(In Blog O Jumento, 28/03/2018)

Há uns tempos atrás Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, era apresentado como um louco, um pouco à semelhança de Trump, gente extremista e irresponsável que tinha ascendido ao poder com a ajuda de golpes, da Rússia e da extrema-direita. Nem um nem outro escondem a antipatia pela EU e são seus adversários assumidos.
De Trump sabe-se que foi ajudado por interesses russos e mais recentemente chegou ao conhecimento mundial o golpe dado com a informação do Facebook. Também há quem garanta que sem o financiamento da extrema direita e a utilização de informação o Brexit nunca teria ganho o referendo. Tanto Trump como a primeira ministra britânica se revelaram dois desastres, perderam credibilidade e estão em dificuldades internas.
Não é a primeira vez que ingleses e americanos em dificuldades usam o argumento das armas químicas para desencadear manobras internacionais. Da outra vez invadiram o Iraque, iniciando a destruição de vários países do Médio oriente, processo que ainda não terminou, com guerras civis descontroladas no Iémen e na Síria. Agora acusam a Rússia de ter matado um espião russo, que em tempos se vendeu aos ingleses, com recurso a armas químicas. Nada provam e como não dá muito jeito invadir a Rússia, invertem o ónus da prova e exigem aos russos que provem a sua inocência.
Garantem que o químico usado só existe na Rússia, mas nada se prova quanto ao químco usado e, tanto quanto se sabe, não é do conhecimento público os químicos que podem existir nos laboratórios secretos de grandes potências como o Reino Unido. Se o Putin não é flor de cheiro, quem nos garante que gente como Trump, Boris Johnson ou Theresa May o são. Porque motivo cabe aos russos provar a sua inocência se o espião ao serviço de quem melhor paga morreu no Reino Unido?
Porque será que a EU alinha com um governo que não escondeu o desejo de a ver desintegrada e apoia um Trump que não tem escondido o seu apoio à extrema-direita em todas as eleições realizadas na Europa, como sucedeu no Brexit ou nas eleições francesas? Não será ridículo a Europa alinhar numa aventura contra a Rússia ao lado de um Trump que chegou ao poder com o apoio dos russos? Uma crise internacional não será um preço demasiado elevado para apoiar dois lideres bandalhos e apoiados pela extrema-direita?
Peço imensa desculpa, mas com gente oportunista, irresponsável e sem grandes princípios como o Trump, o Boris e a Theresa até o Putin parece ser boa gente.
Infelizmente existem muitos pernaltas tugas que ao lerem isto apenas são capazes de concluir que “És um comuna”!
Os países que espulsaram diplomatas russos também não vão ao mundial de futebol?
Achas?!?! A puta da hipocrisia que é característica dos salafrários políticos, especialmente os que estão a exercer funções de governação, é usada nestes casos.
Espero que os Russos só expulsem os diplomatas destes países de ovelhas telecomandadas à distância após o Mundial, porque assim um dos objectivos dos ingleses e amerdicanos vai pelo esgoto abaixo: boicotar o mundial na Rússia!
Entretanto, toda a gente se esqueceu do Brexit e aliviou as comichões da Teresa May
Republicou isto em O Jardim da Celeste.
@António Sequeira Abril 3, 2018 às 6:09 pm
A causa disso já no século XX era alvo de sátira… Vê aqui! Velho estratagema mas que funciona, lá isso funciona!
Ao dono deste pedaço virtual: Não podes aumentar o número de níveis dos comentários? É que nem sequer consigo responder ao António Sequeira directamente!
Não percebi. Explica lá qual é o impedimento que eu tentarei resolver.
Vê ali em cima:
Comentário do António Jorge
Eu respondi ao António Jorge
O António Sequeira respondeu ao meu comentário
E como não tem mais níveis já não pude responder ao António Sequeira
Tive de escrever um comentário “novo” no final, partindo-se assim a “conversa”!
OK. Resolvido. Passei para 10 níveis. Acho que chega… 🙂
Boa! É a mesma definição que eu uso!
😎
🙂