Eu, a juíza do interrogatório e o Mendes das claques

(Ferreira Fernandes, in Diário de Notícias, 25/11/2018)

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Num final de campeonato, o FC Porto ia a Alvalade com a possibilidade de ser campeão. O autocarro do clube parou no estádio e uma chusma de claque sportinguista correu ao varandim para insultar os jogadores portistas. Lembro-me de um dos insultados ser o Rui Barros, um jovem gentil que eu conhecera em Turim quando ele jogava na Juventus. Entretanto, a manada atropelou-se no varandim e o que era provável acontecer aconteceu mesmo. O gradeamento cedeu, dois rapazes caíram e morreram. Aconteceu em 1995 e eu escrevi, aqui no DN, uma crónica sobre o essencial do assunto: estupidez das manadas.

Quer dizer, para familiares e amigos, as duas mortes foram uma tragédia e tudo o mais mera moldura, um contexto menos importante. Para familiares e amigos, naturalmente o que contou foram as duas mortes. Se eu fosse vizinho de qualquer das vítimas, haveria de visitar a família e poupá-la-ia da minha opinião sobre as claques. Mas para quem falava publicamente do assunto – como eu, em crónica de jornal -, o mais importante de comentar era exatamente o contexto: havia acéfalos que punham em risco a sua vida e a de outros, e exerciam uma atividade bruta e sem préstimo. Era óbvio que essa prática generalizada podia levar a tragédias – como conduzir em contramão na autoestrada -, o que retirava às mortes a condição de acidente ou acaso.

Começo esta crónica assim porque quero mostrar que se pode ter uma opinião radical, como eu tenho sobre as claques – todas imbecis -, e admitir que haja outros olhares, legítimos e até comoventes. Quero dizê-lo porque uma coisa é uma coisa e outra coisa, outra. E quero dizê-lo também porque esse acontecimento trágico de 1995 é bom pretexto para se ver como as mesmas palavras ditas em situações diferentes não são as mesmas palavras. Mais uma vez, a minha ladainha preferida no jornalismo: há que saber do que estamos a falar quando estamos a falar.

Por razões que explicarei adiante, disse eu a Fernando Mendes, já então um cabeça quente da claque sportinguista, em 1995: “Você não é nada.” As mesmas palavras que uma juíza agora, 2018, disse a Fernando Mendes, cabeça ainda mais quente de claque sportinguista, em 2018: “O senhor não é nada.” Esta aparente coincidência, só aparente, ilustra a indecência que é a transmissão pública dos interrogatórios judiciais a detidos. Eu falei ao tal Mendes em debate televisivo e, por mais que eu despreze os chefe de claques, a conversa pública foi entre iguais. Já a juíza interrogava um suspeito, a conversa não era entre iguais. Falar-lhe daquela forma foi um abuso a um cidadão. E que alguém torne público o amesquinhamento de uma autoridade a um cidadão é ainda um maior abuso – pertence à família dos justiceiros que no faroeste enchiam de penas e alcatrão os pretensos culpados.

Em 1995, porque eu publicara a tal crónica, a SIC convidou-me a ir a um programa em que se debatiam as mortes na queda do varandim de Alvalade. Fernando Mendes apareceu a defender as claques e até a necessidade de serem subvencionadas para a sua função. Foi aí que eu disse: “Você não é nada.” No futebol, prossegui, alguém é Dominguez, o futebolista que se sentava à minha esquerda, alguém é o “grande capitão”, capitão da Académica e treinador, e apontei o mítico Mário Wilson, que se sentava em frente a mim, alguém é também um roupeiro, generalizei, citando a talvez mais humilde das funções necessárias no futebol. As claques eram desnecessárias.

Porque, como já disse, era uma conversa pública entre iguais, Fernando Mendes pôde lançar-me, na SIC: “Parece que está com medo, eu não lhe bato.” Lá está… A juíza, com o suspeito Fernando Mendes, disse-lhe aos gritos: “O senhor não é nada… ” E: “Não se atreva!” E: “Deixe-me falar!” Por seu lado, Mendes foi sempre respeitoso: “A senhora juíza…” Lá está! Aquela não era uma conversa entre iguais, e porque isso foi entendido pela parte fraca, a parte fraca baixou a bola, o que agrava o comportamento da juíza. Ela era a autoridade a falar com um cidadão suspeito, e por ela ser o que era, exigia-se da autoridade contenção no tom e nas palavras.

Isto, dos abusos judiciais nos interrogatórios, já se tinha verificado na soberba dos interrogadores com uma senhora negra, no caso Sócrates. E de forma indireta, pelo que se adivinhava de humilhação nas caras da mulher de Carlos Santos Silva, o mesmo caso, e com o ex-ministro Miguel Macedo e o ex-diretor do SEF Manuel Palos, no caso vistos gold – já somos espectadores habituais, com um ignóbil acervo de abusos para comparar. A perda das estribeiras por parte da juíza no caso Alcochete só vem revelar que a convicção se instalou entre muitos juízes e magistrados do Ministério Público: os suspeitos são subcidadãos.

Oiçam, então, esta opinião de alguém que quer respeitar a justiça portuguesa: mesmo que ninguém se lembre, o que é certamente o caso, do que eu disse naquela emissão da SIC há quase um quarto de século, senti-me obrigado a escrever esta crónica. Era-me insuportável que se confundisse o que eu disse, sobre alguém que eu desprezo, com o que aquela juíza disse sobre a mesma pessoa e foi potenciado pela agora já tornada habitual exibição pública dos interrogatórios. Ninguém de bem pode querer ser associado, nem que seja por mera e longínqua coincidência, com esses abusos.

E, já agora, quando a prática se generaliza, abusando de gente de diferentes políticas e de suspeitos de crimes tão diversos – da corrupção ao hooliganismo, passando pelos passionais – divulgando os interrogatórios sob segredo de justiça, cada vez mais rapidamente colocados nos jornais e nas televisões, não é altura de falar do negócio por trás desta história?

Sim, o mais importante é o abuso sobre cidadãos. Culpados, suspeitos, inocentes, mas todos merecedores de não serem vítimas de abusos, sim, esse o grande crime cometido nesta malfeitoria agora tornada sistemática. Mas, só por curiosidade, não seria interessante saber quem ganha reles dinheirinho para passar as gravações? Pelo menos, livrávamos-nos da ingenuidade de que alguém faz isto por alguma convicção.

10 pensamentos sobre “Eu, a juíza do interrogatório e o Mendes das claques

  1. Pacheco, durante todo o período fértil da sua carreira política, andou enredado com indivíduos sem qualidades do mundo altamente corrupto do cavaquismo, alguns deles citou-os agora . Andou intimamente no meio deles tentando meter-lhes alguma ideologia nas cabeças mas o pensamento deles apenas tinha olhos fixos para o enriquecimento fácil, ali à vista e à mão, e sua imensa ambição muito facilitada a partir dos seus altos cargos de chefia política.
    E, mesmo quando a corrupção foi detectada à sua volta tendo como intérpretes os seus amigos partidários próximos, tornou-se ele próprio cúmplice dessa corrupção deixando e ajudando a construir uma narrativa falsa que fazia de outrem o bode-expiatório da corrupção amiga. Ainda agora e aqui volta a incluir Sócrates, sem que tenha alguma prova ou havido alguma condenação, como igual aos seus antigos correlegionários de partido corruptos para, precisamente, menorizar a corrupção dos amigos e, tal com o povo amestrado dizer, dessa forma que “eles (os outros) são todos iguais”.
    Verdadeiramente, Pacheco, nunca se demarcou de Cavado e do cavaquismo que aqui culpa de ser origem da degradação do seu partido PSD do qual ele foi ideólogo encartado e, quando o faz é em socorro das “personas” que apoia pessoalmente: foi assim com Sá Carneiro, com Cavaco, com Durão, com Leite e agora com Rio.
    Pacheco apoiou e teorizou fartamente sobre a bondade destas personagens em detrimento das que ele detestava ou elas o detestavam a ele, contudo, sem nunca se desvincular ou fazer mea-culpa acerca da sua contribuição para o que diz ser o lastimoso mau estado do seu partido.
    Durão, seu amigo que apoiou até na falsidade da guerra do Iraque, nem sequer é incluído no rol dos corruptos, exactamente, aquele que é tão universalmente corrupto que seis meses após deixar a presidência da UE nem sequer o querem ver à porta.

  2. https://pbs.twimg.com/media/Ds7ajCqWwAYQDJr.jpg

    “Uma coisa ótima de estar em Guadalajara é que não vejo jornais portugueses” – Graça Fonseca.

    Nota, prévia (e única). Por economia de tempo, organizei-me e acrescento apenas que, passado este período na direcção do qualquer-coisa, o senhor Ferreira Fernandes (Luanda, 1948), que já deveria ter idade para ter juízo mas que não tem, demonstrou que não reúne as qualidades profissionais para ser director do DN. Sobre as razões objectivas desta asserção, as minhas, é conferir, masculinizar e ampliar o que disse anteontem, ontem, hoje e, seguramente, continuarei a dizer sobre o papel a que se prestam outros/as jornalistas… como a Fernanda Câncio (em baixo, 1-2-3). Ou seja, os nomes que elenco a seguir, se por acaso entenderam a mensagem ministerial, poderão continuar a disfarçar, mas a ministra Graça Fonseca também estava a falar deles.

    Ferreira Fernandes, o Velho.
    Pedro Marques Lopes
    Duarte Marques, o Assombroso.
    Isabel Moreira
    Marco Capitão Ferreira
    Rui Tavares
    João Miguel Tavares
    Henrique Raposo
    Miguel Romão, o Anafado.
    etc.

    #Tangómetro™, pois, seis-sete experiência oito-nove-e-dez.

    ______

    3a, de 23.11.2018.

    É de pasmar que um/a jornalista de um outrora considerado jornal, de nome DN, gaste o seu precioso tempo (?) a vigiar o que dizem o CM, ou a CMTV, e que venha depois trucidar o sossego e a inteligência dos seus leitores e ouvintes.

    O sketch da procuradora – TSF, há dois-2-dois dias.

    21 DE NOVEMBRO DE 2018 – 08:15
    “A Opinião” de Fernanda Câncio, na Manhã TSF.

    3b, idem.

    Eis a prosa, para começar.

    Anteontem, vi um vídeo que me deixou estarrecida.

    Quando o abri, no Twitter, não sabia o que estava a ver.

    […]

    Fernanda, que, sinceramente, deveria parar um momento para pensar o que pensa da vida e o que anda a fazer no DN.

    3c, ibidem.

    Adenda, em tempo.

    … pensar no que se pensa, eis um bom lema para a vida.

    2, de 14.11.2018

    RFC diz
    Novembro 14, 2018 às 10:41 pm
    Off-ou-não, qu’aqui é que é um dos sítios quase perfeito.

    Manuel G., desde que o camarada Fernando Esteves criou o Polígrafo dei por mim a pensar se não deveria avançar com um projecto do caraças, baptizado Tangómetro, dedicado à personagem Valupiana, claro!, aos dependentes alcoólicos que bebem do pipo no Aspirina B, às garatujas do Pedro Marques Lopes e do assombroso Duarte Marques, às da Isabel Moreira em dose dupla, uff!, às do Marquinho Capitão Ferreira (g’anda look, ó meu!), às cenas fofas e quê do Rui Tavares (socorro!), idem às do JMT-bronco e às do Henrique Raposo-ainda-mais-bronco, às do anafado da FDUL apreciador do bello sexo, às das nevróticas moçoilas e aos nevróricos moços da Geringonça, às e aos tipas/os que administram a conta oficial do PS, no #Twitter, aos mocinhos d’Os Truques, e e e, etc.

    Tu, pensa bem no que me vais responder, considerarias que o blogue A Estátua de Sal, que dá guarida a alguns destes ilustres pensadores portugueses e a uma série de outros tipos qu’eu cá sei, estaria para sempre imune à minha curiosidade?

    Que achas, sim ou não?

    Polígrafo – Sapo, novo projecto.
    https://poligrafo.sapo.pt/

    1, de 1.11.2018.

    RFC diz:
    Novembro 1, 2018 às 7:04 pm
    Manuel G., como sou justo e ignoro o que te terá deixado tão indignado assim que até inovas sobre a existência de uma «corja da Justiça»*, SIC, deixa-me perguntar-te previamente o seguinte: o artigo do Ferreira Fernandes no DN é, exactamente, sobre o quê (sobre quem é percebe-se ou julga-se: arremessar a carne do Joaquim e do Miguel, pô-la às voltas por uns segundos numa picadora Moulinex, e no fim, saiba-se lá porquê, atacar a nova PGR)?

    Nota 1. Acho é que o FF está a entrar naquela fase da velhice em que os gaijos se deixam encantar pela carinhas larocas que os rodeiam, sendo que, reconhecidamente no caso do DN, é a Fernanda Câncio quem é a expert nos assuntos correlativos em especial os relacionados com o seu umbigo (e que já cansam, uff!).

    Nota 2, sobre o asterisco. Apesar de teres a criatividade literária e, eventualmente, a testosterona ambas em alta, lamento desiludir-te mas: «Não foram encontrados resultados para site:.pt “corja da justiça”», pois-pois.

    Nota 3, Sobre o que serão eventuais ossos de um Grilo, apesar de não me importar ao contribuir para a nova carreira do ramo alimentar, culinário?, do Ferreira Fernandes, desconheço o que poderão ser (mas desconfio que não se poderá usar a Moulinex, certo?).

    estatuadesal diz:
    Novembro 2, 2018 às 12:08 am
    RFC, vês pouco a CMTV. Aumenta as tuas visualizações do dito canal e perceberás como se interrogam os arguidos no tribunal, ao vivo e a cores… Agora a novela é o caso do triatleta assassinado.

    Liked by 1 person, LOL
    http://pt.gravatar.com/fonsecastater

    RFC diz:
    Novembro 2, 2018 às 11:58 am
    Manuel G., infelizmente tenho uma questão técnica para resolver (esqueci-me do carregador e estou sem bateria no portátil, o que me acontece uma vez de seis em seis meses…) e, por isso, não te posso responder como o assunto mereceria.

    Bem vês que, como é costume, fui deixando algumas pinceladas impressionistas sobre o assunto-maior que é para mim o facto de o DN em papel ter morrido, perante a conivência dos poucos jornalistas históricos da casa, de muitos desmiolados, cábulas e de outros, ou de outras!, que ali permanecem com o rabinho confortavelmente quente no sofá, presumo (foi linkado, aliás, um artigo cheio de oportunidade assinado pelo José Pacheco Pereira sobre o assunto, n’A Estátua de Sal, como decerto estarás recordado), dizia eu, ou queria dizer, que há um assunto-maior e outros infinitamente menores em que entra, imagina!, a personagem Valupiana com o seu malabarismo, estupidez e fanatismo sobre o que o que é, e quais os caminhos possíveis, para os jornais, rádios e TV’s que fazem parte do panorama mediático português.

    Fica prometido, voltarei ao assunto.

    estatuadesal diz:
    Novembro 2, 2018 às 3:30 pm
    oK. Fico a aguardar.

    [Está feito, see you!]

    • Manuel G., assim é um tempo ganhado (com dó). Esqueci-me d’isso dali em baixo, acrescento agora, mas, eventualmente, os passantes d’A Estátua de Sal terão assistido à histeria do PML, o Cabeçudo, no último Eixo do Mal, na SIC N, desfeito em lágrimas como uma doidona porque os jornais sérios (!!) não escreveram nada sobre a… cena da CMTV. Zero + JMT + PML + … = Z-e-r-o².

      Nota, em conclusão. Esta gentinha não pesca nada de nada sobre isto, não pesca nada e… não presta para nada.

      […]

      4, de 24.11.2018.

      «Fernanda Câncio assinou um texto na TSF — “O sketch da procuradora” — onde critica com bastante veemência Cândida V., e com o qual estou muitíssimo de acordo». – João Miguel Tavares, hoje.

      Nota. É este o #lixo em que estão transformados os jornais, pois.

      • Cândida Vilar, a atriz revelação da nova coprodução CM etc. – TSF, mais uma peça.

        Nota. Actualização porque a arte de perder o dia a tricotar passou a conjugar-se no masculino, o #PRocessodeAvacalhamentoemCurso.

        […]

        5a, hoje.
        Ó Daniel Oliveira, quem diria!, agora também andas a flanar umas cenas por aí (com essa voz colocada, de fazer inveja ao Fernando Alves, gramaticalmente limpa e… potente)?

        5b, idem.
        Masculinizem também isto, que, depois do Ferreira Fernandes, o Velho, do JMT-bronco e do Pedro Marques Lopes, o Cabeçudo, a arte de perder o dia a tricotar passou-se a conjugar no masculino.

          • Ri-te, ri-te, Manuel G.

            Olha outro, mais um para a série “Podem disfarçar, mas a ministra Graça Fonseca também estava a falar de vós.”

            6a, de 25.11.2018 (mas que deveria vir antes, portanto).

            Paulo Baldaia, no Twitter.
            Uma questão de civilização: A comunicação social portuguesa vive a mais grave crise da sua história. Coisas como a que ministra disse, sobre férias sem jornais já muitos de nós pensaram e disseram, mas nenhum era ministro com a tutela da comunicação social. 5 estrelas. Vai longe

            6b, idem.

            Em resposta a Paulo Baldaia
            Paulo Baldaia, que tem reconhecidas culpas no cartório quando esteve à frente da TSF e, principalmente, do DN, uma coisinha: é que, se entendeu, a ministra também estava a falar de e para si (e também entra no rol do etc., no caso).

            _____

            Daniel Oliveira
            Paulo Baldaia, o Latoso.
            Fernanda Câncio
            Ferreira Fernandes, o Velho.
            Pedro Marques Lopes
            Duarte Marques, o Assombroso.
            Isabel Moreira
            Marco Capitão Ferreira
            Rui Tavares
            João Miguel Tavares
            Henrique Raposo
            Miguel Romão, o Anafado.
            etc.

            [É giro, isto!]

  3. Não me tenho na conta de quem zurze nos nossos Magistrados Judiciais e do MP.. Respeito-os e frequentemente defendo as suas decisões. Porém venho notando que nos Tribunais a agressividade de ambos vem subindo de tom. Dizem-me que a culpa é dos excessos de garantias da defesa, que obstaculiza os interrogatórios e a assumpção do crime, usando algo que os Manuais de Direito chamam de Temor Reverencial, não penalizável na lei. Não sei se assim será, mas confesso que quando me sento num Julgamento e vejo o Procurador, de dedo em riste a apontar para o arguido, em tom ameaçador fico na dúvida se vou assistir a um julgamento em busca da verdade material, ou se estou apenas a assistir a uma formalidade, porque a decisão já está assumida para o MP. Pior quando constato comportamento similar dos Asas do Presidente do Colectivo (o único que não assume essa arrogância, mas peca pela omissão), gerando a ideia que a decisão já está assumida pelo Colectivo Judicial. Quase apetece perguntar, se a decisão já está assumida antes do julgamento se iniciar, porque não trazem o Acórdão já pronto? Poupava tempo à Justiça mas, bem sei, era por demais evidente. Algo vai mal no reino do poder judicial, e não sei é justo apontar o dedo aos Magistrados, como não é justo eles apontar o dedo a quem está diante deles. Convido-os a assistir a uns julgamentos e tirarem as vossas conclusões. Quid Juris?

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