Rui Rio e a sua contundente e certeira oposição

(Carlos Esperança, 19/07/2021)

O líder do PSD salientou que, em matéria de segurança interna, o Governo “vai pelo facilitismo e pela irresponsabilidade”, exemplificando com os desacatos em Reguengos de Monsaraz, como se prova no seu oportuno tweet.

Rui Rio acusa o MAI, Eduardo Cabrita, o suspeito habitual mais à mão: “Assistimos em Reguengos de Monsaraz a uma cena de pancadaria perante a repleta [sic] passividade das autoridades. Não é assim que se constrói o futuro. Assim, constrói-se o caos”, afirmou Rui Rio a vários órgãos de comunicação, aproveitando para desafiar o PM a dar explicações.

Rui Rio tem razão. É inaceitável que uma patrulha da GNR assista impávida a agressões e ao atropelamento de três indivíduos, verificados na última sexta-feira em Reguengos de Monsaraz. Pasma-se que os militares da GNR, perante flagrante delito, não tivessem detido o desvairado condutor.

Ignora-se se o ministro comandava pessoalmente a patrulha, mas é de crer que se outro fosse o MAI, se os militares tivessem um Ângelo Correia a comandá-los, como sucedeu contra a insurreição dos pregos ou com Dias Loureiro a manter a ordem na Ponte 25 de Abril, e o PM fosse ainda o Professor Aníbal Silva, jamais uma patrulha da GNR se portaria da forma cobarde que parece depreender-se do vídeo posto a circular, (Ver aqui).

Já lá vão 3 dias e o PR ainda não exigiu a demissão do MAI. Apenas Marques Mendes, vuvuzela habitual de Belém, veio qualificar de “o grande abcesso político do Governo” o Dr. Eduardo Cabrita.

Não seria de perguntar primeiro ao comandante do posto da GNR, cabo ou sargento, se já ouviu os elementos da patrulha e comunicou o facto?

Rui Rio mostrou ser o grande líder da oposição, está atento aos grandes problemas nacionais.


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8 pensamentos sobre “Rui Rio e a sua contundente e certeira oposição

  1. Se tivesse sido o senhor Esperança a levar com um carro em cima talvez não estivesse agora a gozar com o mal dos outros.

    Como sempre a esquerda a desvalorizar os problemas do povo – as tais “conversas de café” da desprezível e repelente populaça que enoja a esquerda que hoje se julga uma aristocracia.

    De cada vez que a esquerda se põe do lado de criminosos e adopta esta atitude de desprezo contra o povo são mais uns milhares de votos para o outro.

    Compreendo que desta vez seja inevitável porwue se trata de cruminosos da “cor boa”, mas isso só ajuda à festa. Porque esta classificação por cores de pele boas e màs está a dar à esquerda pinta do sector mais racista da sociedade. O Ventura ao pé de vocês é um menino.

    Ah, estes não faz mal que atropelem as pessoas numa esplanada porque são da cor oficialmente boa e tal. Não tem importância nenhuma.

    E de qualquer maneira de certeza que os sacanas sentados na esplanada são racistas, colonialistas, machistas e fascistas e tal. Ora.

    Claro que se as cores estivessem ao contrário e fosse um gajo da cor má a atirar o carro oara cima de uma esplanada cheia de gente de uma cor mais boa para a esquerda até paravam o país com protestos e motins “contra o racismo”.

    Apelo ao pessoal de esquerda, não à decência humana que não têm, mas mas ao menos ao interesse próprio.

    VOCÊS ESTÃO A DAR VOTOS AO OUTRO.

    Não são capazes de perceber que algumas das pessoas que estavam naquela esplanada ou os seus familiares podem ser votantes vossos ?

    Bem, estejam descansados que alguns já não são.

  2. Desvalorizar?!
    Apenas procurar ao responsável (comandante do posto) o que se passou com a patrulha.
    Pagam-se vencimentos este tipo de actuação?! Estão nos postos para…
    Talvez um ministro da administração interna para cada um dos posto da gnr/psp resolva o problema!

    • Caro Patolas.

      “Rui Rio mostrou ser o grande líder da oposição, está atento aos grandes problemas nacionais.”

      Pela ironia cretina desta ultima frase do Esperança, ele está nitidamente a gozar com o caso.

      Para ele haver gangs que rotineiramente, entre outras, como estratégia de intimidação, fazem coisas como atropelar os comensais de um restaurante, não é grande problema nacional.

      A segunda ironia cretina é mesmo essa de ir pedir explicações ao comandante do posto, que não estava presente, quando toda a gente viu a cena filmada e as declarações das vitimas.

      O senhor esperança e o senhor Patolas tem dúvidas do que aconteceu ?

      Eu explico.

      Numa estratégia habitual destes gangs, quando não são prontamente obedecidos recorrem à ultra-violência.

      São normais ataques destes contra lojistas, baristas, entregadores da glovo. taxistas, clientes dos estabelecimentos, seguranças etc.

      Até bombeiros, equipas de ambulâncias e policias são vitimas deste tipo de violência quando entram em certos bairros.

      Então o que se passou foi o costume.

      Ao ser-lhes recusada a venda de bebidas alcoólicas, devido ás leis de controlo da pandemia, eles fizeram…o costume.

      Começam por acusar de racistas e depois agridem o “desobediente” que não obedece à leis dos gangs, que pelo visto está acima das leis da república.

      No caso o gangs eram uns 6 ou 7 e só estavam presentes dois policias – sendo que em muitos destes casos estes gangsters costumam andar armados de arma branca ou até de fogo.

      Como se viu, os policias tentaram falar com eles e mesmo assim num frenesim homicida tentaram atropelar e agredir os empregados e clientes do restaurante à frente de toda a gente, incluindo da policia.

      Numa situação destas obviamente que para intervir os policias só podiam usar a força.

      Sendo dois e os outros 6 ou 7 e possivelmente armados, obviamente que os policias teriam de usar as armas para impedir a tentativa de atropelamento coletivo.

      Ora e aqui entra a esquerda, se os policias usassem as armas, até um simple bastão, seriam imediatamente acusados de racismo por todos os partidos de esquerda, o SOS racismo, os jornalistas, incluindo o Dani. Teríamos a Mortágua a passar o video com o policia a disparar como “prova”que a policia “está infiltrada pelo nazismo” etc etc etc.

      Resumindo, toda a gente sabe porque é que os policias não fizeram nada.

      Deixem-se lá de hipocrisias cínicas como essa de “ir perguntar ao senhor comandante” – que nem sequer lá estava.

      • Nem mais. E isto acontece diariamente pelos nossos subúrbios e localidades do interior.

        Há quem encolha os ombros, resignado. Há quem ache muito bem, bravas atitudes de ação direta em compensação pelo nosso passado colonial (o alentejo pré-25 de abril então era um manancial de brancos privilegiados, basta perguntar aos que trabalhavam à jorna – tenho tantos, tantos casos desses na minha família, eram “colonizadores” sem saberem, coitados…). Há a esquerda caviar da defesa acrítica das minorias (basicamente interessada em angariar votos e a masturbarem-se enamorados pela sua bondade e humanismo – faz lembrar aqueles tipos sensíveis que dão uma de feministas mas que no fundo apenas querem comer as mulheres à bruta).

        E depois há quem sempre tenha votado à esquerda, já com uma certa idade e cada vez com menos a perder, e que considera, cada vez mais, que Portugal (e em sentido mais lato a Europa e a Civilização Ocidental) precisa efetivamente de um choque de direita (no sentido do reforço da autoridade, da segurança, de uma política de imigração mais criteriosa e do mitigar da desresponsabilização e da vitimização permanentes). Incluo-me neste grupo. Acusem-me de racismo e xenofobia, sim, é para o lado que durmo melhor.

        • Caro Bruce.

          É um facto que a esquerda trai os trabalhadores.

          Anda a apoiar bilionários genocidas do MPLA que exploram o povo angolano em regime de quase.escravatura, ou milionários corruptos e ladrões da operação marquês que exploram o povo português.

          Trata abaixo de cão os trabalhadores portugueses que ganham o salário mínimo insultando-os de “fascistas, racistas, machistas, privilegiados e colonialistas” por tudo e por nada.

          Enquanto chora pela “perseguição” que estão a fazer a “vitimas” como o Ricardo Salgado ou a facínoras de gangs de rua que atacam os trabalhadores.

          Mas a direita é outra armadilha.

          Só existe para defender os interesses dos ricos e se puder põe-nos todos a trabalhar à jorna por metade do salário mínimo.

          Basta ver o Ventura.

          Diz que é contra o sistema e que vai limpar a corrupção.

          Mas a profissão dele é ajudar milionários a fugir aos impostos deixando-nos a nós a pagar impostos a dobrar para cobrir a parte deles…

          Mais “sistema” e mais moralmente corrupto é impossível.

          Se bem que vendo a campanha de certa esquerda a favor dos corruptos da operação Marquês, dir-se-ia que não está muito longe dessa esquerda…

          O que se passa é que estamos rodeados de escumalha por TODOS os lados e temos de ter muito cuidado.

          • Eu sei, eu sei, que a direita supostamente são só boas ideias mas que na realidade apenas quer melhorar (ainda mais) a vida dos que “criam riqueza” e castigar todos os outros… mas olhe que este sentimento persistente de orfandade política (de não me sentir defendido, representado, se ser constantemente acusado de causar todos os males do mundo) também já chateia!

            Enfim…

  3. Digo mais: num exercício meramente académico, se todos os cidadãos de origem africana/sul-americana/cigana se juntassem, meramente munidos de telemóveis para fazer lives nas redes sociais, e decidissem tomar o poder em Portugal seria porventura a revolução mais rápida e pacífica de todos os tempos – nem a gnr, nem a psp, nem as forças armadas lhes fariam frente (por recearem ficar mal na fotografia, por serem racistas – o pior crime de todos, nem sei como ainda não se trouxe de volta a pena de morte só para estes casos, em julgamentos sumários no facebook e instagram…). Imaginem só: Sr. Primeiro Ministro e Supremo Líder, Mamadu Ba 😂.

  4. Boa análise do Carlos Esperança.
    A este propósito, apenas me permito comentar que há um ditado político usado e abusado que diz “O poder desgasta”.
    Giulio Andreoti, um político italiano da Primeira República, líder da Democracia Cristã que governou a Itália durante mais de 40 anos, mudando de aliados conforme a sua conveniência, mas sempre excluindo, o segundo partido do país, o Partido Comunista Italiano, referindo-se a este último, acrescentou-lhe um novo postulado: “O poder desgasta … a quem não o tem”.
    Ao longo da história das democracias ocidentais houve situações em que o poder desgastou quem o tinha, assim como quem o não tinha.
    Portugal, a avaliar pelo actual panorama político e pelas sondagens, é hoje provavelmente o único país em que o poder está a desgastar quer quem governa (Costa e o PS) quer quem faz oposição (Rio e o PSD).
    Como sempre, tínhamos de ser diferentes!

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