(Estátua de Sal, 19/11/2018)
Aconselho a todos que vejam este vídeo e a postura de um multimilionário americano que propõe aumentos do salário mínimo e investimentos públicos nas funções de redistribuição do Estado Social.
Heresia para os economistas da vulgata neoliberal! Terá o homem endoidecido? Será um perigoso radical marxista? Nada disso. Tal como Keynes avançou com as suas teses de estímulo à procura agregada para salvar o capitalismo da derrocada, assim também Nick Hanauer avança com estas propostas com o mesmo objectivo.
Seria de enviar o vídeo ao Saraiva da CIP, aos teóricos do FMI, à Dra. Teodora, aos burocratas da Comissão Europeia, ao Passos Coelho e a todos os que se rebolam de susto quando ouvem falar em aumentos no salário mínimo.
Agradeço ao meu amigo Guilherme da Fonseca Statter ter publicado o vídeo no Facebook, onde dele tomei conhecimento. Está legendado em português o que só facilita a nossa compreensão.
Acho que é de enviar a todos…se quiserem evitar o sangue aí se aproxima contra o terrorismo de estado=capital…
Mas este é um vídeo de Agosto de 2014. É certo que vem atrasado, mas é sempre actual
O que o orador fala é o mínimo dos mínimos para manter o neo-liberalismo, mas o capitalismo já está a saltar para a próxima variante. Por alguma razão temos que lidar com a direita racista proto-fascista, que não só não ameaça o capitalismo, como o protege criando outro alvo. Quando a esquerda começar a achar que os tratados económicos são rejeitáveis (a começar pelo mercado único), pode ser que haja razão para o capital ter medo.
Pela amostra parece notório que o medo começa a incomodar os ddt deste mundo. Este conhece a dialéctica de revoltas e lutas sociais que fizeram a História e moldaram a civilização até hoje pois, embora apenas se sirva do exemplo da Revolução Francesa, sabe que primitivas massas humanas se deslocaram destruindo e ocupando terras e povos de civilizações superiores.
A Natureza quando é atacada e a alteram de modo a já não poder realizar a sua ordem de equilíbrio ecológico global rebela-se de forma indomável, assim também, acontece com a massa da natureza humana. Veja-se o que se passa com as actuais migrações de massas humanas de “barbaros” que ameaçam as civilizações de”bem-estar”.
Este, que se apercebe do que pode ser o futuro trágico do próximo período histórico, é um dos que face ao receio da massa dos “forcados humanos” procura uma receita para “que algo mude para que tudo continue na mesma”.
E voltou ao “fordismo” na perspectiva social-democrata de alargar e elevar a classe média; “o elevador social”.
Mas, essa foi uma solução do passado que deu bons frutos e que está sendo rejeitada pelo capitalismo dominante actual. Será que é possível, hoje, voltar a soluções do passado recente face às novas tecnologias e à rapidez que estas avançam e alteram os modos de vida das pessoas e, especialmente, revolucionam totalitariamente as relações de produção?
Com tais ferramentas de controle totalitário na mão será o capitalismo capaz, mais uma vez, de regerar-se no sentido deste plutocrata ou será tentado à plutocracia global!
Excelente questão, caro Neves!
tudo bem … tudo bem tudo bem … mas esquecem-se de uma coisa . E a produtividade ?
E a produtividade?… Excelente pergunta… Pois será mesmo por isso que – de uma perspectiva marxiana/sistémica – a solução passaria mais pela redução drástica dos tempos de trabalho do que propriamente por aumentos de salários ou – uma outra alternativa – pela implementação de um Rendimento Universal Básico.