O Legado de Abril, sempre

(Estátua de Sal, 24/04/2021 – Republicação de texto de 25/04/2015)

ABRIL

 A história repete-se, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

(MARX, K., in “Dezoito Brumário de Louis Bonaparte”, 1852.)


Passaram 47 anos desde 25 de Abril de 1974.

O País mudou, entre lágrimas, risos, promessas e esperanças.

Éramos menos, muito menos. Éramos pobres, e ainda somos, mas mais pobres. Não havia estradas, quanto menos auto, e os comboios ronceavam por montes e vales. Água, que não dos poços e das fontes, e saneamento para lá da latrina, ainda era um luxo para muitos. Uma côdea de pão e uma sardinha enganava a fome de inúmeros. Partíamos com uma mala de cartão e demandávamos franças e brasis. O campo lavrava-se de suor e o bafo do gado dormia com as almas e aquecia as casas. Os novos saiam da idade das fisgas para a idade da jorna, ou para o óleo das fábricas, os mais hábeis de mãos.

A polícia política tomava conta das heresias.  A Igreja abençoava-nos o desencanto e aplacava-nos o caminho para as bem-aventuranças. O ditador não saía do sítio, nem saía à rua para tomar café, só andava de comboio e nunca passou da fronteira espanhola para lá de Hendaia. Consta que tinha medo de se afastar, indo para longe, receando que o País mudasse, no entretanto.

Os mancebos iam para a tropa, aprender a ser homens. E depois da recruta embarcavam no paquete Vera Cruz a caminho das Áfricas, de onde mandavam aerogramas às namoradas e às madrinhas de guerra. Pelo Natal, até tinham direito a aparecer na televisão, prometendo regressar intactos e escorreitos. Muitos iriam regar com sangue o verde da savana mas naquela altura ainda não sabiam. Nunca se deve saber da morte, porque saber da morte é antecipá-la, e as guerras não se fazem com zombies.

E havia os ricos, que eram poucos. E havia os pobres que eram muitos. Os filhos dos ricos iam para o liceu para serem doutores. Os filhos dos pobres que mais se distinguiam iam para as escolas técnicas para serem serralheiros, electricistas ou guarda-livros. Os liceus eram só nas cidades grandes: a Lisboa do Terreiro do Paço onde estavam as excelências, o Porto do vinho e do comércio ensinado pelos ingleses, e as capitais de distrito. As universidades eram uma espécie de Santíssima Trindade, Lisboa, Porto e Coimbra, com esta à cabeça da vetustez e da tradição. Direito era uma espécie de alfobre de ungidos que segregava ministros, autoridades e reverências.

E havia os analfabetos, que eram muitos. E havia a quarta classe que era quase uma licenciatura, e havia o sétimo ano do liceu que era mais que um mestrado. Letras a mais só traziam desgraça e só tornavam as pessoas infelizes. Orgulhosamente sós, disse ele, o ditador, orgulhosamente incultos, pensou ele, o ditador.

Os jornais escreviam por metáforas e havia leitores especializados em palavras cruzadas que usavam a técnica para descodificar as mensagens censuradas. De vez em quando havia eleições, mas o resultado era conhecido à partida. Era como um jogo de bola sem adversários, onze contra zero, ganhava o guarda-redes.

Alguns resistiam em segredo, mas o segredo era perigoso, mesmo o segredo. A denúncia era um desporto nacional e tomava café com os subversivos. Quando davam por ela estavam em Caxias depois de terem ido tomar chá à António Maria Cardoso, a sede da Polícia dos Bons Costumes, mais conhecida por PIDE. Ainda eram julgados e tudo, porque o ditador não gostava que dissessem que ele não tinha apego às leis e ao Direito, já que Coimbra é uma lição mesmo para os ditadores. Mas de nada lhes valiam as togas e os códigos. Eram sempre condenados, qualquer que fosse a acusação, quaisquer que fossem os advogados. Acresce que, advogado amigo de subversivo, subversivo era,  pelo que os riscos que corria de passar do banco da defesa para o banco dos réus eram certezas.

E a África lá tão longe. Mas a guerra aqui tão perto. Havia os que vinham, sonâmbulos entre dois tiros de espingarda. Outros mutilados, a medalha da Pátria a luzir, a revolta no peito no lugar do coração. E também os que fugiam. A desertar. A desafiar a noite pelos trilhos antigos dos contrabandistas. É Paris. É a Suécia. É a Europa já no horizonte mítico da juventude que não quer morrer. A fugir da asfixia. Da censura. Do ditador. Do Portugal pequeno. Das quatro paredes caiadas no jardim plantado à beira-mar. Da guerra.

Mas eram muito poucos a fugir, muitos mais que eram a morrer. E maior a recusa. E morriam os pobres. E já morriam os ricos e os cultos. Os que tinham lido. E há livros perigosos que são o software das revoluções. E assim se abriu Abril e se gizou a Revolução dos capitães. E assim se terminou a ditadura.

E já foi há quarenta e sete anos. As liberdades cívicas conquistadas sobre o som dos cravos na ponta das espingardas. As utopias a sussurrar na pele dos desesperados de décadas de mudez. A esperança misturada em malgas de canções servidas pelas madrugadas. O povo unido jamais será vencido. Uma crença e uma fé no coração das flores, as mãos dadas entre abraços. “Acordai, acordai homens que dormis a embalar a dor dos silêncios vis”.

Depois o novo organizar. A política. Os políticos. Os partidos. As eleições. A Constituinte. A Constituição. Os militares com um País nas mãos e os sonhos de tantos pendurados nas promessas de Abril. As trincheiras entre a utopia ao longe e o presente ao lado da realidade de um País dividido. A revolução a meio do caminho entre Abril e Novembro. Em Abril, águas mil. Em Novembro põe tudo a secar, pode o Sol não tornar. A prudência da sabedoria ancestral, agrícola e campesina. E ganhou a prudência.

Depois a Europa foi-nos entrando pela porta adentro. Eram mais ricos e confiámos na cartilha que nos deram. Mandaram-nos dinheiro. Plantámos betão pelas lezírias fora. Estradas e estradinhas. Casas, hospitais, escolas e alguma decência mínima para quem nunca tinha visto o mar. Não há mal que sempre dure nem fome que não dê em fartura. Uma ilusão. Desaprendemos a pesca, traímos o mar e esquecemos o cheiro das laranjas e da terra húmida. A política. Os partidos. Os dinheiros da Europa. Quem dá e reparte fica com a melhor parte. As clientelas. A democracia refém da governabilidade. Da governação em arco, arco sem flecha.

O Euro. Governo sem moeda, não é governo é capataz. Manda quem paga, obedece quem deve. E nós devemos, devemos muito e mais e mais. A dívida. É como as doenças larvares, silenciosas e sem remissão.

Porque é preciso pagar, dizem eles, os capatazes. Vendem-se os anéis, e dizem que não custa nada porque ficam os dedos. Vendem-se os novos, e dizem que não custa nada porque ficam os velhos. Vendem-se as praias e dizem que não custa nada porque ficam as marés. Mas não chega. Teremos que vender as almas, e dirão que não custa nada, porque ficarão as algemas em torno das memórias dos obstinados, os subversivos do novo milénio.

E de novo os subversivos. Os tais que a ditadura, antes de Abril de 1974, amordaçava, prendia e matava mesmo. Eles também existem hoje, os subversivos, outros rostos, outra batalha, outros combates, a mesma guerra.  São os que recusam o País no cimo da falésia a deslizar para o vácuo das profundezas abissais. Recusam que não haja alternativas ao discurso da austeridade, do empobrecimento e do retorno ao passado do miserabilismo, da caridadezinha e da fome envergonhada.

A história repete-se. Durante 48 anos de ditadura também se disse e se bradou que não havia alternativas. Até 25 de Abril de 1974.

Os homens fazem sua própria história, e não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias da sua escolha mas sim sob aquelas com que se defrontam directamente, legadas e transmitidas pelo passado.

O passado não se reescreve, lega-se.

E a fazer fé no legado de Abril, há sempre alternativas. Assim estejamos dispostos a lutar por elas.


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32 pensamentos sobre “O Legado de Abril, sempre

  1. Fiz um pequeno texto, que li na recente assembleia de Freguesia de Alfragide, onde sou vogal.

    Comemorar o 25 de Abril de 1974, para quem já então era adulto e o viveu intensamente, procurando sempre estar bem informado, é passar essa informação aos mais novos para que eles possam entender as causas, as circunstâncias, e as consequências.

    E há tanto que contar, desde a música que ouvimos nessa manhã a seguir ao comunicado do MFA de que tinha havido uma revolução e pedindo à população para ficar em casa, à concentração, à tarde, no Largo do Carmo para a rendição de Marcelo Caetano e a queda do governo.

    Os longos debates na Assembleia Constituinte, com tantos  e deliciosos pormenores, até ao cerco da Assembleia, para que não houvesse Constituição, então dita burguesa.

    O poema de Manuel Alegre – ABRIL DE SIM, ABRIL DE NÃO – é eloquente

    ABRIL DE SIM, ABRIL DE NÃO
    Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
    vi o Abril que foi e o Abril de agora
    eu vi Abril em festa e Abril lamento
    Abril como quem ri como quem chora.
    Eu vi chorar Abril e Abril partir
    vi o Abril de sim e Abril de não
    Abril que já não é Abril por vir
    e como tudo o mais contradição.
    Vi o Abril que ganha e Abril que perde
    Abril que foi Abril e o que não foi
    eu vi Abril de ser e de não ser.
    Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
    Abril de Abril despido (Abril que dói)
    Abril já feito. E ainda por fazer.
     
    Comemorar o 25 de ABRIL é também visitar, e divulgar, a excelente exposição patente no Museu do Aljube e reflectir sobre o Portugal em ditadura, com números
    e factos que nos envergonham.

    Que nunca mais, nenhum português tenha medo que outro português, pago para isso, o denuncie a uma polícia política e o sujeite à prisão e à tortura.

    COMEMORAR, REVIVER, CONTAR. PARA NUNCA ESQUECER!

    • O Aljube, à maneira estalinista, é uma forma de lavar e encher ocas cabeças, pois tudo é apresentado como convém, filtrado. Referem que foi cadeia onde prenderam freiras em 1910, inocentes e apoiantes do povo pobre? Não, pois a repressão e falta de liberdade religiosa durante o maçónico republicanismo é para manter censurado!
      Falam nos crimes cometidos por aqueles que lá estiveram e quem defendiam? Também não, limitando-se a falarem emliberdade, palavra usada pelos seus heróis, caso dos genocidas lenine, Estaline, Hitler ou Mao…, ironicamente TODOS socialistas e ateus…., porque será?

  2. Excelente texto.

    Apenas uma nota quanto à citação de Marx na abertura.

    A maior parte da oposição ao estado novo não era marxista. Basta lembrar Norton de Matos ou Humberto Delgado.

    A maior parte de quem fez Abril também não era marxista.

    Conforme se viu no 25 de Novembro, a maior parte do MFA era contra uma ditadura marxista.

    E a esmagadora maioria do povo também não.

    Conforme se vê em todas as eleições a seguir ao 25 de Abril, os votos dos partidos marxistas todos juntos nunca ultrapassam os 17%.

    Isto já contando com muitos votos “úteis” como o meu, que voto neles por ser a única forma de fazer frente à direita – embora até seja ameaçado de morte por eles em blogs como este quando discordo de alguma coisa desses “grandes democratas”.

    Lembro isto porque os marxistas têm um “dom” para se apropriarem daquilo que foi feito pelos outros.

    Ás vezes quando se fala do 25 de Abril, da oposição ao estado novo ou até do derrube do Czar, até parece que foram os comunistas que fizeram aquilo tudo. E sozinhos pá…

    • HDelgado foi simpatizante do nazismo, admirador de Adolfo Hitler! Acabou morto por gente ligada ao grupo de Argel e ao PCP, dadas as incompatibilidades entre eele e esses grupos.Quando por eles assassinado, já tinha pouco tempo de vida, pois tinha um cancro hepático. Andava com a amante brasileira, pois foi sempre um mulherengo!
      Quem fez o 25Abr, eram uns preguiçosos e invejosos que não queriam ser ultrapassados pelos milicianos.

      • Engraçado e eu ,e não só,a pensar que H.Delgado tinha feito oposição ao estado novo….Parece que foi o único pois os invejosos estavam cheios de cagufa…Reescrever e descridibilizar a história faz-me sentir o cheiro da direita hipócrita….

        • Tenho pena de si, pois é daqueles que não tendo a honestidade intelectual nem a coragem, preferem fabricar a “realidade” que mais lhe convém.
          Se fosse corajoso (a maioria dos portugueses o não é e por isso aceita viver da mentira e da fantasia desde que esta os satisfaça emocionalmente) e instruído, saberia que HDelgado foi um dos jovens tenetes que em 1926 foi a Coimbra pedir ao Estadista para aceitar a pasta das finanças. Se conhecesse a mentalidade militar, saberia que naquele tempo, qualquer militar ficava fascinado com a máquina de guerra que os socialistas alemães tinha construído. Ele foi um deles,além da admiração que tinha por Hitler, pelo regime nazi, que tinha tirado a Alemanha do descalabro em que estave e que ele via em Portugal e por isso, foi um militar do 28 de Maio. O livro que ele escreveu “Do homosapines…” mostra a sua real face, anti-democrática… e por isso está proibido!
          Instrua-se e seja bem educado.

      • Amora de bruegas ou seja lá quem fôr…..O meu pai sempre me ensinou que o papel permite tudo o que quiserem escrever…Respeitar a verdade histórica e aquilo que faz ou melhor tenta e teima em fazer,são coisas distintas…Partindo duma posição benevolente que você pertence a uma direita estúpida e retrógada diga-me por favor se gosta do que vê ao espêlho quandfo se levanta…Não ?.Era só para saber !

        • Caro Rogério.

          O Bruegas nisso está a dizer a verdade.

          Humberto Delgado na juventude foi não só salazarista mas da ala mais radical “fascinante” do estado novo, tendo estado ligado à legião portuguesa, para onde iam os salazaristas mais radicais..

          Mas é um facto que depois se “arrependeu” e embora tenha sido sempre um homem de direita, tornou-se um defensor firme da democracia liberal – literalmente até à morte.

          E é também um facto que foi assassinado pela PIDE, o possível envolvimento de rivais esquerdistas terá sido apenas o seu abandono às mãos da PIDE.

          Ao tentar ilibar a PIDE, obviamente que o Bruegas está a mentir, para esconder que o Estado Novo era um regime assassino.

          Mas isso é normal, fanáticos dos dois lados são mentirosos por natureza.

      • Caro Bruegas.

        – A maior parte dos direitistas do observador (que me bloquearam a caixa de comentários) vieram da extrema esquerda.

        Também o foram o Durão Barroso, o Olavo de Carvalho “filósofo” da nova direita brasileira bolsonarista, os neoconservadores americanos que em grande parte vieram do trotskismo etc.

        As pessoas mudam.

        Humberto delgado começou na extrema direita e até ao fim foi de direita, mas morreu a defender a democracia liberal.

        – E quem o matou já confessou em público e era da PIDE, uma traição da esquerda a Delgado consistiu em entregà-lo à PIDE, o que não iliba a mesma do homicídio propriamente dito.

        – O que tenho eu a ver com quem ele andava ? A direita conservadora preocupa-se muito em andar a cheirar as cuecas dos outros…

        – É verdade que o 25 de Abril começou numa vergonhoso egotismo corporativista dos oficiais do quadro contra os seus camaradas milicianos.

        Mas o regime voltou atrás e esse problema já tinha sido resolvido a favor dos do quadro, pelo que que se fosse essa a razão principal o 25 nunca teria sido concretizado.

      • Nota. Não bastava um, agora são dois os fascistas por aqui… O que dizes sobre o assassinato do Humberto Delgado é com-ple-ta-men-te men-ti-ra, mas, com pena déleco dizer confesso, não me admira que o ó d’A Estátua deixe passar tal branqueamento sem esboçar um leve arregalar da sobrancelha sobre uma das mais detalhadas acções da PIDE. O branqueamento que o move é o do José Sócrates, importa-lhe pouco se assente em reles mentiras. É a bem da Nação, diz.

        🙁

  3. Bertolt Brecht referindo-se à vitória sobre Hitler :

    “Vós homens não vos alegreis, porque muito embora o mundo se tenha levantado e derrotado o miserável, a grande cabra que o pariu está outra vez com o cio…”

    Grandes e proféticas palavras que tão bem se aplicam à realidade de hoje!

    • Caro Bruegas.

      O seu nick parece-me familiar de uma série de caixas de comentários de jornais e blogs direitistas, como o Observador e o Porta da loja.

      Fui bloqueado da maior parte desses sites por ser “comunista” e a maior parte dos comentadores aplaudiu e pediu activamente a minha censura.

      Por acaso você não foi desses ?

      É que se foi, não tem nada de se vir aqui lamuriar porque se tivesse sido mesmo censurado seria apenas o que vocês fazem aos outros.

      PS

      Eu não sou comunista e também costumo ser bloqueado nos blogs de esquerda.

      Aqui ainda não fui, embora a estátua já me tenha ameaçado e vários “defensores da liberdade de expressão” esquerdistas o peçam e até me ameacem de agressão e até morte.

      Ser independente e pensar pela própria cabeça, como eu, é perigoso porque atraio o ódio dos vossos clubinhos de merda todos por não alinhar como carneiro num deles.

      • Sr. Pedro, não sei quem é nem me lembro de alguma vez ter lido escritos seus. Estou de acordo com o que diz, excepto usar o palavrão. Vamos expor os nossos potos de vista sem incorrer em palavras, frases desnecessárias. Boa semana.

        • Então comece o caro Bruegas por não ser mentiroso. que sabe perfeitamente que Humberto Delgado foi assassinado pela sua PIDE.

          Você parece os social fascistas deste blog sempre a aldrabar.

          • Mais uma vez lhe peço para não acusar os outros daquilo que já confirmou ser. Considerar que a PIDE assassinou o filo-nazista HDelgado (ou nem sabia que ele admirou o socialista Hitler?) é mostrar como aceita andar em manada orientada pela esquerda. Sugiro-lhe que leia o livro “Acuso” escrito por um amigo do gen. Coca-cola no qual acusa diversas personalidades da sua morte, mas NÃO a PIDE.
            Seja como for, quem tiver dois palmos de testa, conclui que a PIDE nunca o mataria pois seria um enorme erro no contexto político mundial que se vivia. Ela estava politicamente morto e já tinha pouco tempo de vida, por causa do cancro hepático. Contudo, trazê-lo para Portugal em paz com o regime, era uma vitória para este que a oposição não queria…., logo só havia uma forma de resolver o problema…, entende?

  4. O comentário passa a documentário…..O lúcido espelhado da realidade,faz transparecer uma realidade da qual os mais novos não acreditam,por sêr tão deprimente e minimalista,os da idade intermédia,descridibilizam pois os seus pais diziam que “dantes era bom pois havia respeito” e por uma questão de “valores” e de orgulho envergonhado ,não divulgam—restam os mais velhos que “comeram o pão que o diabo amassou” e na esperança duma vida melhor para os descendentes,nem comentam,”não vá o diabo tecê-las”e preferem fazer tábua raza das vergonhas de tudo pelo que passaram……Este foi o comentário resumo da Estátua de sal que reflete a verdade..`´E a súmula , a essência..da nossa evolução recente….As reformas foram adormecidas em lume brando….Quem as quiz fazer foi silenciado pela besta…………..Abril renasce sempre que um português quizer. VIVA O 25 de Abril…..

  5. 25 Abril sempre ! Os fascistas e reacionários nunca deixaram de existir ,estiverem sim escondidos num CDS e numa franja do PSD que inclui Passos Coelho e alguns prosélitos e,agora estão a passar-se para o CHEGA do Ventura onde dão azo ao saudosismo do passado apesar de alguns terem nascido posteriormente ao 25 de Abril de 1974,com
    todo o populismo inerente e ao empurrar das minorias para o canto da democracia , claro que tambem temos o caso da magistratura onde nunca houve um 25 de Abril e onde alguns dos mais reácionarios procuram criar um estado judicial como infelismente lemos jornais, nos respectivos sindicatos as opiniões convergem para a criação de leis que
    os procuradores querem impôr ,esperemos que a assembleia que é um orgão eleito pelo povo não se deixe condicionar pelo poder judicial que não é escrutinado por ninguem.

    • o que refere, encaixa que nem uma luva na filosofia política da esquerda. prova da falsidade do que diz, é que a praxis dos democratas prova a impunidade e corrupção que falsamente empurra para o outro regiem. Ou nem sabe quemandou a traficar diamentes com o Jonas Savimbi? Não sabe quem roubou terrenos urbanos à Univ. Clássica de Lisboa? Não sabem que abusou do poder e passou a viver qual capitalista à custa do povo explorado e roubado?
      Bem…, admito que prefira viver num ambiente hipócrita, de mão estendida para a Europa e governado por corruptos e filo-pedófilos.

  6. Vamos lá a saber
    25 Abril 2021 9:09 por VALUPI

    O que é o 25 de Abril para ti?

    ______

    O 25 de Abril e o Carlos deram-me tudo como diz o… Olavo Bilac, e diz bem.
    – José Sócrates, no Aspirina B.

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