O que acho do Pedro Nuno Santos?

(Por Sófia Smirnov, in Facebook, 29/12/2022)

O que acho do Pedro Nuno Santos? Querem mesmo saber? Gosto do Pedro Nuno, mais jovem, determinado, sem papas na língua nem medo de fugir ao politicamente correto e às regras impostas por uma seita há décadas, uma rede de influências e favores que minou toda a classe política e não há exceções, da esquerda à direita, a anormalidade do panorama político é atroz.

Inteligente, estratega e com experiência política tem mais peso do que possa parecer. Gosto de pessoas com carácter e sem medo e Pedro Nuno Santos é isso mesmo, corajoso e destemido. Falhou, quando entrou no esquema e vícios do próprio partido, nomeadamente ao apoiar a nomeação da mulher como chefe de gabinete do secretário de Estado Duarte Cordeiro. Atenção que tal não é por não considerar Ana Catarina Gamboa como competente. A questão não é essa. A questão prende-se com a ética. Há 30 anos, quando entrei no mercado de trabalho e numa empresa que exigia ética, não era permitido que familiares trabalhassem nas mesmas áreas, por questões que me parecem lógicas. Nada tem a ver com a competência ou com a incapacidade das pessoas conseguirem separar interesses pessoais da ética profissional. Há pessoas e pessoas e ninguém é igual. Tem a ver com probabilidades e, a probabilidade dessa ética ser corrompida, é substancialmente maior quando há relações pessoais. O que temos visto, não só no Governo como no próprio PS, é um absurdo de influências e cunhas entre familiares e amigos. Eu, pessoalmente, se ocupasse algum cargo político, não quereria ninguém da minha família por perto, por uma questão, não só de imparcialidade, como para não me colocar numa situação de fragilidade perante a opinião pública que, no fundo, é o eleitorado. Faz-me confusão, toda esta anormalidade, não só na política como na comunicação social, como na sociedade em geral. Acho, inclusive, que vamos pagar toda esta anormalidade cara, aliás, já a estamos a pagar.

Esta situação não é particular ao PS e ao Governo. No entanto, é o Governo que está mais exposto e obviamente é o alvo principal da oposição, a oposição que se infiltrou no núcleo do partido e não aquela que tratam com desprezo e abaixo de cão quando estão por cima e, de quem se aproximam quando precisam. Neste ponto, não há dúvida que Pedro Nuno marca a diferença, como inteligente que é soube bem não entrar na estupidez que mina todo o panorama nacional e será a sorte dele. Pedro Nuno poderá ser o próximo líder do PS e até um dos próximos Primeiros-ministros se conseguir manter uma atitude ética e não voltar a cair nem a escorregar nas rasteiras ardilosas que têm vindo a ser colocadas ao Governo. É o único, no momento, a conseguir reconquistar todo o eleitorado captado nas últimas eleições e que, umas semanas depois, já se tinha arrependido. Acredito mesmo que, alguns, foi logo no dia seguinte, por inúmeros motivos. Um deles a forma como começaram a ser tratados e humilhados. Outro, a falta de coerência política de um Governo que resolveu satisfazer a opinião pública alucinada sem ponderação, sem perceber que tem o próprio partido minado por dentro, minado por falsos amigos que são socialistas apenas porque está na moda e não por convicção política, por incapacidade. Que ocupam lugares por cunhas mas que no fundo não passam de descendentes de antigos carrascos mas mais incapazes. O PS está minado por verdadeiros sociais-democratas, no fundo é tudo mais ou menos o mesmo. Neste momento só muda o cheiro, todos são casados com todos, irmãos, primos, cunhados, filhos, afilhados e por aí fora, a margem de manobra não é muita.

Portugal transformou-se num autêntico bordel onde todos ocupam os lugares que devem para garantirem uma ditadura disfarçada de democrática. A coisa vai alternando há décadas entre PS e PSD com a garantia que tudo está sempre garantido para ambos, uns mais simpáticos para uma determinada elite aristocrática e outros mais simpáticos para os pobrezinhos, com umas esmolitas para os tolos.

É triste mas vivemos num autêntico bordel político – que se há uns anos ainda o podíamos considerar de luxo -, atualmente transformou-se num bordel reles. Isto tudo aos olhos de uma sociedade que se acha democrática e instruída mas que não passa de um bando de tolos ignorantes e incapazes. Se prevejo um bom futuro? Não.

Se acho que a demissão de Pedro Nuno o deixa fragilizado? Não, não foi o responsável por toda a palhaçada da TAP mas teve a dignidade de assumir responsabilidades.

Se a demissão de Pedro Nuno deixa o Governo fragilizado, o Presidente da República e até o PSD? Óbvio, está tudo embrulhado no esquema, estão sempre todos embrulhados até pelas relações familiares e, cabe ao Pedro Nuno, organizar-se e pensar numa estratégia que salve o PS e provavelmente o país em relação à anormalidade que nos espera, começando desde já por se desmarcar da alucinação coletiva que infetou a sociedade e o Governo.

António Costa caiu em todas as rasteiras que lhe foram sendo colocadas, tinha tudo para ter vingado e mantido a imagem. A tal Geringonça que muitos criticaram demonstrou ser a melhor estratégia na altura certa e numa época em que o país estava num caos. Mas não soube gerir, o ego inflamou, subiu-lhe à cabeça, e minou o próprio Governo de vícios e favores, com incompetentes e fofinhos incapazes quando até tinha pessoas capazes. Ele que até começou de forma ponderada, que até tentou manter a calma em tempo de guerra, que ao início teve uma postura cautelosa mas que logo a seguir cedeu a pressões e a histerismos coletivos bacocos que ditaram a destruição do seu Governo. Um Governo que recebeu na casa da democracia uma criatura que é tudo menos um democrata e que é o protótipo de tudo aquilo que qualquer verdadeiro democrata abomina. Nem perceberam que essa foi logo a primeira rasteira e que, obviamente, a posição do Governo em relação à Ucrânia deveria ter continuado a ser cautelosa. Só um tolo achava que a guerra na Ucrânia podia ser ganha pela Ucrânia e que não iria arrastar toda a Europa em geral e Portugal em particular para a desgraça. Um Governo que nomeia para Ministro dos Negócios Estrangeiros uma criatura intragável – mais um envolvido em situações pouco claras -, que andou a fazer excursões para Kiev e a apoiar disparates, outro que já anda na berlinda e que, se António Costa tivesse juízo. já o tinha substituído ou, corre o risco de, não tarda, serem todos substituídos.

Caíram que nem uns patos nas rasteiras ardilosas que os amigos do golf, os cunhados e os primos lhes espetaram. Então mas não foi João Gomes Cravinho que andou a passar informações que não devia e a meter António Costa em problemas? Não foi o Professor António Marques Guedes que admitiu em público ser amigo privado de João Gomes Cravinho e de falarem frequentemente? Mas não foi este professor que acusou António Costa de ter o seu governo minado de espiões russos? Bem, vamos lá a ver, ou são todos um bando de doidinhos, ou querem fazer-nos passar por doidinhos, não? Que António Costa tem o Governo minado já todos percebemos há muito tempo e acredito que ele até saiba mas, o que o leva a manter esta gente no Governo? Mas é normal assuntos de Estado, comentados em privado, virem parar à comunicação social assim sem mais nem menos? Tudo isto me parece uma anormalidade e um autêntico bacanal de amizades e esquemas manhosos.

Agora vamos a factos. Não foi o Pedro Nuno que traiu António Costa, não foi o Pedro Nuno que criou ao Governo inúmeros problemas, que anda a tentar tapar e encobrir por todo o lado, e o deixam fragilizado, Pedro Nuno teve a atitude decente – que Marta Temido também teve -, demitiu-se e assumiu a responsabilidade por algo de que até nem tinha responsabilidade direta. Um e outro demitiram-se e demonstraram decência, algo que João Gomes Cravinho já devia ter feito e não fez.

João Gomes Cravinho é o responsável por uma pasta que transformou Portugal moralmente num país nazi. Bastou ordenar o voto a favor da despenalização da divulgação e difusão de ideologias nazis pela primeira vez em 77 anos após o fim da 2ª Guerra Mundial. Apesar de ser apenas uma questão e uma votação moral manchou por completo a imagem de um Governo que se diz democrático. Isto para não falar em todas as outras questões sensíveis e suspeitas em que está envolvido e, que se forem bem investigadas, é mais um oceano de problemas para o Governo.

O que o Governo português deveria ter feito era ter-se mantido imparcial e ter exigido diplomacia ao invés de histerismo e de nos atirar para a ruína. Não devia ter permitido a censura nem a violação da CRP, devia ter fiscalizado os meios de comunicação social que, não só impingiram mentiras e discursos dementes e parciais a toda uma população de tolos, como também criaram uma série de salganhadas ao próprio Governo. Devia monitorizar e controlar toda aquela gente a quem deram palco e importância e que a única coisa que fizeram foi minar a sociedade. Como um certo presidente de uma associação que por aí anda e que já devia ter sido despachado há muito para a origem e em correio azul e sem volta.

 O que o Governo já devia ter feito era controlar a anormalidade que se passa em Portugal, os negócios manhosos em Cascais com capital estrangeiro, a entrada de capital ucraniano em empresas nacionais (de onde vem esse capital?), a desigualdade de tratamento entre refugiados e entre os direitos dados ao próprio povo e a alguns refugiados, e travar de imediato a anormalidade que se passa nos hospitais privados, onde nascem crianças de barrigas de aluguer ucranianas transformando Portugal num país de tráfico de crianças.

Com o que o Governo já se devia ter preocupado não é em andar a remendar a trapalhada que faz, como agora, incluir colégios privados nas redes de creches, para esconder o facto de uma série de crianças ucranianas frequentarem colégios e creches privadas gratuitamente em Portugal, algo que viola de forma atroz a igualdade de direitos da CRP em vigor. Aliás, a nova medida é outra trapalhada. Quais são as crianças que vão agora para essas creches, além das crianças ucranianas, claro? Os ciganos? Os negros? Ou vai haver uma espécie de questionário e só haverá lugar para crianças de elite? Pensarão fazer testes de ADN? Então e uns pagam e outros não? O que pensam os pais que pagam em alguns casos quase 500€ para terem os filhos em creches privadas? Mas será que só eu percebo a anormalidade? Mas isto é igualdade de direitos? Para quem? Onde andam as fofinhas do Bloco que borraram também a fotografia toda? Já a andam a borrar há uns anos mas desde fevereiro enterraram-se de vez…

As creches devem ser gratuitas, ponto. Para todos e com qualidade. Chama-se a isso integração social e construção de uma sociedade justa, ou querem fazer acreditar que não vai haver discriminação na escolha das crianças que vão para creches privadas? Tudo malta idónea, claro, como se tem visto. Até já estou a ver no topo da lista os filhos dos militantes do PS ou de membros do Governo ou dos amigos.

E a oposição toda caladinha e a assistir. É o descalabro total e chegou mesmo a altura de meia dúzia de gente decente e coerente se desmarcar de toda esta anormalidade porque, vão ser esses que vão ter de segurar esta treta toda muito brevemente…

Ah, e parabéns pela atitude Pedro Nuno Santos.

E já agora façam mas é o favor de despachar, quanto antes, o João Gomes Cravinho e meterem alguém decente como Ministro dos Negócios Estrangeiros.


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5 pensamentos sobre “O que acho do Pedro Nuno Santos?

  1. Tem toda a razão do mundo, e não está só no seu modo de pensar. Esta direcção do PS atolou o partido e o país no lamaçal da guerra. Eu sou um dos arrependidos do apoio que dei a António Costa. Este PS não contará mais comigo!

  2. Não será de propósito, que não é calculista, mas não deve ser má altura para estar três anos na bancada, penso eu de que. Quanto ao nepotismo, acabou por se tornar uma inevitabilidade, quanto mais numa província anexada pequena, quando se quer uma suposta meritocracia tecnocrática que não compensa quem queira falhar tentar fazer algo.
    Quanto ao resto, não me parece que sejam grandes luxos que compensem estarem na linha da frente para a precariedade e o abandono no restante (ou mesmo das balas e bombas), mas a separação da luta quem trabalha, ou pelo menos quer, com paliativos temporários é, sem dúvida, factor muito importante de uma compreensível exaustão e revolta quando tudo corre mal. Mas, se calhar, só se calhar, criar alvos fáceis continua a ser uma distração do sistema fácil de criar para que tudo continue o seu caminho.

  3. Um texto patético de beija mão e lavagem de imagem a uma pessoa que nem foi competente, nem é o salvador “mesmo Socialista” que os seus dans querem fazer crer.

    Depois o PS precisa de ser salvo? Não! O PS precisa de morrer, para que o país seja salvo dele!!!

    E finalmente, e isto deixou-me boquiaberto, que raio de concepção de Democracia é esta, que as propostas de alteração à política do governo e do regime são a criação de um Estado policial, de censura, de big brother e se perseguição, tudo nas mãos do governo?!?

    Eu vou citar, para verem a que me refiro e perguntar se li bem:

    “o GOVERNO português… devia ter fiscalizado os meios de comunicação social”

    Em que “democracia” é que há um governo a tomar conta dos meios de comunicação? O governo? Tipo uma Margarida Reis a tomar conta de quem faz notícias sobre si?

    “o GOVERNO… Devia monitorizar e controlar toda aquela gente a quem deram palco e importância”

    Novamente pergunto, o governo?!? A monitorizar pessoas? A controlar quem comenta?

    “Como um certo presidente de uma associação que por aí anda e que já devia ter sido despachado há muito para a origem e em correio azul e sem volta.”

    Eu sei que fala do extremista militante do Svovoda, mas O GOVERNO é que tem de andar a dar ordens do tipo “volta prá tua terra”?!?

    A mesma autora que critica a violação da Constituição, depois é a primeira a querer violar o Direito Fundamental da Liberdade de Associação, e o Direito de todos os cidadãos (ou pessoas com visto) em Schengen à sua Livre Circulação?

    E o PS está minado pelos “verdadeiros sociais-democratas”. Que gente é essa? Se o PS, de Social-Democrata, o menos mau que tem e mais parecido (no discurso e não na prática) é exatamente Pedro Nuno Santos? E tudo o resto no PS, nas “elites” que lideram o PS, estão à direita da Social-Democracia, e nenhum deles alguma vez na vida foi Socialista.

    Que o PS esteja minhado de NeoLiberais e de gente sem princípios ideológicos e só atrás da negociata, salta à vista de quem tenha olhos na cara. Agora minhado de “verdadeiros sociais-democratas”?
    Quereria a autora referir-se a gente do PSD (nenhum deles Social-Democrata), temporariamente no PS devido ao cheiro a poder (e a dinheiro)?

    O PS é um partido de Sociais-Liberais (ou NeoLiberais com peso na consciência suficiente só para serem favoráveis a esta e aquela esmola), e de gente da Terceira-Via, ou seja, nem carne nem peixe, andam por ali com orgulho em dizer que são do “centro moderado”, alguns têm até o topete de dizer “centro-esquerda”.
    E depois é um partido que, para mal do país, vi e dos votos de quem vota sempre na mesma cor.
    Daqueles que até disfarçam, mas quando chega a hora da verdade, descaem-se com um “as fofinhas do Bloco que borraram também a fotografia toda? Já a andam a borrar há uns anos”.

    Desde quando? Desde que exigiram que o Centeno não passasse o cheque de 4 mil milhões ao offshore LoneStar que os foi mamar por inteiro na “compra” do BES? Desde que exigiram que se cumprisse a lei e se pagasse de forma decente aos professores? Desde que teve um líder que escreveu com Arnaut um livro-guia sobre como salvar o SMS? Desde que exigiu o fim da lei laboral da troika/Passos? Quando foi esse “borraram a fotografia” “há uns anos”?
    Foi quando tiveram mais influência e as suas negociações (e as do PCP+PEV) tornaram a Geringonça de 2016 a 2018 num dos projectos mais satisfatórios de sempre para o povo português?

    Enfim. Está já não engana mais. O PNS que fez o montão de borradas que fez, é um “exemplo”, mas o BE que o pouco que o deixaram fazer, fez bem (ou quando errou, errou tal como o PS e PNS, por exemplo na questão do apoio a Zelensky no Parlamento Poetuguês), é que “bordou a fotografia toda”.
    Conheço mais “esquerdistas” assim. Os média estão cheios deles. Desde Daniel Oliveira à Carmo Afonso, passando por Rui Tavares.
    É a “esquerda” que nos colocou nesta situação (fim da Geringonça e “maioria” do PS). Que está sempre muito preocupada em salvar o PS, e em fazer uma crítica que esmague quem quer que realmente esteja à Esquerda do PS.

    Mas comigo tem pouca sorte, pois desde que abri os olhos com o Livre e o Daniel Oliveira, já não caio nessa lenga-lenga. São um grupo de pessoas que são para o PS como o PEV é para o PCP. Eleitoralmente (quase) não existem, mas ocupam lugares de forma artificial para que o seu lado duplique o tempo de antena. A diferença é que enquanto o PEV podia fazer um ou outro comentários nos espaços da CDU, estes “esquerdistas” ocupam TODOS os poucos lugares alegadamente da Esquerda nos média portugueses, com o resultado prático de que ficam quase nenhuma ou mesmo zero lugares para a Esquerda de facto. Da última vez que vi, o BE ainda ia tendo um, e o PCP não tinha nenhum. (falo de comentadores, não de representantes dos partidos em debates onde entram todos, de uma só vez ou aos pares, só por obrigação da Comissão Nacional de Eleições).

    Vão (em nome da avença, do regime e de mais do mesmo) fechar a janela de Overton para a casa de quem vos pariu!
    É graças a esta gente que se sente em Portugal a totalidade do efeito Ratchet há já 3 décadas: sempre para a direita quando governa a Direita, sempre quieto quando governa a “Esquerda” (PS), cuja principal função é continuar a negociata da Direita, os interesses da oligarquia e alguns da burguesia, e impedir a Esquerda de fazer a engrenagem rodar também para a esquerda. Porque isso é “intransigência” (cito Rui Tavares), é “borrar a pintura” (cito está), é merecer castigo eleitoral (cito Daniel Oliveira), é “extremismo” (cito os “socialistas” do PS).

    Continuem a cair neste conto do vigário, e depois digam que não percebem porque é que Portugal ficou para trás, ultrapassado pelos países que mantiveram moeda própria, e é dos mais desiguais (por oposição aos mais igualitários na Social-Democracia de Modelo Nórdico e Sistema de Ghent).
    Digam que não percebem como fecham urgências do SNS, como os pobres estão a ser amontoados em guetos (e isso a refletir-se cada vez mais nos rankings das escolas), como num anos de 10% de inflação o “orçamento mais à esquerda de sempre” dá só um one-off de 125€ e, vá lá, não foi em cartão…

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