Por quem os joacinos dobram

(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 01/02/2020)

Miguel Sousa Tavares

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Os joacinos dobram por uma esquerda dogmática e intelectualmente arrogante, que se imagina dona da verdade, da moral e da ordem justa de todas as coisas. Os joacinos dobram por uma esquerda refém e aterrorizada pelas modas do tempo, incapaz de reflectir para além delas e pronta a fazer tábua rasa de tudo o que aconteceu antes delas. Uma esquerda doutrinária e doutrinadora, que, sendo hoje maioritária em Portugal, desperdiça cegamente a oportunidade para encontrar os caminhos que separam a nova geração da política e da cultura democrática, empurrando-a irresponsavelmente para o amparo da extrema-direita antidemocrática. Uma esquerda que acredita que a demagogia se combate com mais demagogia e o populismo se vence dando ao povo tudo aquilo que o povo quer. Uma luta condenada ao insucesso, sempre atrás do tempo, atrás do prejuízo, no terreno onde o adversário está mais à vontade. E com as armas dele.

Nunca isto me pareceu tão claro como nestes dias em que todo o establishment da esquerda saiu em defesa da deputada Joacine Katar contra o deputado André Ventura. Mas, antes de ir à questão, um breve resumo sobre a deputada: logo na noite das eleições, na TVI, e logo após elas, aqui, disse que, ou muito me enganava, ou Joacine Katar ia espalhar-se ao comprido na primeira curva e em todas as outras, de tal maneira era evidente a oca vaidade e ânsia de protagonismo de quem se proclamava “negra, feminista radical e gaga” — como se tudo isso fosse um programa político e não apenas uma agenda sobre si própria. Desde o início, o seu objectivo era manter sob coacção, ou mesmo aterrorizados, todos os que ousassem fazer-lhe frente: quem a contestasse ou era racista, ou machista, ou contra os portadores de deficiência. E nisso se esgotava o seu programa político, que, como ela própria viria a esclarecer depois, nem sequer devia nada ao programa do partido pelo qual se elegera. Os votos, o lugar, a subvenção, o programa, tudo lhe pertencia e em exclusivo. Para sua salvação, restava-lhe provar que tinha ao menos alguma competência para a função. Mas, como todos já percebemos sem necessidade de mais provas, a deputada Joacine Katar Moreira é apenas negra, feminista radical e gaga. De resto, é absolutamente impreparada como deputada, incompetente para o trabalho parlamentar e pateticamente errática e primária ao nível das ideias políticas.

Veio ela agora — e por iniciativa própria, sem que nenhum dos supostos interessados tivesse abordado o assunto — levantar a questão da “devolução do património das ex-colónias portuguesas às suas comunidades de origem”. E isto em sede do debate sobre o Orçamento do Estado, o que é, sem dúvida, mais uma originalidade parlamentar da deputada. Sobre isto, começo por dizer que, para mim, Joacine Katar Moreira é tão portuguesa como eu próprio, nem mais nem menos. Essa noção difusa daquilo a que hoje chamamos pátria, se alguma coisa é, é o lugar onde vivemos, onde está a nossa casa, onde temos reconhecidos os nosso direitos e cumprimos os nossos deveres de cidadãos. E gosto de viver num país onde cada vez mais é diversa a origem dos seus nacionais — desde que aqui eles se assumam como portugueses, que é a contrapartida de serem reconhecidos como portugueses. Em segundo lugar, também acho inteiramente legítimo que alguém com dupla nacionalidade ou com nacionalidade portuguesa mas originário de um outro país, como Joacine Katar, preste uma particular atenção, inclusive como deputada, ao seu país de origem. O que já não acho tão justificável é que seja mais exigente com o seu país de acolhimento do que com o seu país de origem. Joacine Katar é originária da Guiné-Bissau, que se transformou num narco-Estado, minado por guerras civis sem fim, golpes de Estado sucessivos e uma cleptocracia governante que tem roubado o país e o povo para se locupletar a si própria. Ela, que agora está preocupada com as eventuais riquezas que roubámos ao seu país de origem, alguma vez se pronunciou sobre isto? E o mesmo em relação às outras ex-colónias portuguesas, com cujo património desviado agora se preocupa e as quais, com a notável excepção de Cabo Verde, seguiram todas idêntico caminho de serem roubadas pelos seus próprios dirigentes? Quando foi, por exemplo, que Joacine Katar levantou a voz para denunciar o continuado roubo de Angola pela cleptocracia de José Eduardo dos Santos? É que, por mais que ela vasculhe os museus e institutos do país, facilmente chegará à conclusão de que, em matéria de riquezas roubadas, o que os portugueses terão roubado em 500 anos de colonização é uma ridícula parte comparado com o que os dirigentes dessas colónias roubaram aos seus próprios povos em menos de 50 anos de independências.

E nem sequer entro na discussão de comparar o que trouxemos com o que deixámos, porque seria absurda: basta ir lá ver. Nós não pilhámos um Parténon, como os ingleses, nem saqueámos o Egipto, como a expedição de Napoleão Bonaparte. Mesmo países cujo passado colonial é praticamente inexistente têm um acervo de obras de arte trazidas de África, América do Sul e Oriente incomparavelmente superior ao que nós temos. A verdade inconvenien­te é esta: nós não temos praticamente nada. Porque não havia nada a que se pudesse chamar arte para trazer e porque, ao contrário de quase todos os outros, fomos para ficar e não para pilhar e voltar. Joacine devia aprender mais sobre a história de Portugal.

O que os portugueses terão roubado em 500 anos de colonização é uma ridícula parte comparada com o que os dirigentes dessas colónias roubaram aos seus próprios povos em menos de 50 anos de independências

Pior que tudo, para mim, é quando na sua proposta a deputada escreve que a comissão que iria fazer o levantamento das “obras de arte” a devolver deveria ser integrada por membros “anti-racistas”. O que é isso de um membro anti-racista? Quem é que está habilitado a passar certidões de anti-racismo? É a deputada Joacine Katar, é o dirigente da SOS Racismo, Mammadou-Ba, que declarava aqui há semanas que nenhum branco pode ser verdadeiramente anti-racista pelo simples facto de ser branco (da mesma forma, presumo, que nenhum heterossexual pode ser verdadeiramente anti-homofóbico pelo simples facto de ser heterossexual e nenhum homem pode ser contra a violência de género por ser homem)? É neste clima de intimidação, de autêntico terrorismo racial, neste ambiente em que a gritaria arrogante de minorias sobrepostas impede um consenso alargado e democrático sobre aquilo que nos deveria unir enquanto nação que a extrema-direita faz e fará o seu caminho, oferecendo-se como única alternativa nacional e consensual.

Nestes dias que passaram, ao ver toda a esquerda diligentemente alinhada cavalgar esta querela e sem pensar lançar-se no tiro ao boneco sobre André Ventura, não tenho dúvida de que fez mais pela sua popularidade do que ele próprio conseguiria se o deixassem em paz. Não aprenderam nada com a desastrada bravata de Ferro Rodrigues e voltaram à carga — para obter o mesmo resultado. Na TV, e como era de prever, André Ventura desfez em pedaços a argumentação de Ricardo Sá Fernandes, deixando-o a balbuciar que a devolução das imaginárias obras de arte às ex-colónias se inseria nas nossas melhores tradições de “multiculturalismo e intercâmbio”, enquanto Ventura avisava o povo de que a seguir nos vão exigir que paguemos uma indemnização pela escravatura e pelos 500 anos de colonialismo. Adivinhem de que lado terá ficado o povo…

2Outro assunto, mas não muito diverso deste… Na TV também José Miguel Júdice, figura de proa (agora retirado) da PLMJ, a socie­dade de advogados no olho do furacão Isabel dos Santos, não podia ter sido mais claro: mexam nisso, mexam, mas está lá toda a gente — Marcelo, Costa, governador, procuradoria, bancos, Sonae, Amorim. Enfim, todo o regime. Júdice tem razão, e é por isso que eu digo que Rui Pinto é um preso político.

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia


35 pensamentos sobre “Por quem os joacinos dobram

  1. > Uma esquerda que acredita que a demagogia se combate com mais demagogia e o populismo se vence dando ao povo tudo aquilo que o povo quer.

    O Miguelito prefere a direita que combate dando ao povo nada daquilo que é dele. Os franceses chamavam-lhe um figo, mas os portugueses preferem ser pobres e honrados – na obediência e no roubo “legítimo”, só se for.

  2. Vá, senhoras e raparigos, politicamente mas cultivem-se!

    1. em 7:33 PM · 26 de jan de 2020

    Em resposta a @XXXXXXXXXXX
    Nota. Pois, o CDS matarruano chegou à cidade. Isto consola o Adolfo e o João Almeida, de alguma maneira.

    2. em 1.7:42 PM · 31 de jan de 2020·

    Statement.

    Nota. Depois do CDSPP-, com o Chicão e o Abel, hoje o Livre matarruano chegou à cidade da vida política portuguesa.

    Pedro Mendonça, #Santarém
    Ana Raposo Marques, #Setúbal

  3. “Joacine Katar é originária da Guiné-Bissau, que se transformou num narco-Estado, minado por guerras civis sem fim, golpes de Estado sucessivos e uma cleptocracia governante que tem roubado o país e o povo para se locupletar a si própria. Ela, que agora está preocupada com as eventuais riquezas que roubámos ao seu país de origem, alguma vez se pronunciou sobre isto? E o mesmo em relação às outras ex-colónias portuguesas, com cujo património desviado agora se preocupa e as quais, com a notável excepção de Cabo Verde, seguiram todas idêntico caminho de serem roubadas pelos seus próprios dirigentes? Quando foi, por exemplo, que Joacine Katar levantou a voz para denunciar o continuado roubo de Angola pela cleptocracia de José Eduardo dos Santos? É que, por mais que ela vasculhe os museus e institutos do país, facilmente chegará à conclusão de que, em matéria de riquezas roubadas, o que os portugueses terão roubado em 500 anos de colonização é uma ridícula parte comparado com o que os dirigentes dessas colónias roubaram aos seus próprios povos em menos de 50 anos de independências”.(M.S.T.))

    Nem sempre estou de acordo com o que Miguel Sousa Tavares escreve !

    Mas esta, é uma da vezes em que estou…

    Logo de início, Joacine, com o seu exibicionismo bacoco e sem freio, começou por, estúpidamente, desperdiçar o capital de simpatia que muitos portugueses (eu incluído…) lhe deram. Muitos dos quais, como eu, não serão apoiantes ou simpatizantes do “Livre” !

    Desde o assessor de saias, ao GNR a quem “pediu protecção” para a acompanhar ao hemiciclo, à ridícula “proibição” da publicação de uma foto de grupo, onde figurava por vontade própria, até às atitudes de racismo contra brancos, tudo acompanhado por uma patente falta de preparação cívica e política, até à pesporrência pacóvia do “veni, vidi, vici” à revelia do partido pelo qual foi, democráticamente, eleita, logo se percebeu o clamoroso erro de “casting” que protagonizou !

    Portanto, Joacine depressa ficou a saber que, para fantochadas na Assembleia da República, já lá está um fantoche…e “chega” !

  4. Não há nada de especial de arte das ex-colónias nos nossos museus e se devolvessem tudo o público não dava por nada nem sentia a falta.

    Esta é a razão pela qual nunca passou pela cabeça aos deputados das ex-colónias pedir nada de volta.

    A esquerda está farta de saber isto mas o que está em causa não é a devolução em si daquelas insignificâncias mas de uma provocação contra o povo português.

    A esquerda está resolvida a provocar mal estar social e desconfiança entre as vária comunidades nacionais.

    Como tal vai levantar todos os dias “não assuntos” destes e promover a herói qualquer criminoso preso pela policia que não seja branco.

    É uma estratégia criminosa de difusão do ódio racial – dividir para reinar.

    A estupidez está em que a longo prazo a esquerda é quem vai sair a perder, como podemos ver com as eleições de Trump e Bolsonaro.

    Mas fanáticos racistas de todas as cores e correntes políticas são por definição perfeitos idotas e não percebem o básico.

    • Nota. Um conselho para o Pedrinho, de amigo. Tanta azáfama dá disparate: é preciso conhecer o panorama museológico português, antes de tudo. Etnonologia, Coimbra, SGL, etc., são coisas diferentes do MNAA, Sertalves ou do Museu do Chiado.

      #escolinha

      • Adenda. Ó Pedrinho, pensa nisto e diz ali ai burro do Pernalta que a devolução de património museológico de origem colonial (ou seja, de violência colonial porque as peças mais preciosas, digamos assim, estão ligadas a rituais, que folcloricamente os portugueses chamavam “de feitiço”, e possuem assim um poder, palavra tipicamente africana!, sublinho, um poder imanente para quem as utiliza, ou as comunidades que as utilizavam, que nada tem a ver com a sua exibição numa vitrine, expostas, ou estando perdidas nas reservas de um museu). Este é um debate tipicamente europeu, de países colonizadores quase todos, e que tem, pelo menos, 3 ou 4, 5 anos ou mais e que obriga os museus a contextualizarem de novo (as legendas são importantes!), a repensarem as suas eventuais colecções. E que, para além de todas as outras (a cultural, a museológica, a anropológica, etc.), também têm uma dimensão primordialmente política e institucional nas relações entre estados independentes no tempo presente… e no seu carácter urgente (e, também, de confronto com o seu passado comum, naqueles curtíssimo período, embora intenso!, que é quando se podem contar os anos do frágil colonialismo português). O MST, que li na diagonal, atirou-se para fora de pé.

        E tchau, fui.

        • Por mim devolviam aqueles tarecos todos já hoje.

          A questão é que isto não é questão nenhuma. A razão porque nunca houve debate é porque nunca passou pela cabeça das ex-colónias pedir-nos nada.

          De tão preocupados que estão com o assunto, os governantes e intelectuais das ex-colónias ficaram mudos de preocupação perante tão grave causa. Durante 40 anos…

          Não, a vossa agenda é outra e chama-se criar tensão e desconfiança entre as pessoas das várias raças que compõem o país.

          Hoje é isto, amanhã vão estar a tentar destruir a vida a algum pica bilhetes que no eléctrico tenha o desplante de exigir o bilhete a algum passageiro negro ou cigano, ou quiçá ao desgraçado de um caixa de supermercado que exija o pagamento das compras.

          Criar artificialmente “casos mediáticos”, todos os dias, para criar tensão racial é o vosso jogo.

          • Pois, alma de galego do Chiado, ou de burro de carga, não te falta como se percebe. Experimenta a construção civil, carregar baldes de cimento..

            • O que terá essa sua tirada a ver com seja o que for…

              Mas sim, se quiser até carrego aquelas tralhas e deixo-as á porta da embaixada da Guiné.

              Só para vos tirar mais um pretexto de provocação contra o povo português.

              Assim como assim, provavelmente tudo aquilo já teria desaparecido, vendido numa feira ou até no lixo, não fosse ter sido preservado nos nossos museus.

              E é esquisito estarmos a gastar dinheiro para preservar a cultura de outros povos para em troca sermos acusados de os estarmos a perseguir.

              • Ainda aí andas a morder as canelas dos senhores? Nós quem, pá? Um da tua raça, da tua espécie?, com o teu fino recorte literário ao serviço de uma subtileza de raciocínio e inteligência em barda, o Ael, demitiu-se entretanto. É do caraças: o único comentário de um leitor do P. pergunta se ele vai em peregrinação ao túmulo do Salazar em Santa Comba Dão…

                CDS-PP

                Abel Matos Santos demite-se da direcção do CDS

                Fundador da Tendência Esperança em Movimento tem estado debaixo de fogo por textos antigos em que elogiou a PIDE e Salazar e chamou “agiota de judeus” a Aristides Sousa Mendes.

                Sofia Rodrigues 4 de Fevereiro de 2020, 19:07

      • Sim, multidões de portugueses acotovelam-se á porta dos museus de etnologia para admirarem extasiados as montanhas de sumptuosos tesouros artísticos trazidos das colónias.

        O espólio de Tutankamon empalidece perante tanta opulência.

        A seguir você vão inventar o quê para provocar o povo português?

        Já pegam com a bandeira, com o hino, com a forças de segurança. com os tribunais, com os trabalhadores dos transportes que têm o desplante de pedir a pessoas de cor que lhes mostrem o titulo de transporte como fazem aos passageiros brancos.

        O que vem a seguir para criar tensão racial?

        Exigir que os brancos usem estrelas brancas cozidas na roupa como sinal de humilhação?

          • Estou a ver que acertei.

            Estavas então a dizer que todos aqueles povos têm estado preocupadíssimos com as cauwiradas que temos nos museus, porque sem quilo não podem fazer os seus rituais.

            O feitiço daquelas peças deve ser mesmo grande, porque até lhe comeu a língua e nunca pediram nada daquilo de volta.

            Se calhar alguns até gostavam que a sua cultura fosse conservada e admirada por outros países.

            Até vocês se porem a inventar.

            Por falar nisso, já reparaste que os empregados dos museus também pedem os bilhetes a pessoas de raça negra?

            É todo um novo campo de racismo para vocês explorarem.

            Podem mandar um activista morder em algum desgraçado e depois fazem uma manif contra o racismo.

  5. Pedro

    “A esquerda está resolvida a provocar mal estar social e desconfiança entre as vária comunidades nacionais.

    Como tal vai levantar todos os dias “não assuntos” destes e promover a herói qualquer criminoso preso pela policia que não seja branco.

    É uma estratégia criminosa de difusão do ódio racial – dividir para reinar”.(Pedro dixit)

    PARECE-ME que essa estratégia criminosa (e nisto estamos de acordo !) é protagonizada pelo ventura e não pela Esquerda !

    Quanto à ideia demagógica e extemporânea da devolução das peças museológicas aos países de origem, foi uma ideia, essa sim completamente idiota da D. Joacine, (que, de Esquerda, não tem nada…), ela própria com demasiados “laivos” de racismo” aliás bem identificados pelo MST.

    “Acusar” a Esquerda de “provocar mal-estar e desconfiança entre as várias comunidades nacionais” ? Não será esse mal-estar social, que está SEMPRE e sistemáticamente presente na estratégia, essa sim, criminosa, do “discurso” mentiroso, provocador e demagógico do ventura, quando ataca as comunidades negra e cigana ?

    Assobiar para o lado, manter o silêncio e deixar o fantoche “em paz” e sem freio ?

    Como mero exemplo (repito, como mero exemplo !) não de minha autoria e, aliás, já citado por outros:- Porque é que o ventura, não advoga “a devolução” de Assunção Cristas (ou de outros políticos), à “sua” África de origem ?

    Porque, além de ser um fantoche, é um fantoche cobarde e oportunista !

    • – Eu por mim não tenho nada contra a devolução das peças e empacotava tudo já hoje.

      A questão é que as ex-colónias não nos pediram nada e que a esquerda não pára de inventar “casos” da treta uns a seguir aos outros para criar tensão racial.

      A seguir a isto vai ser outra fantochada qualquer, eles não param de criar “casos”.

      Hoje querem esvaziar os nossos museus de etnologia, queimar a bandeira nacional e bater nos trabalhadores dos transportes que exijam que os passageiros negros paguem o passe como se fossem brancos..

      Amanda estão a inventar outra parvoíce qualquer.

      O principal para eles é criar tensão que crie divisão e ódio entre as pessoas.

      – O Ventura está apenas a cavalgar na crista da onda da tensão racial criada pela esquerda.

      A esquerda faz isto muito antes dele e ele é um menino ao pé deles – embora possa vir a ser o principal beneficiário.

      Ainda me lembro de nos anos 90 o pessoal do PSR e do SOS a fazer propaganda a favor de uma família mafiosa de traficantes de droga ciganos que andava a aterrorizar a população de uma localidade.

      O Ventura alimenta-se da revolta que estes “casos” da treta criados pela esquerda começam a provocar na população.

      Eu nem acredito que o gajo seja racista, ele não é igual aos do NOS.

      Mas percebeu que a tensão racial criada pela esquerda pode ser um óptimo trampolim para um dia chegar a PM.

      E aó podem estar descansados, que ele não vai criar nenhum Auschwitz para perseguir os pretos.

      Vai é fod…nos a todos, pretos e brancos, com a continuação da aplicação do programa social do Passos.

      • Pedro

        “O Ventura alimenta-se da revolta que estes “casos” da treta criados pela esquerda começam a provocar na população.

        Eu nem acredito que o gajo seja racista, ele não é igual aos do NOS.

        Mas percebeu que a tensão racial criada pela esquerda pode ser um óptimo trampolim para um dia chegar a PM.

        E aó podem estar descansados, que ele não vai criar nenhum Auschwitz para perseguir os pretos.

        Vai é fod…nos a todos, pretos e brancos, com a continuação da aplicação do programa social do Passos”.

        Parece-me que há uma grande confusão na sua análise…mas é um direito seu !

        Não acredita que o ventura seja racista, nem que vai criar um Auschwitz “para perseguir pretos”, e “vai fod…a todos com a aplicação do programa social do passos…”

        É certo que “o programa do passos” :1.º- Não fod…TODOS ! 2.º- Só fod…a classe média, os pobres e…os mais pobres dos pobres ! -3.º- Os ricos e os muitos ricos, é que não foram fod…pelo passos ! O número de grandes fortunas até aumentou ! E 4.º- O ventura, não tem qualquer “programa” ! Nem dele, do passos ou de outro biltre qualquer…

        É um canalha manipulador, mentiroso e provocador…e chega ! E por isso é que é perigoso. Mas não por culpa da Esquerda ! Porque “os casos” de que se “alimenta, é fácil perceber qual a sua proveniência, que incluem bem organizadas centrais de notícias falsas e de intoxicação popular.

        Mas, já dizia Millôr Fernandes, “livre pensar é SÓ pensar”…

        • O programa do Passos é evidentemente fod… os pobres e a classe média em proveito das classes altas.

          Não pensei que precisasse de explicar.

          O Ventura era o queridinho do Passos e os seus “ideais” são só esses.

          Quanto a centrais de noticias falsas, é pena que só consiga ver as da direita, que a esquerda está cheia delas.

          Quando se começa a comparar a policia e os trabalhadores dos transportes a uma espécie de SS bota fake nisso.

          Mas já vi que pertence a um clube e a culpa é sempre do arbitro.

          • Pedro

            “Não pertenço” a nenhum “clube” se, no sentido de, “pertencer”, fôr estar inscrito e pagar quotas, estar integrado numa comissão, etc….Sou apenas apoiante e simpatizante, o que me dá uma saborosa liberdade de não estar obrigado à disciplina “clubística” (leia-se, partidária) e, assim, poder estar a favor ou contra, e dizê-lo sem qualquer problema ou barreira…

            E acredite que já o tenho feito !

            E nunca me “leu” a “comparar” a polícia e os trabalhadores dos transportes ou quaisquer outros, a “uma espécie de SS”.

            Por uma razão muito simples : A minha “trincheira” é do lado deles, porque sou UM deles !

            E sejamos justos : É público que, onde se encontram as centrais de desinformação, intoxicação e “fake news”, (algumas sediadas fora de Portugal) é na direita e na extrema direita.

            • Olhe, eu quando abri o site do esquerda net e vi a arruaceira que morde se não a deixarem andar à borla promovida a mártir do racismo, por momentos pensei que o Breitbart news tinha virado á esquerda.

              Depois caí em min e vi que é só uma versão de esquerda do Breitbart news.

              O nível fake era o mesmo.

              • Pedro

                Você está mal informado ou confuso !

                A “arruaceira que morde”, NÃO QUER “andar à borla ” nos transportes públicos” ! Ela tinha o “passe” !

                O problema, foi que a filha menor, não tinha com ela o tal “passe” ou, presumo, identificação que provasse a sua menor idade, que lhe permitiria viajar sem pagar bilhete ! E a partir daí, o motorista da Vimeca, “resolveu ter o excesso de zelo” de chamar o polícia !

                O que nunca saberemos, é se o “zeloso funcionário” teria a mesma atitude, se a criança e a mãe, fossem brancas…

                E, quando me “acusou” de considerar a polícia, “uma espécie de SS”, “AGORA”, ´é o Pedro que PARECE estar de acordo com aqueles sete minutos de obsceno, ignóbil espectáculo de violência policial contra uma mulher indefesa, e na presença da sua filha menor…

                • Caro Peralta.

                  Não deve andar muito de transportes públicos.

                  Se andasse saberia que é obrigatório a apresentação do passe ao funcionário.

                  O trabalhador não é obrigado a adivinhar se você o tem em casa ou a confiar em qualquer desconhecido.

                  Mas mesmo que confie NÃO PODE AUTORIZAR.

                  As normas são que se não apresentar título de transporte válido tem de abandonar o veículo e se aparecer um fiscal é até multado. Mesmo que tenha o passe em casa a não apresentação equivale a incumprimento e a ser expulso da viatura e a pagar multa.

                  Estas normas foram escritas para todos, pretos e brancos, até vocês decidirem que só os brancos têm de comprar bilhete.

                  Um familiar meu já foi multado pelos fiscais por se ter esquecido do passe.

                  Essa sua teoria de que os trabalhadores dos transportes selecionam quem paga bilhete pela cor da pele é um insulto e um disparate.

                  A senhora recusou-se a abandonar o veiculo, logo daí a OBRIGAÇÃO do funcionário é chamar a polícia.

                  Mas a dita senhora não ficou por aí, INSULTOU E AMEAÇOU o motorista dizendo que ia reunir um grupo para o espancar, o que veio de facto a acontecer.

                  Mas só as ameaças são CRIME e o motorista só tinha de chamar a policia.

                  Quanto ao espectáculo, obsceno foi uma ARRUACEIRA se ter recusado a identificar á polícia, estando com uma filha menor.

                  Obsceno foi a seguir ter resistido á detenção a que o policia era OBRIGADO a efetuar visto que uma pessoa não só se tinha imposto ao motorista viajando sem bilhete, como o tinha ameaçado, a seguir recusado a identificar-se.

                  Resistiu fazendo wrestling com o policia e mordendo-lhe, o que constitui mais um CRIME DE AGRESSÃO CONTRA A AUTORIDADE.

                  Como se vê no vídeo, o policia em momento algum lhe bateu, sacou com cacete, do mace ou da pistola, limitando-se a tentar manieta-la para lhe por as algemas.

                  Essa senhora é uma CRIMINOSA por tudo isso e por o ter feito á frente de uma criança porque era responsável.

                  Não só devia pagar pela agressão á autoridade e ameaças ao motorista como lhe devia ser retirada a criança porque obviamente não tem estabilidade mental para ser responsável por uma criança.

                  Sei que tudo isto é incompreensível para você, que está formatado no preconceito do “branco mau”.

                  Mas há uma maneira muito fácil.

                  Inverta as cores.

                  Pense que foi uma branca loira de olhos azuis que quis viajar sem passe, ameaçou um motorista preto e mordeu a um polícia também preto.

                  Se fosse esse o caso vocês já estavam aos pulos na rua a gritar contra o racismo que leva uma branca racista a ameaçar e morder trabalhadores e policias pretos.

                • Outra coisa.

                  A “senhora indefesa” tem antecedentes de violência.

                  Entre outras coisas o marido acusa-a de tentativa de homicídio do próprio, com uma faca.

                  Isto é bem conhecido nos media.

                  Você só diz “indefesa” porque é preta.

                  Se fosse loira de olhos azuis a fazer o que a gaja fez com estes antecedentes, você dizia que era uma racista psicopata.

                  Isto é RACISMO caro senhor.

                  • Pedro

                    “Não deve andar muito de transportes públicos”.

                    “Se andasse saberia que é obrigatório a apresentação do passe ao funcionário”.

                    “Pense que foi uma branca loira de olhos azuis que quis viajar sem passe, ameaçou um motorista preto e mordeu a um polícia também preto”.

                    “Se fosse esse o caso vocês já estavam aos pulos na rua a gritar contra o racismo que leva uma branca racista a ameaçar e morder trabalhadores e policias pretos”.

                    “Essa sua teoria de que os trabalhadores dos transportes selecionam quem paga bilhete pela cor da pele é um insulto e um disparate”.

                    Mais uma vez, está enganado a meu respeito !

                    1.º- Ando constantemente em transportes públicos, e vejo como muitas vezes, os negros, (sobretudo jovens) são tratados com desconfiança !

                    2.º- Nunca disse, nem penso que o trabalhadores dos transportes seleccionem quem quer que seja !
                    3.º- Mas há sempre excepções, como também as há na polícia ! E basta uma NÓDOA, para manchar toda uma profissão e/ou uma corporação ou etnia, e metê-las TODAS “no mesmo saco” !

                    4.º- E pelo seu ARREGANHO contra a senhora, a sua “preocupação” com “A LEGALIDADE” do passe de transporte (ela tinha-o, só a filha menor, é que não…), parece-me que VOCÊ, (não sei, nem quero saber se é branco ou preto ) é muito mais racista do que quer que os outros, pensem de si…

                    Passe bem !

                    • Interessante perspectiva.

                      – Portanto para si é completamente indiferente que o trabalhador e o policia tenham apenas cumprido a sua obrigação legal.

                      E ainda manda bocas a quem constata este facto.

                      Por estar preocupado que estejam tentar destruir a vida quem apenas cumpriu as suas funções.

                      Para si quem violou a legalidade é que está bem, eles é que estão mal por cumprirem as suas funções!!!!

                      Lindo!!!

                      – É MENTIRA que as crianças até aos 12 anos viajem de borla sem passe.

                      É OBRIGATÓRIA a apresentação do passe e se não o apresentarem perdem esse direito.

                      Estas são as NORMAS para TODOS cumprirem.

                      A sua teoria de que as normas e os deveres são só para os brancos é RACISMO.

                      – Não foram os trabalhadores nem os policias que inventaram estas normas, mas eles são OBRIGADOS a cumpri-las.

                      Se não as cumprirem estão sujeitos a sanções disciplinares.

                      Você achar que um policia ou um trabalhador são OBRIGADOS A VIOLAR AS NORMAS arriscando sanções apenas porque o prevaricador é de raça negra é RACISMO.

                      – Você não pára com esse trocadilho de que a gaja não queria viajar á borla porque quem estava em falta era a míuda.

                      Ó meu caro senhor, quem tinha de comprar bilhete era a mãe, por isso sim, queria viajar á borla.

                      – Eu é que sou racista porque considerar que as regras são iguais para todos?

                      Ó meu caro senhor, eu também já me esqueci do passe e simplesmente PAGUEI O BILHETE.

                      AQUELA GAJA É MAIS DO QUE EU ?

                      A única nódoa racista aqui é você.

                      – Eu não lhe desejo que passe bem.

                      Desejo que passe aquilo que racistas como você estão a fazer passar ao policia e ao trabalhador apenas por cumprirem as regras sociais e laborais a que todos estamos sujeitos.

                      E para muita mágoa sua estamos mesmo TODOS sujeitos – incluindo a sua nova raça dos senhores que você considera estar acima da lei.

    • – A questão do mandar alguém para outra terra é comumente utilizada na língua portuguesa em muitas situações.

      Eu estou farto de mandar direitistas como a Cristas imigrarem para a porcaria da alemanha, para lamberem as botas aos banqueiros do Deutsch Bank ou para o Burkina Faso, para gozarem as delícias de uma sociedade sem estado social.

      Já o devo ter feito dezenas de vezes.

      Fica esquisito que se for a uma pessoa de cor não possa tratar em pé d igualdade com os brancos porque com pretos é preciso respeitinho e não se pode ser irónico…

      Até parece que é a nova raça superior…

      – A questão aqui é que a esquerda está a tentar vender a imagem totalmente fake que em Portugal e em todo o ocidente os negros são perseguidos o que levanta a perplexidade da restante população perante o fenómeno da imigração em massa de populações negras para os países ocidentais.

      É que, como é óbvio, a pessoas EMIGRAM para fugir dos sitios onde são perseguidas, não IMIGRAM para esses sitios onde são perseguidas.

      Bastava isso para desmontar a narrativa da esquerda como fake e é isso que está a começar a revoltar as pessoas.

      O Ventura é chico esperto, percebeu isso e está a aproveitar.

      A esquerda vai fazer a fortuna do Ventura.

      E quem vai pagar somos nós.

    • – Essa sua pergunta é feita de má fé.

      Obviamente que o Ventura não manda a Cristas para lado nenhum, porque ela está no seu campo ideológico.

      Mas você está farto de saber que direitistas e esquerdistas mandam-se rotineiramente emigrar uns aos outros para os países das respectivas preferências.

      Eu já o fiz a direitistas como a Cristas muitas vezes.

      Não tem nada a ver com raça, mas no caso da Joacine torna-se ainda mais natural visto ela dar a entender que é vitima de grandes perseguições neste país e tendo ela dupla nacionalidade, não se entende porque raio quererá ela viver num país onde alegadamente sofre tanto.

      É que as pessoas fogem DOS países onde são perseguidas, não PARA os países onde são perseguidas.

      Isto é, as que REALMENTE são perseguidas.

      A população está a começar a saturar com as fake news esquerdistas de que o país é uma espécie de IV Reich onde decorrem terríveis perseguições e o Ventura percebeu e está a capitalizar com isso.

      – Quanto a fake news tanto a esquerda como a direita as difundem.

      Aquelas aldrabices esquerdistas de Portugal ser um país racista onde decorrem terríveis perseguições é fake puro ao nível do melhor trumpismo de esquerda.

  6. Para que não me acusem de ser racista:

    Coloco no mesmo prato a Joacine e os inefáveis articulistas e comentadores do Observador: malta que, de tanto se queixar do nosso país (ou porque existe um Apartheid, ou porque estamos numa Venezuela/Cuba/Coreia do Norte), acaba por provocar em mim um desabafo de “epá, não gostam, vão-se embora”. Todos têm possibilidades (nem que sejam materiais) e mundo, para tentar uma vida digna em paragens “melhores”…

    Todos cá continuam.

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