(Carlos Esperança, 12/07/2021)

Surpreendeu a condenação unânime da imprensa europeia e americana do ex-presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, como se a reforma de 24.000 € mensais o obrigasse a renunciar ao que apenas a ética exige.
A nomeação do presidente não executivo da filial de Londres do banco Goldman Sachs foi transparente na atribuição de funções. Apenas exige um mero tráfico de influências, para acautelar os interesses do banco, na sequência do Brexit.
Durão Barroso é o mais alemão dos portugueses e o mais americano dos europeus. Está no lugar que o percurso justifica. Entrou na idade adulta a roubar mobílias da FDL para a sede do MRPP, sendo obrigado pelo ‘grande educador da classe operária’, Arnaldo de Matos, a devolvê-las, e acaba empregado do banco que usa processos ínvios e exonerou a ética no vampirismo com que parasita os países mais vulneráveis.
O genro de um almirante da ditadura, que passou diretamente do MRPP para o PSD, teve no compadre Martins da Cruz, embaixador bem relacionado nos serviços secretos europeus, apoio para se livrar do Governo, em decomposição, preparando a fuga para a presidência da CE, enquanto jurava defender a candidatura de António Vitorino. Depois do episódio da quinta da Falagueira, protagonizado em Portugal, como PM, as férias no iate de um magnata grego foram a confirmação do seu carácter venal.
A segurança pessoal, como presidente da CE, foi, por sua expressa vontade, assegurada por portugueses, um comissário, um subchefe e três agentes principais, o que transferiu para o governo português o pagamento dos encargos da Comissão Europeia.
Gorada a ambição de ser PR, como se estivesse esquecida a cumplicidade na invasão do Iraque, dedicou-se em exclusivo ao tráfico de influências. Não há, ao contrário do que é dito, qualquer conflito de interesses, pois nunca defendeu outros. Só surpreende que o Goldman Sachs o não tenha aproveitado para Pequim, dado o passado maoísta, mas não são de desprezar as antigas cumplicidades para futuras necessidades.
O único problema que subsiste é a função do filho, no Banco de Portugal, onde entrou sem concurso, e a possibilidade de ter aí uma antena contra os interesses do país de que se serviu e serve.
Durão Barroso é um filho cuja mãe é hábito insultar-se sem se conhecer.
Êste sim,o sumo da vida dum político de carreira,que deixou Portugal de tanga e partiu para Bruxelas para se servir numa mêsa farta mas,donde saiu pela porta pequêna pois,no caso de não saír cômo saiu,saíria com um pontapé no traseiro…Há mais mas,êste,por têr chegado onde chegou,representa bem a direita mais hipócrita e gulosa da era do cavaquismo ….,
De facto, este é um bom exemplo da escumalha que é a direita.
Sempre prontos a vender a pátria aos interesses dos grandes empresários.
Infelizmente a imagem da esquerda também não fica melhor com o espetáculo nauseabundo de ver o PCP a lamber as botas aos multimilionários do MPLA que há 40 anos exploram o povo angolano.
E ainda por cima o PCP culpabiliza e insulta o povo português de racista pelas dificuldades dos imigrantes angolanos, obrigados a vir para cá em condições precárias. Muitas vezes sem mesmo saber ler ou escrever porque em Angola além de não haver dinheiro para salários decentes e hospitais, também não há para escolas porque o dinheiro foi todo para offshores dos ditadores amiguinhos do PCP.
Os amigos do PC roubam o povo angolano e depois a culpa as dificuldades do povo angolano é do trabalhador português que ganha à volta do salário mínimo – por os imigrantes terem salários à volta do salário mínimo.
Esquerda e direita venha o diabo e escolha que estes gajos até nos arrancam a pele.
O PCP sempre apoiou o desejo de independência de Angola e esta, livre e independente,luta pela vida !
Retornados rancorosos tem outro ponto de vista …
Caro chevrolet.
A independência de Angola foi dada e festejada pelo povo português que tu agora insultas de racista. Inclusive por mim.
Mas sim, se o povo português soubesse que vocês iam instalar uma ditadura facho-esquerdista para roubar o povo angolano durante 40 anos se calhar não tinha festejado tanto.
De qualquer maneira a forma como vocês defendem ditadores multi-milionários exploradores, capitalistas e sanguinários faz cair a vossa máscara de amiguinhos do povo e representantes da classe operária.
A única diferença entre o Pinochet vocês é o estilo dos uniformes.
Espero que a famiglia Eduardo dos Santos ao menos te tenha dado um daqueles relógios de 40 000 dólares que eles costumam usar, pela triste figura de lacaio de capitalistas que andas a fazer.