Explosivos de Kiev

(Por Rüdiger Rauls, in Geopol.pt, 06/06/2023)

Talvez a Ucrânia venha a sofrer em breve o mesmo destino que o Iraque, a Líbia e o Afeganistão. Os EUA retiram-se e deixam para trás um país devastado porque os seus interesses mudaram.


Drones ucranianos atacam Moscovo. As cidades perto da fronteira, no coração da Rússia, estão a ser bombardeadas pelo lado ucraniano. As forças aliadas de Kiev, incluindo muitos russos exilados, estão mesmo a avançar para território russo. O que parece uma ameaça para a Rússia é uma preocupação muito maior para o Ocidente.

Os EUA precisam de uma explicação

Na verdade, não deveriam estar no local onde foram tiradas as fotografias. Os veículos do exército americano foram deixados a abater em território russo durante os ataques dos partidários de Kiev. Oficialmente, todas as armas americanas foram fornecidas a Kiev no pressuposto de que só poderiam ser utilizadas para defender o seu próprio território e não para atacar o território russo.

As imagens colocam os americanos numa situação difícil de explicar. Terá isto sido feito com o conhecimento americano, ou mesmo com o apoio activo de Washington? O que significa isto em relação às garantias anteriores dos EUA de se absterem de qualquer coisa que possa levar a um confronto directo entre a NATO e a Rússia? Até que ponto pode o Ocidente confiar nas promessas dos dirigentes ucranianos e, sobretudo, tranquilizar os russos?

Para piorar a situação, a vice-secretária de Estado Victoria Nuland já tinha tornado público, sem rodeios e sem necessidade, que os EUA estavam a preparar a ofensiva contra a Rússia juntamente com a Ucrânia há meses (1). Confirmou assim o que a Rússia tinha repetidamente afirmado e que o lado ocidental tinha constantemente enganado a sua própria população sobre esta questão. Como se isso não bastasse, ela derrubou o bastão de propaganda das mãos de todos aqueles que sempre tentam retratar as afirmações da Rússia como desinformação. Cada vez com mais frequência, os próprios meios de comunicação ocidentais estão a revelar-se propagadores de equívocos e até de notícias falsas.

Agora, após as imagens do equipamento militar destruído em solo russo, os EUA são vistos como mentirosos, ingénuos ou mesmo como fanfarrões que não controlam tão bem os seus protegidos em Kiev como sempre quiseram fazer crer. Em todo o caso, a opinião pública ocidental está preocupada, sobretudo porque não consegue explicar o que Kiev pretende alcançar com estes ataques. As profecias de Podoljak, conselheiro do gabinete presidencial ucraniano, “de que o número [de ataques] irá aumentar”(2) levantam a questão de saber o que mais Kiev poderá estar a preparar.

Kiev sob pressão

Apesar de todas as entregas de armas do Ocidente e dos sacrifícios humanos inimagináveis que o país fez, as dúvidas sobre a vitória da Ucrânia estão a aumentar após a queda de Artyomovsk. A ofensiva repetidamente anunciada continua a demorar muito tempo a chegar e crescem as dúvidas sobre se a Ucrânia é sequer capaz de uma tal demonstração de força.

De acordo com as diferentes declarações dos funcionários ucranianos, parece não haver acordo, mesmo entre os representantes do governo, sobre a contra-ofensiva. Mas se esta não chegar em breve e corresponder, pelo menos parcialmente, às expectativas do Ocidente, será provavelmente cada vez mais difícil para os apoiantes nas capitais ocidentais explicar à sua própria população o sentido de apoiar a guerra na Ucrânia.

Kiev sabe que, sem o apoio do Ocidente, terá de capitular dentro de muito pouco tempo e, mesmo na sua forma actual, a ajuda ocidental não parece ser suficiente para uma vitória sobre a Rússia. Por conseguinte, está a aumentar a pressão sobre a NATO para ser aceite na aliança militar, a fim de poder enfrentar os novos ataques da Rússia sob a protecção do Ocidente. Espera-se que o compromisso de assistência que acompanha a adesão dissuada a Rússia.

Especialmente depois dos ataques de mísseis russos em meados de maio e do efeito decepcionante da defesa antimísseis ocidental, a criação de uma zona de exclusão aérea proclamada pela NATO é vista como o único meio eficaz de contrariar a esmagadora superioridade aérea da Rússia. Afinal, de que servem todas as entregas de armas e munições do Ocidente, se apenas uma fracção delas chega à frente? Do ponto de vista ucraniano, esta exigência é compreensível, até mesmo lógica.

Kiev está de costas para a parede. Mas se o Ocidente está a defender a liberdade nesta guerra contra a Rússia, então o Ocidente também deveria participar mais do que apenas fornecendo armas enquanto a juventude ucraniana no Donbass sangra até à morte. Mas com esta insistência, Kiev está a meter a NATO em mais problemas do que a Rússia. Isso também é claro nas reacções do Ocidente. O cumprimento desta exigência não só significaria um agravamento dramático da guerra, como a própria exigência põe à prova a aliança.

Fendas no bloco

A NATO quer enfraquecer a Rússia, mas não quer ser arrastada para uma guerra mais profunda. Apoia a Ucrânia financeiramente e com armas, mas não quer, em circunstância alguma, arriscar a vida dos seus próprios soldados. As sociedades ocidentais já estão divididas quanto ao dispendioso apoio à Ucrânia, quando o dinheiro é necessário nos seus próprios países para aliviar as dificuldades. Existe o perigo de que esta paz, cuidadosamente preservada, seja completamente destruída se esta guerra ceifar as vidas dos seus próprios soldados, para além das vidas financeiras.

No entanto, a rejeição do pedido de adesão da Ucrânia não é consensual no seio da NATO. Os Estados Bálticos, a Polónia e a Grã-Bretanha apoiam o pedido de Kiev. Até à data, têm sido sempre as forças motrizes por detrás de novas escaladas. Mas mesmo nos outros estados, há cada vez mais vozes que acreditam que podem arriscar mais na guerra contra a Rússia. Acreditam na sua própria propaganda de que a Rússia é fraca porque até agora não seguiu as suas ameaças com uma acção nuclear.

A Ucrânia está a tentar usar esta desunião entre os membros da NATO para os seus próprios interesses. Ao mesmo tempo, está a complicar as já cada vez mais difíceis tentativas de unificação no seio da Aliança e do Ocidente. Prova disso é a recusa da Hungria e da Grécia em concordar com um novo pacote de sanções contra a Rússia e os protestos dos agricultores do leste da UE, que vêem a sua existência ameaçada pelas importações de cereais isentas de direitos da Ucrânia.

Se a NATO ceder à pressão ucraniana, será obrigada a prestar assistência sob qualquer forma. Estaria então oficialmente em guerra com a Rússia, algo que sempre tentou evitar, apesar de todo o apoio material que deu à Ucrânia. Se, no entanto, a Ucrânia for aceite sob qualquer tipo de exclusão desta obrigação de prestar assistência, a aliança tornar-se-á um tigre de papel e perderá poder de dissuasão face a adversários militares comparativamente fortes, como a Rússia ou a China.

Por muito compreensível que seja o pedido dos ucranianos para aderirem à Aliança e as suas tentativas de explorarem as diferenças no seio da Aliança para os seus próprios interesses, não deixa de prestar um mau serviço à NATO. Porque a Rússia pode assistir calmamente a este desenvolvimento e, ao mesmo tempo, continuar a desenvolver as suas próprias operações militares e a avançar.

Que não haja guerra nuclear!

As declarações de representantes dos governos ocidentais e da NATO indicam que estão conscientes de que, sem mais apoio ocidental, é pouco provável que a Ucrânia resista por muito mais tempo. No entanto, parece haver uma falta de clareza nas suas fileiras sobre a forma como devem interpretar os ataques ucranianos ao coração da Rússia. Por um lado, os dirigentes ucranianos regozijam-se com os ataques à Rússia, o que não se pode censurar enquanto opositores à guerra, mas, por outro lado, afirmam não ter “qualquer ligação directa com ela” (2). É difícil de acreditar, afinal de contas, não foi utilizado equipamento do quotidiano.

Em todo o caso, o Ocidente e a NATO parecem mais preocupados e inquietos com a acção ucraniana do que os dirigentes russos. Com efeito, esta acção, que aparentemente não respeita os acordos celebrados sobre a utilização de armas ocidentais, levanta dúvidas sobre a fiabilidade dos parceiros ucranianos. A este respeito, estes ataques prejudicaram mais o Ocidente do que a Rússia, como se pode ver pelas reacções da opinião pública.

Os EUA, em particular, como ficou claro repetidamente nos meses que se seguiram ao início da guerra, não querem uma guerra com a Rússia por causa da Ucrânia. Porque se esta guerra se tornasse uma ameaça directa à existência da Rússia, então — ao contrário do que muitos supõem — não deveria ser travada a nível europeu com armas nucleares. Ainda recentemente, Putin deixou inequivocamente claro aos americanos que eles não devem sentir-se demasiado seguros do outro lado do Atlântico. Se ainda não o sabiam, o mais tardar após os ataques a Kiev, em 16 de maio deste ano, deveria ter-se tornado bastante claro para os americanos que as defesas antimísseis ocidentais parecem muito antigas face ao Kinschal russo. Além disso, os EUA não dispõem de armas hipersónicas comparáveis às russas para um eventual segundo ataque contra a Rússia.

É claro que ninguém conhece o pensamento de Moscovo. Mas será de esperar que, na eventualidade de uma escalada nuclear, os mísseis russos se dirijam primeiro contra capitais europeias insignificantes, em vez de se dirigirem para onde se encontram as alavancas do poder e onde o maior potencial de ameaça nuclear tem de ser eliminado? Os americanos parecem ver as coisas exactamente dessa forma, e é por isso que não estão a fornecer aos ucranianos nada que possa ameaçar o coração da Rússia. É verdade que estão a fornecer-lhes tudo o que precisam para amarrar e enfraquecer os russos na guerra. Mas tudo isto deve ser feito no território da Ucrânia, e não na Rússia, e muito menos de forma a que os russos se possam sentir existencialmente ameaçados.

É por isso que os ucranianos não estão a receber quaisquer mísseis de longo alcance, por enquanto não há aviões de combate e mesmo os tanques Abrams ainda não foram entregues, apenas prometidos. O mesmo se aplica aos F-16, cujos pilotos têm primeiro de ser treinados. Também isso leva tempo. E quem sabe o que acontecerá até lá? Para os EUA, o conflito com a China está a ficar cada vez mais em primeiro plano.

Talvez a Ucrânia venha a sofrer em breve o mesmo destino que o Iraque, a Líbia e o Afeganistão. Os EUA retiram-se e deixam para trás um país devastado porque os seus interesses mudaram. Talvez seja por isso que está a demorar tanto tempo a entregar os tanques Abrams, os F-16 e os sistemas Patriot. Precisam de tudo o que lhes resta para se prepararem para o conflito com a China.

Fontes e comentários:

(1) Weltwoche 28.05.23: Nuland im Eskalations-Modus

(2) Frankfurter Allgemeine Zeitung 31.05.23: Nur keine Panik

Peça traduzida do alemão para GeoPol desde Apolut


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9 pensamentos sobre “Explosivos de Kiev

  1. É tempo de parar o imperialismo russo.
    Que a Europa o saiba é tudo o que é fundamental.
    A Ucrânia tem todo o direito de atacar a Rússia em resposta à invasão.
    Os F-16 vão chegar ao campo de batalha…

    O mais estranho em tudo isto é o quanto tempo se perde a especular sobre os riscos da guerra, as eventuais dissenções nos ocidentais, e nada se diga que justifique as acções da Rússia nem que claramente se definam os seus objectivos, outros que não a mera extensão do seu domínio!

    • Cá temos a ignorância e o mau uso de conceitos: o sr JgMenos não sabe o que é o imperialismo e usa a palavra como lhe dá jeito. Que acuda por nazis e que pense a nato como uma horda de assassinos que se defendem é lá com ele. Que mostre em público a baixa categoria mental que o reveste é lamentável. É de crer que não entendeu uma frase do artigo e por isso vem com proclamações género bolsonaro da cagalhota em prol de hitlerianos. Será o comentador um admirador de hitler ?

    • *O piloto italiano acredita que o russo estava simplesmente a testar o que o F-35 dos EUA era capaz de fazer.

      Em declarações ao site História Militar de Itália, diz que não esperava que o caça mais moderno dos EUA se comportasse assim, especialmente porque o Su-30 é uma máquina de quarta geração, embora melhorada *

      (La Razón, España)

      obs … se VEXA quiser saber + alguma coisa, pesquise, ñ tenha preguiça nos dedos 😎

  2. para mantermos os fiéis unidos, temos de lhes dar um ÓDIO de estimação ❣

    (vox dei de pastor de seita neopentecostal oriunda dos states) 🖤

  3. Desta vez queria contrariar os nosso “comentadeiros” e os mérdia sobre a barragem Kakhovka…

    Em tempo de guerra a verdade é a primeira baixa..

    Quando os russos ocuparam Kerson, os ucranianos bombardearam regularmente a barragem com o duplo objectivo de ameaçar o abastecimento de água à Crimeia e de encurralar os russos em Kerson. Recorde-se que esta região é maioritariamente pró-russa e a população não ofereceu qualquer resistência à chegada das tropas russas. Por conseguinte, os russos retiraram-se de Kerson para poupar aos seus habitantes a desgraça que não mereciam. Dizem-nos agora que foram os russos que, de repente, decidiram fazer com que os seus apoiantes os odiassem, afogando as suas cidades e colheitas? Como é que pode haver dúvidas sobre a origem desta sabotagem? Não são os ucranianos mestres da sabotagem ?

    É preciso pedir ao Chanceler alemão que investigue a explosão na barragem de Kakhovka, pois ele é especialista em perguntas silenciosas e perturbadoras que não exigem resposta, tal como as explosões do Nord Stream. Ainda estou à espera dos resultados da investigação alemã sobre o Nord Stream e, como Português, estou a sofrer os danos colaterais na minha carteira.

    Pois a guerra é contra o povo ocidental,ou ainda ninguém percebeu isso?

    Quando não é claro, há um lobo!
    Quanto mais o conflito se prolonga, mais questões são levantadas e as respostas dos investigadores são atrasadas ou mesmo amordaçadas!
    1) Nord stream 1 e 2 , os inquéritos na Dinamarca, Suécia, Países Baixos e Alemanha são confidenciais! No que diz respeito à Suécia, é compreensível: está a candidatar-se à NATO, por isso não vai cometer suicídio! Isto demonstra a integridade e a honestidade do sistema.

    2) Central nuclear de Enerhodar: há semanas que os meios de comunicação social divulgam e mantêm o risco de um acidente nuclear grave (os russos disparam uns contra os outros). A AIEA foi enviada para inspecionar a central e fez-se silêncio de rádio: tudo estava bem e os tiros pararam como por magia! Depois, com a ruptura (explosão e destruição voluntária a confirmar e imputar a um dos dois beligerantes após elementos factuais) da barragem de Kakhova, risco de problemas de arrefecimento do combustível nas bacias, corte do fornecimento de energia, mas, bem, nenhum perigo significativo apresentado.

    3) Ataques na região de Belgorod, Kiev nega-o, afirma não ter conhecimento deles, depois descobrimos que o equipamento dos atacantes é europeu e que Zélensky e o seu EM estão perfeitamente informados.

    4) No que diz respeito à barragem, normalmente, ao mais pequeno ataque de drones ou mísseis, temos uma infinidade de vídeos a vazar, mesmo à noite, mas aqui temos um ecrã preto! Estranho! Os russos que tinham corrido para Kakhova para repor a água no canal da Crimeia, fechado por Kiev desde 2014, estão a privar-se desse recurso. Que estranho!

    5) Uma quantidade não negligenciável de armas entregues pelo Ocidente desapareceu antes de chegar à linha da frente, os EUA ficaram preocupados, mas nem uma palavra na imprensa europeia!

    Porque é que a Rússia destruiria uma barragem que alimenta a Crimeia? Após a perda de Bakhmut e a evidência de uma derrota, Elenski e os britânicos precisam de relançar o conflito nos merdia. O objectivo: mais armas e mais dólares.
    Os americanos, que estavam numa campanha pré-eleitoral, estavam no ponto de viragem, e os países europeus menos belicistas, pelo que os britânicos, trabalhando sob a sua alçada, relançaram o massacre. Vimo-los em Butcha.

    Será que Zelensky também pode ordenar a destruição total de Kiev e depois culpar os russos? Talvez devesse pedir conselhos ao inútil Cravinho sobre a conveniência desta grande contra-ofensiva!

    Esquecem-se de que Putin é um jogador de xadrez, um judoca e um espião profissional. Não estão à altura dele. Entre eles, não conseguem mantê-lo sob controlo. São pateticamente presunçosos e arrogantes! O que não nos mata só nos torna mais fortes, foi o que aconteceu durante o episódio da Crimeia e o Presidente da Câmara afirma estar a fazer com que a Rússia se ajoelhe….. Não aprendem nada com a vida e estão sempre a jogar o jogo do “mijo”.

    A destruição da barragem foi claramente obra dos ucranianos. Como explicou o Ministro da Defesa russo. Foi por vingança e despeito que os ucranianos destruíram a barragem. Isto reforça as posições defensivas na região de Kherson para enfraquecer as possibilidades ofensivas da Rússia em direcção a Kherson. E permite ao grupo ucraniano em Kherson passar da ofensiva para a defensiva na região e enviar mais homens para os eixos da sua contra-ofensiva. Uma vez que são incapazes de alcançar qualquer objectivo de importância militar. Acima de tudo, é um crime de guerra reduzir o abastecimento de água à Crimeia.

    A barragem poderia ter rebentado com a pressão da água, porque já tinha sido danificada pelos ucranianos, mas o vídeo do ataque mostra um clarão enorme e intenso. Isto só pode ser o resultado de uma explosão súbita provocada por um ataque de míssil. Não se trata certamente de explosivos na barragem ou de fogo de artilharia, porque isso teria provocado a projeção de detritos, mas não houve nenhum. Por outro lado, vê-se claramente o ataque à central hidroeléctrica por míssil ou artilharia. Portanto, foi um ataque totalmente deliberado. Acreditar que a própria Rússia destruiu deliberadamente a barragem de que é proprietária e que fornece água à Crimeia e à central nuclear de Zaporijia é uma loucura.

    Os ucranianos estão a levar a cabo duas ofensivas: a primeira ofensiva: estão a atacar directamente o território russo na região de Belgograd, a fim de provocar os russos a declarar guerra à Ucrânia e transformar a operação militar especial numa guerra.
    A segunda ofensiva: destruir a barragem do rio Dnieper na região de Kherson, a fim de inundar a margem esquerda sob controlo russo e forçar a evacuação involuntária dos soldados russos estacionados ao longo do rio.
    Esta é a ofensiva ucraniana há muito esperada.

    No que se refere à destruição da barragem, é muito bonito fingir ser objectivo, mas não ao ponto de fazer as pessoas de parvas.

    Por outro lado, a semi-destruição da barragem poderia constituir um álibi brilhante para explicar porque é que a ofensiva não está a dar frutos…
    É cruel, mas já nada me surpreende. Além disso, os Estados Unidos tencionam abandonar a Ucrânia com calma, uma vez que as eleições estão à porta.
    Ir para as eleições com uma guerra nas mãos é um pouco baLTRINGUE. Além disso, uma parte da opinião pública americana pensa que os EUA não têm nada que estar na Ucrânia. Se acrescentarmos os problemas financeiros que os EUA vão enfrentar, tudo isto se explica.

    Não, não é a sério, este zelenski está a levar as coisas um pouco longe demais, não está? Ele está a mandar construir uma piscina enorme enquanto nós não podemos regar os nossos tomates! E ele com dois peidos ridículos a saltar para uma piscina! E nem um cadáver no meio disto tudo? … bem, já sabemos onde fazer os próximos Jogos Olímpicos de natação, caiaque, pólo aquático, mergulho, etc … ahhh que zelenski ucranianos podem orgulhar-se de lutar por um líder como este, um verdadeiro Churchill: sangue lágrimas e lágrimas para o seu povo! Sim, para ele, desvio de fundos, corrupção, etc…

    É uma pena o que aconteceu a Blackrock, foi o terreno que lhes foi atribuído!

    • Já ouviu falar sobre a BlackRock? Pois é, assim como você, a maioria das pessoas nem sequer sabe da existência da empresa, uma gigante do mercado financeiro.

      Uma das alegações para que isso ocorra é que a empresa possui participação nas principais empresas de mídia dos Estados Unidos, como CNN, CBS, Fox, Disney e Comcast, gigantes internacionais da comunicação.

      Parece ser uma maneira eficaz de manter-se fora do radar.

      • Ou vanguarda.

        De facto, gerir 10 biliões de dólares é mais do que o PIB de vários países do mundo juntos. É imenso! Com este poder, é impossível não ser uma organização mafiosa, tanto mais que até os hedge funds gerem o dinheiro de certos barões da droga e todo o tipo de branqueamento de capitais.

        A Vanguarda e a Blackrock detêm ações de tudo o que está cotado na bolsa em todo o mundo.

        A Vanguarda e o BlackRock governam o mundo. São eles que decidem o que comemos, o que lemos, o que vestimos, o que vemos (TV, Cinemas e Internet), que medicamentos tomamos, que vacinas tomamos contra que doenças/pandemias.
        E são eles que nos vão dizer quando a guerra acabar.
        Estão em todo o lado no mundo.

        Black Rock é gigantesca mas, seja qual for a dimensão de uma empresa, nenhuma é invencível, nenhuma é imortal.
        O exemplo óbvio é a Standard Oil, criada por Rockefeller. Era tão grande que chegava a ser maior do que o Estado americano. Acabou por ser desmantelada.
        O mesmo destino pode acontecer com a Black Rock. Se a empresa se tornar demasiado “embaraçosa”, será desmantelada e o seu ilustre patrão reformado.

        1- A black rock não é proprietária total mas detém ações nestes grandes grupos (5% da amazon /6% da Apple/4% da Disney) por isso tem uma parte destas empresas mas não pode fazer o que quer.
        2- A capitalização bolsista da empresa é de 120 mil milhões de dólares. Dez mil biliões de dólares, o que representa o dinheiro que lhe foi confiado pelos seus clientes.

        • * uma parceria limitada de investidores que utiliza métodos de alto risco, como o investimento com dinheiro emprestado, na esperança de realizar grandes ganhos de capital *

          ‘o dinheiro de certos barões da droga’ é o tal investimento com dinheiro emprestado ❓

          obs … kapital_financeiro_bolsista é receber milhões em dividendos sem mexer um dedo … certo ou errado ❓ (sá carneiro e a banca)

        • En mayo se oficializó que Black Rock es el coordinador de todas las gestiones para la reconstrucción de Ucrania. Para un contexto de guerra en la que se promete contraofensivas, que coloca armas nucleares, que envía misiles con uranio empobrecido, que promete más y más armamento y entrenamiento, que sigue matando a miles de personas… es paradójico que ya se comience a hablar de reconstrucción… pero, cuando nos ponemos a analizar un poquito más en profundidad, podemos ver que no es tan contradictorio cuando se entiende a la guerra como negocio.

          Black Rock se beneficia con Ucrania a través de su deuda, de las empresas armamentísticas que proveen al país y de la coordinación del Fondo de Desarrollo de Ucrania para la reconstrucción.

          Es decir, el negocio de Black Rock es la guerra, la muerte, el hambre y la devastación. (in *PIA GLOBAL*)

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