A INVEJA

(In Blog O Jumento, 16/12/2017)marcelo_in

A inveja, vulgo dor de cotovelo ou dor de corno, é uma doença tão nacional quanto a dos pezinhos e ao contrário da gripe que tem a sua época e a respetiva vacina, para esta epidemia não há nem épocas nem medidas preventivas. E quando se esperava pela chegada da gripe, com os velhinhos já todos vacinados, eis que somos atingidos por mais uma das nossas típicas pandemias de dor de corno.
Como não podia deixar de ser, o presidente de todos nós incarna como poucos as qualidades e males nacionais. Quando se antecipava ao Centeno e ao próprio INE, divulgando previsões de crescimento muito acima do inicialmente esperado, não promovia excesso de perspetivas, nem mesmo era um grande otimista. Agora, que o crescimento económico já não parece ser estimulado pelos beijinhos e abraços presidenciais Marcelo é um pessimista.
Isto de ter um ministro com mais prestígio internacional do que o conseguido com a fotografia do abraço à velhinha publicada na Time é uma chatice. Ter um ministro a quem se leu as mensagens privadas e agora não poder voltar a fazê-lo, porque a Europa morreria à gargalhada se soubesse que o Lobo Xavier foi mostrar os SMS da senhora Merkel ao seu amigo Marcelo é uma chatice. O melhor é usar os incêndios para meter o Costa e o Centeno na linha.
Outra bela manifestação da dor de corno nacional foi terem descoberto que em Portugal um vestido de luxo custa 200 euros, algo que deve estar a intrigar as grandes casas de moda de Paris; como é que uma senhora portuguesa que tratam por doutora, se veste com uns trapos de 200 euros e vai pavonear-se ao lado da Letícia. Então a Kate Middleton veste vestidos de “luxo” da Zara e a pindérica que vendia jornais numa avenida secundária de Lisboa é que se veste com luxo, mais barato do que camarão de aquacultura vendido no Pingo Doce?
Não pode ser, ainda por cima tem o desplante de empregar o marido e o filho pagando-lhe essa barbaridade corrupta de 1000 euros brutos. Há mesmo que acabar com a vaidade da senhora, tirar-lhe o Dr, o BMW e os vestidos de 200 € e meter no lugar dela alguém de boas famílias, mais ao estilo da senhora do Banco alimentar, educadinha e temente a Deus, sem a mania de andar de braço dado com governantes na praia de Copacabana.

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