Ucrânia : A Segunda Guerra mundial continua

(Thierry Meyssan, in Rede Voltaire, 26/04/2022)

A propaganda da OTAN tenta minimizar a presença de neonazis na Ucrânia comparando-a com a dos grupúsculos equivalentes no resto do Ocidente. A verdade é muito diferente. Os banderistas foram-se paulatinamente apoderando do Poder nesse país durante os últimos trinta anos, reescrevendo a história, formando a juventude e modificando, um a um, todos os símbolos do Estado. Eles doutrinaram uma terça parte da população e representam um bom terço das Forças Armadas. O seu objectivo é o de destruir a a Rússia, o que tentam fazer com a ajuda dos Straussianos …


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Ucrânia : a Segunda Guerra mundial continua, Thierry Meyssan


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11 pensamentos sobre “Ucrânia : A Segunda Guerra mundial continua

  1. Caro Estátua de Sal, agradecia que me esclarecesse: se são neonazis, porque é que não dizem simplesmente “nazis” ? Qual é a diferença que o prefixo “neo” introduz ?

    • O Nazi original queria dominar o Mundo a partir do império alemão. Fazer uma limpeza étnica, “purificar” a humanidade.
      O NeoNazi são igualmente racistas, lunáticos, mas não necessariamente alemães. Ouvem os “ensinamentos” de Hitler, mas lutam em nome de outros nacionalismos.
      Os Nazi germãnicos eram anti-Soviéticos e queriam matar todos os Judeus (e ciganos, e escuros).
      Os NeoNazi Ucranianos são anti-Russos e querem matar todos os russófonos (e ciganos, e escuros), sejam eles de facto de etnia russa (a que chamam “negros da neve”) ou ucranianos russófonos do Sul e Leste da Ucrânia.

      São assim os Banderistas (NeoNazi, ou Ultra-Nacionalistas, ou Supremacistas Brancos, da Ucrânia), 102 mil nas forças armadas ucranianas (ou cerca de 40% dos entretanto treinados e armados pela NATO) segundo a própria OSCE (que também registou os milhares de bombardeamentos desta força contra os povos do Donbass na semana ANTES da Rússia ser obrigada a intervir).
      Em 8 anos de guerra provocaram morte de +13 mil, 1 milhão e meio de refugiados, muita destruição, e pouco mais de ZERO notícias no Ocidente, a não ser a esporádica aldrabice a dizer que era “o Putin que anda a provocar”.

      De cada vez que ouvir alguém a dizer bem do actual SBU, de Batalhões como o Azov, do Stepan Bandera, a gritar “Slava Ucraína”, a usar as cores vermelho e preto, do Sector Direito, do Svoboda, ou a dizer que os escondidos na Azovstal atrás de escudos humanos são “heróis” ou “resistentes”, agora já sabe o que está verdadeiramente em causa.

      Esta gentalha, central no golpe sangrento de 2014 (“EuroMaidan”) contra um Presidente eleito (e não mais corrupto que os que lhe seguiram, Zelensky incluído) e no regime que se lhe seguiu, foi reduzida a uma insignificância eleitoral atualmente, mas a verdade é que continuam em posições chave de poder e intimidação.
      Assim como mataram um negociador ucraniano logo nas primeiras semanas da invasão, matariam também Zelensky se ele assinasse o acordo de paz. Ou como diz um governador Ucraniano no canal Ucrania24:
      «all traitors will be executed»

      Aqui: https://odysee.com/@RT:fd/ukrainian-governor-executions:d

      Percebe-se assim melhor o que andaram os de Azov e do SBU a fazer em Bucha naqueles dias antes de apresentarem os corpos ao Mundo. E também se percebe porque o Ocidente não quis investigação independente.
      A Rússia é uma ditadura porque Navalny foi julgado.
      A Ucrânia é uma “democracia liberal” porque executa traidores.
      Em vez de ser o Mundo (liderado por um Ocidente que assim seria respeitável) a castigar os EUA pelo que fez em Abu Ghraib, foram os EUA a transformar o Ocidente inteiro numa cela sob o “direito internacional” de Abu Ghraib…

      A propaganda actual faz as “armas de destruição massiva do Iraque” parecer uma brincadeira de crianças. Agora é propaganda à escala global, com +150 empresas internacionais (com meios de comunicação de influência global) a trabalhar para Kiev. Os que discordarem da narrativa oficial Ocidental são marginalizados, e os NeoNazi são branqueados.
      Regime inimigo dos interesses da oligarquia sediada no Dellaware, não podem prender criminosos.
      Regime amigo de tais interesses, pode até mandar matar 81 opositores de uma só assentada, que a seguir se fazem logo planos para lhe comprar mais petróleo (Arábia Saudita). Ou pode bombardear 3 países numa só semana, que a seguir recebe ainda mais apoio político e militar para expandir as suas invasões ilegais (Israel).

      Chegámos ao ponto em que prender Assange e censurar canais é “defender valores europeus”, executar ucranianos russófonos e ilegalizar partidos da oposição e prender políticos da oposição é “defender a democracia liberal”, e comprar mais gás aos EUA e mais petróleo à Arábia Saudita é “defender a liberdade”.
      O ponto de morte cerebral (não da NATO, mas da Europa), em que um Paulo Portas é um “comentador credível”, mas um Oliver Stone é um “propagandista de Putin”..
      O Ocidente ainda existe, mas do ponto de vista moral, morreu completamente.

      Por tudo isto, este artigo do Thierry Meyssan é excelente a explicar o diabo que foi semeado há anos atrás na Ucrânia e está a levar o país ao desastre em nome de uma ideologia louca. Mas isso, por incrível que pareça, nem sequer é o pior. O pior é que o Ocidente (13% do Mundo, e a encolher, especialmente no caso da Europa), desta vez, está do lado errado da história e a isolar-se do resto do Mundo.

      Se a Victoria “Fuck the EU” Nuland, que financiou os Banderistas mais extremistas, preparou esta guerra, e está envolvida na corrupção da família Biden em torno da loucura dos quase 30 laboratórios de armas biológicas, é não só a aliada da Europa, como a cara da oligarquia de Washington a quem prestamos vassalagem, então está tudo dito.

      Eu só gostava de poder entrar nas reuniões à porta fechada para saber o que os EUA andam a dizer (a prometer ou a ameaçar) para que tantos na Europa se juntem “voluntariamente” a esta loucura colectiva, quase se atropelando uns aos outros para mostrar quem é o vassalo mais fiel, a começar no fascista da Polónia, e a acabar em pessoas alegadamente mais decentes como os líderes da Suíça, Suécia e Finlândia, dispostos a colocar em causa a sua segurança e credibilidade (derivadas da sua neutralidade, se bem que no caso da Suécia já é um parceiro de facto da NATO com participações em várias atrocidades).

      Vamos a um pouco de lógica:
      (1) Soube-se, graças a Snowden e Assange, e outros, há uns anos atrás, que os EUA escutavam e filmavam tudo e todos.
      (2) Sabe-se também que a primeira arma do aldrabão alarve é acusar os outros daquilo que o próprio faz, antes dos outros terem sequer a palavra.
      (3) Portanto eu só pergunto: o que é que os EUA têm andado a gravar e a filmar nos gabinetes das “lideranças” europeias, para depois ouvirmos os “Democratas” americanos a dizer, já há anos, que “Putin anda a manipular eleições”, “a influenciar/ameaçar políticos ocidentais”, e “a usar hackers para bisbilhotar e comprometer os líderes eleitos”?
      (1)+(2)=(3)

      E depois, tudo isto rematado pela “imprensa livre”, que por exemplo chama “extrema” esquerda a Mélenchon para o afastar dos elegíveis, e passa o resto das eleições francesas preocupada com a possibilidade de fim do NeoLiberalismo e fanatismo Europeísta no seu país porque “ai ai ai a Le Pen tem cheiro de Putin”, mas não perde um segundo para ver o tipo de NeoFascistas (encabeçados por Duda, logo seguido pelos Liberachos dos Bálticos) que crescem como cogumelos no leste Europeu, sob mais influência do partido único de Washington (a oligarquia da guerra), do que um toxicodependente sob influência da respectiva droga.

      Relembro que até os Talibã comentaram o que se passa no Ocidente, apelando ao bom senso… Os Talibã!!
      Isto ao mesmo tempo que completos montes de esterco (não é um insulto, é uma descrição exacta) como o Borrel dizem que isto não se resolve com paz, mas sim levando a guerra até ao fim. Que é como quem diz, apoiar a loucura Banderista do “Armas, armas, e mais armas” para uma zona de conflito (ou limpeza étnica, nas palavras do Batalhão Azov), quiçá alastrar a guerra a novas zonas (antes só a Crimeia, agora também a Pridnestróvia), e recusar negociações de paz. Objectivo: desgastar a Rússia até ao último naco de carne ucraniana para canhão da NATO.
      Que lindo que é… Tão bem intencionados que eles são…

  2. Fui ver que é Theirry Meissan e descubro que produziu um “tratado” negando o 11 / 09. Excelente referência !!!
    Thierry Meyssan (French: [tjɛʁi mɛsɑ̃]) is a French journalist, conspiracy theorist[1][2] and political activist.
    He is the author of investigations into the extreme right-wing, particularly France’s National Front militias, as well as into the Catholic church.
    Meyssan’s book 9/11: The Big Lie (L’Effroyable imposture) challenges the official account of events of the September 11 terrorist attacks.[2]
    https://en.wikipedia.org/wiki/Thierry_Meyssan

    • Não foi você que no outro dia disse que fontes da Wikipedia não valem?

      Ele não negou o o 11-Setembro-2001, ele limitou-se a questionar o que não batia certo. Quem esteve por trás dos ataques? Como se mentiu sobre os reais autores dos ataques? Com que finalidades?

      20 anos após as invasões do Médio Oriente, baseadas em mentiras e completamente injustificadas,com milhões de mortos e aparecimento do ISIS, com as acções do complexo militar industrial sempre a subir, você ainda acha que fazer perguntas é uma má referência?

      Já agora, quando fala do 11-Setembro, convém dizer o ano.

      Para mim, só há um que eu choro, que é o de 11-Setembro-1973 no Chile. Ao de 2001 chamo-lhe apenas KARMA (e obviamente uma tragédia para as vítimas inocentes) para o regime que mais matou, invadiu, e golpeou desde 1945.

      Sim, o ódio é uma coisa feia. Mas todas as boas regras têm excepções. Eu ostento o meu ódio pelos EUA com orgulho, pois não é direcionado contra um povo, e sim contra um regime. Não é baseado em incompreensão ou xenofobia, mas sim em factos. E se os Europeus tivessem um pingo de vergonha na cara, já não existia NATO, e muito menos vassalagem geo-política em favor de tal regime aldrabão, autoritário, oligárquico, de big brother, racista, e genocida.

      E digo isto com tanta certeza como a certeza de quem sabe que a gravidade existe: sem NATO, hoje a Ucrânia estaria em paz. Sem EUA, hoje a Ucrânia não teria 102 mil NeoNazis nas forças armadas (tirando os que a Rússia já tratou devida e justamente). Sem vassalagem da Europa a este regime, que sente assim as costas quentes para fazer o que lhe apetece, o ISIS não teria aparecido, nem uma crise de refugiados a assolar a Europa. E os Cubanos estariam mais próximos de ser uma Noruega nas Caraíbas, do que um Estado falhado. Tanto, mas tanto mal que não existiria no Mundo, caso não houvesse tanto idiota a apoiar estes cabrões!!

      • Tem razão, nem sempre a Wikipédia está certa. Mas, neste caso, a Wikipédia em inglês até peca por defeito. Lendo a Wikipédia em francês, verifica-se que ainda é mais ilustrativa do curriculum do “menino”. Deixo-lhe aqui um excerto, mas não perca a oportunidade de ler a totalidade em francês, é muito interessante: “En mars 2002, quelques mois après les attentats du 11 septembre 2001, Thierry Meyssan publie le livre L’Effroyable Imposture, dans lequel il attribue leur responsabilité à « une faction du complexe militaro-industriel » des États-Unis. La publication du livre suscite un tollé dans la presse : dans un article du 20 mars 2002, le journal Libération qualifie Thierry Meyssan de négationniste23 ; le 5 avril 2002, dans un article intitulé Délires en ligne, le journal Impact Médecine le qualifie de révisionniste.”
        E, já agora, para tentar compreender o seu ódio aos USA, pergunto-lhe: Quantas vezes foi aos USA ? Com quantos americanos falou ? Ou é só um ódio resultante do que lê nas publicações de tendência comunista, vê na TV, ou nas redes sociais ? É que a América não é um estado perfeito, longe disso ( não há estados perfeitos ) mas, entre a América e a Rússia, quer a da URSS, quer a de Putin, não há escolha possível.
        E, quanto ao seu amor por Cuba ( ou melhor, pelo regime cubano ), atente no seguinte facto: a população de Cuba, em 2021, era de 11,317,505, em ligeiro declínio. A população de cubanos nos USA, em 2010, era de 1,785,547, dos quais 983,147 nascidos em Cuba. “In the census in 2000 there were 1,241,685 Cuban Americans, and in the 2010 census there were 1,785,547 (both native and foreign born), and represented 3.5% of all Latinos, and 0.58% of the US population. Of the 1,241,685 Cuban Americans, 983,147 were born abroad in Cuba and 628,331 were U.S born. Of the 1.6 million, 415,212 were not U.S citizens.[33] In the 2013 ACS, there were 2,013,155 Cuban Americans. The 2010 US Census shows that 85% of Cuban Americans self-identified as being white.[34]”. Fazendo uma conta simples, verifica-se que cerca de 8 % da população cubana, emigrou para os USA. É claro que o Thierry Meysan, e o senhor, dir-me-ão que foram raptados pela CIA e postos em campos de concentração nos USA ( e, talvez, em Guantanamo ). Será mais uma teoria da conspiração ? Fique-se pela sua que eu fico-me pela minha.

    • Animal Farm e 1984 continuam de plena actualidade, honra seja feito aos novos neocommies ( já que agora todo é neo, neonazis, neoliberais, neocons, neoimbecis, resolvi criar o termo neocommies para designar a pandilha do Kremlin. E não se diga que a Federação Russa nada tem de comunista; não tem, mas o que tinha de comunista a URSS, a partir da ascensão de Иосиф Виссарионович Сталин, se não uma ditadura feroz e sanguinária ?

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