A viagem politiqueira do nosso 1º

(oxisdaquestao in blog Oxisdaquestao, 21/05/2022)

Até há poucos dias a política externa nacional era levada a cabo em acções de baixo perfil, longe do espalhafato e das grandes tiradas de capa e/ou aberturas sensacionais dos telejornais. Agiam os funcionários da diplomacia num regime de baixo perfil ajustado ao servilismo de pequena colónia sem peso nas relações internacionais. Em termos anedóticos agia-se ao estilo fuinha em ademanes de lacaio vestido a preceito.

Circunstâncias da política internacional obrigaram os donos do ocidente a recorrer a países periféricos e sem soberania a tomarem posições e a divulgá-las como propaganda da sua visão única do mundo. É assim que o nosso 1º ministro começou a cirandar e a ditar considerações seguindo os guiões da CEE/NATO. E a dar dinheiro, canhões e tanques no meio de aulas de geografia.

Passou 8 anos calado, não tomou posição alguma face ao golpe de estado na Ucrânia que substituiu um presidente eleito por uma caterva de nazis e ultranacionalistas de raiz hitleriana no parlamento e no governo. É que a CEE ficou contente com o Maidan que lhe daria um mercado extra, mão de obra barata e a aproximação da NATO às fronteiras russas. A. Costa nem tugiu nem mugiu; se o plano era esse, moita calada. Mas agora as coisas vão feias para a CEE, o regime de Kiev e a tropilha da NATO; recebe-se o cómico-nazi na AR em digital e manda-se o chefe do governo nacional para as bandas do conflito. Na Roménia, alguma vez se falava na Roménia nos gabinetes do governo?, marcou as suas-nossas fronteiras rasgando os mapas escolares da Porto Editora ( todos para o lixo, fora das paredes das escolas ). É agora na Roménia que a GNR e a guarda-fiscal vão actuar contra invasões ( de tabaco e droga ? ) perigosas para lisboa e o Vale do Tejo.

Segue à Polónia discutir a entrada dum país falido, quase inexistente em termos económicos e endividado pelos séculos vindouros, na CEE, ela própria em graves dificuldades num horizonte com perspectivas mais que sombrias. Costa olha para cima, o polaco, para baixo: estamos no nosso nível. Como se não bastasse, na sua atitude de lacaio, mandaram que do OGE nacional saíssem verbas para os refugiados que o regime de Kiev produziu na sua russofobia. 

Uns milhões que não existem para o SNS e médicos de família, para investimento social, para apoio a medidas que permitam um salário mínimo decente, reformas condignas e o fim da precariedade laboral saem da cartola de A. Costa, justificam a viagem, permitem a foto e fazem dele um ternurento caniche da Europa.

Vai a Kiev e, num intervalo sem ressaca do cómico-nazi, será protagonista de uma foto de rua encenada com o tonto mentiroso que manda converter uma rendição sem condições, como a das suas tropas nas instalações da Azovstal, numa vitoriosa evacuação de heroicos guerreiros nazis tatuados de suásticas por todo o corpo ! A. Costa gosta disto, é o seu ambiente, e caminha para não ter problemas alguns com possíveis sanções de Washington e dos seus colegas-CEE, Borrell/Der Leyen/Ch. Michel (o cara de nabo belga). Só não chega cheio de gás: já anda a poupar para se acautelar e … dar o exemplo!

Ao regressar do tour saberá que uma rede de créditos ilegais ficava com as casas dos clientes, talvez da mesma forma e debaixo dos mesmos conceitos que permitem aos seus amigos ocidentais congelar e roubar reservas em divisas de qualquer país do planeta!

E eu que perdi a oportunidade de fazer chegar a Zelensky meia dúzia de ovos de galinhas do campo sem cabeça, pouco estranhas à espécie que as doninhas desbaratam nos galinheiros da nossa querida Europa…

Fonte aqui


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18 pensamentos sobre “A viagem politiqueira do nosso 1º

  1. Maidan foi em 2014, António Costa tomou posse como 1ª ministro em 2015. A má fé está demonstrada, o resto são flatos mal-cheirosos.

    • Durante 8 anos não tomou posição: 2014 (enquanto dirigente do PS candidato a líder do partido, e após primárias a 28-Setembro-2014), 2015 (enquanto candidato ou já primeiro ministro), 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021.

      Você nem lê, ou nem percebe o que lê, mas desata logo à cornada.
      Depois os outros é que têm má fé…

      ———-//———-

      Aproveito e faço já o meu comentário, desta vez curto (sem andar a divagar sobre a Ucrânia, que sobre isso já desabafei o suficiente), para ir diretamente colocar o dedo na ferida que mais dói a quem tenta viver em Portugal:

      «na sua atitude de lacaio, mandaram que do OGE nacional saíssem verbas para os refugiados que o regime de Kiev produziu na sua russofobia.
      Uns milhões que não existem para o SNS e médicos de família, para investimento social, para apoio a medidas que permitam um salário mínimo decente, reformas condignas e o fim da precariedade laboral »

      Parabéns pelo texto, em especial por esta parte. Eu, quando fugi de Portugal (sou refugiado económico de uma colónia do Euro que em 20 anos se tornou num Estado falhado), estava numa casa a 25 Km de Coimbra ainda sem saneamento básico, sem passeio para andar a pé ao longo da estrada (ciclovias então nem vê-las), com estação do comboio fechada e tornada apeadeiro, com Centro de Saúde fechado ao fim-de-semana e todos os dias à noite (aqui a doença é só com marcação…), sem qualquer oportunidade de emprego digna (a não ser se tivesse uma cunha na oligarquia local que domina a Câmara há décadas, os MESMOS ora PSD ora PSD, que isso das cores a nível local é só um pormenor), com rotundas e mini campos de futebol por todo o lado no Conselho (faltam é os jovens para os usar), e agora pelo que o recente census nos diz, uma das regiões do país a morrer mais depressa, extremamente envelhecida e a perder 10% da população numa década. Estou a falar da vila de Soure (no ponto médio do triângulo: Coimbra, Figueira da Foz, e Pombal), outrora uma zona industrial, comercial e viva, que até era normal aparecer nos mapas, mas que agora só aparece no google maps se se fizer muito zoom…

      Isto é a 30 Km da costa, mas isto já é o interior, abandonado, desertificado, foto de um país que em breve chegará ao ponto de não retorno e será condenado para sempre a Estado falhado, só com 6 milhões de habitantes, metade dos quais reformados a passar fome por falta de dinheiro para uma reforma decente.

      É neste contexto que temos um Primeiro Ministro que nos quer “no pelotão da frente” da tal de “integração Europeia”. Falar dos 20 anos de estagnação e divergência e endividamento e empobrecimento de quem trabalha? Nem pensar. Vamos antes celebrar “o sucesso” da Zona Euro…

      Este mesmo indivíduo, é quem agora passa um cheque de 250 milhões para a Ucrânia. Lembro só que o BE, uma das razões para deixar de confiar neste governo, foi o facto de ter tido tanta dificuldade a negociar verbas pequenas para as suas poucas medidas, entre as quais o apoio a cuidadores informais, no valor de 300 milhões de € anuais, mas que sucessivamente acabavam cativados em 98%. “cumprimos a meta do défice” diziam eles…

      No investimento público a mesma coisa. Segundo o Ladrões de Bicicletas, durante todos os anos desta desgovernação, o valor cativado cumulativo foi sempre superior ao aumento anunciado a cada ano. Estamos na cauda da Europa, e milhares de pessoas (e só falo com conhecimento de causa no meu ex-Conselho) nem sequer saneamento básico têm. A diferença entre isto e o sub-desenvolvimento na Sibéria é só a temperatura… só que lá as casas de banho nas casas dos pobres são no exterior e sem canalização para evitar que rebento nos típicos 30 ou 40 graus negativos. Aqui a justificação é “as metas do défice”, o “tornar Lisboa uma capital europeia”, ou o “estar no pelotão da frente”. Já para não falar da corrupção/incompetência do autarca local, sempre eleito (ou não) com base no “sucesso” na organização das festas e romarias. Um povinho ignorante/alheado dá tanto jeito… Já assim pensava o Salazar!

      Os mesmos que criaram uma crise artificial, para terem “maioria” absoluta (vou colocar sempre aspas, pois trata-se de um governo eleito só por 41% dos votos, e tendo em conta a abstenção, só eleito por 21% dos eleitores), e criaram essa crise porque era “impossível” negociar as “enormes exigências” da Esquerda, como por exemplo acabar com a precariedade, ter aumentos salariais e de pensões pelo menos a par da inflação, criar mecanismos para não ser possível cativar o que tinha sido negociado com tanta dificuldade, ou financiar o SNS com o montante que este precisa e todos merecemos. Não! Nada disso. Vamos para eleições castigar a “intransigência” da Esquerda.

      Pois agora, depois do anúncio de mais dinheiro para os oligarcas corruptos que verdadeiramente governam os EUA/NATO, temos também o A.Costa em Kiev a passar um cheque de 250 milhões € para um regime que, se o PS lá estivesse, já teria ilegalizado o PS, o Livre, o BE, e a CDU (PCP+PEV), e passaria o tempo todo a repetir palavras de ordem vindas da ideologia do Chega ou do PNR e do Mário Machado…
      Se o Volodolf Zelitler pegasse no que amealhou em offshore desde que começou a roubar o povo Ucraniano e a ser pago pela oligarquia local e da NATO/EUA, dava para cobrir esse montante 3 vezes e ainda sobrava, pois já se sabe que terá pelo menos 850 milhões € em offshore!
      Ao mesmo tempo, perante a crise e a inflação (que já vinham de trás), este governo de um Portugal com 4.3 milhões de pobres (mais meio milhão do que antes da adesão ao Euro, e em ambos os casos falos dos pobres antes de apoios sociais, pois a seguir ao Estado Social intervir ficam “só” cerca de 2 milhões e tal de pobres, e os restantes ficam todos muito ricos com meia dúzia de euros acima do limiar da pobreza…), vai dedicar uma verba orçamental de 55 milhões para ajudar as famílias mais carenciadas. Ou seja, 22% daquilo que irá (ser roubado) para o governo Ucraniano. Ou seja, 0,0% do PIB para os pobres Portugueses, como o Ministério das Finanças definiu, pois pelos vistos só trabalha com décimas, e pouco mais de 0,1% do PIB para “ajudar” os Ucranianos.

      Quanto a vocês não sei, mas por mim, o golpe de Estado contra este regime corrupto, negligente, falhado e traidor da pátria, era já amanhã!!! Mas pelos vistos a gasolina está cara demais para abastecer as chaimites, os atuais militares querem é ir ganhar o deles na Roménia e arredores, e os restantes Portugueses continuam os mesmos de sempre: distraídos, mal informados, ignorantes, ingénuos, e tão mansos quanto os Salazaristas sempre os quiseram.

      *Viva Lisboa, viva a “elite”, viva o offshore da Madeira, vivam os banksters, vivam os NÃO-eleitos de Bruxelas, vivam os oligarcas da NATO,e vivam os golpes de Estado só naqueles sítios sem “democracia liberal”. Os portugueses que se f*dam!*
      Podia ser o próximo cartaz eleitoral do PS (e seus amigos das Direitas encostadas), mas eles preferem mentir, e os portugueses preferem ser aldrabados.
      Não há dia que passe sem eu celebrar o momento em que fugi daí para fora. Pois façam bom proveito, que a mim não me f*dem mais!

      • “Eu, quando fugi de Portugal (sou refugiado económico de uma colónia do Euro que em 20 anos se tornou num Estado falhado), estava numa casa a 25 Km de Coimbra ainda sem saneamento básico, sem passeio para andar a pé ao longo da estrada……….”. Pois é, estavas numa pocilga de onde nunca devias ter saído.
        O que escreves se, de tão obviamente mal intencionado, não fosse pateta tout court, seria patético. Óinc, óinc, óinc……………….

        • Nunca na vida vou chamar pocilga ao meu país.

          Nunca na vida direi que os portugueses com quem discordo merecem viver numa pocilga.

          E nunca na vida apoiarei NeoNazis.

          São só 3 coisas que me distiguem de ti, mas de certeza que não são as únicas, pois entre animais e humanos costumam existir sempre mais de 3 diferenças…

          ———-//———-

          Quanto ao texto, li hoje o coice valente que o chanceler alemão Scholz deu no traseiro dos politiqueiros como o A.Costa. Passo a citar:

          “A trip to Kyiv must be about making concrete progress, and not just a photo opportunity. I’m not going to join a group of people who do something for a quick in and out with a photo op.”

          Tradução: tenho mais que fazer do que tirar fotografias em grupo em Kiev sem lá ir fazer trabalho nenhum para resolver o que quer que seja.

          ( inserir Mic Drop meme aqui )

          A.Costa vai andar uns dias a pôr gelo no local onde levou o coice… Ou então não. Pois para isto lhe ter doído, era preciso uma imprensa que o confrontasse e era preciso que ele tivesse vergonha na cara.

          • Eu nunca chamei nem vou chamar pocilga a Portugal, nem dizer que ( todos ) os Portugueses deviam viver numa pocilga. Eu estava a concretizar, if you understand my meaning……………….

  2. António Costa foi levar um recado a Zelensky, que tivesse paciência, dinheiro e armas é uma coisa mas entrar na UE é outra, repare-se que Portugal demorou 9 anos a entrar! disse, e ainda por cima agora que a Ucrânia está a ficar uma espécie de Azovstal em tamanho grande, isso não facilita nada as coisas… Para o consolar prometeu-lhe uns milhões para matar mais alguns ucranianos e se possível também russos, e mais uma coisas sobre escolas e creches, especialidades suas, do Costa. O recado foi confirmado hoje por um ministro francês, parece que com sorte a entrada da Ucrânia na UE levará entre 15 a 20 anos!… Portanto alguém tinha de dizer pessoalmente a Zelensky que o Ocidente tem os seus valores e honra sempre a sua palavra, e Costa era a pessoa indicada para o fazer e lá foi ele.

    • Ai, Galvanito, Galvanito, pega lá numa canhota e vai desatar aos tiros em Olivença, até que a Guardia Civil ponha termo ao teu sofrimento.

  3. Erguer uma dívida para reconstruir um país que não é membro da UE, mas destruir Portugal e a Grécia que é membro? Estamos andar sobre as nossas cabeças.

    Esta é a bomba relógio que os russos colocaram sob a UE: a Ucrânia precisa de 5 mil milhões/mês para pagar as suas simples despesas de funcionamento.
    – Os russos ocupam 1/3 deste país, trazendo 75% da sua riqueza.
    – A UE vai lutar para recuperar um país sem litoral, sem indústria, sem acesso ao mar, totalmente corrompido, o que vai sugar milhares de milhões da UE.
    Ter-se-ia querido dar o golpe de misericórdia à construção europeia que não se teria feito melhor como um cavalo de Tróia.
    Pobre Portugal que vai pagar e arruinar-se ainda mais…!

    Não se preocupem, todos são votarão a favor desta generosidade, que será acrescentada aos 5 ou 10 mil milhões por ano do orçamento , enquanto Portugal tem um desafio comercial colossal e já nem indústria tem.

    Outra dívida, o cesto já está cheio !!!!
    Entretanto os nossos hospitais estão a trabalhar com 3/4 de pessoal, gostaríamos de nos deixar morrer e não faríamos melhor.
    Os nossos representantes eleitos estão actualmente a inundar as nossas televisões com a sua propaganda quando vemos o estado do nosso país?
    Em breve colocarão cercas ao longo da estrada l e atirar-nos-ão amendoins.
    Eles trabalham e trabalharão sempre assim, eles primeiro, as migalhas para os outros.
    Quando vejo a Ucrânia antes dos bombardeamentos, o país estava bem dotado, ainda melhor do que os nossos territórios negligenciados, por isso podemos colocar-nos questões, de onde veio o dinheiro, talvez já da Europa?

    São os Russkofs que partem tudo, destroem tudo, roubam tudo, violam e torturam, mas somos nós, os cidadãos da UE, que pagamos.

    Isto num Portugal falido.

    O que pensam os nossos amigos gregos, libaneses, venezuelanos, argentinos,iraquianos e outros amigos africanos sobre este duplo padrão? Surpreendente, consternador…

    Esperem “meus amigos”, há mais porcarias a vir na nossa direcção. A OMS vai controlar a nossa saúde e 196 países terão de votar se estiverem de acordo. Mas o que é que os nossos lideres fará? A Rússia fará parte dela? Parece ser muito divertido,tal como a máfia de Davos.

    Estamos fartos de pagar impostos e outras imposições.
    E a grande crise alimentar que se avizinha, com o consequente aumento da inflação… “A inflação afecta primeiro as pessoas mais pobres, depois os empregados e os reformados!
    Depois os pequenos patrões e as pequenas empresas
    O BCE tem estado a imprimir dinheiro, o pior é quando compra activos, acções e depois dívidas
    Assim, o BCE está a financiar a economia, dissociando-a da realidade.
    Só que enriqueceu artificialmente o grande capital que faz uma dívida que os governos socializam!(Que falarei mais tarde neste assunto aqui.)

    A Ucrânia já estava muito endividada, como antes de pensar em reconstruir seria necessário que a guerra terminasse.

    Próximo passo: austeridade com muita força em Portugal. E como isto pode não ser fácil de implementar, uma boa dose de crédito social com dinheiro imprimido será acrescentada.

    Esta é mais uma prova de que a Ucrânia é de facto um objectivo para a UE e os EUA, que estão encarregues do mesmo. É imperativo perseguir os russos para fora do país, especialmente das regiões orientais (as mais ricas) e fazer um Plano Marshall para que este país, que se declara independente, fique totalmente dependente do Ocidente durante décadas. O pedaço de carne é bastante gordo, atrai o urso russo, a águia americana e os abutres europeus…..

    • Na realidade, quem está a pagar é a Venezuela, o Irão, o Ageganistão, e aprópria Rússia.
      O ocidente criminoso roubou as reservas destes países. Pensavam que o crime ia passar sem castigo, pensavam que podiam espalhar fome onde lhes apetecesse, mas quando chegou a vez da Rússia, levaram uma dentada do urso de Moscovo.

      Na realidade este dinheiro roubado ficará nas mãos de uns poucos, e dos governos e bancos centrais ocidentais. Foi assim que se pagou o quantitive easing sem inflação (até 2021). A impressão de mais dinheiro não resultou em Venuelização do Ocidente, pois não foi impresso novo dinheiro. Antes transformou-se em Euris e Dólares o que antes eram reservas dos países assaltados.

      O ocidente criminoso sempre foi assim. Até Portugal que tanto roubou aos africanos. Estes supremacistas brancos disfarçados de “democratas liberais” até aos ex-escravos do Haiti roubaram milhares de milhões que ainda hoje recusam devolver. Assim se fizeram fortunas como as do CityBank ou dos Rothschild e de várias “elites” ocidentais. E quando um governante do Haiti começou a falar alto sobre este assalto, os EUA e a França fizeram um golpe de Estado no Haiti. Recomendo uma série de excelentes artigos de jornalismo publicados no New York Times.

      O golpe na Ucrânia era apenas mais um desta “ordem” Mundial. As “elites” (as aspas significam que de elites só têm a conta bancária, e não o pensamento) da UE queriam novos negócios na Ucrânia, matérias baratas (vemos agora a tentativa de assalto aos cereais, com certeza uma forma de pagar a “ajuda” ocidental) e acesso indirecto aos mercados da EUEA, via Ucrânia, sem terem de pagar as devidas tarifas e compensações à Rússia e seus parceiros da Ásia Central.
      Quando o último presidente eleito (em 2010) da Ucrânia percebeu o que estava em causa e pediu mais uns tempos para negociar melhor, caíu-lhe a Victorua Nuland em cima, que com 5 mil milhões de financiamento para o golpe sangrento dos NeoNazi/Banderistas traçou logo ali a sentença de morte da Ucrânia.

      Agora que a coisa falhou, bastando para isso uma invasão limitada da Rússia (só 10% da sua força, e sem usar as suas armas mais pesadas como por exemplo mísseis termobáricos a choverem no centro de Kiev, o que acabaria com a guerra numa semana, mas faria da Rússia um país tão criminoso como os que mataram 1 milhão na invasão do Iraque), agora começam já a ouvir-se vozes de que a Ucrânia dificilmente entra na UE (Macron diz que pode levar décadas até o regime ucraniano ser decente q.b.) e em vez de idiotas como o Borrel a pedirem uma guerra total até ao fim, temos outros já a falarem numa solução dialogada. Até o -elensky já o disse. Mas agora é tarde. Agora vão ficar sem o mercado ucraniano, sem a zona mais industrial e rica em matéria do Donbass (oblasts de Lugansk e Donetsk), sem Crimei, Kherson, Zaporijia, para já meio ovlast de Karkiv, e vamos ver onde acaba…

      Mas isso é só no território da ex-Ucrânia. Depois falta falar da cada vez maior proximidade entre Rússia e Turquia (que bloqueará expansão da NATO a partir de dentro) que está a negociar para ocupar o mercado deixado vazio por algumas marcas ocidentais e pode vir a ser mais um membro da SCO. Temos também a expansão dos BRICS. O sistema alternativo ao SWIFT, a desdolarização em curso e fala-se da preparação de uma moeda transcontinental alternativa para os pagamentos externos. A OAS (quintal dos golpes de Eatado dos EUA) pode ter os dias contados e ser substituída por algo bem mais decente. A ASEAN já não passa cartão às pressões “diplomáticas” dos EUA. O Médio Oriente percebe que está tanto melhor quanto mais longe esriverem os Ocidentais, e África tem cada vez mais melhores experiências com a cooperação Chinesa do que alguma vez teve ou teria com os ex-colonialistas transformados em NeoColonialistas disfarçados de “bem intencionados”. No final, a nova ordem mundial, com novas instituições (provavelmente também uma substituta da irreformável e apodrecida ONU) está a tomar forma, e o Ocidente ou baixa a bolinha, ou ficará isolado. É que a “comunidade internacional” na realidade são só os 13% da população ocidental+aliados (EUA, vassalos europeus, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia) que ainda acham que podem tratar o resro do Mundo como a França e os EUA trataram o Haiti. Not anymore. Agora sim, é o fim dessa história.

  4. “Neonazis russos estão a combater na Ucrânia, diz espionagem alemã
    Relatório das secretas da Alemanha citado pela revista Der Spiegel dá conta de dois grupos russos de extrema-direita a apoiar a invasão da Ucrânia.
    (…) A 25 de Fevereiro, um dia após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o líder da Liga Imperial Russa, Denis Gariev, escreveu no Telegram aos seus seguidores: “Defendemos sem dúvida a liquidação da entidade separatista Ucrânia”. Pouco depois, o grupo decidiu ir combater, recrutando para isso membros com experiência militar ou que tivessem participado no seu próprio centro de treino em São Petersburgo.
    Na Rússia é legal haver treino militar, e o centro de treino deste grupo recebeu também estrangeiros, incluindo neonazis alemães, revelou em 2020 a revista alemã Focus. No mesmo ano, os EUA incluíram a Liga Imperial Russa na sua lista de organizações terroristas estrangeiras – a primeira vez que incluiu uma organização supremacista branca nesta lista, sublinhou então o Departamento de Estado, citado pela revista Foreign Policy.

  5. Se a notícia veio dos serviços secretos da Alemanha, então “temos” de acreditar!!! E se vier dos serviços secretos americanos ainda é “maior” a verdade!!
    Quando lhe caem as palas que tem nos olhos?

  6. Desagrado no Kremlin faz líderes exigirem mais brutalidade na Ucrânia e já se procuram sucessores presidenciais, diz órgão independente

    Edifício do Kremlin, em Moscovo Sopa Images
    Representantes da elite russa têm mudado repetidamente de opinião sobre a guerra na Ucrânia. O otimismo moderado substituiu o que era inicialmente um pessimismo extremo. Agora, cada vez mais autoridades russas expressam a sua insatisfação quanto à liderança de Vladimir Putin, e até já há quem pense na sucessão

    25 MAIO 2022 23:23

    Catarina Maldonado Vasconcelos
    Catarina Maldonado Vasconcelos
    Três meses depois da eclosão da guerra na Ucrânia, os ânimos entre as elites de Moscovo voltaram a alterar-se. É o que adianta a “Meduza”, órgão de comunicação independente russo expulso da Federação Russa, que cita fontes familiarizadas com as movimentações no interior do Kremlin. No início de março, essas fontes reportaram que a decisão de Vladimir Putin de dar início a uma guerra “horrorizou” a maioria dos altos funcionários do Kremlin, incluindo representantes ministeriais, que temiam que as sanções ocidentais arruinassem as suas carreiras. Pouco tempo depois, no entanto, uma “onda de sentimentos patrióticos” sobrepôs-se. Em abril, já várias figuras proeminentes da política russa diziam publicamente que o objetivo era lutar “até o amargo fim”.

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    Fecha em: 26s
    No entanto, três meses volvidos, o pessimismo voltou a abalar os alicerces do Kremlin. Uma fonte próxima ao gabinete do primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, garante à “Meduza” que já “não será possível viver como antes” e que o “desenvolvimento” foi, para já, suspenso, apesar de o comércio com a China e a Índia ainda estar assegurado.

    As autoridades do Kremlin já não reconhecem que haja um cenário possível em que o Presidente russo dê por encerrada a ofensiva militar mantendo um alto índice de aprovação na Rússia. Alguns representantes do Governo têm mesmo discutido estratégias para “uma retirada com dignidade” desde as primeiras semanas após o início da invasão, mas as autoridades ainda não chegaram a uma conclusão.

    Dia da Vitória, em Moscovo
    Dia da Vitória, em Moscovo Alexander Nemenov
    INSATISFAÇÃO GENERALIZADA
    Uma fonte próxima do Kremlin descreveu um clima de profundo descontentamento das elites russas em relação às decisões de Putin: “Não há quase ninguém que esteja feliz com Putin. Empresários e muitos membros do gabinete estão descontentes com o facto de o Presidente ter iniciado esta guerra sem pensar na dimensão das sanções. A vida normal com essas sanções torna-se impossível.”

    Outras duas fontes com conhecimento das operações do Governo de Putin confirmaram esta análise, assim como outras duas pessoas ligadas ao gabinete do primeiro-ministro.

    Fontes próximas do Kremlin disseram que a perspetiva dos defensores “hawkish” (política mais popular entre as elites da Rússia) é a de que, como a Rússia já se envolveu nesta guerra, não há forma de a “suavizar agora”. Pelo contrário, é necessário fazer “prego a fundo”, com uma “ampla mobilização de reservas militares e com uma atitude de ‘jogar’ para vencer”, de preferência capturando até a capital ucraniana, Kiev.

    O Kremlin, no entanto, não quer para já declarar uma mobilização total. No início de abril, fontes com conhecimento da política interna do Governo de Putin disseram à “Meduza” que mesmo os russos que dizem apoiar a “operação militar especial” na Ucrânia estão relutantes em voluntariar-se para combater.

    Vladimir Putin mostra o retrato do pai durante o Dia da Vitória, em Moscovo
    Vladimir Putin mostra o retrato do pai durante o Dia da Vitória, em Moscovo Contributor
    A PREOCUPAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS
    Os principais empresários da Rússia também estão descontentes com as ações do Presidente russo e criticam-no por não ter dado passos reais em direção à paz. As dificuldades económicas aumentam a cada dia. “Os problemas já são notórios e vão aparecer por todos os lados a meio do verão: nos transporte, farmácias e até agricultura. Ninguém pensou na escala [das sanções]”, disse uma fonte próxima do Governo à “Meduza”, acrescentando que ninguém dentro do Kremlin calculou as consequências de os países europeus boicotarem completamente o petróleo e o gás russos.

    Porém, Vladimir Putin “não quer pensar” nas dificuldades económicas que são “óbvias para a maioria das autoridades do país”, e continua “especialmente relutante quanto a atribuir esses problemas à guerra na Ucrânia”, disseram duas fontes ligadas ao Kremlin à “Meduza”.

    Putin já tinha expressado esta ideia em público. Ao líder da administração regional de Kaliningrado, o líder russo disse que não culpasse a guerra pelos problemas de abastecimento da região: “Não há necessidade, neste caso de vincular, isso à nossa operação militar especial. Também sofreram uma recessão em 2020 e 2021, e houve um declínio notável na construção. A operação militar no Donbas não tem absolutamente nada a ver com isso.”

    DISCUTIR A SUCESSÃO
    Fontes ligadas ao Kremlin e ao Governo federal ouvidas pela “Meduza” dizem que falar sobre “o futuro depois de Putin” é cada vez mais comum entre as elites russas. “Não é que queiram derrubar Putin agora, ou que estejam a orquestrar uma conspiração, mas há um entendimento ou um desejo de que ele não governará o Estado talvez num futuro próximo”, explicou uma das fontes. “O Presidente estragou tudo, mas ainda pode consertar tudo, chegando a algum acordo [com a Ucrânia e o Ocidente]”, refere outra fonte, admitindo que alguns funcionários do Kremlin estão a discutir secretamente os possíveis sucessores de Putin. A lista incluirá o autarca de Moscovo, Sergey Sobyanin, o vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional e ex-Presidente Dmitry Medvedev e o um dos líderes de gabinete, Sergey Kiriyenko.

    Sergey Kiriyenko tem mantido conversas regulares com Putin acerca da economia e o Donbas. Apesar de o ex-primeiro-ministro da Rússia ser apontado como um dos hipotéticos sucessores de Putin, as fontes ouvidas pela “Meduza” revelam que as elites russas reconhecem que apenas um grande problema de saúde poderia afastar Putin do cargo. Uma fonte ligada ao Governo de Moscovo ilustra mais claramente a posição dos que cercam o líder russo: “As pessoas estão enojadas, mas ainda mantêm os seus empregos, e ajudam o país a enterrar-se mais na guerra.”

    • JL, venho informá-lo que se o que aqui escrever não for um comentário ao texto, será eliminado. Se quer fazer propaganda a seu gosto,. faça um blog e não aproveite o dos outros para tal

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