Um passeio dos banqueiros pelo Colombo: dava jeito!

(Tiago Franco, in Página Um, 06/02/2023)

Corria o ano 2000, se a memória não me falha, quando vi uma senhora a entrar num autocarro, ali para os lados de Union Square, em Nova Iorque. Tinha o aspecto de quem fazia da rua o telhado de casa. Numa mão carregava uma garrafa embrulhada num saco de papel, e na outra um gorduroso Big Mac. Lembro-me de ter pensado que aquela coisa, cuja utilidade nunca percebera nos filmes, o saco de papel à volta da garrafa, existia mesmo…


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2 pensamentos sobre “Um passeio dos banqueiros pelo Colombo: dava jeito!

  1. Num mundo caracterizado por economias de troca massiva (não somos colonos que aterram em terras virgens e se limitam a desenvolver a terra disponível para todos…), é EVIDENTE que a riqueza deste senhor deriva do trabalho e do dinheiro de outros.

    Não acredito na redenção deste personagem sinistro, do qual podemos erroneamente escapar a pensamentos que tomamos como saudáveis, enquanto que ele apenas se defende. Deixemo-lo onde ele pertence: numa fossa séptica…

    Só que … há uma diferença entre “banqueiro e “rico” …
    – Quando não se paga a mesma percentagem de impostos … não se rouba?
    – Quando se financia carreiras políticas na esperança de um retorno do investimento … não se rouba?
    – Quando destrói a sua concorrência (aquisições) graças a condições de empréstimo que mais ninguém consegue obter … não está a roubar?
    – Quando se cria valor através do trabalho de trabalhadores que não recebem uma parte justa … não se está a roubar?
    – Quando ser rico é um assunto para toda a vida de pai para filho, assemelhando-se a uma nobreza indestrutível … é relevante?
    – Quando leis, regulamentos, a justiça faz com que uns tenham mais poder do que outros … é justo?
    Sim, há um problema com esta gente …

    O que está a arruinar o nosso país são estes banqueiros que são ricos , não criam nada, nem mesmo empregos, uma vez que passam o seu tempo a reduzir para uma maior rentabilidade.

    Quanto ao banqueiro em questão, ele certamente toca muito bem piano, mas não tem nada a ver com as lutas legítimas dos trabalhadores..

    Os banqueiros têm apenas em mente o valor do dinheiro. Toda a sua falsa conversa social de “criar riqueza e empregos” é apenas para mascarar a sua ganância. Na primeira oportunidade, eles irão “downsize”, colocando aqueles que lhes são favoráveis à frente dos países, varrendo para o lado a opinião do povo. O deserto que se instala no campo ( pequenos restaurantes sem ninguém que os leve) é obra deles: os bancos, cofres e cúmplices dos ricos, olham para os “pequenos” que querem trabalhar, por vários meios: especulação, especialmente sobre energia, e recusa de empréstimos sob critérios supostamente racionais.

    Os banqueiros são apenas o ícone de um sistema de geração de dinheiro ex-nihilo drenado por esta classe e migalhas para os mais pobres, 150 euros aqui ou ali, para abrandar o colapso. No meio, a classe média começa a entrar em colapso e está cada vez mais consciente de que tem sido enganada.

    Num sistema em que o valor do trabalho está a ser consumido pela IA, empregos fictícios, RSIs e outras tendas de bolhas, filosofar sobre o mérito pode tornar-se provocador de ansiedade.

    Quanto mais duro bater com o martelo na bigorna, mais fina é a lâmina e maior é o risco de esta se partir.

    Sempre houve ricos e pobres. Mas hoje em dia é o fosso cada vez maior entre a minoria muito rica e os muitos pobres que constitui o problema.
    O capitalismo financeiro de Black Rock substituiu o capitalismo laboral dos nossos avós e esse é o problema…

    O problema é o fosso de riqueza e a legitimidade da riqueza (por exemplo, os parasitas da banca e da consultoria)…Sim, os banqueiros custam “uma quantia louca de dinheiro”. Eles “roubam” com discrição, é tudo.

    Mais 40% da riqueza nacional anual criada é confiscada sob a forma de vários lucros privatizados por alguns abutres! ….

    É evidente que a inflação atinge duramente os pobres e não os ricos, isto é, a injustiça. A inflação é permitida porque não tem impacto na riqueza, os pobres sofrem severamente. Riqueza/pobreza é o duplo castigo!

    Qualquer que seja o sistema político, quaisquer que sejam as circunstâncias da vida, uns fazem melhor do que outros.
    Pois,houve uma época em que os ricos eram respeitados, era o chefe que vivia perto da fábrica, o farmacêutico, o médico, alguns funcionários públicos de alto nível, …
    Hoje em dia, os ricos são mais frequentemente o especulador astuto que depende dos depósitos para desviar a riqueza produzida pelas pequenas mãos…

    No entanto, quando estas pessoas trabalham para tornar os pobres ainda mais pobres, há um grande problema.

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