Como começou, como terminará

(Daniel Vaz de Carvalho, in Resistir, 16/03/2022)

“Trinta anos após o fim da Guerra Fria, estamos enfrentando um esforço determinado para redefinir a ordem multilateral.
É um ato de desafio. É um manifesto revisionismo, o manifesto para rever a ordem mundial”
Josep Borell, Alto Representante da UE
“Nós não aceitamos ser dominados pela NATO”
S. Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia


1 – Os contextos

Com o fim da URSS, os EUA declararam-se vencedores da Guerra Fria. Detêm mais de 750 bases militares em 80 países diferentes, o dólar reserva monetária global. Desde então acharam poder definir as regras de governo de todos os países e sancioná-los, agredi-los ou mesmo invadi-los se as violassem. Criaram-se assim duas suposições que se mostraram fatalmente erradas: que o monopólio dos EUA sobre o uso da força duraria para sempre e que os EUA poderiam continuar a impor uma ordem mundial “baseada em regras”, as suas.

Estas ilusões terminaram com a intervenção da Rússia na Síria. Os EUA enfrentam uma nova era em que não podem mais mudar os regimes pela força das armas ou sanções, depois dos danos causados pelos conflitos EUA/NATO no Afeganistão, Iraque, Síria, Iémen, Líbia, Jugoslávia, etc, ou as sanções a Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, Rússia, China, etc.

O estatuto a que os EUA se promoveram não comporta nem admite potências como a Rússia e a China. O ressurgimento da Rússia não estava nos planos imperialistas. A Rússia foi buscar ao seu passado soviético na cultura, ciência, avanços militares, a força para se libertar do estatuto de colónia que lhe queriam impor e ser desmembrada.

Salientamos três contextos desta crise. A primeira reflexão é sobre a tese Leninista de que capitalismo e guerra são inseparáveis. Um mundo de paz só é possível em socialismo. Os propagandistas do sistema capitalista argumentam que o comércio livre e a democracia são obstáculos às guerras: as democracias nunca se atacaram e o comércio livre acaba por sobrepor-se a quaisquer outros interesses. Esquecem que a maioria das guerras do mundo moderno e mesmo antes tiveram origem precisamente no desejo ou necessidade de expandir e dominar mercados. Quanto à democracia o raciocínio está certo quando por democracia se define o que os EUA entendem como tal, a partir daqui tudo passa a ser possível contra os “outros”.

A segunda reflexão é a diabolização dos que são designados adversários. Assim acontece a todos que defendem a soberania, escolhem outro modelo de sistema político e/ou económico, que pretendam controlar transnacionais ou movimentos financeiros no seu país. Como disse o antigo diplomata Alastair Crooke, com a incapacidade de escutar o “outro”, de compreender as suas razões e interesses próprios, fecha-se a via diplomática. A negociação e a diplomacia ficam comprometidas com a diabolização dos interlocutores e a fraseologia maniqueísta. A liderança dos EUA perdeu quase inteiramente a capacidade de empatia, a capacidade de “ouvir o outro”, tornou-se “um livro fechado”. Toma então lugar a tese de Clausewitz: a guerra é a política por outros meios.

Note-se que Hitler e o nazismo nunca foram diabolizados antes da guerra se iniciar. Mesmo depois de 1939, a França e a Inglaterra preparavam-se para alinhar com a Alemanha contra a URSS no caso da Finlândia.

A terceira reflexão é o papel dos media. Para controlar as pessoas fazem com que percam a memória, ignorem factos passados e impõem uma narrativa. Desde que a Rússia começou a libertar-se do pesadelo instituído por Ieltsin e pretendeu assumir um papel de igualdade na cena internacional, à semelhança de Roma relativamente a Cartago, foi desencadeado o clamor de Delenda est Rússia. Atualmente, no espaço EUA/NATO a desinformação atingiu um nível inaudito de falsidades e absurdos, agravada com o bloqueio da informação russa.

Diz Caitlin Johnstone, durante cinco anos fomos bombardeados com narrativas histéricas anti-russas. Os falsos escândalos da Rússia foram inventados pela inteligência dos EUA para fabricar consentimento para um confronto com a Rússia e preservar a hegemonia unipolar dos EUA.

Há dois pesos e duas medidas conforme as agressões são cometidas “por nós” (EUA/NATO) ou “por eles”. Quando misseis Patriot caiam sobre uma indefesa Bagdade o que passou nos media não foi revolta, nem empatia pelo sofrimento e morte de civis, foi a contemplação admirativa pelo poder militar e tecnológico dos EUA. Quando a Sérvia foi bombardeada durante 78 dias, para o atual secretário-geral da ONU, A. Guterres, tratava-se de defender os “direitos humanos.”

Com este argumento (ou outro) desde 2001 a 2018 as guerras EUA/NATO teriam morto pelo menos 2 milhões de pessoas, tudo pelas “boas causas” da NATO. Cidades como Fallujah, Ramadi, Sirte, Kobane, Mosul e Raqqa reduzidas a escombros, guerras que mergulharam sociedades inteiras em violência e caos sem fim.

Não se trata da parte dos EUA/NATO de defender a Ucrânia, se não teria sido aceite o tratado de segurança coletivo na Europa, proposto por Putin, posto de parte com evasivas e exigências sobre a Rússia quanto à movimentação de tropas no seu território, enquanto informalmente a Ucrânia era alinhada com a NATO.

Um texto do jornal Guardian recordava, citando numerosas personalidades que desde os anos 1990 advertiam que expandir a NATO para Leste conduziria à guerra. Estas advertências foram ignoradas. Agora o projeto “Mobilidade Militar” obriga a Áustria, a Suécia e a Finlândia a fornecer capacidades de transporte para que a NATO possa transferir suas forças armadas.

Com as agressões pós 2001 a NATO mostrou que não é uma organização defensiva: é um dos meios militares para os EUA imporem o poder global. Quebrando o acordo com Gorbachov, a NATO expandiu-se para 14 países do Leste. A Rússia ficou confinada nas suas fronteiras, Moscovo a minutos de ser atingida a partir de bases da NATO e as suas relações externas condicionadas por sanções desde que a Rússia renasceu do abismo para onde as camarilhas de Gorbatchov e Ieltsin a tinham levado. (ver textos de Dimitri Rogozin aqui e aqui). Com novas expansões previstas na Ucrânia, Geórgia, falhadas na Bielorrússia e Cazaquistão, estavam criadas as condições para “uma tempestade perfeita”.

A Ucrânia tornou-se a frente avançada contra a Rússia. Os EUA entregaram à Ucrânia, desde 2014, 2,4 mil milhões de dólares em material militar, incluindo 450 milhões em 2021 (agora destruído). Desde 2014, a UE e instituições financeiras europeias entregaram mais de 17 mil milhões de euros à Ucrânia, e um plano de investimentos de 6 mil milhões de euros, sem condições, o que não foi feito para Portugal ou a Grécia. O FMI, violando as suas próprias regras de garantias financeiras, proporcionou 1,7 mil milhões de dólares em 2015, e estava a preparar-se com o BM para entregar mais 5,2 mil milhões. [NR]

Estavam previstos exercícios militares com cinco potências da NATO nas regiões orientais da Ucrânia e realizar “ações defensivas, a fim de restaurar a fronteira do Estado.” Claro que “restaurar as fronteiras do Estado” nunca seria com ações “defensivas”.

2 – A Situação

Que ganhou a Ucrânia, pacífica até então, com o golpe de 2014? Foi usada contra a Rússia, mostrando que o imperialismo apenas consegue espalhar o caos onde intervém, criando esta situação ao recusar os direitos da Rússia na segurança europeia. O que se passa tem pouco a ver com a Ucrânia, em si, mas na obsessão dos falcões de Washington com a Rússia e Putin, nunca aceitando a ascensão da Rússia que eclipsaria o controlo dos EUA sobre a restante Europa.

O acordo de Minsk (2014), nunca cumprido pela Ucrânia com apoio da NATO, foi uma forma de ganhar tempo, para ser rearmada e treinada pela NATO para voltar a atacar o Donbass. Na primavera de 2021, Zelensky anunciou que a Ucrânia retomaria a Crimeia à força. A Rússia então organizou grandes manobras militares. Em novembro, a Ucrânia declarou que retomaria o Donbass à força. A Rússia novamente encenou manobras militares, mas desta vez a situação piorou ainda mais. A partir de meados de fevereiro, os monitores da OSCE em torno de Donbass relatavam um aumento das violações do cessar-fogo e explosões.

A “operação especial da Rússia para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia” começou após um pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk. O presidente russo salientou que os habitantes russófonos têm sido sujeitos a um genocídio nessa região. “A Rússia não começou ações militares, está a terminá-las após oito anos de guerra no Donbass. “Durante todos esses oito anos, tentámos apelar à consciência do Ocidente e lidar com esse regime, que adquiriu todos os traços do ultra-radicalismo e do neonazismo. Durante esse tempo, 13 a 14 mil pessoas foram mortas. Mais de 500 crianças foram mortas ou feridas. Os EUA/NATO nada fizeram, limitaram-se a olhar para o lado.

Note-se que o Donbass recusou-se a aceitar a violação da Constituição ucraniana pelo golpe de Estado fomentado pelos EUA. A Ucrânia após 2014, não passou de um peão sacrificado no tabuleiro internacional (Caitlin Jonhstone). O que a situação atual mostra é que os EUA provocam problemas globalmente, mas são incapazes de os resolver.

Em primeiro lugar, a Rússia não podia ficar ociosa diante da situação em que a NATO controla a sua zona estratégica circundante, expandindo-se mesmo para os países da Comunidade de Estados Independentes (CEI) ameaçando a sua segurança. Acima de tudo, a Rússia não permite que a Ucrânia sirva de base militar para ameaçá-la com armas nucleares, agravada com a descoberta (certamente já de conhecimento dos serviços secretos russos) de laboratórios de armas biológicas na Ucrânia.

Nos dois primeiros dias da operação de “desmilitarizarão e desnazificação” da Ucrânia, o exército russo tinha destruído 821 alvos da infraestrutura militar da Ucrânia, aeródromos militares, postos de comando, centros de comunicação, sistemas de mísseis antiaéreos S-300 e Osa, estações de radar, aviões de combate, helicópteros, veículos aéreos não tripulados, assim como veículos blindados, sistemas de foguetes de lançamento múltiplo e veículos militares especiais. Foram destruídas oito embarcações militares da Marinha Ucraniana” e estabelecido o controlo total sobre a cidade de Melitopol, no sul do país. Em 01 de março, o acesso ao mar de Azov pelas tropas ucranianas ficou completamente bloqueado. Em 05 de março, o total de alvos da infraestrutura militar da Ucrânia destruídos era de 2 037, segundo o Ministério da Defesa russo.

Na RTP-3 (25/fev/21h30) o general Cunha dos Santos, expôs, com a competência que não existe nos “comentadores”, que sem cobertura aérea o exército ucraniano deixa de fazer sentido em termos militares modernos. O apelo à população civil para se armar e lutar é mandar essas pessoas para a morte. É um sinal de fraqueza, não uma atitude digna. Colocar artilharia pesada e lança foguetes no interior de cidades é proibido pela convenção de Genebra. (criar escudos humanos). Os líderes ocidentais incentivaram este governo ucraniano (…) tiveram um comportamento no limite do criminoso.

E este comportamento persiste. A UE vai dar 500 milhões de euros em armas e combustível para a Ucrânia, embora os apoios sociais e a empresas em dificuldades devido às sanções à Rússia tenham de sair dos Orçamentos de Estado – mais endividamento…

O dilema para os russos é a luta nas cidades. Eles querem que no fim haja ucranianos amigos. Isto complica-se com o problema de limpar os nazis de Mariupol sabendo que usam as pessoas da cidade como reféns. O mesmo problema existe, em menor grau, noutras cidades. Em 11 de março, 12 corredores humanitários estavam ativos em quatro regiões para permitir retirar civis. Entretanto fechava-se o cerco a Kiev e Kviv.

As sanções, usadas indiscriminadamente pelos EUA contra quem não lhe agrada, não resultaram com Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, Irão, Rússia ou China, etc, o que mostra os limites de poder e o declínio do império incapaz de levar de vencida os que não se lhe submetem.

O atual plano de “sanções do inferno“, proibindo exportações de energia da Rússia é um tiro nos pés, ou mesmo mais acima, para a UE. Cerca de 45% do gás natural da UE veio da Rússia em 2021, a Rússia também é o maior fornecedor de petróleo da Europa. Washington está a aproveitar o sentimento de insegurança que reina na UE para intensificar em seu benefício a crise. As consequências das sanções foram com detalhe analisadas por Pepe EscobarIrina SlavMichael Hudson.

Nesta situação a UE coloca-se ao nível do Egito aquando protetorado britânico em que quem mandava eram os Altos Comissários Gerais britânicos, que acumulavam a função de cônsules gerais do Império Britânico no Egito. A NATO tornou-se um órgão de formulação de política externa da UE que aceita ser um “apêndice” obediente ao ponto de não dominar os seus interesses económicos.

3 – Cenários

No I Ching, livro das adivinhações chinês, há um capítulo sobre as crises. Ali diz-se que quando uma crise está iminente há sempre três avisos, quando chega o último já nada a impede. Os dois primeiros avisos foram desprezados pelos EUA/NATO, o terceiro identificamo-lo no discurso de Putin de 21 de fevereiro. Antes Vladimir Putin comunicou aos EUA/NATO os limites das suas linhas vermelhas, esperando uma resposta concreta desde novembro de 2021, após o que, tomaria contra medidas. Podemos agora distinguir três cenários e mais um:

– Um acordo de segurança na Europa entre a NATO e a Rússia, mas tal será improvável tanto na visão da Rússia como da China até que surja uma nova ordem mundial. Concluíram que não é mais possível partilhar uma sociedade global com os EUA, determinados a impor ao mundo uma hegemonia em que as suas leis e determinações se sobrepõem à soberania, decisões de outros países e mesmo da ONU.

– Os custos económicos e humanos das sanções serão tão catastróficos que Putin seria deposto por pró-oligarcas ocidentais. Desde 2014 são aplicadas sanções à Rússia. A economia russa provou ser notavelmente à prova de sanções. Hoje a economia da Rússia é muito mais resiliente a sanções do que era em 2014. A história das “sanções do Inferno” não é credível. O resultado pode bem ser a desdolarização da economia global e uma escassez maciça de matérias-primas à escala mundial. Neste cenário a UE é o perdedor económico e político principal.

A votação na ONU contra a Rússia mostra que a “comunidade internacional” liderada pelos EUA encolhe: embora tenha recolhido 141 votos a favor, 5 votos contra e 35 abstenções (a Venezuela perdeu direito de voto por dívidas à ONU) mostrou que em temos populacionais a maioria do globo não alinha com os EUA. Quanto às “sanções do inferno” são seguidas somente pela UE, Albânia, Reino Unido, Islândia, Canadá, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Macedónia do Norte, Singapura, EUA, Ucrânia, Montenegro, Suíça, Japão e Taiwan, mais cinco mini-Estados: Andorra, Liechtenstein, Micronésia, Mónaco, San Marino. Veja-se que nesta conjuntura África, América Latina, Ásia, se afastam da chamada “comunidade internacional”. A propaganda diz: “a Rússia está isolada”…

– Outro cenário que os EUA/NATO preparam é envolver a Rússia numa guerra de guerrilha tornando os custos da invasão proibitivos em termos de perdas militares e económicas. Segundo a Rússia os mercenários enviados pelo Ocidente não serão considerados combatentes. Segundo o direito internacional, eles não têm direito a receber o estatuto de prisioneiro de guerra e “o melhor que pode acontecer em caso de serem presos é enfrentar responsabilidade criminal.”

No caso de a Rússia expulsar o governo Zelensky do país, os EUA, como nada aprenderam com a “experiência” Guaidó e outras, podem preparar um governo ucraniano no exílio e uma longa rebelião apoiada por milhares de milhões de dólares.

Neste cenário os “comentadores” acham que quanto mais longo for o conflito mais difícil será a China apoiar a Rússia. Mas têm pouco a que se agarrar. A “amizade China-Rússia é sólida como a rocha e livre de interferências de quaisquer terceiras partes”, disse o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. “Como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, China e Rússia são importantes vizinhos e parceiros estratégicos um do outro. Estes laços são uma das relações bilaterais mais cruciais do mundo, a nossa cooperação não só traz benefícios e bem-estar para nossos povos, mas também contribui para a paz, estabilidade e desenvolvimento mundial.”

– Uma guerra mundial não é um cenário que possa ser posto de parte. A Rússia afirma lutar pela sua existência, mas também os EUA como império global. Sem esta condição em que se tornariam os EUA, um país ultra endividado?

Vladimir Putin avisou que quem tentasse impedir a Rússia de atingir os seus objetivos na Ucrânia iria sofrer “consequências nunca vistas na sua história”, dias mais tarde, perante a hipótese de intervenção direta da NATO, foi ordenado que as forças de dissuasão nucleares russas fossem colocadas em modo especial de serviço de combate. A Rússia é uma das duas potências nucleares mais poderosas, tendo vantagens numa gama de armas de última geração.

Em vez de ter o realismo de reconhecer os interesses russos ao longo de sua fronteira ocidental – e buscar um terreno comum de colaboração sobre os problemas mundiais e não intervenção nas políticas internas de cada Estado, os EUA escolheram o confronto, com o risco de um conflito militar crescente.

O fim da invasão e da guerra na Ucrânia só pode ser garantido se a própria segurança da Rússia for garantida. A segurança é em grande parte indivisível. Este é um princípio fundamental em que a Rússia insiste com razão. Porém o Ocidente recusou-se a reconhecer os direitos iguais da Rússia na organização da segurança europeia – que levaria ao fim do controlo dos EUA sobre a Europa.

Após uma luta dolorosa a Europa buscará a reconciliação. A América será mais lenta: os falcões de Washington tentarão redobrar esforços. E será a situação económica que poderá em última análise determinar o “quando”. (Alastair Crooke)

A questão é: como terminará este conflito. Tal como as paixões (no dizer dos psicólogos) ou termina na loucura ou pelo esgotamento. De qualquer forma, o império ao levar a Ucrânia à destruição para submeter a Rússia, já garantiu o fim do mundo unipolar. Destruídas infraestruturas militares ucranianas criadas pela NATO e os batalhões nazis como o Azov, que mantêm refém o povo de Mariupol, capturando os seus líderes, vivos ou mortos. A Rússia está em condições de negociar uma nova arquitetura política para a Ucrânia, libertada de fascistas poderosos e sendo restauradas políticas pacíficas. Os próprios ucranianos devem decidir, como continuar a viver. Uma Ucrânia Federal reconhecendo a independência das Republicas de Lugansk e de Donetsk incluíndo Mariupol tal como após a proclamação desta República em 2014, perdida depois para as forças ucranianas, será o plano russo. Funcionará?

O verdadeiro terrorismo mediático desencadeado – em contradição com o que enviados especiais relatam no terreno! – encobre a impotência ocidental, impedindo a tomada de consciência dos povos para as crises e perigos existentes. É urgente um novo padrão de política externa de cooperação internacional e desmilitarização.

O empenho dos EUA em criar um conflito na Ucrânia foi um erro estratégico que pode bem ser o fim da Europa da NATO. A situação permanecerá com todos os perigos latentes até os povos se questionarem por que terão de pagar por armas dos EUA que apenas os colocam em perigo, pagar preços mais altos pelo GNL e petróleo, pagar mais por cereais e matérias-primas antes produzidas na Rússia e perder exportações.

Outros teatros de confronto geostratégico desenrolam-se com a China no Mar do Sul da China, com Taiwan e no Médio Oriente. No Médio Oriente há uma tentativa de contenção do Irão e da China. O ataque de drones aos Emirados Árabes Unidos, aliados dos EUA, em janeiro (reivindicado pelos hutis) está ligado ao controlo do estreito de Bab al Mandeb, essencial para a Nova Rota da Seda Marítima da China. O seu controlo pelos EUA compromete os objetivos chineses e enfraquece a Comunidade Económica do Leste Asiático. Justificativa suficiente de Washington para o apoio à guerra no Iémene. Mas os hutis dão aos Emirados Árabes uma escolha amarga: atacar suas cidades ou ceder no estratégico Bab al-Mandeb.

Tudo isto faz parte do evoluir de uma nova ordem mundial, um novo modelo geostratégico, cuja evolução depende de quanto os protagonistas (EUA e aliados versus Rússia e China) possam resistir nos conflitos atuais.

[NR] Aos valores mencionados devem-se acrescentar os US$13,6 mil milhões aprovados por Biden em 24/Fev/2022 de ajuda militar e humanitária à Ucrânia.   A soma dos valores dados a fundo perdido para a Ucrânia é superior à soma dos valores emprestados a Portugal + Grécia durante o período em que estiveram sob a tutela de Troikas (UE, FMI e BCE).


Gosta da Estátua de Sal? Click aqui.

25 pensamentos sobre “Como começou, como terminará

  1. Quem serão estes paneleiros do “Resistir”, que só sabem atacar os USA, a UE e a Ucrânia, e defender a posição do invasor e agressor Russo ? Mas julgam que os leitores da Estátua de Sal são tão estúpidos como eles ? Qualquer dia deixo de seguir a Estátua de Sal, estou farto de darem voz a cabrões.

    • Meu caro, ninguém, exceto você mesmo, atacou os EUA e a UE.
      O que aqui esta escrito e de forma que até você consegue ler, é uma das fotografias possíveis da guerra.
      Se tem visão diferente e for capaz de a transmitir, faça o favor de no la transmitir.
      Pelo que consigo imaginar, e tendo em conta a reação que já teve e a linguagem utilizada, não estou a ver que daí saia alguma coisa de jeito, o que é próprio dos ignorantes!

    • Alguem o obriga a ver ou ler a E de SAL……? Não tem liberdadde de “emigrar”?Pq é mal educado? Boa viagem…..e não volte pq é mal educado…

    • Foda-se ! Grande testamento, com documentos em cirílico, a “provar” a corrupção dos ucranianos e do Joe Biden…………….Já se sabia que os maiores oligarcas do mundo eram ucranianos: https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Russian_billionaires. Tenha vergonha, Manulito ! 2021 billionaires list
      Russia Rank World Rank Name Citizenship Net worth (billions of USD) Source of wealth
      1 51 Alexei Mordashov Russia 29.1 steel, investments
      2 55 Vladimir Potanin Russia 27 metals
      3 59 Vladimir Lisin Russia 26.2 steel, transport
      4 66 Vagit Alekperov Russia
      Azerbaijan 24.9 oil
      5 66 Leonid Mikhelson Russia 24.9 gas, chemicals
      6 78 Gennady Timchenko Russia
      Finland
      Armenia
      22 oil, gas
      7 99 Alisher Usmanov Russia 18.4 steel, telecom, investments
      8 105 Andrey Melnichenko Russia 17.9 coal, fertilizer
      9 112 Pavel Durov Russia
      Saint Kitts and Nevis
      France 17.2 messaging app
      10 124 Suleyman Kerimov Russia 15.8 investments
      11 128 Mikhail Fridman Russia
      Israel
      Ukraine 15.5 oil, banking, telecom
      12 142 Roman Abramovich Russia
      Israel
      Portugal
      Lithuania 14.5 steel, investments
      13 164 Tatyana Bakalchuk Russia 13 ecommerce
      14 193 Mikhail Prokhorov Russia 11.4 investments
      15 195 Viktor Rashnikov Russia 11.2 steel
      16 197 Leonid Fedun Russia 11.1 oil
      17 224 German Khan Russia
      Israel
      Ukraine 10.1 oil, banking
      18 234 Iskander Makhmudov Russia 9.7 mining, metals, machinery
      19 262 Viktor Vekselberg Russia
      Israel
      Ukraine
      Cyprus 9 metals, energy
      20 288 Andrei Skoch Russia 8.6 steel
      21 311 Dmitry Bukhman Russia 7.9 online games
      22 311 Igor Bukhman (ru) Russia 7.9 online games
      23 316 Alexei Kuzmichev Russia 7.8 oil, banking, telecom
      24 327 Alexander Abramov Russia
      Cyprus 7.6 steel, mining
      25 369 Igor Altushkin (ru) Russia 7 metals
      26 391 Dmitry Rybolovlev Russia
      Cyprus 6.7 fertilizer
      27 421 Andrei Kozitsyn Russia 6.3 metals
      28 451 Andrey Guryev Russia 6 fertilizers
      29 529 Pyotr Aven Russia
      Latvia 5.3 oil, banking, telecom
      30 608 Oleg Tinkov Russia
      Cyprus 4.7 banking
      31 638 Viatcheslav Kantor Russia
      United Kingdom
      Israel 4.5 fertilizer, real estate
      32 638 Sergei Popov Russia 4.5 banking
      33 727 Igor Kesaev Russia
      Cyprus 4 tobacco distribution, retail
      34 775 Oleg Deripaska Russia
      Cyprus 3.8 aluminum, utilities, oil
      35 775 Sergey Dimitriev Russia 3.8 computer software
      36 775 Sergei Gordeev Russia 3.8 real estate
      37 831 Leonid Boguslavsky Russia
      Canada 3.6 venture capital
      38 859 Sergey Galitsky Russia 3.5 retail
      39 891 Aleksandr Frolov Russia 3.4 mining, steel
      40 891 Zarakh Iliev Russia
      Azerbaijan 3.4 real estate
      41 891 Viktor Kharitonin Russia 3.4 pharmaceuticals
      42 891 God Nisanov Russia
      Azerbaijan 3.4 real estate
      43 891 Vladimir Yevtushenkov Russia 3.4 telecom
      44 925 Samvel Karapetyan Russia
      Armenia 3.3 real estate
      45 925 Yuri Kovalchuk Russia 3.3 banking, insurance, media
      46 986 Artem Khachatryan Russia 3.1 retail
      47 986 Sergey Lomakin Russia 3.1 retail
      48 1064 Alexander Nesis Russia
      Malta 2.9 metals, banking, fertilizers
      49 1064 Alexander Ponomarenko Russia
      Cyprus 2.9 real estate, airport
      50 1064 Arkady Rotenberg Russia 2.9 construction, pipes, banking
      51 590 Aleksandr Skorobogatko Russia 2.9 real estate, airport
      52 1111 Konstantin Strukov (ru) Russia 2.8 gold, coal mining
      53 1174 Valentin Kipyatkov Russia 2.7 computer software
      54 1205 Alexey Repik (ru) Russia 2.6 pharmaceuticals
      55 1205 Yuri Shefler Russia 2.6 alcohol
      56 1249 Andrei Bokarev (ru) Russia 2.5 metals, mining
      57 1249 Mikhail Gutseriyev Russia 2.5 oil, real estate
      58 1299 Vadim Moshkovich Russia
      Cyprus 2.4 agriculture, land
      59 1299 Dmitry Pumpyansky Russia 2.4 steel pipes
      60 1299 Roman Trotsenko Russia 2.4 transport, engineering, real estate
      61 1362 Alexander Mamut Russia 2.3 investments
      62 1362 Arkady Volozh Russia
      Malta 2.3 search engine
      63 1444 Nikolai Buinov Russia 2.2 oil, gas
      64 1444 Gavril Yushvaev Russia 2.2 precious metals, real estate
      65 1517 Igor Makarov Russia 2.1 gas
      66 1517 Timur Turlov Russia 2.1 stock brokerage
      67 1580 Sergei Kolesnikov [ru] Russia
      Malta 2 building materials
      68 1580 Igor Rybakov Russia 2 building materials
      69 1580 Mikhail Shelkov Russia 2 titanium
      70 1580 Alexander Svetakov Russia 2 real estate
      71 1664 Andrey Blokh Russia 1.9 cannabis
      72 1664 Eugene Shvidler Russia
      United States 1.9 oil
      72 1750 Roman Avdeev Russia 1.8 banking, development
      73 1750 Vladimir Bogdanov Russia 1.8 oil
      74 1750 Dmitry Kamenshchik Russia 1.8 airport
      75 1750 Sergei Studennikov Russia 1.8 liquor stores, supermarkets
      76 1833 Vasily Anisimov Russia 1.7 real estate
      77 1833 Said Gutseriev Russia 1.7 oil, retail
      78 1833 Sergei Katsiev Russia
      Canada 1.7 retail, wholesale
      79 1833 Megdet Rahimkulov Russia
      Hungary 1.7 investments
      80 1833 Ivan Savvidis Russia
      Greece 1.7 tobacco, agribusiness
      81 1931 Alexander Klyachin Russia 1.6 real estate
      82 1931 Leonid Simanovsky (ru) Russia 1.6 investments
      83 2035 Pyotr Kondrashev Russia 1.5 investments
      84 2035 Vladimir Litvinenko Russia 1.5 chemical industry
      85 2141 Farkhad Akhmedov Russia
      Azerbaijan 1.4 investments
      86 2141 Andrei Kosogov Russia 1.4 oil, banking, telecom
      87 2141 Anatoly Lomakin (ru) Russia 1.4 investments
      88 2141 Airat Shaimiev Russia 1.4 refinery, chemicals
      89 2263 Yelena Baturina Russia 1.3 investments, real estate
      90 2263 Oleg Boyko Russia 1.3 diversified
      91 2263 Eduard Chukhlebov Russia 1.3 metallurgy
      92 2263 Igor Kudryashkin Russia 1.3 metallurgy
      93 2263 Lidiya Mikhailova Russia 1.3 agribusiness
      94 2263 Ilya Scherbovich Russia 1.3 investments
      95 2263 Anatoly Sedykh Russia 1.3 steel pipes
      96 2263 Radik Shaimiev (ru) Russia 1.3 refinery, chemicals
      97 2378 Aras Agalarov Russia
      Azerbaijan 1.2 real estate
      98 2378 Gleb Fetisov Russia 1.2 investments
      99 2378 Eugene Kaspersky Russia 1.2 software
      100 2378 Andrei Komarov (ru) Russia 1.2 manufacturing
      101 2378 Alexander Lutsenko Russia 1.2 agribusiness
      102 2378 Andrei Molchanov Russia 1.2 construction materials
      103 2378 Andrei Rappoport Russia 1.2 investments
      104 2378 Boris Rotenberg Russia
      Finland 1.2 construction, pipes, chemicals
      105 2378 Albert Shigaboutdinov Russia 1.2 refinery, chemicals
      106 2378 Sergei Sudarikov Russia 1.2 finance, development
      107 2378 Rustem Sulteev Russia 1.2 refinery, chemicals
      108 2524 Gennady Kozovoy (ru) Russia 1.1 coal
      109 2524 Igor Yusufov Russia 1.1 oil & gas
      110 2524 Boris Zingarevich (ru) Russia 1.1 pulp and paper, diversified
      111 2674 Albert Avdolyan Russia
      Armenia
      Malta 1 oil, mining
      112 2674 Lev Kvetnoi (ru) Russia 1 cement
      113 2674 Vladimir Leschikov Russia 1 real estate
      114 2674 Sergei Makhlai Russia
      United States 1 fertilizers
      115 2674 Vitaly Orlov Russia 1 fisheries
      116 2674 Zakhar Smushkin (ru) Russia 1 pulp and paper, diversified
      117 2674 Ruben Vardanyan Russia
      Armenia 1 investment banking
      118 2674 Vadim Yakunin Russia 1 pharmacy

      • Esqueceu-se do presidente zelensky que você venera. Vá ler Sábado, da semana passada. E não diga que a Sábado é dos russos. E se acha que é, trate-se. Tenho amigos pró-russos psiquiatras que lhe fazem bons preços num pacote de consultas porque só uma não chega para curar crises agudas..,.

    • Até ao início da guerra, a Estátua de Sal era um blogue interessante. Não sei porquê, passou a dar voz a tudo o que é anti-americano primário e pró-russo. Vão bardamerda !

        • Lamento muito que a Estátua de Sal, um blogue que eu apreciava, pela pluralidade de pontos de vista, a partir do início da guerra, tenha passado a ser porta-voz do Kremlin. E, quanto aos comentadores avençados que nos vêm tentar vender a banha da cobra, não tenho nem pachorra para os contestar nem eles, pela sua desonestidade, merecem tal esforço. Resta aplicar-lhes um bom vernáculo, já que as bengaladas não são possíveis.

    • Devo acreditar na narrativa imposta pelos EUA/NATO/UE? Que até reinstalaram, mesmo depois do 25 de Abril, a censura? Ou procurar investigar os dois lados da questão e não me confinar ao rebanho de uma só narrativa? Aconselho-o a ver a entrevista do prof. da Univ. de Chicago, John Maersheimer, sobre as causas/origens deste conflito. Está disponível em ‘Embaixada da Resistência’ e noutros sítios da internet.

      • Mas qual narrativa? Factos são factos! Quem é que invadiu quem?
        O resto é treta, seja o Zelinsky nazi ou não! Isso é lá com ele e com os cidadãos ucranianos!
        Quem forçou a Europa a ter esta posição foi o pudin!!!

        • Sim, realmente, qual narrativa ? Factos são factos! Os Aliados invadiram a Europa!

          O resto é treta, seja o Hitler um nazi e um genocida ou não! Isso é lá com ele, os alemães e os judeus!

          Quem forçou a Europa a ter aquela posição foi o Churchill, o de Gaulle e as resistências francesas com as suas ideias de acabar com o domínio imperialista e cheio de ideias da Superioridade da Raça do Adolfo!

          • Este comentário é infame e (des) classifica-o. Se alguém tivesse dúvidas onde está o “coração” dos Putinistas.

  2. A Estatua de Sal está a esforçar-se para cumprir o sonho de ser uma espécie de Infowars de Portugal! Deixem-no lá, ele lá sabe.

    Putin é o novo Trump, não vêem? Até o André Ventura desta vez se colocou do lado certo da História!

  3. De uma coisa tenho já a certeza: quem defende as atitudes do Mundo Ocidental/NATO contra a Federação Russa utiliza, contra os seus oponentes, uma linguagem torpe e soez. Para mim está tudo esclarecido. Ainda bem que me não identifico com essa gente tacanha e mal educada, que sem argumentos válidos só sabe insultar,

  4. Gostaria de lhe dar os parabéns pelo texto, que denota uma imparcialidade à prova de bala e, se me permite, colocar as seguintes questões:

    -“ O acordo de Minsk (2014), nunca cumprido pela Ucrânia com apoio da NATO”: o incumprimento a que se refere foi exclusivamente do lado Ucraniano, ou de ambos os lados?

    -Quando se refere ao “golpe de Estado fomentado pelos EUA”, em 2014, refere-se aos mortos que a polícia de Yanukovytch infligiu na praça Maidan aos civis que a ocuparam durante meses, porque se sentiam enganados pelo presidente pró-Putin ter enganado o povo voltando atrás no desejo de aderir à UE e que entretanto fugiu? Consegue referir-se a um golpe de estado quando foram de imediato convocadas eleições para daí a 3 meses?

    -A omissão no seu texto dos acordos de Budapeste (1990) onde a Ucrânia aceita a desnuclearização em troca do compromisso da Russia respeitar a independencia, soberania e fronteiras da Ucrania e abster-se da ameaça ou de uso da força, foi propositada ou esquecimento?

    -“O presidente russo salientou que os habitantes russófonos têm sido sujeitos a um genocídio nessa região” – Há alguma organização independente a confirmar o que o presidente Putin disse, ou é apenas crença de que Putin não mente?

    -“Quebrando o acordo com Gorbachov, a NATO expandiu-se para 14 países do Leste” Consegue adiantar em que data foi assinado o acordo que refere que os países da ex-URSS não poderiam aderir à Nato?

    -“A votação na ONU contra a Rússia mostra que a “comunidade internacional” liderada pelos EUA encolhe: embora tenha recolhido 141 votos a favor, 5 votos contra e 35 abstenções (a Venezuela perdeu direito de voto por dívidas à ONU) mostrou que em temos populacionais a maioria do globo não alinha com os EUA” – quando sente necessidade de argumentar com a população de cada país, acredita mesmo que a China, Guiné Equatorial, Irão, Cuba, Nicaragua, Coreia do Norte, Siria, Bielorrussia são democracias e que por isso a vontade dos seus representantes oficiais representa a vontade dos seus cidadãos?

    -Quando refere a necessidade de “limpar os nazis” questiono se entende que os nazis só existem de um dos lados da fronteira. Será falso afirmar que Putin é um dos principais financiadores da extrema direita europeia? A percentagem de extrema direita no parlamento Ucraniano é superior à do parlamento Russo? Ou será que o “nazismo na Ucrania ” remonta à fome e morte que Estaline impingiu aos ucranianos e que criou um sentimento de revolta e de apoio aos alemães que libertaram a Ucrania da opressão Russa?

    -Quando refere “Os próprios ucranianos devem decidir, como continuar a viver.”, quer dizer que os ucranianos deveriam poder escolher as alianças e organizações de que pretendem fazer parte?

    • Parabéns pelo seu comentário. Uma correcção: Não é uma “imparcialidade à prova de bala”, é uma “imparcialidade a pedir balas”, e muitas.

    • Todas as suas observações são pertinentes. De tal forma que só quero que me esclareça este “acaso da geografia”. A Rússia “escolheu” um território e uma geografia ao lado de catorze bases da NATO. Quem a mandou fazer tal escolha?!

      https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fsomera.simoes%2Fposts%2F2145907678909419&show_text=true&width=500” width=”500″ height=”507″ style=”border:none;overflow:hidden” scrolling=”no” frameborder=”0″ allowfullscreen=”true” allow=”autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share

    • Li com atenção as suas objecções em relação à imparcialidade do texto de Daniel Vaz de Carvalho, que não sei quem é, publicado em ‘Resistir’, em 16 de Março de 2022, e que a ‘Estátua de Sal’ aqui republica. Posso aconselhá-lo a ver a entrevista, além do artigo ‘Porque é o Ocidente o principal responsável pela crise ucraniana?’, do prof. da Univ. de Chicago, John Mearsheimer, sobre as origens/causas desta guerra? Está disponível, legendada em português, em ‘Embaixada da Resistência’ e noutros sítios da internet.

Leave a Reply to marsupilamiCancel reply

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.