(André Campos, in comentários na Estátua de Sal, 10/06/2023)

É estranho ninguém falar do elefante na sala, revelado por esta história da Ucrânia: as armas hipersónicas que mudam absolutamente TUDO, até mesmo a dissuasão nuclear (que é provavelmente a razão pela qual ninguém no Ocidente está a falar sobre isso, mesmo os meios de comunicação dissidentes…).
E explicam também porque é que os russos investiram e continuam a investir muito pouco na sua marinha: de que serve ter uma grande marinha quando se enfrentam armas hipersónicas (mísseis e torpedos)? Não faz sentido nenhum. Com estas armas, os russos (e, aparentemente, outros como a China, a Coreia do Norte e até o Irão, que acabam de anunciar planos neste domínio) têm atualmente o que é preciso para contrariar eficazmente (ou, realisticamente, aniquilar) os Estados Unidos, cujo poder militar deriva da sua Marinha.
Para além disso, os russos têm o melhor poder de fogo antiaéreo do mundo, pelo que também não precisam de uma força aérea planadora (especialmente porque não querem bombardear o Reino Unido como os EUA fizeram em todo o lado nas suas guerras do lado do Bem).
Os drones baratos (ou os caros, como o Bayraktar) só são úteis quando se trata de um adversário fraco, não numa guerra de alta intensidade contra um país forte. Atualmente, os russos podem utilizar drones baratos na Ucrânia precisamente porque o equilíbrio de forças está largamente a seu favor.
Basicamente, os russos fizeram algo que o egocêntrico Ocidente é incapaz de fazer: identificar o adversário (o que não foi difícil de fazer depois das sanções de 2014), pensar nos seus pontos fortes e investir nas armas certas para o contrariar.
Na Europa, como sempre, estão a fazer um pouco de relações públicas patéticas. Os Estados Unidos não os têm – os seus testes falham uma vez em cada duas, atualmente – mas provavelmente acabarão por tê-los dentro de alguns anos.
O problema é que não há pensamento estratégico (ou não há pensamento de todo), pelo que não se vai a lado nenhum. O Ocidente já não é capaz de produzir nada para além de dívida (mas isso não chega para produzir coisas, é preciso fábricas, pessoal, matérias-primas e energia!), corrupção e bolhas narrativas. (veja-se o caso do F35, que é um ferro-velho que explodiu orçamentos enquanto tinha componentes chineses no interior – nada mau para quem quer fazer guerra ao seu principal fornecedor).
Os mísseis hipersónicos podem ver o seu alvo no terminal? A estas velocidades, forma-se plasma à volta do míssil, bloqueando o radar das Índias, o que lhes permite atingir estas velocidades, eliminando a fricção do ar: até Mach 27 para o planador Avangard, ou da água: 500 km/h debaixo de água com o torpedo Chkval. Além disso, os radares não os detetam.
Quanto a saber como apontam para o alvo, não faço ideia e não sei se os nossos especialistas também sabem, porque, pelo que sei, esse é um dos desafios destas armas, pelo menos em termos de atingir um alvo em movimento como um porta-aviões.
Mas o que sabemos (desde o início, quando Putin revelou o programa russo) é que estes mísseis são supostamente extremamente manobráveis e podem tomar trajetórias bastante improváveis, tornando-se impossível intersectá-los (ao contrário de uma trajetória balística normal que podemos antecipar). Portanto, parece haver um sistema de orientação…
Depois, há provavelmente mísseis que têm velocidades hipersónicas mas trajetórias que permanecem mais ou menos balísticas e os “verdadeiros” mísseis hipersónicos que combinam velocidade e manobrabilidade…
E todos os países que trabalham neste domínio não estão provavelmente na mesma fase de progresso. E também no que diz respeito às velocidades atingidas. Por exemplo, em 2022, os EUA estavam a testar um míssil desenvolvido pela Lockheed Martin, o AGM-183A, que só atingia Mach 5, mas que deveria atingir Mach 20 no fim do programa. No final, a Lockheed Martin e a Força Aérea dos EUA abandonaram o projeto…
Não estamos realmente a lidar com uma tecnologia trivial e, para além dos russos, que já provaram que a têm, o resto do mundo está provavelmente a fazer bluff, especialmente o mundo ocidental: além disso, se derem uma vista de olhos, vejo uma infografia na Europa que está “muito avançada” no seu programa hipersónico.
Por que é que o Presidente da União Europeia, o Presidente da França, o Presidente da Comissão Europeia e o Presidente da Ucrânia precisaram dos serviços de uma empresa de consultoria americana pouco antes do início da operação especial russa? A McKinsey é conhecida como “a empresa”…
Então o Reino Unido está a mostrar moderação? Talvez o nosso amigo Vladimir Vladimirovitch tenha sido persuasivo com o Rishi Sunak… Por outro lado, o Papa Scholz fez um discurso anti-russo digno do seu tio Adolf…
Pobre mundo e pobres tempos…
A Europa, sob a sua influência (ocupada), está a criar o terreno fértil para futuras guerras, sempre sofridas pelos povos, mas sempre provocadas por aqueles que as declaram depois, mas que nunca as travam de facto… Por outras palavras, travam a guerra deles através dos outros. A Ucrânia é um exemplo perfeito disso, o mesmo modus operandi apesar dos séculos.
Nunca esquecer a Shoah, mas esquecer o período soviético? É uma curiosa forma de pensar a duas velocidades, imposta pelos mesmos bandidos…
Em suma, uma guerra “globalizada”. Para já!
Mais velocidade para a destruição, dominar pelo terror, aparece como legítima ambição de quem cuida de nada fazer que possa ser referência de governo dos povos ou produza tecnologia que traga benefício à humanidade.
Mas tudo indica que emociona os ambiciosos de poder e os cultivadores de ódios que só a destruição satisfaz, sem medida de razão ou efeito.
Acumulando tais dotes de carácter, os órfãos soviéticos, feridos no mais profundo da sua mesquinhez pela perda de um poder que tinham por respaldo das suas ambições, logo se veem servidos…
Os parasitas da sua laia (pretendem estar instalados como cidadãos de Roma no planeta), em vez de investirem em caravelas, isto é, em vez de investirem em pilhagem (Síria, Líbia, Ucrânia… já foram a América do Norte, do Sul, a Austrália, etc) que respeitem, mas é, o direito à LIBERDADE dos outros povos.
O armamento americano equivale ao PIB de quantas nações, mesmo? Além dos restos usados contra a sua própria população, qual é o seu uso, mesmo, e por quem? O novo, insufragado, e com cadeia de comando que ninguém entende, exército europeu é para o quê, mesmo?
Não te armes em inocente, que passas por parvo.
Claramente há conflitos potenciais, e para tal basta que não se respeitem fronteiras.
Logo me vais dizer que o 11 de Setembro não é violação de fronteiras… e a invasão da Ucrânia é uma historieta de nazis que queriam aferir à União Europeia! e à NATO!
Sim, pois claro, o 11 de Setembro.
Aquele em que descobriram passaportes sauditas nos destroços dos aviões, mas foram invadir o Afeganistão, claro…
Mais um a armar em parvo; eram os sauditas que permitiam campos de treino e sede dos bin Laden e seus apaniguados.
E portanto, achas que a Al-Qaeda saiu do nada de buracos no meio do chão e começou a atacar e a realizar atos terroristas sem terem uma qualquer origem, não é ?
A guerra do Afeganistão e o apoio dos EUA aos mujahideen contra a URSS não conta para nada ?
Essa guerra, já agora, foi uma resposta e teve início pelo governo do Afeganistão em ’79 (pedindo auxílio à União Soviética) por causa da chacina de trabalhadores literários e das populações de áreas rurais do Afeganistão, chacina essa perpetrada por milícias e grupos armados às ordens dum reles reaccionário ressabiado, que não ganhou o poder no Afeganistão e que recebia asilo e apoio da ditadura paquistanesa, esta por sua vez apoiada pelos EUA…
É caso para dizer: epa!
Se não tivéssemos apoiado e financiado terroristas (Arábia Saudita e EUA recrutaram e treinaram pelo valor de 40 mil milhões de dólares uma centena de milhar de radicais de quarenta países diferentes), eles não teriam criado as suas redes e virado as suas miras contra nós 30 anos depois!
Agradecia que de futuro não me chamasses parvo, porque da forma como expões as coisas nada mais és que uma besta acéfala.
De facto, defender a invasão e o brutal massacre da população desse país para “combater” os terroristas que financiámos em primeiro lugar é de gente pouco inteligente…
Esquecendo-te de que Bin Laden era um milionário saudita que foi recrutado pelos EUA e pelo seu próprio país para treinar e lutar ao lado dos mujahideen…
Portanto, talvez esteja na altura de deixarmos de financiar terroristas ou combatentes da liberdade por esse mundo fora, pensado nós que estamos a espalhar o bem pelo mundo…
Daqui a uns anos hás-de ver o que sai deste apoio militar todo que andas a dar à Ucrânia.
Fim do mundo em cuecas! É o que é! Ratos a olhar, com olhar de espanto para a montanha! E assim será quando chegar esse momento. A humanidade será reduzida á condição de espécies de ratos!
Haverá quem não note a diferença!
Ficou por responder onde é que são alternativa ou resposta à tríade nuclear, ou, sequer, aos bombardeiros de longo alcance, onde se se encontra a wunderwaffen absurda que do F35.
É que não há dúvida que são todos úteis no cenário adequado para o exército adequado, a dúvida é a utilidade para o cenário que esperamos nunca viver – aí também podem ser todos magníficos, mas estamos quase todos mortos.
PAZ JUSTA
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Napoleão, Hitler, colectivo ocidental cidadanismo de Roma…
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PAZ JUSTA é o ocidente da esperteza ‘Sun Tsu’ longe das fronteiras da Rússia!!!
[os sabotadores dos acordos de paz de Minsk consideram-se mestres Sun Tsu; Merkel/Holland pavonearam-se/vangloriaram-se perante o seu eleitorado]
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E mais:
—>>> A ESPERTEZA ‘SUN TSU’ OCIDENTAL DEVE SER ISOLADA INTERNACIONALMENTE!
-> A começar pelo legítimo Direito ao separatismo Identitário.
[separatismo–50–50]
E mais:
– urge um mundo multipolar!…
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P.S.
Sim, todo o planeta sabe:
—> o mainstream ocidental há 500 anos que está habituado a uma cultura de cidadanismo de Roma: 500 anos de pilhagens:
– América do Norte, América do Sul, África, Austrália, Iraque, etc.
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P.S.2.
A guerra da Ucrânia mostra, mais uma vez, o ‘nível’ (leia-se: a falta dele) que reina no Ocidente.
O Ocidente em mais do mesmo:
– financiam/usam extremistas para fazer negociatas no caos: Síria, Líbia, Ucrânia, etc.
O Ocidente longe das fronteiras da Rússia. Assim dizendo, o que se afirma é:
– que quem possuiu armas de destruição massiva, alegadamente indefensáveis, precisa de distância para assegurar a sua defesa.
– que o país com maior território e com fronteiras com 14 países, haveria de ser ilha rodeada de gente desarmada ou de lacaios, como os bielorussos.
– que o país com a maior tradição de imperialismo étnico, haveria de poder fazer o que sempre fez, expandir-se.
– que um bando de autocratas haveriam de manter na paz o domínio que tiveram na guerra e na opressão subsequente.
– que os povos libertados do jugo soviético, reverenciassem os herdeiros de quem agia como senhores de escravos, tornados conservadores religiosos de uma autocracia policial.
Eu gostava de saber em que é que armas nucleares indefensáveis afetam a defesa de uma nação contra mísseis nucleares a minutos de voo de Moscovo.
Sobre este mesmo ponto, gostava apenas de recordar que a Rússia tem a maior parte das suas fronteiras terrestres partilhadas com países na Ásia e nunca se ouviu falar de tentativas de golpe de Estado ou de interferência na vida política desses mesmos países. Deverei falar na Mongólia, Cazaquistão ou China ?
Há uma diferença muito grande entre abordar as questões como quem fala de futebol e pensar nas coisas com rigor.
A Ucrânia, tal como a Bielorrússia, são territórios que serviram historicamente para lançar as invasões mais destrutivas de território russo, alcançando Moscovo.
Como tal, não pode ser expectável que a atual liderança russa, seja-se adepto ou não dela, esteja passiva e complacente com a suplantação de um regime democrático em 2014, uma guerra civil com elementos nazis à porta de casa a realizar uma limpeza étnica à vista de todos e ter que aturar discursos de comediantes sobre a eventual adesão a alianças militares que viriam instalar plataformas de lançamento de mísseis que alcançariam Moscovo em minutos! Minutos!
Quanto ao Imperialismo étnico, esta pede a pergunta: isso é loucura ou delírio ?
O maior imperialismo étnico à face da terra ? Estamos a brincar ?
Alguém quer falar dos espanhóis, ou dos americanos, tendo estes últimos criado um país inteiro à base de um genocídio atroz e da apropriação de terras de populações indígenas, tendo hoje em dia essas populações praticamente sumido para casinos e vendo a sua história e legado cultural varridos para debaixo do tapete do alcoolismo e da irrelevância na vida americana ?
O resto é uma ladainha incoerente quem nem merece refutação.
A História é alimento que o facciosismo cultiva; calando factos recentes e indo desenterrar o que de há muito deixou de existir, compõe-se a albarda a enfeitar a besta que se quer vender.
Chechénia, Ossétia, Transnístria, Casaquistão, Síria, saem de cena e dos séculos XVI ao XIX é selecionado o que convenha ao manto histórico a criar.
Dos factos recentes há a destacar o mais inusitado: os antidemocráticos nazis ucranianos, aspiram a submeter-se às regras da União Europeia.
Já nem os nazis são como dantes!!!
“Há uma diferença muito grande entre abordar as questões como quem fala de futebol e pensar nas coisas com rigor. (…) Quanto ao Imperialismo étnico, esta pede a pergunta: isso é loucura ou delírio?”
Amigo Mateus Ferreira, em termos de rigor, a única coisa que o preocupa é o “rigor” da insistência na aldrabice. É o lema (neste caso não assumido) do aldrabão de feira: “Minhas senhoras e meus senhores! Eu não estou aqui para enganar um, dois ou três! Estou aqui para enganar todos ao mesmo tempo, que é para isso que a fábrica me paga!”
No caso em apreço, nem me parece que o “trabalho” seja pago, a criatura trabalha à borla, é militância pura e dura. Não se trata de loucura nem delírio, é apenas vigarice, o prazer de enganar. Neste fórum, porém, diga-se que é um prazer estúpido e deslocado, porque é óbvio que a incansável militância do bicho, aqui na Estátua, não consegue enganar ninguém. Enfim, deixá-los falá-los, que eles calarão-se-ão.
(enganei-me no sítio onde queria despejar o comentário, as minhas desculpas pela repetição)
“Há uma diferença muito grande entre abordar as questões como quem fala de futebol e pensar nas coisas com rigor. (…) Quanto ao Imperialismo étnico, esta pede a pergunta: isso é loucura ou delírio?”
Amigo Mateus Ferreira, em termos de rigor, a única coisa que o preocupa é o “rigor” da insistência na aldrabice. É o lema (neste caso não assumido) do aldrabão de feira: “Minhas senhoras e meus senhores! Eu não estou aqui para enganar um, dois ou três! Estou aqui para enganar todos ao mesmo tempo, que é para isso que a fábrica me paga!”
No caso em apreço, nem me parece que o “trabalho” seja pago, a criatura trabalha à borla, é militância pura e dura. Não se trata de loucura nem delírio, é apenas vigarice, o prazer de enganar. Neste fórum, porém, diga-se que é um prazer estúpido e deslocado, porque é óbvio que a incansável militância do bicho, aqui na Estátua, não consegue enganar ninguém. Enfim, deixá-los falá-los, que eles calarão-se-ão.
O dia em que a barragem foi exposta foi o dia em que começou a comissão no Tribunal Internacional de Justiça – o timing é bastante estranho.
O objectivo da Ucrânia é aderir à NATO, desde o início, e agora pedem-lhe um roteiro concreto, que é a sua obsessão: querem uma guerra total, caso contrário não a podem ganhar, e a Ucrânia está sobreendividada, o que não agrada aos europeus, mas é Washington que decide.
Os Estados Unidos sempre operaram com uma visão a longo prazo, não a Europa, e o Estado-Maior já decidiu um possível confronto com a China , altura em que haverá, sem dúvida, golpes de Estado nos países recalcitrantes às sanções contra a Rússia e um afastamento do dólar.
Hoje, a imprensa internacional noticia que um comboio com munições foi roubado na Polónia.
Os EUA aumentaram a sua produção de munições para 19.000 por mês.
A França aumentou a sua produção para 2.000 munições por mês.
Todos os países que apoiam a Ucrânia estão a produzir entre 30 e 40 mil munições por mês.
A Rússia produz 308.000 munições por mês e planeia produzir 450.000 munições por mês até 2024.
Recentemente, os russos estão a produzir 100 tanques T90M por mês.
A produção de mísseis quintuplicou.
O complexo militar-industrial russo não está sujeito aos mercados financeiros, pelo que é mais reactivo.
O PIB da Rússia baseia-se na produção, enquanto no Ocidente se baseia nos mercados financeiros ou no sector terciário. Já não podemos utilizar o PIB para ter uma ideia do poder.
Há 6 meses, um senador americano disse que os chineses gastavam 1 a 3 dólares, enquanto os americanos gastavam 20 para fazer a mesma coisa.
Muitos soldados britânicos abandonaram o exército porque se sentem envergonhados pela indigência.
O mundo ocidental inventou uma visão das coisas que é distorcida pelas suas crenças, e não consegue ver a enorme onda que está prestes a apanhar.
A história nos recorda as guerras começam muitas vezes quando um país um governo um continente se vê arruinado e que joga o tudo por tudo para salvar a mobília ou uma dívida de 3000 biliões e porque nos havemos de sacrificar por um continente que procurou arruinar-nos desde há décadas?
A contra-ofensiva lançada é apenas parte de um calendário que a NATO impõe a Kiev, apesar de não estar em posição de fazer qualquer diferença real neste conflito… Longe da visão dos nossos meios de comunicação europeus, a Rússia saberá gerir este conflito a longo prazo, não há dúvida, e os europeus não tem nem os meios nem a economia para o enfrentar, pelo que, no fundo, estamos enganados ….
O custo da guerra na Ucrânia para os EUA é mínimo. A guerra no Iraque custou consideravelmente mais.
Se os EUA quisessem, poderiam fornecer milhares de mísseis e tanques. Penso mesmo que o seu apoio é insignificante em comparação com os seus recursos.
Mas, como já foi dito noutras ocasiões, o Ocidente tem feito tudo para ajudar a Ucrânia o menos possível, passo a passo, com medo de uma escalada do conflito.
É agora claro que o ocidente está em guerra com a Russia e que devem deixar de nos tomar por pessoas razoáveis. O seu ódio por nós está a aumentar constantemente.
Em todo o caso, “a guerra é um massacre de pessoas que não se conhecem em benefício de pessoas que se conhecem mas não se massacram” (Paul Valéry).
Em suma, nada de novo…
Mas ouço as queixas: “Algo de novo, sempre algo de novo, quando é que isso vai mudar?”
A conclusão a que chego não é muito optimista.
A única maneira de evitar que esta guerra termine num apocalipse em massa é a Rússia atomizar a Ucrânia.
A incapacidade (e a cobardia) da NATO para empreender uma guerra total tornará finalmente obrigatórias as negociações.
É triste para os ucranianos, mas é talvez aforma de salvar os outros 5 mil milhões de seres humanos.
A Europa também poderia pôr fim a esta guerra, de uma forma muito mais pacífica, retirando-se da NATO.
O mesmo resultado, mas sem atomização.
Olho para trás e vejo traficantes de armas e mercados industriais… Dinheiro, dinheiro! Há muito pouca ideologia nesta guerra, a não ser que se esteja convencido do que os media dizem. A NATO é uma pedra de moinho à volta do pescoço da Ucrânia. A Rússia já não quer arriscar as suas fronteiras, biolabs, etc. Os EUA estão a vender-se ao ponto de enfraquecer a Europa. Vão abandonar Zelenski, como em todas as suas guerras…
Em suma! Eu quero paz, partilha , como todos os dias.
Aprendemos a ser menos ingénuos à medida que avançamos… Mas tudo isto não implica que Putin é uma pobre vítima dos planos ocidentais e que foi forçado a invadir a Ucrânia.
Por outro lado, tem que se de encontrar soluções para evitar que os industriais façam pressão para a guerra… Que assim seja! Mas, supondo que o fazemos, como é que evitamos as reivindicações territoriais deste ou daquele país? Como é que tentamos garantir o respeito do direito internacional? Ou fechamos os olhos em todas as circunstâncias… é verdade que é o caminho mais fácil.
Mas chegará o dia em que é a nossa vez de ir à faca.
afinal estamos sempre esperando, porque quando as mudanças acontecem só dá pra saber mesmo depois 🆗
E a nossa hipersónica arma da justiça, que, por exemplo, 29 anos depois acaba de reconhecer razão a proprietário (entretanto já falecido, assim como dois advogados intervenientes no respetivo processo) de terreno ilegalmente expropriado ali para os lados da Batalha, não conta? Metam-se conosco, metam-se, que vão saber como elas cantam! 🥸