Em Barcelona o apelo é: «Nem um euro para a guerra»

(In Abril Abril, 22/10/2022)

(Estas manifestações têm pouco ou nenhum eco na nossa comunicação social. Publicam tudo o que seja a favor da guerra e do seu financiamento e nada sobre quem se lhe opõe, e contra ela se manifesta, e sobre as dificuldades que tal apoio está a causar às famílias, mormente às mais pobres. E ainda falam na liberdade de imprensa e de expressão. Essas liberdades foram já enterradas na União Europeia, e os nossos políticos assinaram todos de cruz, com poucas e honrosas exceções. É lamentável.

Estátua de Sal, 22/10/2022)


«Face à crise inflacionária e energética, não ao orçamento belicista» é igualmente palavra de ordem do protesto convocado para este domingo na capital catalã, em que se exige a saída de Espanha da NATO.


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21 pensamentos sobre “Em Barcelona o apelo é: «Nem um euro para a guerra»

  1. De facto é difícil de entender o esforço financeiro que a UE está a fazer com a guerra. Acabaram de anunciar 23 mil milhões para o próximo ano. O que pensarão os contribuintes europeus sobre esta matéria? Alguém os OUVIU? Como entender que a Comissão seja tão relutante em aprovar apoios para os seus cidadãos /contribuintes e seja tão disponível para prolongar a guerra?

  2. Não resisto a publicar este excerto de um artigo de JOSÉ PACHECO PEREIRA, que totalmente subscrevo, para que os “comentadeiros pacifistas” que aqui clamam pela “liberdade de Imprensa e de expressão” já enterradas na União Europeia, e os nossos políticos que assinaram todos de cruz, com poucas e honrosas exceções”…possam “arrepelar os cabelos” à vontade, perante declarações de outros “comentadeiros” estes anti-democráticos, a soldo da União Europeia, da NATO, dos EUA e do malvado Capitalismo internacional.

    As “poucas e honrosas excepções” são, é claro, as dos heróicos “comentadeiros”, quais irredutíveis gauleses sempre tão bem acarinhados aqui na Estátua…

    E o que é que os “heróicos comentadeiros” querem afinal ?

    Que a Ucrânia sossobre SEM LUTA ao rôlo compressor de uma invasão NAZI, com o argumento de que.a Ucrânia… É NAZI, E A SUA DERROTA É QUE É O VERDADEIRO CAMINHO PARA A PAZ…

    E SE NÃO FÔR, e a invasão NAZI de Putin, tiver as mesmas intenções expansionistas que o HITLER teve ?

    Escreve José Pacheco Pereira :

    “Se a paz já era difícil, depois das anexações é impossível. Quem continua a falar de “paz”, assobiando para o lado depois dos referendos fantoches e da formalização da anexação pela Federação Russa num simulacro de legalidade, de novo quer apenas a rendição da Ucrânia”.

    • A sua argumentação é tão ridícula que só prova que deve estar hipnotizado. Como pode um país que o Pacheco e o coro dos belicistas passa a vida a dizer que está com as munições já esgotadas . e ainda só vai na Ucrânia -, ter ambições expansionistas para o resto da Europa?! Enxerga-te, ó Peralta. Quando te recrutarem ou aos teus filhos e netos, também vais a marchar para Kiev?! Ah, valente! 🙂

      • Ó Estátua ! Que arreganho”…

        As munições da Rússia putiniana estão esgotadas ? Coitada ! A China a demarcar-se, o isolamento internacional a adensar-se, e o Putin a gabar-se de que o seu arsenal bélico, incluindo mísseis nucleares, é muito mais forte que o dos EUA..e até a “carne para canhão” dos reservistas a martelo que não conseguiram fugir aos milhares, para países vizinhos, é mentira das centrais de notícias falsas…

        E quando te recrutarem, ó Estátua, com os teus filhos e netos, nessa patriótica “Legião Portugal-Rússia”, não hesites em ir combater de peito feito, para glória do Putin e da sua “santa” Rússia ! É de “heróis” do teclado e da caneta, como tu, que se constrói um Mundo melhor e mais pacífico…Em frente marche…a caminho da Glória !

        • Sim, pá, a China vai abrir as fronteiras aos mercados e passar a pagar o dízimo para poder aceder à tecnologia. Juízo, pá.

    • Quem continua a falar da liberdade dos ucranianos, devia dizer-nos o que lhes está reservado na hierarquia global para estado corrupto, falido, destruído, sem regras laborais, sem liberdade de expressão, e com armas espalhadas por todo o lado. Vá, ao menos porque é que o ex-dirigente do banco central decidiu fugir do país depois de dizer não ao Zé.
      Quem continua a falar dos nossos direitos devia responder porque não perguntam nada a ninguém, porque é que nos continuam a mentir descaradamente, porque é que financiar, armar, e treinar – agora até em território europeu – não são acções de guerra para a escalar.
      Quem continua a falar dos nossos valores devia explicar porque é que são os valores da sua conta bancária que estão a ser protegidos, já que o resto continua tudo aceitável até para a mussolini loira.
      Ou, pelo menos, quais são os objectivos, estratégia, horizonte temporal, meios, e preço reais contra o inimigo fraco e forte.
      Se me dizem constantemente uma coisa e o seu contrário, lamento se duvido. Mas deixo também uma pergunta retórica: os Estados Unidos têm aliados, ou têm interesses estratégicos?

  3. Só espero que as palavras de José Pacheco Pereira tenham sido mal transcritas. A tese de que a ‘paz é impossível’ transcende o que se pode esperar de um professor de Filosofia. Difícil, eventualmente…

    • “Se a paz já era difícil, DEPOIS das anexações é impossível”, foi o que escreveu Pacheco Pereira !

      E não ” a paz é impossível”…se bem me entende !

      • Ainda não reparou que quanto mais demora, pior é, quer para a carne para canhão, quer para nós, enquanto o nosso “aliado” lucra? E ainda não chegou o inverno, ao que se seguirão mais Melonis. Tudo para, na melhor das hipóteses, não se aceitar o que já se acordou à poucos anos, e que é muito mais do que se exige a muitos outros parceiros por aí.
        O que os Pachecos querem sei eu, uma explicação para o espectacular colapso da social-democracia que não envolva uma análise da sua impossibilidade, nem que tenha que colapsar de forma ainda pior para um neo fascismo. Marx, mais uma vez, estava certo.

        • Não há muros, de Berlim ou quaisquer outros que não colapsem, nem ditadores que sejam eternos…E na Rússia de PutIn, isso vai acontecer…POR DENTRO !

          E eu, espero cá estar, para ver os ” indefectíveis defensores da Paz”, a meterem o “coiso na virilha”, quando isso acontecer !

      • Acho muito curioso que por cá – neste território anexado não-oficialmente a que chamamos Europa e nesta parte do Mundo a que se chama Ocidente (sem que eu compreenda muito bem onde e como é que alguma vez se consegue fazer uma tal divisão, uma vez que do ponto de vista dos EUA, a China é o Ocidente, mas que sei eu ?) – ande toda a gente a falar da impossibilidade da “Paz”.

        É impossível a paz, é impossível negociar, é impossível acabar com uma guerra que mata pessoas não desde 24 de Fevereiro, mas desde há oito anos.

        É tudo impossível. Mas o mais curioso é que parece que é só impossível para o dito Ocidente civilizado.

        Foi impossível durante oito anos implementar os Acordos de Minsk, que visavam resolver a situação de guerra civil em que se encontrava o Afeganistão Europeu, conhecido como Ucrânia – acordos esses que pretendiam apenas que se reconhecessem os direitos da população do Donbass enquanto seres humanos dignos, através da autonomia dentro do território Ucraniano, e não como “pretos da neve” ou “sub-humanos” em comparação com os integralistas Ucranianos.

        É curioso que, durante anos, o único que tenha falado de paz tenha sido Putin.

        É curioso que, a 24 de Fevereiro, a intervenção militar russa só tenha tido início na sequência de bombardeamentos contínuos pelas Forças Armadas Ucranianas, desde o dia 16 de Fevereiro deste mesmo ano, em violação de acordos de cessar-fogo mediados pela ONU e monitorizados pela OSCE.

        Aliás, é a partir de um relatório desta última organização que se conhece inequivocamente que esta guerra não foi iniciada por Putin, mas pelo regime nazi (glorificadores de Stepan Bandera – um mais do que reconhecido colaborador de Hitler e genocida de Judeus), pirómano (Casa dos Sindicatos de Odessa em 2014) e repressivo (proibição de partidos políticos, meios de comunicação social, língua e cultura russas) de Kiev.

        O mais curioso é estarmos a assistir a um renovar de argumentos da Guerra Fria, período no qual os russos “representavam a ameaça máxima” (embora o Pacto de Varsóvia só tivesse sido criado ANOS depois da fundação da NATO – portanto, desde o princípio que esta nunca foi uma organização defensiva, mas, sim, ofensiva como demonstrado pelo histórico recente de destruição de países como a Jugoslávia ou a Líbia).

        Durante a Guerra Fria, nós tínhamos de investir em mais armamento, mais “defesas”, era necessário preparar uma potencial invasão soviética, porque, se não colocássemos mísseis na Europa, os tanques soviéticos rolariam por debaixo do Arc du Triomphe e pelo resto de Paris – agora não é rolar por Paris mas por Varsóvia ou qualquer outra treta.

        No caso da Nicarágua, nos anos 80, para impedir a ameaça terrorista e extremista do sindicalismo, Reagan gostava muito de assustar as pessoas com a imagem dos nicaraguenses a subirem ao longo da América Central, invadirem o México, entrarem pelo Texas, dirigirem-se a Boston/Nova Iorque e depois a combaterem nas ruas de Washington, D.C.

        No Vietnam, era preciso combater os socialistas nas selvas asiáticas, senão estariam a combatê-los nas praias da Califórnia.

        Houve alguém, a este propósito, que disse que a simples imagem dos vietnamitas utilizarem os seus pequenos Barcos PT para atravessarem o Pacífico e invadirem os EUA era um insulto à Marinha dos EUA (já para não dizer à inteligência das pessoas).

        E é assim que se enganam as pessoas e se ganha o seu apoio para justificar um ataque às suas condições de vida, aos seus salários, aos seus benefícios sociais, aos seus direitos enquanto trabalhadores e cidadãos habitantes de “supostas” sociedades democráticas.

        Mas, lá está: quem queria sempre desmilitarizar durante a Guerra Fria eram os russos, porque eles sabiam que manter custos de produção e desenvolvimento de novas formas de armamento era um empecilho para a sua economia e impedia-os de focar a sua capacidade cerebral noutras questões mais importantes do que fazer Ciência de Guerra – nomeadamente, tentar melhorar as condições de vida da população.

        Da mesma maneira, quem é que ainda hoje fala em guerra, quem é que diz que, se não os travarmos na Ucrânia, temos de os combater no resto da Europa ? Hum ?

        Quem é que está interessado em que todos os governos europeus invistam em armamento quando isso significa uma degradação tremenda (pela impossibilidade lógica de investir dinheiro noutros sítios como em Saúde, Educação, Infraestrutura (na qual se inclui a Habitação), Indústria…) da qualidade de vida dos cidadãos ?

        Cui bono ? Quem beneficia com tudo isto ?

        São os russos ? São os europeus ? Como ? Alguém me explica porque é que alguém beneficia com a guerra e com pacotes de sanções ?

        E Putin, por acaso e só por acaso, é o único dirigente envolvido neste conflito que fala em voltar à mesa das negociações – sem excluir os esforços ociosos de Erdogan e dos turcos, dependentes das provocações dos EUA e do humor com que acordam, virados para cá ou para lá.

        Claro, aqueles que ganham dinheiro à custa de contratos Lend-Lease que colocam a Europa como a responsável pelo pagamento daquilo que é destruído na Ucrânia – aumentando a dependência da União em relação aos EUA e permitindo que estes últimos adquiram uma fonte de rendimento que lhes permita ir reduzindo a dívida colossal que acumularam ao longo de décadas.

        Claro que quem paga tudo não são os ricaços que estão no controlo das Lockheed Martins e Cia.

        São os povos da Europa, são as pessoas comuns através dos seus impostos, que deveriam servir os seus interesses e não os das multinacionais americanas em missões “humanitárias e democráticas” por esse mundo fora, em preservação dos ” nossos valores” e da “ordem mundial baseada em regras”, totalmente contrária ao Direito Internacional e ao entendimento mútuo e relacionamento equilibrado entre povos e Estados soberanos.

        Afinal de contas, diz Blinken esta semana, se não forem os EUA a criarem um conjunto de regras que se aplique ao mundo inteiro, haverá sempre alguém que virá e fará isso mesmo – como argumento, não é um sofisma de primeira classe. De todo.

        Portanto, desta forma, os EUA têm de criar um conjunto de regras que se aplique à escala global e que tenha como base o conjunto dos interesses e valores americanos.

        Porque, se não o fizerem, vai haver sempre alguém que vai criar um conjunto de regras que não refletem os valores e interesses americanos.

        Parece que os interesses Indianos, Chineses, dos Povos da América Latina, da Indochina, de África e de todo o resto do mundo não interessam para nada – mas lá está: é o gangsterismo à escala global.

        É o Padrinho, o Al Capone Mundial que dita quem é que deve fazer o quê, à revelia dos valores democráticos mais elementares.

        Logo, os EUA têm de assumir o seu direito legítimo, e prebendado por mandato divino, enquanto senhores deste mundo e dos outros, e impor a sua visão estratégica e os seus interesses económicos, castrando todos aqueles que não concordarem com essa visão e esses interesses por via de sanções, golpes de estado, intervenções militares ilegais, invasões, apoio a genocídio e anexação de territórios à margem de inúmeras resoluções da ONU, entre outras ações ditas humanitárias e bem intencionadas.

        Basta perguntar aos Iranianos o que é que lhes aconteceu em 1953 quando se estavam a preparar para criar um regime parlamentar ? Alguém quer adivinhar ? Pois claro: golpe de estado e instauração do regime ditatorial do Xá.

        Ou perguntem aos Norte-Coreanos o que é que aconteceu ao seu país na Guerra das Coreias.

        Digamos que qualquer país seria hostil em relação a outro e desenvolveria meios de dissuasão nuclear se tivesse sido invadido por uma potência nuclear, sendo que esta potência arrasou o país de cima a baixo, destruindo, entre outras coisas, barragens que controlavam o abastecimento de água da população, o que resultou em cheias imensas e na destruição de tudo o que era campo agrícola cultivável (principalmente as suas plantações de arroz), causando a morte de milhares de pessoas não só como consequência das torrentes de água descontroladas, como por inanição.

        Nem se fala no arrasamento da restante infraestrutura do país.

        Foi uma preparação, um dress rehearsal para as atrocidades cometidas no Vietname, no Laos, no Camboja – algo que é conhecido como crimes de guerra e pelos quais pessoas foram enforcadas em Nuremberga.

        Depois admirem-se se eles desenvolvem armas nucleares para dissuadir aqueles que dizem que é necessário atacar primeiro e desenvolver armamento superior aos outros para manter a hegemonia e um estado de medo perpétuo que torne permanente a submissão dos outros aos interesses do único Império remanescente nesta Terra.

        Porque se tu não obedeceres, levas com um míssil humanitário na cara.

        É esta a impossibilidade de fazer a paz que nos governa.

        Mas os maus são os outros, os terroristas são os outros, os invasores são os outros.

        E quem não quiser reconhecer isto nesta altura do campeonato, ou é um palerma, ou é um idiota inútil ao serviço do Império do Bem.

        Por último Sr. Peralta: eu gostava de saber o que é o que o senhor faria se ainda hoje recebesse uma carta a dizer que daqui a dois meses ia passar umas férias muito agradáveis numa colina em Slavyansk, a rapar um frio do caraças, a recriar cenários de combate da Segunda Guerra Mundial ao som de balas e morteiros a caírem-lhe a dois metros do buraco em que nazis o enfiaram.

        O Sr. nem tinha tempo de mudar as fraldas, já estava a atravessar o Atlântico! A nado!

        Não discuto a credibilidade da nossa “Comunicação Social” (ou melhor, Meios de Desinformação Social), porque isso é macular a minha pessoa com excrementos desnecessários.

        Passe bem.

      • Acrescente-se ainda o seguinte: se a paz é impossível depois das anexações, o que é que o Pacheco Pereira sugere que se faça ?

        Que se volte atrás no tempo, é ?

        Já agora, esta gente tem umas noções muito curiosas acerca do que são anexações: aparentemente, referendos em que as populações são consultadas acerca do que é a sua vontade não contam como referendos ?

        Pelos vistos, espera-se que referendos sejam como aqueles da Catalunha, ou seja: referendos que possam ser desbandados à paulada pelas forças policiais do regime, que é como quem diz que a Democracia está proibida.

        Será que o Pacheco Pereira não tem vergonha nenhuma na cara e decide escamotear a seu bel-prazer todo o contexto que nos trouxe até aqui ?

        Será que ele se esquece todas as tentativas de fazer a paz, inclusive em negociações mediadas pela Turquia até à intervenção de Boris Johnson em Abril ?

        Será que ele esquece que a feitura da Paz só não avança por causa dos palermas que vigoram por este lado do planeta ?

        E pelos facínoras que habitam a oeste dos Açores e que estão interessados em dar continuidade à guerra por uma questão de interesses económicos ?

        Há quantos é que isto já podia estar resolvido, pergunta uma pessoa ? Pela vontade dos russos, há muito tempo.

  4. A grande maioria das pessoas aceita como ‘verdade’ a narrativa dos principais meios de comunicação social e da Europa agora encarnada por Ursula Von Der Leyen.
    Tentar compreendê-la estigmatiza-o como um ‘traidor’ e um ‘pró-Putin’… Isto é visceralmente insuportável !

    Antes de mais, terei de deixar de falar de Putin, mas antes sobre o poder russo. É infantil acreditar que ele está sozinho e que só faz o que quer fazer. Nunca quiseram anexar os territórios (poderiam tê-lo feito muito mais cedo) tal como nunca quiseram ocupar Kiev e decapitar o regime. Não se desperdiça biliões e vidas, não se expõe ao isolamento e sanções por um capricho ou uma solução temporária. Os acordos que a Rússia procura devem ser assinados com os adversários e não com as suas próprias marionetas, uma vez que devem ser sustentáveis. Este país não é governado por marionetas, como é o caso da França, Reino Unido, EUA ou Alemanha,e quase o resto da europa..

    Assim que tento partilhar outros pontos de vista para além dos meios de comunicação social, fui insultado como nunca antes..

    Vai contra a histeria e ódio anti-russo que levou a uma cegueira por parte do Ocidente que raramente foi vista e que levou à sua exclusão da colonização final.

    Precisamos de saber a verdade sobre esta guerra na Ucrânia. Se a UE e a Inglaterra não tivessem interferido apenas com os americanos como ajuda, a Ucrânia teria pedido o fim desta guerra há muito tempo atrás. Há uma grande responsabilidade pela morte de todas estas pessoas, Inglaterra e Alemanha na liderança e o resto da europa. Esta guerra deve ser travada, é uma prioridade porque pode tomar um rumo muito complicado para o mundo..

    Para o mundo asiático, africano,sul americano e árabe, o Putin é uma especie de ídolo, porque o vêem como um vigilante, um cavaleiro que se vingou da vingança deles. Esta guerra está a mudar muitas coisas no mundo árabe. Por uma vez em décadas, os povos do Brics tem a esperança de se tornarem senhores do seu próprio destino, de realmente desfrutar da riqueza deles. E tanto pior para ocidentais que sempre os consideraram como povos inferiores. Sim, gostam do Putin e apoiam porque pensam que ele não irá roubar, trair, interferir nos assuntos deles ou ditar as suas leis, pelo contrário, pensam que uma mudança no horizonte só pode ser benéfica para os países do Brics, os povos e a economia. Por uma vez em décadas, acreditam que desta vez a mudança está a favor deles, e esperam que seja a favor do povo palestiniano que há muito tempo é ignorado e que há muito é vítima da política americana e ocidental baseada em dois pesos e duas medidas.

    O Ocidente está a retroceder todos os dias, política, ideologicamente, militarmente, economicamente, culturalmente, graças aos americanos, que a Europa insiste em seguir em todos os aspecto..

    A Europa está a perder terreno porque os seus líderes estão a apoiar a Ucrânia sob as ordens dos EUA.
    No final, é o povo europeu que sofre com esta guerra (crise energética, inflação galopante, cólera popular, etc.)
    São os EUA que são os senhores deste confronto que está a destruir as infra-estruturas ucranianas e a empurrar as populações para o exílio em direcção a toda a Europa…

    O urso russo não disse a sua última palavra e pretende torná-lo conhecido com a inteligência do fracasso…
    É evidente que a opinião pública europeia começa a levantar a sua voz contra a ajuda à Ucrânia.
    As próximas eleições nos EUA podem mudar o curso das coisas se os republicanos obtiverem a maioria em ambas as câmaras..

    Em todo o caso, este conflito parece ser uma das últimas misturas de armas convencionais e tecnológicas.

    De facto os russos podiam argumentar que estavam a ajudar compatriotas vítimas de uma guerra civil orquestrada por um governo sectário que não respeitava os acordos assinados, é difícil ver o interesse do “bom campo” em colocar tantos recursos para apoiar um Estado que não é membro da Nato nem da UE e com o qual não existem laços culturais. É muito claro que o campo ocidental estava à procura deste confronto e imaginavam instrumentalizar o irmão inimigo ucraniano para prejudicar a Rússia. E como os europeus não tinham nada a ganhar com isso e estão a arruinar-se a si próprios como preço pela sua cegueira, temos de encarar os factos: são os americanos e a sua ala armada na Europa, a NATO, que são os instigadores da crise. O crime beneficia-os e o seu complexo político-militar-industrial(Estado Profundo) pode assim funcionar a toda a velocidade, ao serviço dos seus objectivos hegemónicos.

    O exército russo só estava a utilizar o velho equipamento da União Soviética na sua operação especial,e imaginem por um momento que o exército russo deita fora 2/3 do seu exército com T14 armata e muito outro equipamento muito moderno que será necessário negociar com o risco de ver todos os ucranianos massacrados porque é isso que é provável que aconteça e os EUA estão bem cientes de que a Rússia tem a capacidade convencional de destruir a Ucrânia, por isso é difícil acreditar que os EUA queiram sacrificar a população ucraniana aos russos.

    RAND Corporation (EUA) revelou com meses de antecedência o curso da guerra na Ucrânia: Ao que parece ser uma fuga interna da think tank da RAND Corporation, conhecida entre outras coisas por ter sido a originadora da política externa e estratégia de agressão dos EUA durante a Guerra Fria, é dada uma descrição detalhada de como a crise energética na Europa foi planeada pelos EUA. O documento, que data de Janeiro de 2022, reconhece que a política externa agressiva da Ucrânia antes do conflito obrigaria a Rússia a tomar medidas militares contra o país. O seu verdadeiro objectivo, diz, era pressionar a Europa a adoptar uma vasta gama de sanções para isolar a Rússia do seu mercado europeu, sanções essas que estavam em vigor há anos.

    Dito de uma forma simples, os russos estão a atacar as centrais eléctricas ucranianas para aumentar a dependência europeia dos russos, pelo que a Ucrânia está a ganhar menos dinheiro para terminar as acções militares, o que não é pouco dinheiro, especialmente com o aumento dos preços da electricidade. Também a Rússia cortou a rede Starlink que os ucranianos utilizam para as suas máquinas que lhes permitiram levar a cabo um contra-ataque.
    Outro ponto porquê financiar a guerra na Ucrânia e não encontrar rapidamente uma solução como, por exemplo, aumentar as condições dos hospitais para investir os estabelecimentos escolares ou apenas para aumentar a qualidade de vida da população na europa que se encontra numa situação complicada com a inflação,queda do euro e a subida dos preços.
    Se os Estados ainda tem tempo para tratar dos assuntos de outros países, então porque não quer resolver os problemas do países ??

    Uma coisa que me incomoda é que agora que é um atoleiro e vamos todos ser impactados, há muito arrependimento antecipado. Ou seja, esquecemos que o país que foi invadido não tinha de o ser, mas como sentimos que vamos morrer com falta de alimentos,frio ou de uma bomba atómica, olhamos para trás e apontamos o dedo aos lideres europeus, dizendo que eles deveriam ter-se deitado no primeiro dia.

  5. Tradução pelo Google Translate do artigo que mencionei acima

    PRIMEIRO! Antecedentes: Agente do serviço secreto suíço Jacques Baud: É assim que o Ocidente se encontra na guerra da Ucrânia

    Nova york. Em entrevista ao portal de mídia independente dos EUA grayzone.com, o oficial do serviço secreto suíço, conselheiro da OTAN e autor Jacques Baud tratou da guerra na Ucrânia e, em particular, criticou duramente as reportagens da mídia ocidental. Baud, cujo livro mais recente (“Operation Z”) é dedicado ao conflito na Ucrânia, aponta que a mídia ocidental consistentemente relata apenas a versão ucraniana dos eventos, que muitas vezes é embelezada ou simplesmente errada.

    Literalmente, Baud diz: “Todas as informações que temos sobre a Ucrânia, posso dizer todas, 100% das informações que aparecem na grande mídia vêm da propaganda ucraniana. Quero dizer os números, o número de feridos, o número de mortes, o número de incidentes, tudo.”

    Baud identifica essencialmente três áreas temáticas nas quais a reportagem ocidental está errada porque assume uma posição pró-ucraniana unilateral:

    Em primeiro lugar, o Ocidente está falando (e escrevendo) sobre o uso de armas nucleares russas – embora Putin nunca tenha ameaçado usar armas nucleares. O chefe do Kremlin só ameaçou usar “todos os sistemas de armas à nossa disposição” se “a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada”. De acordo com Baud, estes incluem principalmente mísseis hipersônicos e mísseis com várias ogivas, mas não ogivas nucleares.

    Aliás, uma política de “não primeiro uso” se aplica na Rússia quando se trata do uso de armas nucleares – em completo contraste com os EUA: o presidente dos EUA, Biden, se afastou dessa política de “não primeiro uso” este ano. Então Washington está mantendo um ataque nuclear aberto. Mesmo o aliado mais próximo dos EUA, a Grã-Bretanha, confirmou repetidamente um primeiro ataque nuclear – a nova primeira-ministra Liz Truss sublinhou isso expressamente no período que antecedeu sua posse: “Estou pronta para fazê-lo”.

    Em segundo lugar, contrariamente aos desenvolvimentos actuais, a Rússia não está a sabotar possíveis negociações de paz e uma solução negociada. O fato é que, desde o início da guerra, os EUA e a Grã-Bretanha conseguiram várias vezes frustrar um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia. Já em março, logo após o início da guerra, as palavras de Putin de que a Ucrânia e a Rússia estavam “muito, muito próximas de um acordo de paz” caíram em ouvidos surdos na grande mídia ocidental. Na época, a Ucrânia estava sendo pressionada pelos Estados Unidos e pelo Ocidente a recusar um compromisso com a Rússia. Nesse contexto, Baud ressalta que houve três tentativas de trazer a paz entre a Rússia e a Ucrânia – todas elas foram cortadas pela raiz pelo Ocidente.

    A primeira tentativa foi feita apenas um dia após a eclosão da guerra, em 25 de fevereiro. Segundo Baud, o presidente ucraniano Selenskyj foi chamado de volta pela UE, afinal, um “pacote de ajuda” de 450 milhões de euros para armas já havia sido coloque junto. Segundo Baud, a situação foi semelhante em uma segunda tentativa em março. Também neste caso, as entregas de armas do Ocidente – desta vez no valor de 500 milhões – estavam a caminho. O primeiro-ministro britânico da época, Boris Johnson, chegou a voar para Kyiv especificamente para influenciar o presidente ucraniano Zelenskyy e impedir um acordo de paz.

    Em uma terceira tentativa, o presidente turco Erdogan queria mediar um acordo de paz. Depois que ele voou para Kyiv “inesperadamente”, ele deixou expressamente claro em uma entrevista coletiva em Kyiv: “Sem negociações com os russos. Temos que lutar. Não há espaço para negociações com os russos”.

    Terceiro, de acordo com Baud, a Ucrânia está sendo cinicamente abusada pelo Ocidente. Do ponto de vista do Ocidente, a guerra na Ucrânia serve apenas ao objetivo de forçar a Rússia a cair de joelhos e deixá-la sangrar economicamente. “Ninguém realmente se importa com [a Ucrânia]”, disse Baud. É usado principalmente para os interesses estratégicos dos Estados Unidos. No entanto, os EUA e o Ocidente calcularam mal. Porque: “O objetivo original era provocar a Rússia para poder destruir sua economia por meio de sanções”.

    As sanções, entretanto, não deram em nada. a suposição original era que a Rússia entraria em colapso rapidamente sob eles, explica Baud. Mas a Rússia, ao contrário das expectativas, não entrou em colapso e continua lutando. O ex-agente do serviço secreto suíço resumiu a política de sanções do Ocidente: “Nós impomos sanções sobre sanções sobre sanções sem que isso tenha alcançado nada”.

    Conclusão: O Ocidente tornou-se “vítima de seu próprio erro”. Ainda mais: o perdedor é a Europa, que atualmente está afundando em uma crise energética e econômica. Mas o maior sofredor é a Ucrânia, que é um mero peão na prancheta do Ocidente. (mu)

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