O nojo

(Carlos Matos Gomes, 16/05/2021)

Estive a ver e ouvir, enojado, a explicação da carnificina em Gaza por Paulo Portas na figura de moço de recados de Netanyahu, enquanto carniceiro gordo.

Os palestinianos do gueto de Gaza (os judeus deviam saber o que é um gueto) afinal são terroristas do Hamas. Os sionistas do governo de Netanyahu deviam ter respeito pelos judeus que resistiram aos nazis nos guetos de Praga e de Varsóvia, eles foram o que o Hamas é hoje.

Mas vergonha não é material que faça parte do caráter dos atuais nazis. Depois, no seu papel de puxa-saco (a feliz expressão dos brasileiros para estes seres sem coluna dorsal), Portas apresenta o Hamas como equipado com o arsenal do Irão, da Síria, do Iraque… uma ameaça de que os israelitas têm de se defender, arrasando Gaza e as populações civis, que Portas, o piedoso, o vidente que viu armas de destruição total no Iraque, mostradas pelo amigo Rumsfeld, jamais refere.

Uma figura perdida de figurante ouve e abana a cabeça… A Mossad e os nazis do governo de Israel têm em Portas um tipo para todo o serviço…

Acredito que lhe vão pagar a próxima candidatura à Presidência da República ou arranjar um penacho numa das suas filiais…


Gosta da Estátua de Sal? Click aqui.

3 pensamentos sobre “O nojo

  1. Estas tretas da esquerda são incríveis.

    A URSS apoiou a criação do estado de Israel.

    Ponto.

    Depois por questões circunstanciais deixou de apoiar. E a esquerda continua a fazer piruetas acrobáticas para acompanhar a salitante linha politica circunstancial de uma URSS que não existe há 30 anos…

    Particularmente nauseante é esta constante comparaçâo do sionismo (que a URSS já apoiou) com o nazismo.

    Segundo estes tretas Israel está há 70 anos a praticar genocidio contra o povo palestino.

    É caso para dizer que as FDI e o Mossad são o cumulo da incompetência visto que o povo palestiniano está em plena explosão demográfica ultrapassando em muito a demografia dos judeus dentro do próprio Israel.

    É o genocidio mais estranho da história, este que faz crescer em vez de diminuir as populações genocidadas.

    Se a aldrabice matasse o Gomes estaria neste momento fulminado no chão.

  2. Excelente o comentário do Coronel Matos Gomes (“nojo” é o título perfeito) sobre o Portas.
    O problema é que Israel pratica relativamente aos palestinianos um novo “apartheid”.
    O “apartheid sul-africano” foi um sistema de segregação forçada baseada na raça e na religião, praticada por um grupo autoproclamado e exclusivo (os boers calvinistas) para consolidar uma conquista colonial e para manter e estender seu domínio sobre uma terra e os seus recursos naturais.
    Hoje, nos territórios palestinianos ocupados, Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, o que temos é também um sistema de segregação (um novo apartheid) fundamentado igualmente na raça e na religião praticado da mesma forma por um grupo autoproclamado e eliminatório (Estado sionista) para consolidar uma conquista neocolonial (a partição em 1947, sob a égide das Nações Unidas, da Palestina num Estado judeu, num Estado árabe e numa administração directa das Nações Unidas sob Jerusalém), visando manter e estender, do mesmo modo, o seu domínio sobre uma terra e os seus recursos naturais.
    Diferenças, se elas existem, são que no “apartheid sul-africano” havia passes para os negros acederem às zonas dos brancos, mas não havia muros, enquanto no “apartheid israelista”, coexistem passes e muros para impedir os palestinianos de acederem aos territórios que sempre lhes pertenceram.

Deixar uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.