Os juízes e a maquilhagem

(Jovem Conservador de Direita, 28/02/2019)

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(Eu julgava que esta notícia (ver aqui), era uma piada de mau gosto para denegrir a classe dos Meritíssimos juízes, mas pelos vistos não é! Estamos, sobretudo as mulheres, entregues nas mãos de uns bacanos que vivem no século 18, ou antes, e fazem julgamentos no século 21! 

Não haverá nada mais importante para as sumidades discutirem do que a maquilhagem feminina? Que tal as quebras do segredo de justiça e as sentenças trogloditas de alguns membros da classe?

O texto abaixo deve ser lido como uma paródia ao que muitos dos juízes pensam sobre as mulheres, mas não andará longe da verdade.

Estátua de Sal, 28/02/2019)



Sou completamente a favor da maquilhagem. É uma forma excelente de as mulheres parecerem mais bonitas do que aquilo que são na realidade e, assim, agradarem aos seus maridos.

À partida, um marido sabe como é a sua mulher desmaquilhada. Infelizmente, não existe maquilhagem permanente e é impossível uma vida conjugal sem que, pelo menos uma vez por semana e por acidente, um homem veja a sua esposa ao natural. Por mais que nos tentem convencer que as rugas são atraentes, todos sabemos que não são. Toda a gente prefere um carro novo e imaculado a um carro riscado e com a tinta a descascar.

Mas, mesmo que saiba que, na realidade, a sua mulher já começa a ter a tinta a descascar, um homem precisa que ela não passe essa imagem. Por exemplo, quando leva a sua mulher a sítios públicos é positivo que ela esteja bonita, porque ter uma esposa atraente é uma forma de ele projectar uma imagem de sucesso para o exterior e, assim, ter oportunidades de negócio e admiração dos outros homens.

As feministas são contra a objectificação das mulheres, como se isso fosse algo negativo. Uma mulher é um objecto e deve ser tratado como o objecto precioso que é. Nós queremos que o nosso Rolex tenha bom aspecto, assim como a nossa mulher. Porque, ao contrário do Rolex, ela também nos escolheu e a sua qualidade é um indicador do nosso sucesso. Ser um objecto não é algo de negativo.

Por isso é que muitos homens se sentem compelidos a substituir as suas esposas por outras mais novas quando as anteriores começam a dar má imagem. Como diz a Dra. Marie Kondo, devemos desfazer-nos dos objectos que já não nos trazem alegria e só estão a ocupar espaço desnecessário na nossa vida.

Ao propor este workshop de maquilhagem, a associação sindical de juízes está a garantir que as juízas se mantêm bonitas e continuam a trazer alegria aos seus maridos, garantindo pelo menos mais dois anos aos seus casamentos.

No caso das juízas é também uma forma de intimidar os réus. As lojas de roupa como a Zara só escolhem vendedoras bonitas e obrigam-nas a andarem maquilhadas. Porque sabem que as pessoas têm mais dificuldade de lhes dizer não. Uma juíza bem arranjada pode contribuir para arrancar confissões aos réus e, assim, tornar o nosso sistema de justiça mais eficiente.

 

Um pensamento sobre “Os juízes e a maquilhagem

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