(José Gabriel, 15/02/2020)

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Não, a realidade não existe. Nunca existiu um ministro das finanças sociopata que, de braço dado com o seu 1º ministro corrupto, extinguiu as reduções fiscais a doentes com incapacidades superiores a 80% e com despesas de retaguarda incomportáveis impostas pelas suas doenças, com consequências dramáticas para muitos deles.
Não, nunca uma ex-ministra das finanças sugeriu o fim do pagamento da hemodiálise a doentes com mais de 70 anos, o que motivaria uma espécie de homicídios em cadeia patrocinados pelo Estado.
Não, nunca houve um deputado a defender que o problema do país era a “peste grisalha”, sobre a qual era preciso tomar medidas, nem aconteceu, longe disso, o homem ter sido promovido a cabeça de lista do seu distrito.
Não, nunca houve mortes por um ministério ter adquirido produtos perigosos para os doentes hemodialisados para poupar uns cobres, perante o entusiasmo dos seus colegas de governo e respectivo 1º ministro de então.
Não, nunca houve uma ministra a saudar as vantagens económicas de um vírus eclodido num outro país.
Não, nunca houve um primeiro ministro a contemplar os seus concidadãos mais sofredores com o epíteto de piegas enquanto lhes sugava a vida.
Não, nunca houve companhias a de seguros a determinar soluções terapêuticas mais vantajosas para os seus lucros que para a vida dos doentes.
Não, nunca houve pessoas que não puderam beneficiar de tratamentos sofisticados para doenças potencialmente fatais por não terem condições económicas para manter as necessárias condições – de assepsia, por exemplo – em sua casa.
Não, nunca houve doentes que morreram por não terem recursos financeiros para continuar a viver.
Não, nunca houve na Assembleia da República deputados que defendem o fim puro e simples do SNS ou a sua destruição em favor de terceiros.
Não, não são nem nunca foram pessoas como estas que, com a respectiva bênção eleitoral, nos governaram, governam e continuarão a governar.
Não, a puta da realidade não existe. Podemos continuar a confiar, está tudo bem.
Portugal; 650.000 idosos com mais de 80 anos de idade. 6,5% da população. Se queremos que cheguem ais 95, temos que aumentar os impostos. E muito!
Concorda, José Gabriel?
Acho que sim, vão directamente para a câmara de gás e tá o assunto resolvido.
“Auschwitz a vossa pátria, o forno a vossa casa.”
vidé o artigo sobre o #marega
Muito mordaz e oportuno mas, que pela memória curta ou nenhuma de muitos responsáveis políticos e não só, de nada adiantará chamar o passado recente!
Há muito quem esteja de acordo , se quem ficar sem assistência não seja ele !
Isso apenas quer dizer que estava institucionalizada a lei do mais forte. És mais novo, tens mais força ou mais dinheiro, vais ter tratamentos médicos e outros recursos e viverás mais. Caso contrário morrerás abandonado.
Que retrocesso civilizacional !
Mas pelos vistos houve, quem em vários momentos da nossa vida política, estando no poder, usou dessa política !
Inacreditável.
É bom que os portugueses não esqueçam esses senhores !