E não houve “recebimento indevido de vantagens”?

(Por Estátua de Sal, 10/07/2017)

 

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De 1 a 4 de Março de 2012 o Ministério Público organizou no Algarve, Vilamoura, o seu IX Congresso, para o qual obteve patrocínios de empresas privadas variadas, e que passamos a elencar de acordo com a lista dos patrocinadores oficiais que consta do prospecto do evento, no site do Sindicato do MMP (Ver aqui) :

  1. Banco Espírito Santo
  2. Montepio
  3. Caixa Geral de Depósitos
  4. Cisco
  5. Delta Cafés
  6. Coimbra Editora
  7. Império Bonança
  8. BPI

Devido à diversidade das empresas estou em crer que alguma, ou algumas, deveriam ter, à época, na Justiça algum processo em vias de investigação ou decisão. Logo, a minha pergunta é esta? Não haveria aqui conflitos de interesses latentes que aconselhassem os senhores procuradores a evitar receber dessas empresas benefícios económicos que pudessem vir a ser considerados pela opinião pública como uma pressão sobre a justiça nesses casos em apreciação?

E mais. Não fizeram a coisa por menos. O evento decorreu num dos hotéis mais luxuosos do Algarve e o programa social incluía, SPA, massagens revigorantes e até um cruzeiro pela costa algarvia. Quem pagou? Os senhores magistrados? Não, me venham dizer que os patrocinadores só pagaram os amendoins.

E não houve aqui “recebimento indevido de vantagens”, o tal crime de que agora querem acusar os ex-membros do governo que foram à bola no Europeu de 2016? A leis que valem e são aplicadas com zeloso ímpeto aos políticos não se aplicam às magistraturas?

Parece-me que o princípio constitucional que consigna a separação de poderes entre órgãos de soberania anda a ser utilizado pela Justiça para se colocar num pedestal de impunidade e de autismo, de onde só desce à terra quando quer fazer greves e pedir aumento das suas remunerações – já elevadíssimas em relação à média do país.

5 pensamentos sobre “E não houve “recebimento indevido de vantagens”?

  1. Comentários para quê? São artistas portugueses,mas de uma qualidade que estamos fartos de conhecer:nunca nos desiludem! A quem surpreenderão?

  2. Justiça,o fiel da balança.Parece-me no entanto que há uma imagem desenquadrada no nosso país….O símbolo da justiça tem os olhos vendados…Justiça cega que tendencialmente deveria ser um pouco como a justiça de Salomão.Igual para todos,novos ,velhos,ricos ,pobres,pretos ,brancos,católicos e protestantes e …políticos quer da esquerda,quer da direita,quer….enfim ISENTA..Aos olhos da agência internacional para a transparência estamos colocados numa posição que não sendo má,tem á sua frente mais de vinte países menos corruptos…Há pior ,claro que há, mas a nível de justiça…Quem diz justiça ,diz juízes,quem diz juízes,diz lei,veredicto,recurso,arrastamento nos processos,ineficácia,compadrios,partidarite,…só me lembro duma justiça deste género no tempo da nada saudosa pide dgs…Justiça por encomenda…Far- west,a lei do mais forte,da denúncia ,do mêdo…È urgente mudar uma peça do organismo quando este não funciona…Avaria todo o aparelho..Urgente.

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