(Major-General Raúl Cunha, in Facebook, 01/09/2022)

Tenho sido criticado por alguns dos meus amigos devido ao meu vernáculo em relação a alguns dos personagens envolvidos pela Guerra na Ucrânia. Entendo por isso que são necessários alguns esclarecimentos relativos a essa minha postura.
Como alguns saberão, completei há poucos anos um doutoramento em “História e Estudos de Segurança e Defesa”. Durante o mesmo (em 2016), no âmbito de uma das matérias e por puro acaso, tive de fazer um trabalho sobre a Ucrânia e a sua relação com a Rússia, pelo que tive de pesquisar e analisar com muito cuidado toda a literatura que pude então encontrar sobre esse tema; posteriormente e quando elaborei a minha tese (relativa à independência do Kosovo), resolvi apresentar o caso da Crimeia como um dos exemplos, pelo que, de novo, tive de estudar muito bem todas as referências que encontrei. Por tudo isto se pode afirmar que as minhas opiniões sobre a história anterior local e regional, os aspectos jurídicos e políticos e a evolução militar conflitual (desde 2014), são sólidas, estão muito fundamentadas e consolidadas e será muito difícil uma qualquer argumentação fazer com que as minhas convicções se alterem.
Não me ofende minimamente que haja amigos meus que tenham opiniões completamente diferentes das minhas (na política, no futebol, e no sexo tenho amigos com opções diametralmente opostas às minhas), ofende-me e irrita-me sim (e muito) levando-me mesmo a ser demasiado cáustico, aqueles que sabendo bem a realidade do que se passa, venham argumentar e apresentar análises repletas de falsidades, só para não perderem o colinho onde estão acoitados.
E então, quando entram no domínio do esotérico, não se importando por estarem a insultar a inteligência de quem os ouve ao alvitrarem situações inverosímeis e sem qualquer substrato ou prova, apetece mesmo levar esses autores a uma passagem pela “máquina de estalos”.
Quem goste de ouvir a voz fanhosa do palhaço Zé Lêndeas, que lhe faça bom proveito… eu é que já não consigo ouvir aquele aldrabão, vigarista e carrasco do seu próprio povo… como dizia um amigo meu: – “ele que faça a barba e vista uma camisa lavada”.
Volto a chamar a atenção que, não concordo em absoluto com as opções políticas do Sr. Putin, mas, infelizmente, em relação ao conflito com a Ucrânia, tenho de compreender as suas razões. E continuo a ser da opinião que o início desta fase do conflito (a invasão da Ucrânia) podia ter sido perfeitamente evitado se os EUA, a UE e o Zé Lêndeas o tivessem desejado, mas nem ele nem o dito “ocidente” se importaram com a desgraça e miséria que se iria abater sobre um povo que, na sua maioria, é honesto, bom e trabalhador… e merecia melhor sorte e futuro.
Chamo ainda a atenção dos meus amigos para o comportamento provocatório, insano e até fascistóide das repúblicas bálticas e da Polónia, que, como estão respaldadas pela OTAN julgam que tudo lhes é permitido. Depois, se o tio Vladimir perder a paciência e os “arrasar” ele é que é mau… mas o que vale é que a sua postura cobarde é-lhes bem característica, e lá teremos nós de ir, o resto dos europeus, sacrificarmo-nos no altar que eles é que estão a erguer. Esta gente, tal como os ucranianos “vikings”, têm a mania que são superiores aos eslavos “pretos”. E não se iludam os meus amigos que é mesmo isso que também pensam em relação aos latinos “preguiçosos” do sul da Europa.
Para finalizar, permito-me aconselhar os meus amigos a irem ler um pouco de história e ver onde as divisões SS dos nazis iam buscar tantos voluntários para os seus efectivos… pois é – lá estão e abundavam os “loiros de olhos azuis” citados no parágrafo anterior.
Um devaneio para exibir as suas credenciais, sem uma conclusão válida da peça…
Falando de devaneios, o tekapa23 foi extremamente conclusivo na validade do seu comentário.
Pode não concordar com a opinião do Major-General que, no que concerne à estratégia militar, deve abafar os conhecimentos do “23” e até alardeia um doutoramento em “História e Estudos de Segurança e Defesa”. Valha o que valer, parece ser um tipo de formação que ajuda a compreender a complexidade do assunto em análise. Para o contestar, o “23” traz um mestrado em “Estudos telejornalísticos, Notas de rodapé e Diz-que-sim-que-o-Putim-é-um-assassino”, frequentado na tasca do Manel nos intervalos da bola.
Ou será que é apenas estúpido?
A arrogância dos idiotas que se colocam do lado “que está a dar” e acham que não precisam de justificar nada, é de vomitar.
É isso mesmo Vieira. São os mesmos que dizem com toda a certeza que uma notícia é falsa se não for na direção que gostam . Os mesmos que acusam os inspectores da ONU de terem feito um relatório falso sobre a central nuclear esquecendo convenientemente que foram os ucranianos que os retiveram durante três horas sabe- se lá porquê…