Marcelino pan y vino

(Por Valupi, in Blog Aspirina B, 31/07/2019)

Marcelino

O caluniador pago pelo Observador escolheu como 2º convidado da sua 2ª rubrica radiofónica na madraça o João Marcelino. Mais uma vez, do que o caluniador queria falar era de Sócrates. E, mais uma vez, o que o seu convidado lhe disse explica o silêncio da pulharia e das alimárias.

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Ouvir Marcelino a oferecer porrada ao palerma do Henrique Monteiro não chega a ter graça. É que esse grupo de vedetas do editorialismo onde também cabem o mano Costa e o poeta-Guerreiro, o David Dinis e o Manuel Carvalho entre outros, os quais estiveram em rotatividade à frente dos poucos órgãos que constituem a nossa comunicação social, são uma presença tóxica, fétida, no espaço público.

No caso da “Inventona de Belém”, o Marcelino expõe o Monteiro de uma forma que revela a putrefecção fulanizada do meio. Ao mesmo tempo, o sistema, a estrutura e os poderes fácticos são abafados no seu discurso. Ele nada tem a dizer sobre Cavaco, sobre o PSD, sobre o Grupo Impresa, sobre Balsemão, sobre o Estado de direito, sobre o regime, sobre a comunidade. E o que tem a dizer sobre a Cofina é elogioso, porque gostavam muito dele lá ao ponto de o terem metido em tribunal por ter saído, partilha cândido e soberbo.

O jornalismo português tem alguns profissionais que podemos admirar, incluindo no jornalismo de opinião. Mas a decadência da direita nacional, uma falência no campo financeiro e intelectual, deixou os títeres que moldaram durante décadas a opinião pública com uma agenda de direita reduzidos à sua farronca e fel.


Fonte aqui

24 pensamentos sobre “Marcelino pan y vino

  1. Bravo!… há muito que não lia um artigo a pôr o dedo na ferida infestante da nossa comunicação social de forma tão frontal, acutilante e sem medo das palavras… Haja muitos mais corajosos que que sejam capazes de enfrentar a bactéria que vem corroendo os nossos órgãos de comunicação.
    Adorei!…

  2. no meu comentário anterior solicito à moderação o favor de corrigir o meu erro: – “á” muito… por “há” muito (verbo haver)

    • Ui?

      Nota, única.

      Ó Mariazinha, então, sua senhoria não é uma das poucas apaixonadas pela tangas do Valulupi?
      Olhe que anda por lá uma senhora igual a si, comenta alegremente, juro pelos meus e tenho testemunhas!
      Aliás, a Maria uma das pessoas que, no Aspirina B, invejo pela desenvoltura do pensamento e do raciocínio lógico (no seu estilo equivale-se ao José Neves, na pontuação ao Joaquim Madeira e faz-me lmbrar um je ne sais quoi do Joaquim/José Camacho.

      Nas siga o baile, e vivó Sócrates!!

      • RFC (?), sinceramente, sem falsa modéstia e com toda a humildade, reconheço que me falta o engenho e a arte que a si lhe sobra, para tão criativo comentário. Sabe? eu falo e escrevo o que sinto, exponho os postos de vista que são os meus, não os pontos de vista que lhe agradam a si ou a quem quer que seja. Acredite que quando os exponho, transmitem apenas e só, a autenticidade do meu pensamento. A arte da ficção deixo-lha si, quem sabe (?) uma brilhante romancista, um cérebro altamente criativo capaz de inventar enredos absolutamente deslumbrantes!…
        Quanto ao Aspirina B, volto humildemente a reconhecer a minha ignorância, porque a verdade é que tive do recorrer ao motor de busca para saber o que é. Fiquei a saber tratar-se de um blogue, que V.Exª certamente visita, e no qual, provavelmente busca inspiração para a sua tão “interessante” ficção.
        Que pena, não poder usar aqui um emoji, um sticker, ou uma qualquer forma de expressar a minha bem sonora gargalhada de desprezo!…

          • Um tal senhor não sei quantos que se designa por RFC, e se adivinha não ser pessoa singular, mas a voz falante de uma certa casta que, como convém, não se identifica, para poder inventar elaborados e labirínticos enredos à boa maneira das telenovelas mexicanas…
            No meu primeiro comentário limitei-me a apresentar os meus pontos de vista sobre um artigo concreto, de alguém que dá a cara. Pouco me importa que seja do clube A ou B, que visite ou frequente o blog X ou Y. Comentei o artigo, não o homem.
            Não sou um D. Quixote que fale e lute com o vento… sou bem mais concreta e prefiro falar com alguém igualmente concreta, daí que continue com a minha gargalhada de desprezo
            Maria Rita

        • «Fiquei a saber tratar-se de um blogue, que V.Exª certamente visita, e no qual, provavelmente busca inspiração para a sua tão “interessante” ficção.», LOLOL.

          Nota. Maria, seu qu’há muitas Marias na terra, mas, apaixonadas do Valulupi, por natureza não há muitas. Entretanto, para nos entendermos, diga-me qualquer coisa de substancial sobre o que é para si o panorama da comunicação social portuguesa para além da sua diatribe panfletária de ontem… face às redes sociais (o que entende por fake news, por exemplo?). Este, sim, é um tema que está na ordem do dia e que é importante para sabermos onde estamos, e não as cenas doentias do Aspirina B que mais não visam do que condicionar determinados jornalistas e colunistas. Um xizinho, 🙂.

          https://pbs.twimg.com/media/EBHmXzgXkAAlKL3?format=jpg&name=medium

          Dou-lhe uma ajuda, a malta do Expresso move-se (ó da Estátua lê e deixa-te de parvarias, pá!).

          • Maria
            4 de Agosto de 2019 às 10:54

            Bom dia, não sou a mesma Maria mas, penso exactamente como a Maria acima .Por momentos fiquei confusa e pensei que era eu que tinha escrito o post 🙂

            Nota, como diz o outro. Velhos tempos em que o Aspirina B tinha 8/9 comentários, uff! Comentário da “Maria” do smile, hoje, num inteligentérrimo post que o Valupi escreveu em 2018 sobre o Bruno de Carvalho e a Joana Marques Vidal (evidente a conexão…). Ora, isto não é amor, não há um clima no ar, a Maria não parece que estará disponível para amar novamente? Será um bom partido, enfim? Ou será que o tal RFC agora é o conselheiro matrimonial de serviço n’A Estátua de Sal, querem ver? O que achas, ó da Estátua?

            Vamos lá a saber
            16 Novembro 2018 às 17:11 por Valupi 9 Comentários

          • A um tal senhor não sei das quantas que se designa por RFC, e se adivinha não ser pessoa singular, mas a voz falante de uma certa casta que, como convém, não se identifica, para poder inventar elaborados e labirínticos enredos à boa maneira das telenovelas mexicanas…
            No meu primeiro comentário limitei-me a apresentar os meus pontos de vista sobre um artigo concreto, de alguém que dá a cara. Pouco me importa que seja do clube A ou do B, que comente no jornal W ou K, que visite ou frequente o blog X ou Y. Comentei o artigo, não o homem.
            Não sou um D. Quixote que fale e lute com o vento… sou bem mais concreta e prefiro falar com alguém igualmente concreta, daí que continue com a minha gargalhada de desprezo.
            O panorama da comunicação social, salvo já muito raras e honrosas excepções que muito respeito, não passa de um antro de gente paga pelos seus donos, com o objectivo de manipular a opinião pública, com aliás o tal senhor não sei das quantas que se designa por RFC, o vai tentando fazer por aqui, e não sei por quantas mais redes sociais.
            A prova do que penso, são as audiências que as TVs vão perdendo e os já poucos leitores dos jornais, que só vão resistindo, porque os donos do capital e os interesses de alguns politiqueiros os vão aguentando ao seu serviço.

            Maria Rita do Espírito Santo

            • Nota. Maria Rita Espírito Santo Silva Salgado, é irmã do filantropo Ricardo?, estão por aqui n’A Estátua de Sal umas linhas interessantes sobre o assunto. As vantagens são evidentes, para os não-iniciados: voltamos ao Expresso, que nisto de “pensar” as redes sociais é a vanguarda em Portugal! Dito isto, acrescento apenas que esta dialéctica antecedeu umas semanas, ou meses!, a definição de fake news por uma organização importante (o Conselho da Europa, se bem me lembro). Sendo o Aspirina B completamente inútil, reforço, muitos dos jornalistas portugueses andavam na altura a apanhar bonés…

              Setembro 20, 2018
              https://estatuadesal.com/2018/09/20/o-expresso-e-as-fake-news/

              Setembro 22, 2018
              https://estatuadesal.com/2018/09/22/o-expresso-faz-mea-culpa/

              […]

              RFC diz:
              Setembro 24, 2018 às 12:54 pm

              Ó Jorge, faça-me um favor.

              Como se percebe que até pensa pela sua cabeça, bem ou mal que é este o caso, a expressão sobre as fake news comporta todo um peso negativo que lhe é conferido pela administração de Donald Trump. Tem um objectivo óbvio, de descredibilizar as correntes que se conseguem expressar numa imprensa diversa (que se traduz, em última análise, pelas ameaças físicas dos seus apoiantes aos jornalistas que acompanham os seus comícios), e, conseguido isto, de substituir o debate sobre o que deve ser a gestão da Res Publica surgindo, em seu lugar, a utilização sem filtros da Palavra pelo líder carismático que assumiu o controle totalitário sobre o que é a mentira ou é a verdade.

              Quer-me parecer que este tempo corre em paralelo com o desenvolvimento tecnológico, tal como o uso da rádio pelos líderes (os ditadores, nomeadamente) nos anos 30. Hoje, faz-se o mesmo a partir do teclado, ou da performance no púlpito, sem necessidade de “mediadores” outros (que não sejam da Fox News em que o líder nos disse para acreditar) mas com o recurso a trolls, de uma infra-cidadania amorfa e passiva e, é claro!, de quem interrogue ou contextualize o que Ele diz.

              Dito isto, que viva o Expresso vivo!

              [Entretanto pego cachecol, e vivó Glorioso!]

              • Senhor não sei das quantas que se designa por RFC, por muito que o desiluda, sou simplesmente Espírito Santo, sem Salgado. Não tenho ascendência Espírito Santo. Ao meu Pai foi-lhe dado esse apelido porque por coincidência, se batizou no dia da festa do Espírito Santo cá da terra… Não sou santa nem tenho nem nunca tive capital, sempre vivi só meu trabalho. Nasci num berço de trapos e sou provinciana.
                Quanto à minha definição que me exige sobre os fake news, como sou portuguesa prefiro defini-los por falsas notícias… Não as defino como uma expressão, prefiro defini-las como as mentiras que não são mais que uma das ferramentas da qual muitíssima da nossa comunicação se serve, para manipular a opinião pública.
                Mas tenho consciência que o senhor não sei das quantas que se designa por RFC, sabe bem mais que eu sobre as tais notícias falsas, quer em teoria quer em prática

              • O problema é que o conceito de fake news aplicar-se aos disparates que saem da mui nobre instituição do Conselho da Europa, repetidos com muito agrado pelo militante número um do clube de vencedores dos ditos disparates.
                Há exemplos piores, muito piores até, mas não é por isso que merecem credibilidade.

  3. Bom, eu iria comentar aqui algo, e mesmo que por causa disso eventualmente leve com os mimos do caríssimo senhor RFC, sempre muito afável e preocupado. Mas também pouco iria dizer sobre a dita comunicação social que, como coisa – é pouca. (muito pouca).
    Gosto do Jornal – O Tornado. Pronto, consegui dizer bem de um. Ah, e aprecio o Jornal Digital de Informação Internacional. Neste idioma já consegui lembrar-me de dois.
    A tal ”escola” de Edward Bernays por cá é tão gritante e agoniante que até faz impressão a gente tontinha como eu. E há quem defenda que tal tipo de coisa é jornalismo. Há definições engraçadas.

    • Guida Almeida

      Sim ! Os “miminhos do Môsca (RFC), são apenas cagadelas, como é próprio das moscas ! Comigo, o “miminho” que esse vómito fez, foi uma alusão ofensiva ao meu Pai !

      Expliquei-lhe que EU, tenho como ponto de honra, NUNCA fazer alusões aos progenitores dos meus adversários, porque parto do princípio que eles não têm culpa dos dejectos que (alguns) põem no Mundo !

      No caso do Môsca, tive de abrir uma excepção e responder-lhe em conformidade…

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