Vai tudo abaixo!

(Por Hugo Dionísio, in Facebook, 14/10/2022)

Sr. Z em Liman, ou será em Kharkov? Ou talvez em Kiev?

A entrevista de Jack Keane à cadeia de televisão FOX News, constitui um exemplo emblemático da falácia do “Golias, O Conquistador”, o qual, aproveitando-se da fraqueza de “David, O Libertário LGBT+”, decide entrar em casa alheia sem ser convidado, provocado ou assediado.

Jack Keane, não é um zé-ninguém qualquer, daqueles comentadores de Facebook… Não! Jack Keane sabe do que fala. Afinal é só ex-Chefe do Estado Maior Conjunto dos EUA, que aconselha o Departamento de Defesa, o Conselho de Segurança, etc. Trata-se, ainda, de um General de 4 estrelas, e, portanto, teremos de assumir que o que ele diz à FOX é mesmo assim. Até porque bate certo com todos os outros indícios, históricos e hodiernos, bem como com os desabafos já veiculados por outros conselheiros, congressistas e secretários de estado da Casa Branca. O vídeo pode ser visto aqui.  Pena é estar em inglês, mas com a tradução simultânea dá para perceber o que ali é testemunhado.

Então, o Major General Jack Keane, disse á cadeia Fox, mais ou menos que, o Partido Republicano está sempre muito preocupado com as contas, mas, desta vez, a Casa Branca fez um ótimo “investimento” de “66 biliões de dólares”. E sublinhou “investimento”, porque com uns meros 66 biliões de dólares lograram “comprar” o país do Sr. Z e assim libertar o governo estado-unidense de uma despesa de triliões. E, acrescentou que, com esse “investimento”, em vez de termos militares do seu país a morrer a combater o inimigo, passámos a ter os jovens do país do Sr. Z a fazê-lo. 

Precioso testemunho, este. Se depois disto, ainda houver quem acredite na falácia que visa alinhar, contra ESTA guerra, todos os que estão a favor de TODAS as outras, e perseguir, por sua vez, quem está, sempre e continuadamente, contra TODAS as guerras SEM EXCEPÇÃO, é porque chegámos ao plano da religião ou do futebol, e nesse plano, já não discuto.

Este caso é paradigmático sobre a forma como foi montada toda uma estratégia de relações públicas que visou, sobretudo, arrastar a opinião pública ocidental para um quarto fechado e escuro, negando, atacando e rejeitando tudo o que esteja para lá desse cubículo.

Peguemos noutro exemplo, para percebermos como funcionam estas falácias, cuja superficialidade atroz nos estarrece, tal a facilidade em serem desmontadas, demonstrando, por isso mesmo, o nível de alienação em que colocaram as pessoas mais incautas, desinformadas ou religiosas, em relação à corrente política dominante.

Ontem, as Tv’s falavam de um ataque russo a Adiivka, que vitimou 7 civis inocentes. Não tenho dúvidas de que terão morrido inocentes, pois a guerra é mesmo assim. Não sou dos que acho que as guerras do Ocidente só matam gente má e culpada, como estou certo de que as bombas russas também matam gente inocente. Mas, na CNN dizia-se que a explosão fora provocada por um míssil proveniente de uma defesa antiaérea.

Perante o paradoxo (apenas aparente, diga-se) de um míssil terra-ar atingir um alvo em terra -para mais, tratando-se de um míssil antiaéreo, usado para efeitos defensivos, que atingiu uma cidade sob o domínio do Sr. Z, concretamente a cidade que no Donbass reúne os postos de comando mais importantes dos AZOV e das FAU -, o que fez o comentador de serviço?

O comentador engendrou uma explicação brutalmente contraditória que jogasse com a acusação vinda de Kiev. Ou seja, não foi verificar o que aconteceu realmente, dada a estranheza (nada isolada, aponte-se) do acontecimento. Então, este grande obreiro da desinformação explicou, o que aconteceu: o exército do Sr. P, como está com falta de misseis de longo alcance, decidiu começar a usar mísseis terra-ar, provenientes de complexos de defesa antiaérea, mas destinados a alvos terrestres. E, continua o “cartilheiro”, dizendo que “estes mísseis, como se sabe, são menos precisos” e, concluiu com “isto marca uma nova fase na ofensiva caracterizada pela falta de armas de precisão”.

Bem, à parte a barbaridade de haver gente desta num serviço deste tipo, o que aconteceu, logicamente, e em linha com o que temos visto, e, aplicando o princípio de Occam, segundo o qual a explicação mais simples, normalmente, tende a ser a correta, é que, desde o início, as forças do Sr. Z, como forma de potenciarem o número de vítimas, para efeito de guerra da informação, colocam as baterias antiaéreas dentro das cidades.

Ao contrário do que mandam as regras, os sistemas de defesa aérea devem estar em locais desabitados, para, precisamente, não acontecerem este tipo de acidentes. Contudo, como o Sr. Z sabe (mas não o assume), as tropas do Sr. P têm mostrado contenção na hora de bombardear zonas urbanas, especialmente em comparação com as intervenções no Iraque ou na Palestina. Daí que, o Sr. Z, mande instalar estas coisas no meio das cidades, camufladas, pois sabe que aí mais dificuldade terá o inimigo em destruí-las. Contudo, sempre que têm de ser usadas – e neste caso foram usadas contra drones Geran-2 -, das duas, uma: ou intercetam o alvo aéreo, ou ficam à deriva e caem num local mais ou menos aleatório. É isto que temos visto acontecer desde o início desta guerra. Até porque, se as defesas antiaéreas são colocadas para defender um território que está dentro da área de intervenção, como raio é que um míssil antiaéreo do Sr. P cairia a dezenas de quilómetros da sua área de intervenção. Depois, existe um vídeo filmado por um civil de Adiivka que mostra o míssil a falhar o drone e a voltar para… Isso! Para o chão!

Depois, eu não sou militar, mas estes mísseis terra-ar são dirigidos a alvos móveis, sendo disparados para uma trajetória que intercete o alvo em movimento. Logo, como poderiam ser usados para alvos estáticos e logo em terra? E o que é que a precisão tem a ver com isso? Até porque, não sendo eu entendido, estes mísseis até devem ser bem precisos, porque senão não cumprem a sua função de defesa, certo? E, segundo tenho lido, o mais difícil é atacar alvos em movimento e estes mísseis fazem-no. Logo… Já viram o disparate que o tipo estava a dizer, só para justificar a aldrabice, mais uma!

Mas, esta questão do exército do Sr. P não ter munições, é outro disparate. E os bombardeamentos dos últimos dias demonstram-no com toda a evidência. Ao que consta nos próprios canais ucranianos, a noite passada foi mais uma em que infraestruturas importantes foram atacadas pelo exército do Sr. P. Ora, partindo do princípio de que os órgãos informativos “livres” não nos enganam deliberadamente, devemos questionar como é que o o Sr. P bombardeia sem munições. Temos de admitir que é um bocado estranho.

O site de política internacional Moon of Alabama fez uma lista (ver aqui) das notícias veiculadas pela imprensa “independente”, “livre” e “credível”, sobre o esgotamento iminente de munições ao dispor do exercito do Sr. P.

Desde a Reuters, Financial Times, o Moscow Times (é americano, e não, não foi encerrado!), Jerusalém Post, Daiy Mail, the Sun, Newsweek, Business Insider, todos, mas todos, desde Março do corrente ano, recorrem a especialistas do topo da hierarquia militar dos nossos dominadores “aliados”, para jurarem, a todos os santinhos, pela família e filhos, que o Sr. P já só tem pólvora seca, ao seu dispor. Nem é preciso dizer, o quantas vezes as nossas “livres” TV’s, Jornais e Rádios, reproduziram estas afirmações, nunca as contradizendo, ou, pelo menos, verificando junto de fontes diversas e realmente independentes, se tal seria verdade ou não.

Todos estes casos, a par das constantes “visitas” do Sr. Z à linha da frente, mostram-nos como, cada um dos lados, combate esta batalha, usando estratégias totalmente diversas. Uns trabalham para a fotografia, outros trabalham para dominar, de facto.

Exemplo disto mesmo é o que alguns militares americanos (russos, chineses e europeus também) têm referido a respeito da estratégia russa. O objetivo de desmilitarização do exército do Sr. Z, segue os princípios doutrinários das grandes vitórias do passado. Pode destruir-se o inimigo indo contra ele, mas isso obriga a recursos infindáveis e, sobretudo, a maior mortandade de tropas. A outra hipótese é o que fizeram com Napoleão ou na 2ª grande guerra. Estabilizam as linhas de defesa, fortificam-nas e criam uma barragem de artilharia, com apoio de aviação e tudo o que é preciso. Depois, é só esperar pelo inimigo. Como o inimigo trabalha para a fotografia, vai-se deixando avançar as suas tropas em locais sem importância estratégica (estepes, cidades despovoadas) e, a cada avanço, o inimigo perde milhares de homens e centenas de veículos. O terreno “perdido” funciona como a “cenoura”. Não é segredo que, quando o Sr Z chegou a Liman, encontrou as casas vazias e os depósitos de munições desertos. Ou seja, houve uma saída planeada e ordenada. Em contrapartida, as perdas nesse avanço foram na ordem dos milhares de homens.

O facto é que, tal como fez Hitler na 2ª guerra, na tentativa de gerar um plano de desmoralização do inimigo, à medida que ia vendo o seu exército desbaratado, foi precisamente quando começou a fazer avançar as reservas, atacando tudo ao mesmo tempo. O resultado, já todos sabem qual foi. Hoje, ao serem vistos os relatórios das várias partes envolvidas (todas elas e não apenas as duas principais), constatamos que, até de acordo com a comunicação social “credível”, todos referem perdas de centenas -e às vezes milhares – todos os dias, nos continuados ataques do Sr. Z. No final, tudo o que são objetivos estratégicos, não consegue nenhum. Mas, aos poucos, vai perdendo o exército. As armas soviéticas já foram quase todas (as que tinham e as que lhe mandaram os “aliados”), e agora chegou a vez das ocidentais, que chegam a cada vez menos velocidade, ao ponto de já se usarem veículos civis normais como carros de assalto.

E porque é que, sabendo disto, o Sr. Z opta por chocar contra este muro? Porque o objetivo é a fotografia. Criar uma ideia de avanços continuados, visando desmoralizar o inimigo, na linha da frente e em casa. A par disso, os serviços secretos de Sua Majestade, ajudados e coordenados pelos de sempre, vão rebentando com infraestruturas importantes, dentro e fora do país do Sr. P, visando criar um contexto propício a uma revolução colorida que o retire do poder. Esta é a única estratégia real que eles têm (e que se repete no Irão, na Tailândia, na Venezuela…), visto que, as sanções não resultam, porque, como já todos sabemos, elas não se destinavam ao país do Sr. P, mas aos países do Sr. S, M, L, “sabiamente” colocados a jeito pela Srª van der Lata.

E de tal modo foram colocados a jeito, que, só para dar um exemplo do nível de autoflagelação em que fomos colocados, podemos dizer que, num período marcado pela crise “provocada” de acesso ao petróleo e gás, em que estas matérias sobem de preço de forma estratosférica, a Europa continua a comprá-las, não em euros, mas em dólares. Ora, se o euro tem desvalorizado e o dólar tem valorizado (o que demonstra a engenharia aqui subjacente), a Europa deveria evitar comprar energia em dólares, certo? Pois, ao converter euros em dólares, está a prejudicar-se do ponto de vista cambial. Mas para não chatear a Casa Branca, Van Der Lata prefere tornar-nos a energia ainda mais cara, enquanto países como a China, India, Turquia, Brasil, Irão, Arábia Saudita e outros, já estão, precisamente, a diminuir as suas compras em dólares, precisamente porque este está demasiado valorizado. Eis como se enterra, ainda mais, uma economia.

E enquanto Stoltenberg diz que uma derrota do Sr. Z é uma derrota de todos “nós”, o que, pela milésima vez, demonstra quem está, de facto, por detrás do conflito, na França mais de 2000 postos de combustíveis estão fechados por uma greve, que ameaça tornar-se uma greve geral. Isto, enquanto Macron manda atirar com gás lacrimogéneo e balas de borracha contra estudantes do ensino secundário em luta. Oh! Se fosse o Sr. P, ou o Sr. X, o que não faltaria de “ditadura” e “tirania”. As classificações dependem da simpatia ocidental para com quem pratica os atos. Num caso são estudantes “violentos”, no outro são estudantes “pacíficos”, mesmo que atirem com cocktails Molotov.

Mas as TV’s do burgo pouco falam destas coisas, que, aliás, se repetem, cada vez com maior força, pela Europa fora. O que não admira, tal o nível de autodestruição em que foi colocada a economia europeia e, no nosso caso, nacional.

Mas se Marcelo e Costa têm tanta comiseração pelos civis ucranianos – que a merecem toda, diga-se – pouca têm pelos 400 jovens e crianças abusados pelas figuras da igreja católica. Parece que, uma vez mais, depende de quem pratica a violência. Se é inimigo, são crimes contra a humanidade, se são amigos, são “poucos casos”. Se este exemplo não serve para constatar a parcialidade com que se avalia a realidade, então não sei já o que serve.

O facto é que isto tudo pode ainda agravar-se mais. O aprofundamento das relações do país do Sr. P com os países do Golfo, tem tudo para começar a ameaçar de morte o petrodólar. Ora, já sabemos onde vão os nossos “amigos” atlânticos pilhar, quando perderem os “almoços grátis” do petrodólar. Penso que, a valorização a sua moeda, o crescimento do seu PIB, o domínio de mercados, antes europeus, entre outros, mostram o caminho que vai ser seguido. E como nós o pagaremos com língua de palmo.

Se a isto adicionarmos as provas que já existem de que o Sr. Z usa os barcos carregados de cereais – carregados ao abrigo do acordo da ONU – para esconder e transportar armas, antevê-se aqui mais um aperto no garrote. É que o Sr. P terá o pretexto que quer para impedir estes barcos de saírem em direção aos seus compradores. Também se diga que, ao contrário do que se propagandeava, o trigo vindo do país do Sr. Z não se destinava a África, mas sim à Europa. Apenas 2 em cada 87 navios, saem com destino à África. Eles vêm é para a Nestlé, Milaneza, Nabisco, Matutano e outras do tipo.

O mesmo faz o Sr. Z com os comboios de civis saídos da Polónia. Carruagens à frente com civis, carruagens de trás com tanques de guerra, transformando os civis em escudos, ou em alvos militares, é só escolherem. E porque o fazem? Porque sabem que, ou o Sr. P não os ataca, por causa dos civis, ou se os atacar, lá vêm as fotografias de mortos sempre tão requeridas nos meios de propaganda ocidental.

Por fim, sabemos que os EUA pretendem banir, desta feita, o alumínio do país do Sr. P. Não admira. Tendo assegurado os seus fornecimentos, seja ao nível nacional, seja na América Latina, os EUA podem agora apertar um pouco mais um garote à EU. Até porque Van Der Lata, se os EUA dizem que é alumínio, ela manda logo banir o aço, níquel, zinco, papel, madeira, cereais… Tudo para se mostrar convicta, militante e bem-comportada.

O facto é que, o alumínio é daqueles metais que tem importância primordial para a indústria automóvel, aviação e metalomecânica. Estas indústrias, motores da economia europeia, terão de o comprar muito mais caro e a quem? Ou a mercados dominados por quem? Pelos de sempre.

E se dissermos que, da Boeing à General Motors, anular a concorrência da Airbus e dos fabricantes alemães, franceses e italianos, dá um jeitão… Já se está mesmo a ver quem ganha com a desindustrialização… Os discursos podem ser lindos, convictos, solidários e libertadores… Mas a prática, a objetividade, a realidade é esta:

Vai tudo abaixo!


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6 pensamentos sobre “Vai tudo abaixo!

  1. O problema da declaração não é o “investimento”; quem acha que é uma guerra do bem contra o mal continuará a achar que o é com os “voluntariosos” “aliados”, hurah, ‘murica, como se aquele país fosse capaz de ser aliado de alguém, seja na Ucrânia, seja no Iraque, seja no raio que os parta. A parvoíce é acreditar que a seguir seria a Polónia, ao mesmo tempo que se refere o artigo 5 da NATO, e achar que seria uma guerra nuclear quando sabe muito bem que o apoio há muito ultrapassou qualquer dúvida sobre ser uma acção de guerra.

  2. Mais uma grande obra escrita deste autor. Obviamente não é publicado em “jornais” nacionais… Para mim, isso é uma medalha de mérito para o Hugo Dionísio, tal e qual como a medalha de mérito que a “imprensa livre” deu ao Bruno Amaral de Carvalho (ele já não está no Donbass, mas eu não o vou esquecer) ao deixar de o publicar em Portugal, e ao obrigá-lo a vender o seu jornalismo verdadeiro a um jornal da Galiza.

    Entretanto no Público escreve uma ex-namorada de Sócrate que vai ao Twitter explicar como a situação é “tão simples” (pois é de sobre-simplificação que vive a propaganda para manipular as massas): a guerra só pode acabar quando se derrotar o Putin, que está a invadir a Crimeia desde 2014, logo o ataque à ponte não é terrorismo, e os Nazis não são o lado mau.
    E há por aí tanta gente, só aparentemente de 2 patas, a comer e a abanar a cabeça para cima e para baixo.
    Só lhes falta irem para a rua com cartazes de apoio à NATO ao mesmo tempo que gritam: “i-óoo i-óoo”.

  3. Partilho os pensamentos do Hugo Dionísio a quem saúdo pelo seu trabalho. Muito senso comum no que foi desenvolvido.Eu acrescentaria para o
    que nos afastam da ideia essencial:
    – O progressivismo não deve ser confundido com o humanismo.
    – Democracia representativa com democracia.
    – Educação nacional com ensino.
    – Contribuinte ou consumidor com cidadão.
    – Funcionário do estado, banqueiro, com pessoa honesta.
    – O velho mundo com o novo mundo…
    Todas estas palavras não têm o mesmo significado que aquela que algumas pessoas querem que aceitemos…
    Não é surpreendente que pessoas que foram enganadas, se tornem suspeitas, acabem por descobrir a verdade!
    A única coisa que o nosso presente e o nosso futuro próximo têm em comum é uma filiação histórica e contínua, que conduzirá a uma forma de emancipação a partir de mentiras…
    Aprenderemos a defender-nos eficazmente contra todas as formas de mentira.
    A isto chama-se maturidade.

    nNão querem ser enganados pela farinha e cair (como muitos concidadãos da minha idade que foram silenciados pelos meios de comunicação social) na armadilha da escravatura que é tão terrivelmente visível e que nos está a ser colocada pelos vários governos ocidentais e pelas marionetas da oligarquia que nos dirigem!

    O problema com a maioria dos ocidentais hoje em dia é que eles são crianças grandes. Se recusarmos a realidade, acabamos por bater contra a parede. A realidade é inevitável, implacável e formidável. Se algumas pessoas quiserem sonhar, mais cedo ou mais tarde terão de acordar e depois…

    O que fizemos para merecer isto? É muito simples e extremamente complexo, negámos os limites planetários.
    A população está completa de infantilismo, alguns aproveitam para assegurar a perpetuação dos seus privilégios apesar dos limites e os escravos consomem sem contar e hoje teremos de contar.
    Já não é uma humanidade, é uma manada de ratos de laboratório, descerebrados pelos meios de comunicação social, escravos dos ricos e dos seus fantoches políticos, burlados pelos seus smartphones… Um sistema podre que está em colapso, com muito “boas notícias”.

    Sob o disfarce do capitalismo, as estão a ser “idiotizadas”. A maioria não compreende necessariamente o que se está a passar.
    Com as descobertas científicas sabemos como tornar as pessoas dependentes, como torná-las viciadas. Vejam o que os meios de comunicação social, as redes sociais, os jogos de vídeo, a publicidade que se tornaram!! Absolutamente tudo é feito para orientar as escolhas do cliente, da população. O capitalismo considera-nos hoje em dia como consumidores, por vezes como uma mercadoria e estamos lá apenas para gastar o nosso dinheiro sem dar a nossa opinião.
    Há novas drogas neste mundo que tentam esconder (redes sociais, jogos de vídeo, telefone…) Eles desviam o debate das questões reais. Imagino que no futuro as pessoas ficarão frustradas com o que querem regular ou bloquear, por exemplo, Facebook, Ticktok …

    Torna-se cansativo reagir à situação porque é preciso ser capaz de o fazer em todas as frentes. É espantoso o grau de mentira ou aberração a que chegámos.

    A verdadeira reflexão política e geopolítica profunda passou em poucos anos da esquerda que não tem nada de novo a dizer a nível metapolítico e que agora semeia as sementes da discórdia no seio do casal heterossexual e da família tradicional entre homem e mulher e entre filhos e seus pais, à direita nacional que, na minha opinião, não compreende realmente o RN que está demasiado normalizado e alinhado com todos os doxa dos meios de comunicação atlantistas, nomeadamente o doxa europeu da UE e o euro! São domesticados pelos principais meios de comunicação social na remuneração dos oligarcas globalistas .

    A sociedade americana (bem, aquela que possui a riqueza e as regras) quando se sente em perigo (financeira, claro) sempre reagiu da mesma forma…witch-hunting….see Maccarthyism durante a guerra fria…com toda a coorte de proibições e repressões…E como bons fantoches, nós seguimos na Europa.

    Os EUA não são um país mas um negócio e Thomas Jefferson, no início do século XIX, colocou o pé nele, explicando o papel imperial e messiânico que os EUA desempenhariam no futuro, além disso, tomando uma nota de dólar com o seu símbolo macónico, está escrito novus ordo seclorum (americano, claro. Os Estados Unidos são uma verruga na bela face do mundo.

    A sociedade está totalmente anestesiada e não reage ao modelo plutarístico… o problema é que o Estado está a ficar cada vez maior e a limitar as liberdades.
    Não devemos acreditar que o Estado nos vai ajudar. Penso que fará todo o possível para criar criminalização e mais regulamentação.

    Encontramo-nos realmente numa fase de implosão cultural e socioeconómica.
    Só conhecemos um capitalismo de estado, não um capitalismo libertário.

    O Estado social é para funcionários públicos e políticos, não para o povo..

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