores – fui confirmar.

        Usei as palavras “desertores”, “revisionistas e “renovadores”.

        Portanto, continuas a ser um mentiroso manipulador de primeira, para além de um grandessíssimo néscio.

        Segundo deliberação num Acórdão do Tribunal Constitucional, os teus renovadores não tiveram razão nenhuma naquilo que fizeram e foram expulsos do PCP com justa causa.

        Aqui tens uns excertos do Acórdão:

        1 – «Comum aos três AA. [Arguidos: Carlos Brito, Edgar Correia, Luís Figueira] foi ainda a imputação, com base nos factos provados, e com saliência para os que se traduziram na promoção de abaixo-assinados e de manifestações públicas (em especial, jantar de 06/04/02, na FIL, em Lisboa, com ampla cobertura dos meios de comunicação social) e aliado ao que era o programa político comum dessas iniciativas – visando alterações profundas nos estatutos do PCP – num processo que se intencionava prosseguir, da “tentativa de legitimar e impor na prática a constituição de fracções organizadas dentro do Partido, atentatórias da sua unidade de coesão”.

        Assente em factos, trata-se de uma imputação que pressupõe da parte dos visados uma intenção ou um propósito, não já aquele que era expressamente afirmado pelos AA nas suas intervenções, mas o de mobilizar outros filiados para a luta política no sentido daquele “programa comum”.

        E aqui o que se questiona é saber se, com base no que é objectivo – o que os AA fizeram, como o fizerem e onde o fizeram – é legítimo (ou não é excessivo) dar como provado um determinado animus: o de formar ou organizar um grupo de militantes dentro do partido em torno das ideias defendidas e propagadas pelos AA.

        Ora, ponderando o circunstancialismo já referido, e na perspectiva dos órgãos partidários a quem compete zelar pela unidade e coesão do partido, não se configura como arbitrário o juízo que o R [Réu: PCP] formulou sobre aquele “animus” – parece claro, e os AA. nem o recusam, que era seu propósito robustecer um “movimento” que eles, até pela posição de destaque que tinham ocupado nos órgãos partidários, encabeçavam e promoviam, à margem da estrutura interna do partido, para levar à prática profundas alterações estatutárias e de funcionamento do PCP.

        E é plausível a consideração de que a actuação dos AA dada como provada pôs em causa a imagem do partido, do seu funcionamento, dos seus órgãos dirigentes, da sua linha política, sendo, neste ponto, elucidativo o que se disse em títulos de “caixa alta”, em alguns jornais (v.g. “Fim incerto na guerra interna do PCP”, fls. 167 – Pº 554/02 – I vol.; “Jantar da Fraternidade – Vários militantes reuniram-se para travar o definhamento do PCP (…)”, fls, 153 – Pº 554/02 – II vol.).»

        2 – «Do mesmo modo e pelas mesmas razões, as concretas medidas punitivas impostas aos AA, atenta a gravidade e os possíveis reflexos nocivos (para o partido, sublinhe-se) da sua conduta, não ultrapassam os limites de racionalidade e proporcionalidade em que elas se tinham que conter por estarem em causa os direitos fundamentais invocados e tidos por lesados pelos AA..»

        3 – «Quanto ao A Carlos Brito, invoca-se ainda (artigo 151º da petição) que a deliberação que o pune não indica a norma jurídica violada.

        Mas sem razão.

        Na verdade, tal como resulta da matéria dada como provada (supra Q e BB), verifica-se que do relatório que faz parte a resolução do Secretariado do Comité Central que puniu o A Carlos Brito constam as normas estatutárias violadas; o mesmo acontece com o relatório que integra a deliberação ratificativa do Comité Central, uma vez que nele se remete para as disposições indicadas na deliberação punitiva.

        Improcede, pois, a alegação deste vício procedimental.

        4 – Decisão:

        Pelo exposto e em conclusão, não se dando por verificada qualquer das ilegalidades invocadas pelos AA, decide-se julgar improcedente e não provada a presente acção de impugnação

        Sem custas, por não serem devidas.

        Lisboa, 3 de Abril de 2003

        Artur Maurício

        Maria Helena Brito

        Carlos Pamplona de Oliveira

        Luís Nunes de Almeida

        José Manuel Cardoso da Costa»

        Aqui tens, tim-tim por tim-tim o que os teus renovadores fizeram publicamente ao PCP.

        Assumiram-se (e alguns ainda se assumem) como marxistas não-leninistas – algo que vai diretamente CONTRA os estatutos do PCP, que tem a sua orientação política muito bem definida nos mesmos -, organizam um movimento com vida própria no interior do PCP (ALGO RECONHECIDO PELO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL), assim como jantares públicos, nos quais propagam ideias e opiniões contrárias à visão do partido e oferecendo-as como se fossem as visões do próprio partido ou da maior parte dos seus membros (QUE NÃO ERAM), e ainda recorrem a meios da comunicação social portuguesa para, com a ajuda destes, causarem problemas à imagem pública do partido de maneira a retratarem-no como autoritário depois de assumidas posições públicas incoerentes e que levaram à expulsão de militantes COM JUSTA CAUSA – tudo numa altura em que o partido (como qualquer outro) não se podia dar ao luxo de ver novelas sensacionalistas em capas da Visão, pois seguia-se a um período turbulento de eleições autárquicas e legislativas.

        Para além de se assumirem como marxistas não-leninistas, algo que vai contra os estatutos do PCP, organizaram (como, mais uma vez, DEMONSTRADO pelo Tribunal Constitucional para além de qualquer dúvida – lá se vai a tua teoria de complôt à Stalin) um movimento interno que pretendia levar a cabo mudanças estruturais extremas (e ilegais de acordo com os próprios estatutos como acontece em qualquer partido político) na orientação do partido e, quando foram expulsos, quiseram servir-se dos estatutos que tinham mandado anteriormente às urtigas para justificarem a alegação de que a sua expulsão era ilegal.

        Desculpa, mas os teus renovadores são, para além de cobardes anti-comunistas, uns burros do cara*** e uns traidores de todos os princípios e valores de uma sociedade democrática.

        Se eu amanhã entrasse na sede do PS ou do PSD, me inscrevesse como militante destes partidos, servisse nos partidos durante 20 ou 30 anos e, de um momento para o outro, quisesse proceder à alteração dos estatutos dos partidos para que estes se tornassem marxistas-leninistas e, para fazer tudo isto, arregimentasse militantes a mim fiéis, organizasse jantares e me servisse de órgãos de comunicação social para galvanizar visibilidade para a minha causa, eu era expulso na hora!

        E a Comunicação Social Portuguesa lançava foguetes de alegria por ter travado a Ameaça Vermelha!

        MAS, QUANDO É O PCP A FAZER ISTO, É AUTORITÁRIO!

        Quando o PCP procura defender a sua visão e orientação política e conservar tudo aquilo que constitui o seu partido, como determinado desde há 100 anos por homens e mulheres com mais tomates do que qualquer um de nós, tu achas que isso é AUTORITÁRIO.

        Mas se fosse uma situação semelhante no PS ou no PSD ou no CDS ou na IL, tu dizias que eles estavam a preservar o seu pensamento, a coerência ideológica, a democracia, a liberdade e diversidade de opiniões.

        Quando o PCP expulsa, legitimamente (facto reconhecido pelo TC), os seus membros, aí o partido quer os membros “amorfos” (tu é que o disseste, não eu) e o PCP tem é de se sujeitar à crítica por não permitir ilegalidades e dissensões no interior do partido e ainda tem de aceitar a democracia, a diferença de opiniões, a liberdade de expressão e mais o raio que parte.

        Se fosse o PS ou o PSD, a expulsão dos membros já era justificada por todos os jornalistas deste país porque aí estávamos a falar de uma situação de grave interferência de comunistas nos assuntos internos de outro partido!

        Mas quando são indivíduos que não se identificam como comunistas que querem interferir deliberadamente nos estatutos, naquilo que define o PCP até à raiz, aí é tudo normal!

        Porquê ? Porque o problema não está no autoritarismo, na defesa de estatutos ou da orientação do partido, mas sim no próprio PCP, na sua própria existência e no perigo que este partido representa para interesses bem estabelecidos no país.

        E o problema está no teu anti-comunismo primário, alimentado por uma comunicação social incendiária e nas mãos dos interesses dos grandes grupos económicos do país.

        Portanto, os teus 46 renovadores que vão para o raio que os parta.

        Se estão incomodados com o marxismo/leninismo, que criem o seu próprio partido e deixem de enganar as pessoas.

        E tu, Peralta, vê se começas a ter mais juízo nessa cabeça e a procurar a raiz dos problemas que tanto gostas de trazer para este blog.

        Sobre este problema, mais não digo.

        • E acrescento algo que falhou reforçar e que demonstra a gravidade daquilo que os teus heróis sem princípios morais fizeram:

          «parece claro, e os AA. nem o recusam, que era seu propósito robustecer um “movimento” que eles, até pela posição de destaque que tinham ocupado nos órgãos partidários, encabeçavam e promoviam, à margem da estrutura interna do partido, para levar à prática profundas alterações estatutárias e de funcionamento do PCP.»

          Isto são palavras do TRIBUNAL CONSTITUCIONAL.

          Os teus renovadores, na sua ânsia de serem os novos Álvares Pereiras do séc. XXI e de expulsarem os castelhanos invasores da pátria das Babushkas, serviram-se da posição privilegiada que tinham no PCP para organizarem e robustecerem o movimento de contestação aos princípios definidores do partido!

          Desculpa lá, meu caro Peralta, mas isto é digno de vermes.

          Que eles queiram ter opiniões discordantes, tudo bem!

          Mas montarem campanhas difamatórias deste género, e servindo-se dos meios de que se serviram, é mesmo digno de répteis.

          • Mateus Ferreira

            VERDADE INSOFISMÁVEL :

            1.º – ESCREVI : – A debandada progressiva de militantes, a perda de influência eleitoral, autárquica, sindical, e parlamentar, deve-se exclusivamente aos seus dirigentes, que transformaram o PCP, num partido enfraquecido, quando os trabalhadores mais precisavam dele forte para nele se apoiarem nas sua lutas.
            REPITO : QUANDO OS TRABALHADORES E O POVO (repetido chavão, muito utilizado pelo PCP…) MAIS PRECISAVAM DELE FORTE, PARA NELE SE APOIAREM NAS SUAS LUTAS.

            2.º – (Os Renovadores) “deram corajosa e publicamente o seu nome ?”
            “O que é que tu achas que lhes ia acontecer, oh palerma ?”

            AQUI o “palerma” acha que lhes ia acontecer…o que lhes aconteceu…

            3.º – A “poesia” da cena da matriz/meretriz que te dá tanta felicidade “como a felicidade encontrada no Reino dos Céus”, é lá contigo ! Cada um come da “poesia” que gosta…e que te faça bom proveito.

            4.º – Continuas a não saber lêr. Pela 3.ª vez escrevo :

            PONTO FINAL…PARÁGRAFO.

          • Verdades também insofismáveis:

            1 – Nunca neguei que escreveste isso e não sei porque é que republicas todo esse relambório.

            Mas, assim sendo, também te digo o que é escrevi por várias vezes para ver se nos entendemos: quando dizes que o PCP precisava de ser forte para os trabalhadores e povo se apoiarem nele nas suas lutas, tu estás a ignorar os dados reais de que o PCP cresceu em níveis percentuais em várias das eleições que atravessaram o tempo de Jerónimo de Sousa e só sofreram maiores contratempos nos últimos
            3 anos, principalmente nas autárquicas e legislativas – aqui até admito um erro, pois mencionei as eleições presidenciais (que são as que demonstram a pior prestação do partido) quando quis falar das europeias.

            Independentemente desse facto, em legislativas, autárquicas ou europeias o PCP aumentou votos, oscilou para cima ou para baixo ou manteve-se sensivelmente no mesmo nível de há 20 anos.

            Portanto, quando tu acusas os dirigentes de transformarem o PCP num partido enfraquecido, eu não sei de que é que tu estás a falar quando o facto é que o PCP só perdeu votos nas últimas eleições por causa da manipulação que tomou de assalto as televisões portuguesas, caracterizando o PCP e o BE como intransigentes por reprovaram o putativo orçamento “mais à esquerda de sempre”…

            2 – O facto é que não lhes aconteceu absolutamente nada, José Peralta, nada.

            Porque tu estás a falar do manifesto publicado em Março de 2021. Que eu saiba, nessa altura eles já tinham sido expulsos do PCP (e alguns assim se mantiveram por volição própria) e não lhes podia acontecer nada.

            De modo que a tua caracterização de eles terem dado corajosa e publicamente o seu nome, como se lhes esperasse a pena da morte por publicarem as suas ideias no Expresso, é um pouco estranha – quando o facto é que Portugal inteiro, ignorante da totalidade da história dos renovadores e do Tribunal Constitucional, os iria apoiar porque se trata do PCP (aquele partido “extremista”, “autoritário” e que expulsa membros à maneira de Stalin – como tantas vezes disseste) e porque os renovadores não vão escrever uma coisa sincera, que conte a história toda e que vá afetar a sua imagem de corajosos combatentes por uma mudança no partido ditatorial, não é ?

            3 – Que queres que diga ? Foi bem escrito.

            Não é nada pessoal contra ti.

            4 – Tudo bem, mas um parágrafo não impede que eu não te responda.

            Não estarás a incidir em tendências de que tanto gostas de acusar o camarada Stalin, impedindo-me de expressar a minha opinião ?

            Para terminar digo apenas que atribuir ao PCP a totalidade da culpa para a sua perda de influência (que existe até certo ponto) junto de eleitores e que se faz sentir noutras áreas da política portuguesa (a atividade sindical) não é ser nem justo, nem rigoroso na identificação das causas dessa perda.

            O facto é que uma história muito mal contada como esta dos renovadores (um grupo de oportunistas assanhados) contribui em muito para a deterioração da imagem pública do PCP porque é combustível utilizado na Comunicação Social para transmitir a ideia de uma organização ditatorial quando não é esse o caso…

            O facto é que estes casos são utilizados como forma de minar a atividade do PCP porque relatam histórias falsas acerca do partido, assentes em informações incompletas e extremamente enviesadas, permitindo, assim, que organizações como o Chega tenham todos os meios com que capitalizar eleitoral e politicamente, por um lado, e, por outro, destruir um dos mais importantes partidos para a democracia portuguesa.

            Portanto, não, não foram os dirigentes do partido que o transformaram num partido enfraquecido.

            • Mateus Ferreira

              “Porque tu estás a falar do manifesto publicado em Março de 2021. Que eu saiba, nessa altura eles já tinham sido expulsos do PCP (e alguns assim se mantiveram por volição própria) e não lhes podia acontecer nada”.

              Claro que não lhes podia acontecer nada em 2021, porque a PURGA foi em 2003 e isso está bem explícito no meu texto.

              Não te esforces mais !

              Quebra eleitoral sucessiva do PCP :

              25/Abril/1975 – 30 Deputados (Constituintes)
              1976 – 40 – (Só PCP)
              1979 – 47 – (Coligação APU)
              1980 – 41
              1983 – 44
              1985 – 38
              1987 – 31 – (Coligação CDU)
              1991 – 17 – (Coligação PCP-PEV)
              1995 – 15
              1999 – 17
              2002 – 12
              2005 – 14
              2009 – 15
              2011 – 16
              2015 – 17
              2019 – 12
              2022 – 6 – (Coligação PCP-PEV)

              A perda de votantes, significa também perda de militantes e isso estende-de às eleições autárquicas.

              Culpa da Comunicação Social, pois claro …

              • José Peralta, raios te partam, meu… Consegues ser mesmo chato quando não queres meter coisas nessa rua cabeça dura como um calhau.

                Que PURGA, homem ? Que PURGA ?

                Deixa-me escrever mais uma vez a ver se a coisa fura os teus olhos e entra na pouca gelatina que tens dentro do espaço oco que (normalmente) as criaturas da espécie Homo Sapiens (embora, no teu caso, o sapiens tenha morrido com o Latim) costumem chamar de xrânio:

                EXPULSOS COM JUSTA CAUSA – ADMITIDO E PROVADO PELO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL – DEPOIS DE ORGANIZADO UM MOVIMENTO INTERNO ILEGAL QUE VISAVA ALTERAR DE FORMA EXTREMA OS PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PARTIDO SEM O CONSENSO DOS MILITANTES, RECORRENDO À COMUNICAÇÃO SOCIAL PARA RETRATAR O PCP COMO AUTORITÁRIO QUANDO O PCP ESTAVA A DEFENDER O SEU DIREITO À EXISTÊNCIA COMO PARTIDO MARXISTA-LENINISTA.

                SE FOSSE UM MOVIMENTO DE DISSIDENTES COMUNISTAS NO PSD, TU CANTAVAS DE ALEGRIA POR TEREM TRAVADO OS TRAIDORES.

                COMO É O PCP, TU CANTAS DE ALEGRIA PORQUE ÉS UM REACCIONÁRIO E PORQUE TENS MEIA DÚZIA DE COBARDES A RENEGAREM OS ESTATUTOS DO PARTIDO E, A SEGUIR, A SERVIREM-SE DESSES ESTATUTOS PARA CLASSIFICAREM A SUA LEGÍTIMA EXPULSÃO COMO ILEGAL – ALGO REFUTADO PELO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL!

                ENTROU ?

                Segunda coisa: para que é que tu estás a comparar o número de deputados do PCP de 1974 com o número de deputados de 2002 e este com o número de 2022 ?

                Claro que, desde ’74, o PCP ia sofrer uma enorme alteração na sua influência política, dado que em ’74 estavas em pleno rescaldo da ditadura, altura em que os movimentos de esquerda estavam completamente à solta com duas tentativas de reversão do processo revolucionário (em 28 de setembro de 1974 e em 11 de Março de 1975), com o Verão Quente de 1975 (em que tinhas atentados de BOMBA em sedes de partidos de esquerda), culminando tudo isto num herói da direita atual em cima dum chaimite!

                Claro que, com o tempo e com a propaganda anti-comunista de que tu és o maior difusor sem qualquer tipo de vergonha na cara, o PCP foi perdendo votos – é essa a beleza das “democracias liberais”.

                É que é o capitalismo tem uma tendência incompreensível (não se compreende mesmo) de ser anti-comunista. Porque será ? Talvez porque o PCP defende mesmo os trabalhadores em vez de dizer que o faz… E porque não defende grupos económicos.

                Como tal, quem é o dono das televisões e dos jornais (normalmente são os donos dos grupos económicos), dedica o seu tempo a indrominar e a zombificar energúmenos que depois andam a repetir as mesmas bacoradas inanes pelos blogues do país!

                O facto que eu apontei, meu caro, é que, para quem estava preocupado com o definhamento do partido em 2002, é curioso verificar que ele teve uma tendência ascendente de 2002 até 2019 – um período de quase 20 anos -, altura em que sofreu a primeira grande perda eleitoral desde o tempo dos teus renovadores.

                Sendo que os resultados eleitorais das últimas duas décadas são em muito semelhantes aos resultados que tinham desde 1991.

                Portanto, de que definhamento é que o teu bando de moralistas imorais estava a falar ?

                Já sei!

                Era o definhamento imaginário do qual eles se quiseram aproveitar para enganar idiotas que lêem o Correio da Manhã.

                Por isso é que durante 20 anos tu não ouviste falar uma única vez dos teus renovadores e de uma tentativa de criarem um partido marxista não-leninista para contrariar o PCP, já que consideravam tão importante contrariar a tendência de decrescimento eleitoral deste partido.

                Porque o seu objetivo nunca foi o de se organizarem verdadeiramente num partido que defendesse os portugueses ou trazer alterações em benefício da sociedade portuguesa, mas sim o de pura e simplesmente SABOTAR o PCP através da obtenção de apoio das massas abjetamente manipuladas na comunicação social para conduzir ao desmembrar do partido.

                E repara tu numa última coisa: o PCP só começou a “definhar” em 1991 (desde 1987) quando perdeu cerca de 20 deputados na assembleia, segundo o que tu publicaste.

                Esta data diz-te alguma coisa ? É que a mim diz-me muito! Nessa altura, andava tudo a falar da derrota do comunismo, do “fim da história” e de mais o raio que parte.

                Portanto, não me admirava que a propaganda internacional (oriunda dos escritórios da CIA e perpetuada através de um manancial de pseudo-intelectuais) acerca da “dissolução” da URSS tivesse influenciado a percepção das pessoas acerca do rumo que a política interna do país devia seguir.

                Mas como tu não pensas, não consideras nada daquilo que aqui escrevo e queres é insistir no raio da tua “purga”.

                Quanto à tua teoria de que o número de militantes se reflete nos resultados eleitorais, hás-de ler isto:

                «Não havendo registos anuais, existem saltos nalguns anos em que não
                há dados. De qualquer modo, quanto ao PCP, este partido terá atingido
                o número máximo de militantes por volta de 1983, 200 753, começando
                a partir daqui a decrescer até atingir em 2012, último ano em relação ao
                qual se possuem dados, o número de 60 484. Ou seja, menos de 1/3 do
                número máximo de 20 anos antes. No PS verifica-se uma quebra entre
                1982, onde surge com 125 648 militantes, e 1986, quando o número se
                reduz para 46 655. A partir deste último ano os números da militância
                no PS voltam a crescer até ascenderem em 2000 a 124 611. Depois, os
                números caem em 2002, para 66 917, altura a partir da qual voltam a as-
                cender gradualmente até atingirem o valor de 89 000 em 2006. Não há
                números de 2007, mas em 2008 surge uma nova quebra para 52 491.»

                Explica-me como é que o PS, com números relativamente semelhantes ao PCP (nomeadamente em 2006, embora não esteja aqui explícito), sendo que o PCP tinha 80000 militantes, tem sempre mais votos no Parlamento.

                Explica-me como é que, apesar de uma redução global da militância em todos os cinco principais partidos políticos (PCP, PS, PSD, CDS e BE), desde 2002 a 2010, e transversal a Portugal, a relação de forças eleitoral é praticamente sempre a mesma.

                Não me explicas como é que a taxa de militância em Portugal desceu de 5,8% em 2002 até 2% em 2010, mas as relações de forças entre partidos mantiveram-se relativamente inalteradas e como é que o PCP tinha um tendência ascendente em votos nessa altura APESAR de ter uma quebra de militantes em 2008…

                Explica ainda como é que um partido com um máximo de 9264 militantes em 2014 (BE) tem resultados eleitorais relativamente próximos do PCP… Tem alguma coisa a ver com perda de militantes ?

                Fonte (espreita a página 59 do livro):

                https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/32407/1/ICS_Militantes%2520e%2520Ativismo%2520nos%2520partidos%2520pol%25C3%25ADticos.pdf&ved=2ahUKEwispIf7xtT8AhWjR6QEHbWeBKcQFnoECA8QAQ&usg=AOvVaw3izW-LDHK233en3Trp03SF

                Talvez a ideia de que a militância se traduz em votos não seja a mais adequada, não é ?

                O facto é que as pessoas votam num partido mediante a percepção que têm desse partido. E a percepção pública é apenas um dos fatores que influencia a maneira como as pessoas votam.

                Ora, qualquer partido partido tem uma percepção pública que é trabalhada pela Comunicação Social.

                Quando os teus renovadores recorrem à Comunicação Social para alterar a percepção pública do partido, estão a fazê-lo como os oportunistas que são.

                E voltaram a fazê-lo este ano.

                • Mateus Ferreira

                  “Segunda coisa: para que é que tu estás a comparar o número de deputados do PCP de 1974 com o número de deputados de 2002 e este com o número de 2022 ?”

                  Não comparei nada ! são números oficiais.

                  Não te esforces mais…

  5. (Eu quis publicar o comentário aqui, mas ficou em cima não sei porquê…

    Republico para ficar mais legível.)

    José Peralta, raios te partam, meu… Consegues ser mesmo chato quando não queres meter coisas nessa rua cabeça dura como um calhau.

    Que PURGA, homem ? Que PURGA ?

    Deixa-me escrever mais uma vez a ver se a coisa fura os teus olhos e entra na pouca gelatina que tens dentro do espaço oco que (normalmente) as criaturas da espécie Homo Sapiens (embora, no teu caso, o sapiens tenha morrido com o Latim) costumem chamar de xrânio:

    EXPULSOS COM JUSTA CAUSA – ADMITIDO E PROVADO PELO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL – DEPOIS DE ORGANIZADO UM MOVIMENTO INTERNO ILEGAL QUE VISAVA ALTERAR DE FORMA EXTREMA OS PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PARTIDO SEM O CONSENSO DOS MILITANTES, RECORRENDO À COMUNICAÇÃO SOCIAL PARA RETRATAR O PCP COMO AUTORITÁRIO QUANDO O PCP ESTAVA A DEFENDER O SEU DIREITO À EXISTÊNCIA COMO PARTIDO MARXISTA-LENINISTA.

    SE FOSSE UM MOVIMENTO DE DISSIDENTES COMUNISTAS NO PSD, TU CANTAVAS DE ALEGRIA POR TEREM TRAVADO OS TRAIDORES.

    COMO É O PCP, TU CANTAS DE ALEGRIA PORQUE ÉS UM REACCIONÁRIO E PORQUE TENS MEIA DÚZIA DE COBARDES A RENEGAREM OS ESTATUTOS DO PARTIDO E, A SEGUIR, A SERVIREM-SE DESSES ESTATUTOS PARA CLASSIFICAREM A SUA LEGÍTIMA EXPULSÃO COMO ILEGAL – ALGO REFUTADO PELO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL!

    ENTROU ?

    Segunda coisa: para que é que tu estás a comparar o número de deputados do PCP de 1974 com o número de deputados de 2002 e este com o número de 2022 ?

    Claro que, desde ’74, o PCP ia sofrer uma enorme alteração na sua influência política, dado que em ’74 estavas em pleno rescaldo da ditadura, altura em que os movimentos de esquerda estavam completamente à solta com duas tentativas de reversão do processo revolucionário (em 28 de setembro de 1974 e em 11 de Março de 1975), com o Verão Quente de 1975 (em que tinhas atentados de BOMBA em sedes de partidos de esquerda), culminando tudo isto num herói da direita atual em cima dum chaimite!

    Claro que, com o tempo e com a propaganda anti-comunista de que tu és o maior difusor sem qualquer tipo de vergonha na cara, o PCP foi perdendo votos – é essa a beleza das “democracias liberais”.

    É que é o capitalismo tem uma tendência incompreensível (não se compreende mesmo) de ser anti-comunista. Porque será ? Talvez porque o PCP defende mesmo os trabalhadores em vez de dizer que o faz… E porque não defende grupos económicos.

    Como tal, quem é o dono das televisões e dos jornais (normalmente são os donos dos grupos económicos), dedica o seu tempo a indrominar e a zombificar energúmenos que depois andam a repetir as mesmas bacoradas inanes pelos blogues do país!

    O facto que eu apontei, meu caro, é que, para quem estava preocupado com o definhamento do partido em 2002, é curioso verificar que ele teve uma tendência ascendente de 2002 até 2019 – um período de quase 20 anos -, altura em que sofreu a primeira grande perda eleitoral desde o tempo dos teus renovadores.

    Sendo que os resultados eleitorais das últimas duas décadas são em muito semelhantes aos resultados que tinham desde 1991.

    Portanto, de que definhamento é que o teu bando de moralistas imorais estava a falar ?

    Já sei!

    Era o definhamento imaginário do qual eles se quiseram aproveitar para enganar idiotas que lêem o Correio da Manhã.

    Por isso é que durante 20 anos tu não ouviste falar uma única vez dos teus renovadores e de uma tentativa de criarem um partido marxista não-leninista para contrariar o PCP, já que consideravam tão importante contrariar a tendência de decrescimento eleitoral deste partido.

    Porque o seu objetivo nunca foi o de se organizarem verdadeiramente num partido que defendesse os portugueses ou trazer alterações em benefício da sociedade portuguesa, mas sim o de pura e simplesmente SABOTAR o PCP através da obtenção de apoio das massas abjetamente manipuladas na comunicação social para conduzir ao desmembrar do partido.

    E repara tu numa última coisa: o PCP só começou a “definhar” em 1991 (desde 1987) quando perdeu cerca de 20 deputados na assembleia, segundo o que tu publicaste.

    Esta data diz-te alguma coisa ? É que a mim diz-me muito! Nessa altura, andava tudo a falar da derrota do comunismo, do “fim da história” e de mais o raio que parte.

    Portanto, não me admirava que a propaganda internacional (oriunda dos escritórios da CIA e perpetuada através de um manancial de pseudo-intelectuais) acerca da “dissolução” da URSS tivesse influenciado a percepção das pessoas acerca do rumo que a política interna do país devia seguir.

    Mas como tu não pensas, não consideras nada daquilo que aqui escrevo e queres é insistir no raio da tua “purga”.

    Quanto à tua teoria de que o número de militantes se reflete nos resultados eleitorais, hás-de ler isto:

    «Não havendo registos anuais, existem saltos nalguns anos em que não
    há dados. De qualquer modo, quanto ao PCP, este partido terá atingido
    o número máximo de militantes por volta de 1983, 200 753, começando
    a partir daqui a decrescer até atingir em 2012, último ano em relação ao
    qual se possuem dados, o número de 60 484. Ou seja, menos de 1/3 do
    número máximo de 20 anos antes. No PS verifica-se uma quebra entre
    1982, onde surge com 125 648 militantes, e 1986, quando o número se
    reduz para 46 655. A partir deste último ano os números da militância
    no PS voltam a crescer até ascenderem em 2000 a 124 611. Depois, os
    números caem em 2002, para 66 917, altura a partir da qual voltam a as-
    cender gradualmente até atingirem o valor de 89 000 em 2006. Não há
    números de 2007, mas em 2008 surge uma nova quebra para 52 491.»

    Explica-me como é que o PS, com números relativamente semelhantes ao PCP (nomeadamente em 2006, embora não esteja aqui explícito), sendo que o PCP tinha 80000 militantes, tem sempre menos votos no Parlamento.

    Explica-me como é que, apesar de uma redução global da militância em todos os cinco principais partidos políticos (PCP, PS, PSD, CDS e BE), desde 2002 a 2010, e transversal a Portugal, a relação de forças eleitoral é praticamente sempre a mesma

    Não me explicas como é que a taxa de militância em Portugal desceu de 5,8% em 2002 até 2% em 2010, mas as relações de forças entre partidos mantiveram-se relativamente inalteradas e como é que o PCP tinha um tendência ascendente em votos nessa altura APESAR de ter uma quebra de militantes em 2008…

    Explica ainda como é que um partido com um máximo de 9264 militantes em 2014 (BE) tem resultados eleitorais relativamente próximos do PCP… Tem alguma coisa a ver com perda de militantes ?

    Fonte (espreita a página 59 do livro):

    https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/32407/1/ICS_Militantes%2520e%2520Ativismo%2520nos%2520partidos%2520pol%25C3%25ADticos.pdf&ved=2ahUKEwispIf7xtT8AhWjR6QEHbWeBKcQFnoECA8QAQ&usg=AOvVaw3izW-LDHK233en3Trp03SF

    Talvez a ideia de que a militância se traduz em votos não seja a mais adequada, não é ?

    O facto é que as pessoas votam num partido mediante a percepção que têm desse partido. E a percepção pública é apenas um dos fatores que influencia a maneira como as pessoas votam.

    Ora, qualquer partido partido tem uma percepção pública que é trabalhada pela Comunicação Social.

    Quando os teus renovadores recorrem à Comunicação Social para alterar a percepção pública do partido, estão a fazê-lo como os oportunistas que são.

    E voltaram a fazê-lo este ano.

    • «Explica-me como é que o PS, com números relativamente semelhantes ao PCP (nomeadamente em 2006, embora não esteja aqui explícito), sendo que o PCP tinha 80000 militantes, tem sempre MAIS votos no Parlamento.»

      Foi uma gralha, lamento.

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