Angola, o Expresso e o Ministério Público

(Por Dieter Dillinger, in Facebook, 13/01/2018)

MP_ANGOLA

O Expresso revela hoje que o Ministério Público não confia na Justiça angolana e ao colocar a notícia destacada a vermelho na primeira página, o semanário dirigido por Pedro Santos Guerreiro provoca inutilmente o Estado soberano de Angola e intriga no sentido de perturbar as relações de Portugal com Angola e até os interesses de mais de 100 mil compatriotas que vivem em Angola e possuem lá vastos investimentos.

Por isso, o MP português quer julgar o ex-vice presidente de Angola, Manuel Vicente, sem o ter ouvido e sem que seja arguido. O cidadão em causa nunca devia ser acusado em Portugal por gozar de imunidade institucional, no mínimo superior à dos filhos do embaixador do Iraque que sairam do país sem serem molestados, apesar das agressões que fizeram e o Iraque não tem acordos especiais no âmbito da Justiça e outros como têm Angola e Portugal no quadro da CPLP.

O Expresso não revela a sua fonte, porque os jornalistas a isso não são obrigados, mas se a Procuradora Joana Marques Vidal não vier desmentir essa afirmação e prometer que fará um inquérito dentro do MP para averiguar quem foi o autor e iniciar um processo disciplinar contra o mesmo, teremos de considerar que autoria e responsabilidade é da própria Joana Marques Vidal.

Um cargo de chefia não é um favor para ter um ordenado mais elevado, mas sim uma responsabilização por tudo o que acontece no seu serviço.

O MP não é independente das relações entre Estados e não tem de intrigar contra a soberania angolana, tanto mais que da parte portuguesa não há a mais pequena moral para acusar seja que Justiça for de não confiável.

A PGR recebeu o processo dos submarinos da justiça alemã,  que condenou os dois corruptores alemães a penas de prisão de dois anos cada, confiando que Portugal iria investigar e eventualmente acusar o, ou os corrompidos portugueses, como fez a Grécia que, pelo mesmo motivo, condenou o seu ministro da Defesa a 20 anos de cadeia.

A Justiça portuguesa ilibou Nobre Guedes de ter recebido mais de um milhão de euros a troco de deixar abater uma série de sobreiros no processo Portucale. Para além disso, a PGR protege o mais que presumível réu, Duarte Lima, acusado no Brasil de ASSASSINAR a sua cliente Rosalina para ficar com cinco milhões de euros.

Por outro lado, Portugal viola claramente o Acordo Jurídico e Judiciário subscrito pelos dois países em 1995 (Expresso páginja 15) e a Lei de Cooperação Judiciária Internacional em matéria penal (também Expresso). “Se assim é”, revela o Semanário, “Portugal terá então de denunciar os tratados internacionais a que está vinculado”.

A Justiça portuguesa recebeu recentemente um casal condenado e fugido à justiça timorense por ter traficado moeda estrangeira ilegalmente.

Até o comentador ocasional da extrema direita Jaime Nogueira Pinto critica a posição do MP português porque existe o acordo judicial no âmbito da CPLP, de que nenhum magistrado é independente.

Joana Marques Vidal prejudica severamente a PÁTRIA com o apoio de Marcelo Rebelo de Sousa e do PPD que a quer ver reconduzida à posição em que pode trair a Nação e os portugueses que vivem em Angola e Timor para não dizer noutros países.

Uma VERGONHA para a Joana e Marcelo, que não compreendem que a PÁTRIA, os interesses dos PORTUGUESES, as leis e os acordos internacionais estão acima das suas estúpidas vontades.

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