Quando o dramático é uma comédia de humor negro

(Por Francisco Fortunato, in Facebook, 22/10/2022)

Todos os partidos na AR apoiaram Zelensky, todos os partidos apoiaram o apoio da UE (armas e mais armas) à Ucrânia e as sanções à Rússia. Todos excepto o PCP!

Logo o Chega, a IL, o PPD, o PAN, o Livre, o BE e o PS, são co-responsáveis, queiram ou não, de todas as consequências desse apoio. Em abono da verdade diga-se, pelo menos aparentemente, foram respaldados por uma larga maioria do povo português que, em conjunto com o polaco, é o mais anti Rússia da UE.

Admira-me pois que nenhum dos partidos que apoiam a guerra e as sanções, e são todos excepto o PCP, queira agora, ao que parece, votar, ao lado do PS, no OE/23, ou seja, apoiam a guerra e as sanções, mas não as consequências. Querem uma guerra fofinha, sem maldades!

Também a larga maioria do povo que respaldou o apoio político à guerra e às sanções anda, por aí, num viranço, a dizer que a vida está cara e o governo está a dar pouco dinheiro para compensar a inflação, consequência directa da guerra e das sanções…

Tudo isto, se não fosse dramático, daria uma boa comédia de humor negro. Só que é a sobrevivência das novas gerações e daqueles que ainda têm muitos anos de trabalho pela frente que está posto em causa e, isso, não é uma comédia. Não devia ser…


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4 pensamentos sobre “Quando o dramático é uma comédia de humor negro

  1. A nova doença portuguesa !

    A maioria dos politicos apoiado pelos portugueses tem o “síndrome da perda” ..Uma doença politica,e de muitos portugueses..

    Não tinha conhecimento desta “síndrome da perda” .

    Submeter-se para não “perder” os seus bens, na minha opinião, é cobardia, facilidade e/ou preguiça; estas pessoas não têm qualquer sentido de honra.
    Acrescentaria que são preguiçosos porque se tivessem dado ao trabalho de se informar e de utilizar os seus neurónios, não teriam corrido como ovelhas e arrastado o rebanho (população) atrás deles.

    Por outro lado, desistir das suas conquistas para se opor é uma marca de coragem, resiliência e adaptabilidade.

    Vi bandeiras em quase todas as instituições (incluindo nos quarteis dos bombeiros que muito me chocou),mas infelizmente ainda acho que ouvimos demasiado “blá blá blá blá” polido sobre as consequências da guerra.

    Precisaria-mos de falar da “perda”, sobre os riscos de guerra, fome, crise económica, crise social, insegurança energética, infra-estruturas que não estão de todo adaptadas e assim por diante!
    Estas são as consequências materializadas para as nossas vidas humanas.

    Nós somos os índios americanos que devem ser eliminados, os Cheyenne, os Sioux, os Navajos, os Pueblos, os Cheyennes, os Cherokees, os Comanches…

    Tudo o que fez a Europa! Eles querem substituir-nos por neo-Yankees/neo-europeus

    A história é um eterno reinício, as velhas receitas.

    Vão dar-nos algo para o nosso próprio bem ou para nos salvar, como as roupas dadas aos índios….

    Esta famosa “síndrome da perda” é o resultado de muitos erros interpretação da existência ou antes de uma falta de adaptabilidade aos acontecimentos que fazem parte das exigências naturais do nosso mundo, nada é adquirido a acreditar que se está a perder a sua liberdade.

    A “síndrome das perdas” é de facto um motor potente. Afecta principalmente o meio olitico e por arrasto a sua população..Também pode pressionar um ser humano não só a aceitar tudo, para não perder o que ganhou duramente, mas também a lutar contra todas as probabilidades para salvar a sua situação…

    Os Portugueses não estão unidos, tem o “síndrome da perda” não estão conscientes da força potencial e estão a nivelar por baixo para perderem tudo( perderam tudo). Os nossos “líderes” parecem não saber disto com tal síndrome ( estão a fazer tudo para o piorar).

    Onde estou chocado é que nenhum dos nossos “maiores” políticos é capaz de manter um discurso para abrir os olhos da nação e dos funcionários eleitos.
    Estamos nele, e profundamente nele, e ainda não saímos dele com os nossos rabos lobotomizados e a sua ideologia mortificante embutida nos seus corpos com a “síndrome da perda”..

    No final, existe apenas um destino: a guerra na Europa. A pátria está com a nova “doença de perder”,perder tudo ..Perdas que nunca mais se recuperam..

    Não sejamos ingénuos, a assembleia, e o PCP nunca gostaram um do outro . Na política não há sentimentos, apenas interesses e traições para cada homem por si, não temos nada a esperar com esta nova doença de perder..

    Perder nas pescas,perder na agricultura,perder na industria,etc,etc..

    O problema é que nem a Pfizer é capaz de encontrar uma vacina para esta nova doença politica..

    Esta é geralmente uma doença muito difícil, e há muitas outras, claro!
    Não percebo porque é que nesta sociedade levamos sempre as mesmas pessoas e as tornamos mais infelizes!
    Vamos parar de nos concentrar e voltar à realidade da vida!
    Vamos finalmente voltar à realidade e falar daqueles que trabalham arduamente, mesmo muito arduamente, com salários muito baixos, com esta nova doença..

    Dito isto,os politicos estão lá, como os seus antecessores durante décadas, para destruir a Nação, Portugal para a Europa, por isso duvido que eles façam o necessário e se eles tentar, dadas as suas “doenças da perda”, será um fracasso. O futuro é sombrio. Teremos de integrar os BRICS e modificar todas as nossas políticas para nos salvarmos a nós próprios.

    A Europa está a conduzir-nos para a guerra. Quanto tempo levará para os Portugueses a compreenderem que têm que evitar esta “doença da perda”!!!!

    Aqueles que são assim chamados não são, na sua maioria, absolutamente BRILHANTES – se não pela sua doença da perda, a sua sede de poder, dinheiro, etc -.

    Assim, com esta doença estamos a caminhar para uma confusão de antologia, a menos que revejamos e pensemos um pouco sobre nós próprios.
    Parece óbvio, mas a situação actual enche os bolsos de um número demasiado reduzido de pessoas.

    O “síndrome da perda” está a começar a ficar MUITO preocupante. A este nível, é difícil não prever uma forma de suicídio económico e guerra!

    Também é sinal que a doença se alastrou..

  2. “Sabe qual é a diferença entre uma Recessão e uma Depressão?”
    “Bem, eu… agora que você fala nisso…”
    “Bem, uma Recessão é quando os seus amigos, vizinhos e alguns familiares perdem o emprego.”
    “Ah! E uma Depressão?”
    “Uma depressão é quando você perde o emprego.”

    Diz o Francisco Fortunato:

    “Também a larga maioria do povo que respaldou o apoio político à guerra e às sanções anda, por aí, num viranço, a dizer que a vida está cara e o governo está a dar pouco dinheiro para compensar a inflação, consequência directa da guerra e das sanções…”

    Quem havia de dizer, hem?!

    Mais um que se admira de que o “bom povo português” não queira saber para nada dos mortos de ambos os lados na guerra da Ucrânia, como não quis saber das pessoas que morreram nas guerras do Iraque, da Líbia, da Síria e de muitas outras passadas e presentes, mas logo fica apoplético porque a carne e os legumes subiram uns cêntimos no supermercado e a conta da luz está a ficar mais gorda.

    Que aqueles mentecaptos irracionais que vêem uma guerra como se fosse um jogo de futebol, os milhões de imbecis irresponsáveis que não tiveram dúvidas nenhumas de que era preciso “ajudar a Ucrânia” com tudo quanto é arma e pode causar morte indiscriminada em homens, mulheres e crianças de outras paragens, mas já não gostam tanto assim quando a vida fica um bocadinho mais cara e a Dona Maria diz que não tem dinheiro para alimentar as crianças.

    Em Jornalismo chama-se “Conceito de Proximidade”. E quem sabe alguma coisa sabe que eles ainda não viram nada.

    Para mim isto não constitui surpresa nenhuma, porque, como estou farto de dizer neste blog:

    O ESTÔMAGO PENSA SEMPRE MUITO MELHOR DO QUE O CÉREBRO.

    Por acaso já ando por cá há tempo suficiente para não ter grandes dúvidas a respeito da natureza humana.

    Sem pretender desiludir aqueles que acreditam no caráter transcendente da Humanidade, quer eles sejam adoradores de um qualquer deus ou seguidores das belas teorias de Erich Von Daniken, a verdade é que somos apenas macacos pelados. Evoluímos alguma coisa desde que andávamos a correr à frente do leão na savana africana, mas continuamos a responder a estímulos naturais primários.

    A fome é um deles. E também o principal, seguido do sexo. Ambos estão fortemente implantados no ADN porque deles depende a sobrevivência da espécie.

    Querem mudar a sociedade pelo esclarecimento e consciencialização das massas? E um Ferrari, já agora, não querem também? pedir é de graça.

    Nenhuma civilização ou sistema social termina enquanto se mantiver viável. Temos pena, mas para haver Revolução tem sempre primeiro de haver derrocada.

    E nada garante que a nova organização social seja melhor do que a anterior. A odiosa tirania do Império Romano foi substituída por obscurantismo, peste e miséria na era das trevas da Idade Média.

    Como dizem os americanos, “não há almoços grátis”.

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