(Estátua de Sal, 08/03/2024)
Não resisti a não publicar o vídeo do programa de Miguel Sousa Tavares, a 5ª Coluna, exibido em 07/03/2024. Nem sempre concordo com o MST mas, desta vez, todos os assuntos tratados são de uma atualidade candente e foram abordados contra a corrente das ladaínhas dos jornaleiros serventes das narrativas do poder dominante.
O primeiro assunto é do âmbito da política nacional e tem a ver a queda do governo de António Costa. Em véspera das eleições de dia 10, ainda o Ministério Público não informou os portugueses sobre o que de errado fez o ex-primeiro ministro, de que é acusado, que indícios existem contra ele, etc. Aliás, a revista Visão publicou, também nessa data, um artigo em que revela que o próprio Ministério Público não tem indicios de crime, nos dois casos que levaram às buscas que deram origem ao comunicado que fez cair o Governo:
“Ao fim de quatro anos de investigação e milhares de escutas telefónicas, o Ministério Público (MP) admitiu não ter a certeza de que foram praticados crimes nos casos do lítio e do hidrogénio, assim como noutras situações que envolvem antigos ministros, como João Galamba e João Matos Fernandes. Quando separaram as investigações por processos autónomos, os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) assumiram estar ainda por “comprovar a existência de indícios da própria ocorrência de crime” naquelas duas situações, o que carecerá de análise necessariamente mais demorada”, acrescentaram”. (Visão, 07/03/2024).
MST pergunta, e eu também pergunto: como pode a justiça fazer cair um governo sem ter nada de sólido e concreto para acusar o chefe e outros membros do governo?! Um golpe de estado para levar o Chega e companhia ao poder? Quem sabe?
O segundo assunto é o horror dos crimes que Israel está a cometer na faixa de Gaza, nomeadamente contra crianças. MST compara, sem pejo, os crimes de Israel aos crimes dos nazis contra os judeus nos campos de concentração e no gueto de Varsóvia.
O terceiro assunto é sobre a guerra na Ucrânia e sobre as loucas decisões belicistas dos líderes europeus, com Macron à frente, que querem aumentar as despesas com armamento à custa do definhamento do estado social, e que ainda sonham com a possibilidade de derrotar a Rússia e sacarem-lhe os seus vastos recursos. Ora, qualquer mentecapto sabe que atacar a Rússia equivale a desencadear a III Guerra Mundial, mas é para esse cenário de morte e destruição do planeta que os líderes europeus nos estão a conduzir.
Por tudo isto, vejam o vídeo. MST é das poucas vozes que ainda vai tendo espaço, na comunicação social de larga audiência, para introduzir, de quando em quando, algum ruído nas narrativas dominantes que nos servem diariamente, em catadupa, por vezes quase até ao vómito.
Podem ver o vídeo aqui.
Estátua de Sal, 08/03/2024
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A verdade é que o homem não está a dizer nada que a gente não saiba
, mas é sempre bom quando alguém depois de dizer muita baboseira parece ter aberto a pestana.
No que respeita a guerra por procuração que estamos a travar na Ucrânia o homem passou da teoria do louco e de um povo que seria mais cruel que todos os outros ao reconhecimento de que o que pretendemos é destruir aquele povo e sacar os, seus recursos.
Ora as opiniões não mudam. Simplesmente as circunstâncias mudam.
Quando o homem falava da crueldade russa e dos czares medievais que enpalavam adversários as portas do Kremlin era porque provavelmente partilhava a opinião que entre as nossas sanções e as maravilhosas armas que mandávamos para a Ucrânia a Rússia afundaria nas mortes por fome e guerra e Putin teria o fim que os alegados czares davam aos seus adversários.
Para que achassemos isso normal, como achamos nas mortes encomendadas pela nossas gloriosas democracias liberais ao Saddam, que perdemos a conta as vezes que vimos o homem na forca ou ao Kadhafy, barbaramente linchado sem julgamento nenhum era preciso que engolissemos essa arara.
Provavelmente o fim que tínhamos encomendado para Putin seria justamente o empalamento as portas do Kremlin e para que achassemos isso normal precisávamos da teoria de um louco e de um povo mais cruel que os inquisidores que só queriam que os hereges tivessem uma morte quentinha.
Povo de que também não teríamos pena nenhuma quando os começassemos a fazer morrer de fome e de frio graças ao fantoche que lá colocassemos. Que ate poderia ser o tal do Navalny ou outro traidor “Atlântista”.
Vendo dois anos volvidos que a empresa não é fácil e que esta gente não desiste porque não quer acreditar que a terceira não seja de vez, na esteira de Napoleão e Hitler, teme a Terceira Guerra Mundial.
Não vou voltar a explicar porque é que a perspectiva de viver num mundo dominado por estas gloriosas democracias liberais me assusta mais ainda.
Quanto ao facto de termos sido vítimas de um golpe a brasileira numa altura em que um desgaste provocado por algumas atitudes arrogantes que um quadro de maioria absoluta sempre gera qualquer que seja o partido que lá esteja e em que pelo menos um dos partidos mais a esquerda foi vilipendiado justamente por dizer sobre a guerra na Ucrânia o que o articulista reconheceu agora só não vê quem não quer.
Isto foi uma brasileirada que se no Brasil acabou com um troglodita no poder aqui vai acabar com a eminência parda dos troikanos, leia se Montenegro, acolitado pelo quarto pastorinho ainda que provavelmente não oficialmente.
E fica desde já aqui o meu pedido de desculpas a todos os brasileiros por muita coisa racista que me passou pela mente quando levaram Bolsonaro ao poder.
Todos temos de lutar contra alguns tendência para preconceitos.
A verdade é que nunca pensei que um golpe de estado judiciário e uma comunicação social vendida seriam possíveis num país europeu.
Claro que a gestão da covid 19 é das vacinas, a censura em torno da guerra na Ucrânia também me foram logo fazendo perceber que na Europa que ainda que inconscientemente achamos que tem alguma moral podem acontecer coisas que só achamos possíveis nas tais repúblicas das bananas que vemos como antros de corrupção.
Nunca pensei foi ver uma golpada a Sergio Moro no meu país e que o nosso destino fosse igualmente cair nas garras da extrema direita. Pois que a nossa direita é toda extrema e bem o provou naquele ir além da troika.
Que tenhamos todos força para enfrentar os quatro anos duros que aí vêem. Nós e todos quantos nos procuraram em busca de uma vida melhor.
De facto, torna-se cada vez mais evidente que a narrativa oficial sobre as guerras, como já havia acontecido sobre a fraudemia, vai abrindo sucessivamente mais buracos e rachaduras, ao mesmo tempo que os falcões em desespero se atiram para iniciativas mais belicistas e martelam os equivocados mantras mainstream, a caminho de um abismo tão louco quanto destrutivo. O desfasamento sempre mais flagrante entre as narrativas sobre amigos e inimigos atinge o paroxismo. Compare-se o retrato de Putin, o ditador enlouquecido e sedento de anexar tantos países europeus, nefando criminoso de guerra, com o retrato de Natanyahu, assassino de 30.000 inocentes (ou muitos mais) que nunca é chamado de louco e menos ainda de criminoso de guerra. O direito à autodeterminação do povo Ucraniano é tão sagrado que nunca se pode estender a outros povos igualmente invadidos e massacrados simplesmente porque os lideres sionistas podem ser fdp mas são fdp do nosso lado, enquanto outros são fdp mas do outro lado. Entretanto, o presidente dos abracinhos e selfies proclama entusiasmado como grande conseguimento a entrada da Suécia na grande aliança defensiva, fingindo ignorar que ninguém se pode sentir seguro, a menos que todos se sintam seguros. Distopia galopante!
Muito bem.
As entradas da Suécia é Finlandia na Nato foram so para fazer rinha a Rússia. Não nos das a Ucrânia para termos uma enorme plataforma para vós atacarmos e destruirmos quando estivermos prontos como fizemos ao Iraque e a Líbia temos mais dois,nhanhanhanhanhanha. Ora a Rússia está se nas tintas porque aquilo são duas tripas que não valem nada.E não teem a ligação terrestre aos fornecedores de homens e armas que têm a Ucrânia.
E nós temos de ter os colhoes na mão à espera do dia em que a cambada de bêbados finlandeses pensem que são vikings e ataquem qualquer coisa do outro lado em vez de se, entreterem a matar mulheres com a faca de matar ursos.
Quando ao genocídio em curso em Gaza o Miguel teve tomates para dizer o que já tinha dito o Lula da Silva, outro de quem o articulista já, disse o que Maomé não disse do toucinho.
E uma coisa que, sempre me fez espécie. Porque raio há de Israel participar na Eurovisao e nas competições desportivas europeias quando tem todo o seu território na Ásia.
Por mais maioria de razão teriam agora de ser corridos. Os russos foram banidos de tudo e nem os atletas paralimpicos escaparam.
Ainda por cima são arruaceiros. Ontem em Atenas uma turba de adeptos do Maccabi Haifa deixou um palestiniano inconsciente no chão via aplicação de uma grossa caldeirada.
Se fossem palestinianos a fazer isso a um Israelita eram acusados de terrorismo e se calhar expulsos para os territórios ocupados pelo estado genocida de Israel.
Quando é que há tomates para dizer que, tal como os russos, não teem o direito de participar em nenhuma competição europeia, muito menos levar a Eurovisao uma canção que é, uma provocação?
Vao ver se o mar dá choco.
Eu passei dois anos a ouvir dizer que quem defendeste a Rússia devia ser deportado para lá. Pois eu digo que quem defender Israel devia ser mandado para lá para viver como gentio no meio daquela cambada de racistas.
Exercício especulativo:
Ao contrário do que se tem pretendido fazer crer, António Costa não foi demitido por um parágrafo de um comunicado da PGR, muito menos vítima de uma qualquer conspiração orquestrada pela direita, do MP se servindo, antes se demitiu de sua livre iniciativa, já que a isso não estava obrigado.
E não estava, porque, em primeiro lugar, nem constituído arguido havia sido e, em segundo, mesmo que tal tivesse ocorrido, inocente se deveria presumir de qualquer suspeição que sobre si pudesse recair associada ao dito parágrafo, se a Constituição tivesse algum significado.
Mas, então, porque o fez, perguntar-se-á?
Por uma de três razões:
Os seus princípios morais ou de cidadania assim lho ditaram, não querendo governar sob suspeição, como pretextou, matéria, contudo, subjetiva, já que, por exemplo, um Luís Montenegro, ao invés, numa situação idêntica, a propósito da construção duma sua casa, entendeu não se demitir de líder da oposição e de ser candidato a primeiro-ministro), a sua consciência à presunção de inocência se terá sobreposto, dizendo-lhe que inocente, no fundo, não se mostraria ou viu no parágrafo um bom pretexto para saltar de um barco governativo que meteria água por todos os lados, com desgastantes «casos e casinhos», podendo, entretanto, sonhar com um lugar maior na União Europeia, pondo, para o efeito, os seus mais fiéis correligionários partidários a pressionarem o Ministério Público para, rapidamente, o ilibarem de qualquer suspeição.
Mas, como se começa por dizer, trata-se de um mero exercício especulativo, tão válido, julga-se, quanto os que defendem uma teoria da conspiração existente contra António Costa. Ou não?
Acabei de ver o programa com o Miguel Sousa Tavares. Tem óbvia razão a Estátua no mérito que lhe atribui, mas não posso deixar de dizer uma palavrinha sobre o “interlocutor” José Alberto Carvalho, esforçando-se angustiada e permanentemente por nos fazer crer que é inteligente e percebe alguma coisa do assunto (qualquer assunto). Pois bem: não percebe nada de nada e é estúpido que nem uma porta, além de chocantemente ignorante. Como qualquer estúpido que se preza, porém, nunca perceberá que o é. Tal como o relógio avariado que está certo duas vezes por dia, razão tinha aquela criatura execrável que dá pelo nome de Manuela Moura Guedes quando sobre ele se pronunciou: “O Zé Beto é burro!” Q.E.D.
Muito bem!
De casos e casinhos e ate da mudança do sentido das palavras irrevogavel e irreversível também se fez o Governo troikano.Mas montados na maioria absoluta estiveram se sempre olímpicamente c*gando.
Costa e companhia trataram de fazer o mesmo esquecendo se do detalhe que não beneficiavam de um Presidente da República da mesma cor política. Que nunca escondeu que ao primeiro pretexto dissolveria, a Assembleia da República com maioria absoluta ou sem ela.o que ele não disse é que o faria se desse jeito à sua cor politica. Ora quando viu que as sondagens eram favoráveis à sua cor política não teve meias demasias. Vamos a votos nem sonhem em nomear outro.
E que a história dos afectos sempre foi treta. Quando os pafiosos, no Orçamento de Estado para 2014 deram forte machadada em boa parte dos salários nominais dos funcionários públicos e claro que saiu recurso para o Constitucional. Pois dizia muito descansadamente o senhor que o Constitucional reverter a medida “não lembra ao careca”.
Felizmente lembrou mesmo aos juízes do TC e deu muito jeito.
Porque havia gente que oficialmente ganhava um pouco mais de 1000 euros mas graças ao tal grande aumento de impostos levava 900 euros para casa e era graças aos subsídios de refeição.
E com esse corte passou a levar 800. Pode haver uns bons espíritos a dizer que 900 euros eram um ordenado principesco num país em que o ordenado mínimo era de 485 euros. Ora era o ordenado mínimo que era miserável e não dava para nada e 900 euros também começavam a não dar para muito. Especialmente a quem trabalhava a 47 quilómetros do local de residência e não tem transportes públicos. O carro não anda a água.
Mas os senhores trataram de nós cortar a vida a torto e a direito. Por essa altura meti uma licença sem vencimento e segui o concelho pafioso de emigrar.
O presidente dos afectos defendeu com unhas e dentes todos os pafs que nos deram, vai defender com unhas e dentes, na qualidade de presidente todos os pafs que nos derem.
E os ordenados nominais podem voltar a baixar. Na Grécia o ordenado mínimo passou de 700 para 500 euros de um dia para o outro. Alguns partidos a direita defendem até que não deve haver qualquer fixação de ordenado mínimo. É muitos empresários fartam se de chorar pelos principescos ordenados que estes malandros da esquerda os teem obrigado a pagar nos últimos anos.Nao custará nada fazer lhes a vontade e por a malta a voltar a trabalhar o dia inteiro por 500 euros.
E nem pensem que a, coligação que se formar a direita vai partir a palha, a coices. Porque por muito teatro que façam o seu objectivo e comum. Voltar a ir ao pote de que estão arredados há oito anos. Pode até haver novas decisões Irreversíveis e irrevogaveis que no outro dia já não o são. Haverá muitos circos em que os palhaços somos nós mas vamos mesmo levar com isso quatro anos.
Em dia de reflexão, vale a pena pensar nisto tudo.