Lei marcial na Ucrânia

(Joseph Praetorius, 27/11/2018)

ucrania

Lei marcial na Ucrânia onde Poroshenko prepara o esmagamento de qualquer oposição, a começar, evidentemente, pelas multidões cristãs da Igreja Canónica (com a benção do patriarca da OTAN em Constantinopla) enquanto os neo-nazis (que o nazismo consideraria inevitavelmente sub-homens) lançaram um ataque provocatório contra o consulado russo em Karkov, incendiando-o, perante o silêncio do “ocidente” que assim retoma (sem energia nem dinheiro) o delirante projecto do confronto militar imediato com a Rússia, usando o moribundo Poroshenko e o “estado” já inviável da Ucrânia.

Macron, May, Rutte, Morawiecki, Löfven, o emir do Kwait e Trump mandaram sustentar no conselho de segurança da ONU o cadáver adiado de Poroshenko, cujo destino se consumaria nas eleições da próxima primavera sem esta artifíciosa Lei Marcial que se prefigura homicida, senão genocidária, ao menos no plano dos perigos evidentes.

Mas nada há firme nesta cena internacional, porque no Conselho de Segurança, destes sete se demarcaram oito, seja porque a abstenção não é uma aprovação, seja porque a oposição clara da Bolívia, China, Rússia e Kazaquistão traduz uma evidente e impressionante relevância política (militar e económica) à escala do globo.

O “ocidente” joga estupidamente as últimas cartas (fracas) no jogo da sua irremediável, dolorosa e irreversível decadência e do seu regresso à pobreza, que não lhe é já possível contrariar pela morte e pelo saque impostos aos outros povos da terra.

Em breve as suas oligarquias estarão a discutir não já o preço das vidas alheias, mas o das suas próprias existências.Esse preço não pode ser elevado, por corresponder à improbabilidade do êxito que lhes cabe.

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