3 000 000

(Por Estátua de Sal, 30/04/2018)

MAGrx

Estátua de Sal

Este blog atingiu hoje 3 000 000 de visualizações, número acumulado, desde 26 de Setembro de 2014, segundo as estatísticas do WordPress. O primeiro texto aqui publicado “O Coelho no País das Maravilhas”, era uma espécie de fábula à La Fontaine que pretendia desmontar os malefícios das políticas de austeridade da governação de Passos Coelho, executadas supostamente em benefício do País, quando na verdade, eram e sempre foram executadas em benefício de interesses muito específicos, a começar pela corte que o rodeava e pelos lote de súbditos laranjas do PSD e fiéis apaniguados.

Comecei com o blog numa tarde em que achei que devia dar voz à minha insatisfação com a situação política, social e económica que o País estava a seguir na época. Não podemos, sozinhos, fazer grande coisa, mas por pouco que façamos é sempre mais que fazer coisa nenhuma. O objetivo inicial era publicar textos meus, sempre que tivesse vontade e oportunidade de os escrever. Contudo, como manter uma continuada regularidade é extremamente difícil e desgastante, e como uma regularidade diária só é possível se fizermos da escrita profissão a tempo inteiro, desde cedo passei a republicar textos que vão surgindo na comunicação social institucional ou noutros sites e páginas da blogosfera.

É evidente que sou selectivo. Nem sempre concordo com a totalidade dos argumentos que os textos que publico apresentam, mas subscrevo, no essencial a substância dos mesmos. Alguns dos autores que aqui publiquei durante meses, por exemplo, passaram a ter, por aqui, apenas esporádica hospitalidade. É o caso de Clara Ferreira Alves, a qual, produzia prosas com as quais me sintonizava no tempo do Governo de Passos, mas que, após a entrada em funções do governo atual, revelou, de facto, que não passa de uma lídima defensora do Bloco Central de interesses que durante décadas governou o País com os resultados que se conhecem. Para ela, atacar Passos Coelho, era apenas uma forma de atingir uma desejada aliança PSD/PS, governando o País por décadas, sem oposição, de acordo com as ordens de Bruxelas, dos mercados, do Grupo de Bilderberg, ou de quaisquer outros mandantes.

Aliás, podem ver, se consultarem o Leitor, que se encontra no canto superior esquerdo da página, quais os sites e blogs que sigo e dos quais é frequente republicar muitos dos textos que aqui apresento.

Três milhões é um número muito grande. Claro que é inferior à dívida pública do País, mas é bem superior ao número de desempregados registados, e como se sabe, toda a gente diz que temos um desemprego elevado. E o número é tanto maior tendo em conta a temática das publicações.

Textos de carácter marcadamente político e económico, sempre numa perspectiva que não é a da manutenção do status quo, mas da alteração do status quo. E como não debato as chuteiras ou as namoradas do Ronaldo, nem as intrigas dos reality show, nem os enredos das telenovelas ou as novas receitas para fazer bacalhau, é óbvio que os que visitam a Estátua de Sal, não são, infelizmente, uma amostra maioritária daquilo que é a população do país ou correspondem ao perfil maioritário da população internauta, e isto tanto é válido para os que concordam quer para os que discordam daquilo que aqui é publicado.

E sobre a concordância ou discordância, é sempre possível e desejável que os visitantes deixem os comentários que acharem por bem. Todos eles foram e continuarão a ser publicados (independentemente da minha posição sobre eles), desde que obedeçam ao mínimo de civilidade na linguagem e no formato. Após a primeira aceitação de um comentário de um dado visitante, o sistema publica automaticamente os seguintes do mesmo autor, sem eu ter que dar qualquer aprovação.

A Estátua de Sal irá continuar com a mesma orientação e a prosseguir os mesmos fins. Usando a crítica, a liberdade de expressão e a escrita como arma, pugnando por uma sociedade melhor e mais justa como objetivo, porque, citando Vítor Hugo, “As palavras tem a leveza do vento e a força da tempestade”.

Estamos a atravessar tempos perigosos, de incerto rumo, e duvidoso norte. E só a capacidade coletiva de refletirmos sobre eles e sobre as tortuosas veredas por onde nos querem conduzir, agindo antecipadamente em conformidade, poderá evitar cenários de previsível catástrofe e retrocesso civilizacional.

Como proclama o lema da minha página do Facebook, “Entre as fendas dos dias e os sons feéricos dos vídeos dos novos tempos. Entre as palmas digitais dos novos mensageiros”, a Estátua de Sal continuará por aqui.

A todos os que me leem e me seguem e que por aqui tem passado, só me resta deixar uma palavra final: obrigado e regressem.


23 pensamentos sobre “3 000 000

  1. Obrigado Professor Manuel Gomes.
    Os seres pensantes têm uma dívida de gratidão em relação à sua pessoa.
    Que nunca o teclado lhe doa.

  2. Estamos apoiados em argilas soltas
    .
    No meu país há cinco desertos.
    O primeiro é uma multidão supersticiosa.
    O terceiro enche-se de tédio.
    O segundo e o quarto vivem cegos.
    .
    O último,
    o que vem de baixo,
    é a emanação dos mortos.

    M.A.
    P.s. Obrigada por este espaço de Liberdade.

  3. ESTÁTUA DE SAL É A MINHA A LEITURA DIÁRIA,PORQUE É UMA LUFADA DE AR FRESCO NESTE PAÍS,EM QUE AS NOTÍCIAS CHEIRAM A MOFO.

  4. Apesar de raramente comentar, a “Estátua de Sal” é um dos meus blogues de leitura diária obrigatória.
    Obrigado e ânimo para continuar.

  5. Parabéns e muito obrigada, continuarei a visitar a Estátua de Sal sempre que possível porque me identifico com a escrita e seus ideais,
    Bem Haja!

  6. Não costumo comentar mas leio-o diariamente e sempre com agrado. Não o conheço mas é como se conhecesse e simpatizo consigo, coisas da internet.

  7. Todos os dias de manhã leio os textos do Estátua de Sal e vários deles publico na minha página do facebook e no meu blogue. Continue que me apraz a sua leitura. Sei por – experiência própria – que é difícil alimentar diariamente um blogue com textos da nossa autoria. Parabéns pela bonita soma de três milhões. Um abraço.

  8. Um sincero obrigado pela ideia da criação deste blog e pela coragem da persistência “revolucionária”, no sentido correcto da palavra. Desde já há uns longos meses que sou um assíduo leitor, diário, do blog “A Estátua de Sal” concordando na grande maioria das vezes com as inquivocas verdades escritas, sendo que os pouquíssimos textos que não concordo, não me fazem nunca deixar de ler diariamente. Sempre, também, desejando que a grande maioria deles chegue ao maior número possível de pessoas na expectativa de “acorda-las” para muitas vezes se aperceberem da podridão actual de alguns dos principais órgãos de soberania nacional. Nunca me tinha apercebido de que poderia comentar e até escrever sobre algo com que também discordasse ou concordasse e achasse mal ou enganosamente divulgado. Parabéns mais uma vez e continuemos então. Abraço a todos (quase…) os participantes.

  9. Obrigado Estátua de Sal por existir e por nos poder oferecer um olhar e um pensamento diferente sobre o mundo que nos rodeia e que insiste em nos massificar. Sou fan incondicional e partilho este gosto com muitos amigos. Parabéns.

    Isabel Dantas, Arq

    Tel. 00351 91 721 16 13 isabelmariadantas@gmail.com

  10. Três milhões é um muito bom número!…
    Afinal ainda por aqui vai andando muita gente com bom gosto no que à luta política livre e civilizada respeita. E isto é muito bom sinal!…
    Parabéns a TODAS essas pessoas – umas e outras, sem a presença (participada, mesmo que apenas comentando) das quais o precioso contraditório aqui reflectido ficava mais pobre -, mas fundamentalmente ao ilustre blogueiro para quem aqui renovo o forte abraço de sempre deste modesto seu leitor, seguidor e difundidor da nossa Estatuadesal!… e que nunca a voz lhe doa nem a vontade lhe esmoreça para chegarmos aos 6.000.000.
    Depois, uma vex alcançados, rogarei mais e mais, na presunção de que não vai ser difícil lá chegar, porquanto, ouso supor, novos e muitos “ventos”, com suas “levezas”, estão a caminho para, porventura, fazerem sentir os “pesos” das tempestades, finalmente.
    Também tenho procurado, com a humildade dos fracos que me caracteriza, dar alguns contributos, ainda que modestos, mas sempre como singela manifestação do que, livremente, me vai no pensamento e que me dá prazer escrever neste espaço. Ultimamente mais ausente, porque noutras batalhas “fora de portas” me quis envolver (por apreciar mais estar perto do furacão da eterna luta de classes), das assíduas vindas aqui, apenas o tempo dá para a leitura, mas prometo voltar a comentar logo que me for possível, pelo que, e para o que, ao meu prezado amigo e companheiro de luta Estatuadesal, renovo cordiais felicitações pelo êxito alcançado e aqui deixo um sincero pedido/sugestão para que continue!…
    Um forte abraço, do
    aci

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