Bem dito, bem feito

(Hugo Dionísio, in Facebook, 01/09/2022)

Emmanuel Macron, moço de recados dos Rockefeller e funcionário militante da Mackinsey, ontem, deu voz a uma formulação que encerra, na sua essência, uma profunda verdade. Tal como muitos dos seus correligionários governadores europeus, disse Macron “Gorbatchov abriu a porta à democracia no espaço Russo e Soviético”. Então… Mas a Rússia não era uma ditadura e Putin pior que Hitler?

Hummmm…. Ou isto diz muito sobre o que esta gente acha de Hitler (no mau sentido), ou então, diz muito do que é o oportunismo e superficialidade com que tratam o seu discurso. Quando não lhes dá jeito “é ditadura”, quando lhes dá jeito “é democracia”. Palavras para quê?

Agora, coisas sérias e também com traidores dos povos e dos trabalhadores:

Pelas 6:00 da manhã na Ucrânia, dois grupos de sabotagem compostos por cerca de 60 operacionais de forças especiais das Forças Armadas leais a Zelinsky tentaram, através de um desembarque anfíbio na reserva de Kakhovskyi, tentaram tomar o controlo da NPP Energodar em Zaporozhie.

Esta tentativa saiu de tal modo frustrada, que cerca de 47 morreram, três estão detidos e em estado grave e cerca de uma dezena estão cercados em local próximo da central nuclear.

Desconcertado com o insucesso, do qual dependia a “verificação” de toda a narrativa do regime fantoche Ucraniano relativamente à suposta autoria russa dos bombardeamentos, eis que Zé mandou fazer o que eu havia já ontem previsto que faria.

Pelas 8:00 da manhã na Ucrânia, as forças armadas leais à NATO desataram a bombardear o local onde estava a missão da IAEA (perto de Vasilevka e da central), explodindo quatro das bombas a 400 metros da Unidade 1 da missão.

Quem leu o meu post de ontem não pôde deixar de ler o que havia escrito sobre esta visita e a atitude que seria mais provável por parte das forças proxy dos EUA. Certos de que a comunicação social corporativa não deixaria de disseminar as suas notas de imprensa como vindo das tábuas de Moisés, o regime fantoche Ucraniano pode permitir-se a tudo, menos a deixar conduzir pacificamente os inspetores à central nuclear que têm, ininterruptamente, vindo a bombardear.

Se sugerirem, após os bombardeamentos à central pelas forças leais a Zelinsky, que os mesmos são feitos por quem controla a estrutura e lá detêm tropas suficientes para, por exemplo, derrotar um grupo de 60 operacionais das forças especiais, já seria escabroso e profundamente ofensivo da nossa inteligência, infelizmente, o filme de terror não para por aqui.

EUA, NATO e o seu proxy Zelinsky têm a garantia que o que passa para o éter desinformativo são as seguintes “verdades”:

• Se a rota e local da missão da IAEA forem bombardeados, são os russos;

• Se suceder uma catástrofe nuclear por causa das bombas atiradas pelos proxys Ucranianos, foram os russos;

• Se a equipa de inspetores for atacada de tal forma que ocorra uma tragédia, foram os russos;

• Se a equipa da IAEA não chegar algum dia à NPP Energodar, foram os russos;

• Se os russos apresentarem provas de satélite e vídeo de que não foram eles, é propaganda russa;

• Se alguém no ocidente invocar tais provas ou tiver ele mesmo constatado tais situações, é propagandista russo.

Trata-se de uma pescadinha de rabo na boca, de natureza profundamente xenófoba, que visa impedir o levantamento da verdade, a reflexão em torno dos acontecimentos, garantindo a assimilação, pelo menos à superfície, da narrativa oficial – construída por poderosamente financiadas empresas inglesas e americanas de comunicação e marketing. O plano é conhecido e assumido pela própria Nuland, que veio por inúmeras vezes referir-se ao uso da informação como arma de guerra contra a Rússia. É preciso ser-se mesmo beato a sério, groupie ou fanboy, para não o saber.

Há quem diga que, partindo desta premissa, todo um plano foi desenhado, segundo alguns especialistas, pela equipa de Boris Johnson e que visava, em último lugar, impedir que este atrasado mental tivesse de se demitir, justificando o impedimento pela necessidade de o país ser colocado em estado de emergência em resultado da catástrofe nuclear provocada “pelos russos”.

Outros dizem que Zelinsky embarcou na provocação porque, vendo tudo a colapsar, da economia ao exército (até os velhos, coxos e manetas vão para guerra), tal dar-lhe-ia jeito para exigir que a NATO entrasse ainda mais diretamente no conflito, acionando o artigo 5.º do tratado, que determina a intervenção em função e um ataque nuclear a países da aliança. Como o desastre não deixaria de afetar a Polónia, Hungria e Roménia…

Seja como for, o enredo existe e as vantagens são múltiplas, mesmo que apenas em matéria de comunicação social para as massas. Mesmo que se frustre, dá sempre para apresentar o lobo mau russo, exigindo o seu esfolamento. Não bastam ainda a queima de livros, a perseguição política, atar pessoas russófonas a postes com celofane, bombardear áreas civis sem militares (ao contrário do que sucede com as forças proxys da NATO, que se instalam propositadamente em instalações civis para poderem acusar os russos do mesmo).

Primeiro começou com a exigência dos HIMAR, que tinham maior alcance do que os seus Uragan, pedido que o tio Sam logo acatou. Com os HIMAR passou a ser possível às forças nazis atingirem a retaguarda russa, mas, ao invés de alvos militares, como cada míssil custa um milhão de euros e as instalações militares estão bem guardadas com os melhores sistemas antiaéreos do mundo, o que fazem as tropas de Zé? Atacam civis. De vez em quando lá destroem um alvo militar e fazem uma festa comunicacional durante meses. Julgo que todos conhecemos a história do fantasma de Kiev ou do vingador da Mariupol.

Exigidos e entregues os HIMAR, que se somaram a muitos outros sistemas menos capazes, não foi preciso esperar muito. Lá começaram a cair bombas sobre a Energodar NPP.

A coisa correu bem, pois em nenhum órgão ocidental o regime foi acusado de o fazer, nem apenas remotamente. Não foi, pura e simplesmente. Porque não continuar?

A Rússia logo pediu a convocatória, de emergência, do conselho de segurança, onde apresentou provas inequívocas da real autoria do ataque. Por cá, de nenhuma se falou, foram tratadas com um apagamento ainda maior do que o relatório da Amnistia Internacional, que acusa o regime proxy de Zelinsky de perseguir, bombardear, matar a população russófona e de instalarem militares em casas, infraestruturas e bairros civis. Perante as evidências, nem os EUA tiveram condições morais para impedir a fiscalização. Contudo, tentaram, mesmo assim, condicionar a seleção dos inspetores, o que também não conseguiram a total contento. O que sobrou? Tentar impedir que os inspetores algum dia tenham acesso às provas. Como? Ou tomando a central, que se frustrou, ou bombardeando os próprios inspetores. Eu é que não queria estar na sua pele, tendo, por força do seu mero trabalho, de desafiar a narrativa de um império genocida e hipócrita como este. Existem muitos inspetores americanos e não só que tiveram de o fazer, a vida não lhes ficou nada fácil.

Garantindo o controlo absoluto e férreo dos órgãos de comunicação social de grande tiragem, sejam TV, Rádio ou Jornais, apenas concedendo, aqui e ali, breves lufadas de ar fresco que logo são atacadas na sua dignidade por um exército de enraivecidos guardiães da moral e bons costumes, que nas redes sociais e na própria comunicação social exigem o despedimento, silenciamento e ostracização de quem tem a coragem de discordar da narrativa reinante, dominando motores de busca (Google, Bing, Yahoo…) e redes sociais mais representativas, garantindo que nelas roda o “algoritmo corporate” como lhe chamou Jimmy Dore, o “establishment” oligárquico ocidental detém um poder absoluto sem paralelo na história humana.

Glenn Greenwald e muitos outros jornalistas de renome, premiados, inclusive, e hoje na prateleira dos órgãos corporativos da poderosa oligarquia ocidental, chamam a este poder absoluto de “totalitarismo invertido” Privado. Não existe nenhuma dimensão das nossas vidas que escape ao negócio, aos ciclos de acumulação e aos ditames da oligarquia composta pelos Soros, Rotchild, Rockefeller, Gates e companhia. Não apenas dominam os mecanismos privados, como condicionam, pelo cerco que praticam, o que ainda resta de público.

Em nenhum momento da história humana o poder absoluto resultou em algo de bom. O poder absoluto levou sempre à corrupção e degeneração absolutas.

O Ministro da Economia da Alemanha veio dizer que “ a Alemanha nunca abandonará a Ucrânia”, “mesmo que os eleitores pensem o contrário e não o queiram”! O 1.º ministro da Letónia disse “se os nossos nacionais Russos não alinharem pela nossa perspetiva, quer dizer que não são democratas, logo têm de sofrer as consequências”; Ana Gomes, que fecha os olhos às malas de dinheiro que Hunter levou a Joe Biden, diz que Bruno carvalho tem de ser ostracizado; Henrique Burnay chamou “vergonha de homem” a Carlos Branco. Tudo exemplos de grandes democratas.

Embora na forma ainda vivamos numa democracia liberal, na substância, as relações sociais que se começam a desenvolver com muita velocidade, são próprias de regimes autoritários, xenófobos e retrógrados. E quem as está a fomentar são os que mais falam de democracia e liberdade… Faz lembrar os dominicanos no tempo de Inquisição… Também eram os mais pios e caridosos… Foi o que se viu.

Em nenhum momento o que escrevo visa justificar a guerra ou aceitá-la como forma válida para resolução de conflitos. Mas temos de perceber porque elas existem e o que está por detrás do que nos mostram.

Como diz um escritor indiano de nome Ulleh: “os indianos estão bem informados sobre as causas das guerras modernas”; “o que atingiram as forças dos EUA-NATO com 20 anos de ocupação do Afeganistão”? “Que democracia levaram ao Iraque”?; “nós não somos escravos dos EUA”!

Pois, mas por cá existem muitos e colocados em locai de poder. E não pensem, por um momento, que estão lá por acaso!

É o que dar ter o poder absoluto

P.S. sabem que Roger Waters dos Pink Floyd está na página que o regime Ucraniano criou com alvos a abater? Tudo porque ele discorda da sua narrativa? Que coisa tão democrática!


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3 pensamentos sobre “Bem dito, bem feito

  1. Os nossos governantes não têm mais espaço de manobra.
    « O fim da abundância » deve ser primeiro para eles.

    Sim, o mundo está a mudar, e não necessariamente da forma que esperávamos.

    Todos concordam que o malvado Putin acabou de cortar o nosso fornecimento de gás, mas ninguém nos está a dar a informação de que o bom Biden está a planear punir-nos também, uma vez que as suas reservas estratégicas estão no seu nível mais baixo, e a sua Secretária da Energia, Jennifer Granholm, acaba de pedir calmamente e de ordenar, sob ameaça do governo federal, que deixem de exportar petróleo e GNL. Já não se fala aqui de escassez ou de inflação: quando não há mais lixo energético, não há sequer preço ou lixo depois. As alterações feitas nos últimos anos à lei de requisição na lei de defesa nacional são mais fáceis de compreender.

    Como se pode esperar que um embargo funcione quando estes politicos apenas bloqueiam o lado ocidental fazendo com que a Rússia faça comércio com a Ásia e o resto do mundo?

    Recordemos que esta guerra económica quase total foi lançada sem qualquer debate parlamentar em qualquer país chamado “democrático”. Poderíamos acabar na Terceira Guerra Mundial sem que nenhum parlamento fosse consultado, embora seja de suspeitar que em qualquer caso os referidos parlamentos não teriam qualquer preocupação com os seus eleitores, porque os políticos sentem que podem agir autocraticamente desde que a “moral” seja para eles..

    Quando os EUA quiseram ganhar a guerra contra o Japão, a sua alavanca prioritária foi cortar o seu abastecimento de petróleo.
    Hoje, quando enfrentamos a Rússia, cortamos o nosso próprio fornecimento de energia.
    A nossa visão do que é prioritário é tendenciosa: para nós, o dinheiro é a principal preocupação, e consideramos que é o mesmo para os outros.
    Pode ser que seja a matéria-prima que seja a prioridade.

    Governar é prever: um preceito para lembrar a todos politicos que não sabem que é governar.

    Os EUA estão a alcançar o seu objectivo: separar a Europa da Rússia, dividir e governar. Os nossos oligarcas ou não compreenderam isto ou estão a ser subornados.

    Penso que não há incompetência em tudo isto, mas para que a população aceite a sua agenda para 2030, destruirá a economia europeia e, quando o caos estiver lá, virá como salvador para o fazer aceitar o inaceitável.

    Não subestimemos os nossos líderes, é demasiado fácil levá-los para as bolotas…
    Claro que, por vezes, estão fora do limite, mas também aqui é toda a manada de líderes que parecem estar a trotar em direcção ao precipício (para e com o seu povo, podem sempre exilar-se no último momento)
    Vou divagar sobre 3 maneiras de derrubar uma população, (doença, fome ou guerra).
    Estamos no bom caminho! com agricultores holandeses, alemães e belgas a sentirem o vento a mexer-se, presos pelas suas culturas intensivas e fertilizantes azotados que deixarão de receber ou de uma forma menor.

    Eu acrescentaria, para rir, que a única maneira de arruinar a economia russa teria sido enviar-lhe o nosso Ministro da Economia!

    Revolta? Não!!!!Continuará até à sua desintegração. Os pobres e a classse média são demasiado submissos, doutrinados, conformistas e anestesiados pelo seu conforto (até ao momento) para levarem para as barricadas. Quando a grave escassez vier, os pobres e a classe média tremerão enquanto esperam por cupões de alívio e de racionamento porque terão sido condicionados para isso.

    Não se enganem. Não são incompetentes. Pelo contrário, tudo isto se destina a afundar economicamente o navio na europa e impor a Grande Reset, cancelando dívidas, impondo a aplicação do rendimento universal,ou europeu e apreendendo bens, incluindo poupanças e bens imobiliários. É maquiavélico, deliberado no seu pensamento e implementação. « Não será dono de nada e será feliz ».

    A Rússia consome metade do petróleo que produz, os EUA consomem o dobro do petróleo que produzem (não é de todo auto-suficiente, isto é, uma fábula de propaganda para pilhar petróleo onde quer que possa), e a Europa produz 5% do petróleo que consome. Procure o intruso.

    O mundo está a ser remodelado pela Rússia. Estamos a ver o bloco ocidental encontrar-se sozinho contra o resto do mundo. As finanças globalizadas são mantidas vivas artificialmente, mas estão acabadas. O que se segue é a emergência de uma economia baseada em recursos onde o Ocidente tem tudo a perder.

    O passo seguinte é a emergência de uma economia baseada em recursos onde os ocidentais têm tudo a perder.Foi, aliás os ocidentais antes da passagem de Keynes e que ele foi retido apenas uma parte da sua teoria para a pôr em prática, e claro que só poderia falhar a virtude de não ser a primeira qualidade dos banqueiros, sendo esta a economia em geral baseada no tangível quando é bem compreendida, ou não a temos mais “tangível”, será necessário que sejamos capazes de fazer o que soubemos fazer o melhor: Temos de usar o nosso cérebro e a nossa matéria cinzenta para oferecer as nossas invenções, mas temos de o fazer rapidamente porque não é com o nível da nossa educação nacional que se deve chamar instrução que vamos sair do poço, por isso mais vale começarmos já !

    Privatizar o maior número possível de serviços públicos está no ADN do neoliberalismo.
    Os ocidentais conseguiram safar-se graças às finanças globais, à sua moeda imperial e à impressão de dinheiro. Mas este é um jogo tolo, e a maioria dos países do mundo estão mais do que fartos da arrogância do Ocidente e do neo-colonialismo inconfessado.

    O crescimento da Europa durante mais de 60 anos foi possível por uma energia abundante e barata.
    Sempre que há uma crise energética (como o primeiro choque petrolífero em 1973), a economia vai abaixo. Esta é a nossa principal fraqueza: as matérias-primas, especialmente a energia!
    Todos os líderes sabem-no ou deveriam sabê-lo.
    A europa tinha energia barata (contratos de 20 anos com um desconto de 30%) + paga em euros (sorte: é a nossa moeda) + reinvestimento de euros no nosso continente (os nossos euros vão para casa).
    O poder económico da Alemanha (e as suas exportações colossais em todo o mundo durante 60 anos) baseou-se em parte nisto. Mas também Bélgica, Países Baixos, Itália … .

    Isto significa que a economia europeia morreu. Para compensar a Rússia, a UE está a aproximar-se de todo o mundo, mesmo das ditaduras, para encontrar energia, mas a um preço exorbitante (e pago em dólares americanos).
    Com energia cara, a maioria das nossas empresas não conseguirão acompanhar o ritmo e fecharão (assim, o desemprego)
    Os produtos europeus deixarão de ser competitivos com outros e poderão ser invendáveis (daí a recessão)
    Espero estar errado, mas estas sanções (ineficazes, para além de uma postura ideológica) parecem ter sacrificado o futuro de todos nós durante muito tempo (não se preocupem, as autoridades europeias têm uma reavaliação automática dos seus salários em relação à inflação, pelo que não há problema para elas e para a Sra. Leyen, mesmo com uma inflação de 20%).

    Uma solução possível: “bem, vamos acabar com estas sanções energéticas ineficazes contra a Rússia e discutir o seu cancelamento”. Mas ninguém se atreve a ser o primeiro a propor um regresso ao passado, devido ao medo de ser chamado pró-Putin. Mas é apenas uma questão de ser pró-europeu.
    Temos de ser pragmáticos, mesmo que os nossos líderes sejam lamentáveis (o ridículo não mata, a miséria sim).

  2. Excelente texto. Muito bom, este Hugo Dionísio.

    Só um pequeno acrescento a isto:
    «atar pessoas russófonas a postes com celofane»

    Não é apenas a pessoas russófonas, é a pessoas de minorias étnicas como os ciganos/roma, ou a ucranianos ucranófonos que recusem apoiar os Nazi Azov ou os “valores” dos restantes Banderistas, que recusem apoiar a continuação da guerra, ou que se atrevam a manisfestar pela Paz, ou contra a ditadura de Kiev.

    E não é apenas atar com celofane. É pintar a cara com tinta verde tóxica. E nos dias de inverno rigoroso, é ameaçar a vidas destas pessoas ao rega-las com água e esperar que congelem e entrem em hipotermia antes de alguém ganhar coragem (ou saber o que se passou com seus amigos/familiares) e chegar a tempo de os desatar.

    E isto são só os castigos amadores não-oficiais. Se alguém tiver o azar de encontrar pela frente alguém da Guarda Nacional ou dos serviços secretos SBU, não se livra de um espancamento até às portas da morte. E às vezes, atravessa-as mesmo, ficando apenas marcados como “desaparecidos” a cuja família é roubada até a possibilidade de enterrar o corpo.

    Esta é a situação nos territórios onde os ultra-naZionalistas são maioria. Nas terras da chamada Novorrússia onde os ultra-naZionalistas eram a minoria, ou se queimaram pessoas vivas para espalhar o medo e impedir a contra-revolução, ou criaram-se as tais milícias armadas de NAZIS e deu-se início à guerra civil, por 3 vezes por ordem de Kiev/Bruxelas/Washington, a última das quais em 16-Fevereiro-2022 que JUSTIFICOU a intervenção Russa, pois foi a pedido do povo vítima no Donbass.

    O Hugo Dionísio diz de forma muito digna que o seu excelente texto sobre as atrocidades da ditadura Ucraniana e do Ocidente não servem para justificar a resolução do conflito pela guerra. Eu acrescento então a pergunta à qual ainda ninguém me deu uma resposta válida ou convincente: quando a guerra já foi iniciada (pelos NAZIS/NATO), qual era então a forma de resolver o conflito? Se a Rússia não fizesse a intervenção (a pedido dos Ucranianos do Donbass), em quantas Buchas é que esse povo já teria sido enterrado pelos Azov e companhia?
    Este é que é o cerne da questão!

  3. Ainda há pessoas informadas e inteligentes que não concebem que a Rússia foi compelida à OME pela nato/nazis/eeuu para que a máquina de propaganda iniciasse o seu descomunal trabalho de condicionamento mental. Creio que a Rússia não teve outra alternativa e com a sua acção protelou a guerra nuclear com mísseis que se avizinha por manejos imbecis da nato/nazis/eeuu. Em todo o caso a atitude da Rússia abriu a possibilidade do mundo sair da escravidão ianqui e quem aproveitar a situação não sofrerá o que os europeus vão, seguramente, sofrer. Já não falta muito. Por último: 2 textos muito bem concebidos e esclarecedores. Mas talvez quem os leia já esteja num patamar diferente por concordar com os seus conteúdos. Uma consolação mas sem a revolução das ideias dos que vivem na ambiguidade e/ou ignorância ( o dito grande público que permanece enganado e manipulado ). Mesmo assim, um consolo.

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