Uma “Anne Frank” Palestiniana?

(Dieter Dillinger, 22/02/2018)

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A pequenita palestiniana de 16 anos Ahed Tamimi deu uma bofetada num soldado israelita poderosamente armado e protegido com colete balístico e capacete Kevlar. O jovem soldado não reagiu mal e até sorriu. Segundo algumas testemunhas ele até teria dito: se me dás outra bofetada ainda caso contigo.

Mas a cena foi fotografada e passou para os tenebrosos serviços secretos que comandam certas unidades militares quase ao modo Gestapo/SS que os judeus israelitas deveria saber como funcionavam e não repetir.

Em Dezembro passado foram à casa da menina e algemá-la para levarem para a tenebrosa prisão/campo de concentração israelita em que dizem terem entrado mais de 10 mil palestinianos e só saíram uns mil, não se sabendo se estão lá 9 mil ou apenas uns dois mil ou menos. Aquilo, dizem os palestinianos, é o “Auschwitz” israelita. Exagerado em número, mas não tanto na proporção das reduzidas populações do pouco que resta da Palestina toda retalhada e ocupada por colonatos e até de Israel.

De resto a menina vivia numa aldeia perto de Ramalah, a capital da Palestina, e protestava contra a ocupação altamente provocatória por parte dos Judeus Israelitas que tiraram o poço de água, cercando-o de arame farpado.

Enquanto o jovem soldado israelita percebeu que qualquer reação brutal seria péssima para a causa israelita e benéfica para a palestiniana, os juízes militares judeus não entenderam assim a estão fazer um processo que pode levar a pequena Tamimi a passar anos presa naquela horroroso campo de concentração tipo nazi.

Há dias, Ahed Tamimi fez 17 anos. Pois recebeu congratulações de todo o mundo, incluindo de muitos jovens israelitas e judeus de todo mundo, principalmente dos EUA.

Naturalmente que se tornou uma heroína da causa do povo palestiniano esquecido de todo o mundo, uma espécie de pequena Joana de Arc. Já foi condecorada pelo presidente da Turquia sem que tenha sido possível entregar-lhe a condecoração.

A menina de cabelo encaracolado e loiro quase ruivo podia ser uma israelita se tivesse nascido do outro lado da fronteira ou europeia ou americana.

A secreta israelita investigou e a palestiniana também, concluindo-se que era mesmo natural da palestina e a cena não foi inventada nem a menina nunca fez teatro. Ela estava verdadeiramente em fúria com os ocupantes da sua aldeia que lhe tinham tirado a água e obrigado aquele pequeno povo a ir buscar o precioso líquido a Ramalah.

Os juízes israelitas e os governantes mostraram serem muito mais estúpidos que o jovem soldado de 19 anos. Enquanto mantêm a menina no seu “Auschwitz” estão mais uma vez a contribuir para o repúdio mundial de Israel.

Libertem-na, levam-na para casa, junto da sua família, e deixem-se de serem estúpidos, pelos menos durante uma meia hora. Não queiram fazer da pequenita Ahed Tamimi uma “Anne Frank” palestiniana.

3 pensamentos sobre “Uma “Anne Frank” Palestiniana?

  1. Os dirigentes das Nações estão cada vez mais radicais e irracionais. Veja-se o que o imbecil presidente dos EUA aconselhou aos professores para defesa dos alunos. E os seus capangas já estão a aplaudir a burrice . Isto vai muito mal ….

  2. A “menina” de 16 anos já tinha idade para ter juízo e medir as consequências. Agora serve para a vitimização do povo palestiniano muito embora este povo ande a armar crianças para a guerra. Ainda há quem embarque nestas cenas políticas.

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