Sobre os 100 milhões que Pais do Amaral deve à banca nacional

(Por Anticapitalista Incorrigível, in Estátua de Sal, 01/07/2017)

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Pais do Amaral é descendente do Marquês de Pombal e pretendente ao título de 2.° Conde de Alferrarede. 

(A notícia que o texto comenta foi publicada neste blog em 30/06/2017 e pode ser lida aqui)


Em que partido é que votará este exemplar de um empreendedorismo implantado por um grupo de uns quantos carrapatosos, mexias, bavas e mais uns quantos CEOs, que constituiram a “nova geração”, todos dentro do arco da governabilidade, todos agraciados com medalhas e agora, depois do mexia em que ainda não tinham mexido, já todos com a careca descoberta, veia/onda esta que viria a ser culminada pela exitosa intervenção do ilustre doutor miguel relvas (lembro um prós e contras onde a Fátima delirou com a presença de um mini-ceo, do Porto, com a cara salpicada de bexigas, a dar corda a este relógio do empreendedorismo luso) no tempo em que os pafistas pafiosos salazarentos exerciam a governança?
Em que lugar poderá encontrar-se o dias loureiro na escala do vidente de Massamá, no que a exemplos de empreendedores respeita?
E o que é que o Expresso do n° 1 da seita matilhada e alcateiada sediada lá prá São Caetano em Lisboa, tem que andar a bisbilhotar a vida deste elemento do Povo português (o tal povo que pró pedante do vitor gaspar louçã era só o melhor povo do mundo a quem ele, o pedante, pagou o que devia a este povo que nele, o pedante, investiu em formação, com um colossal aumento de impostos, ou o mesmo povo que na boca do ricardo salgado era o DDT), visto tratar-se de um empresário de sucesso???
Acaso o grupo chefiado por este tal n° 1 do partido dito popular e social e democrata estará melhor que o grupo deste senhor Pais do Amaral???
É que, que eu saiba, o grupo deste “democrata de gema” (a quem, um dia, o finado charlatão enviou um exemplar do seu “livro” “Portugal amordaçado” e lhe pediu para ele divulgar, o que, ao que parece, anda a ser agora redivulgado, em fascículos semanais, no referido Expresso – então esta farinha não é, ou não foi sempre, farinha do mesmo saco??!!), desde há muito, está numa situação de falência técnica e só não foi já à vida porque “a banca amiga” tem feito como deus faz ao menino e ao borracho, pondo-lhe sempre a mão por baixo, quando vão a cair (por isso, essa coisa do menino brasileiro ter sido salvo por milagre dos pastorinhos de Fátima deveria ser bem esclarecida, ó papa Francisco, porque, a ser verdade o adágio do “ao menino e ao borracho”, ter-te-iam vendido gato por lebre, ó amigo Xico), ao passo que, no grupo deste outro democrata de gema, o Pais do Amaral, claro, a situação do balanço parece não ser de falência técnica!

Enfim, coisas do capitalismo. Pais dos Amarais, Pintos Balsemões, Ricardos Salgados, Migueis Relvas, Belmiros de Azevedos e mais uns quantos (cada vez em menor número dada a imparável caminhada para reduzir o tal 1% que tem tanta riqueza quanta a dos outros 99), são tudo farinha do mesmo saco, saco esse que se designa por C A P I T A L I S M O.

E enquanto este hediondo sistema, que vem invadindo, ocupando, matando, roubando…há já mais de 400 anos, não deixar de ser o sistema económico social dominante, situações como esta do Pais do Amaral continuarão. E vão continuar porque o Zépovinho paga.
E o Zépovinho paga porque tem (falsos) representantes nos chamados órgãos de soberania que o obrigam (democraticamente, pois claro, e em liberdade, obviamente).
E os órgãos de soberania(?) cá no jardim à beira mar plantado, são o PR, a AR, o Governo e os Tribunais. Mas a Presidência da Republica, a Assembléia da República, o Governo e os Tribunais, são instituições, que por serem isso mesmo, não vivem, não falam, não ouvem, não vêem não sentem, e normalmente localizam-se em grandes e sumptuosos edifícios, onde, na sua construção, predomina o mármore e o granito (tal como nas igrejas) não vá o diabo tecê-las e um dia o Zépovinho pagante e votante acordar e botar fogo nelas, nas ditas cujas. Mas, assim construídas, não vão nunca arder de certeza (foi curioso que, uma vez, já na primeira metade do séc XX, houve uns anarquistas, ali na vizinha Espanha, que, uma das iniciativas que tiveram para a sua tentativa da tomada do poder, foi lançar tochas a arder para dentro das igrejas, e a seguir fugirem!!!…). Porque, como o saudoso Aleixo ensinou:
Vós que lá do alto império
prometeis um mundo novo,
cuidado, não vá o POVO
um dia levar-vos a sério!
Daí as cautelas das elites do poder na escolha dos materiais com que são construídas “as casas da democracia”.
Deste modo, jamais poderemos (nós, o Zépovinho pagante e votante) pedir satisfações aos tais órgãos de soberania.
Mas neles, lá dentro das ditas instituições, estão pessoas, mulheres e homens, a exercer o poder (fundamentalmente para se governarem), os tais que se candidatam às eleições, vendem gato por lebre ao Zépovinho nas campanhas eleitorais, mas que, uma vez eleitos, c@gam no POVO e orientam mas é as suas vidas, as vidas dos seus e a dos amigos (quem é que não ouviu já falar dos boys).
E essas pessoas têm nomes.
E essas pessoas vivem (e de que maneira, se compararmos com o modo como vive o Zépovinho), comem e bebem do bom e do melhor, respiram por pulmões o oxigénio do ar que, por ser natural, dado pela mãe NATUREZA, é público e não se paga [por enquanto, claro, porque, por este andar, com a persistente crise do capitalismo, qualquer dia ainda se lembram (as tais pessoas eleitas pelo Zépovinho e pelos Ricardos salgados ou insossos, Pais do Amaral, Balsemões e quejandos, e mais os lacaios serventuários do capitalismo como os passos coelhos, os vitores gaspares, os miguéis relvas e macedos, os montenegros, os zezitos filósofos e tantos outros e outras, alguns deles, porque descobertas as falcatruas que fizeram quando detinham o poder, estão já a contas com a justiça, mas a maior parte ainda cá anda fora e muitos há que ainda não estão, sequer, indiciados como é o caso do cherne) ainda se vão lembrar de aplicar uma taxa (ou “taxinha” – ó Senhor PM, onde é que eu já ouvi falar disto) ao oxigénio ou aos outros componentes do ar].
Ou seja, as ditas cujas, que exercem as funções de soberania são primatas que tanto podem fornicar o Zépovinho, como podem vir a ser fornicados pelo mesmo Zépovinho.
Mas como é que se podem pedir as contas/responsabilidades?
Como é que o Zépovinho pode pedi-las aos seus eleitos (ou não eleitos, porque são mais os não eleitos que vagueiam por aí nos sítios chave para fornicar o Zépovinho, do que os eleitos, porque, em última análise, eleitos são os deputados à AR e o Presidente: e daquela sai o Governo que é empossado por este, e depois há toda a máquina do estado a funcionar e em que as chefias são nomeadas tendo em conta as negociatas que os três partidos do arco da governabilidade entendem cozinhar para dividir entre os três o “recheio do pote”.
E destas nomeações saem os directores disto e daquilo, os presidentes disto e daquilo, os comandantes disto e daquilo, etc.
Por exemplo, e por estar ainda fresquinho na memória do Zépovinho, há um destes gajos, que melhor dito seria: há um destes filhos de puta, que foi nomeado chefe da Santa Casa da Misericórdia regional, por algum dos que saíram do referido cozinhado e que lhe deve confiança política ou entre eles se estabeleceram relações de interesse recíproco (no Brasil chamam-lhe propinas, aqui já ouvi chamar-lhe fotocópias e até robalos), que, para deitar mais umas pedrinhas na engrenagem da GERINGONÇA [curiosamente, os pafistas pafiosos salazarentos que inventaram este termo para aplicar ao actual governo do partido dito socialista, e que durante tanto tempo foi um rega-bofe de risadas, até na própria AR, parece que já se arrependeram de ter inventado “a coisa”, porque já nem o fascistoide de um tal jornaleiro que gira sob a sigla de raul vaz e que ganha uns cobres na rádio pública como comentador de política nacional (lá está o tal cozinhado a funcionar entre os três partidos do arco, e o actual PM nada tem contra estas coisas; por acaso o outro Zezito da seita, o Seguro, até disse em público que se opunha a estas bandalheiras – bom, esta da bandalheira é da minha lavra, porque este Zezito não usa tais vocábulos para designar o cozinhado, até porque, segundo ouvi dizer, ele é Prof. não sei de quê, ou era, aí numa escola/universidade qualquer, ministrando um curso também não sei de quê, curso esse que tinha duas turmas, o Zezito Seguro assegurava uma e o DOUTOR miguel relvas assegurava a outra, e quando um não podia ir dar a aula, telefonava ao outro para ele tapar o buraco, mas, repito, estas coisas eu ouvi dizer), esse fascistoide, escrevia eu, deixou de falar em geringonça e passou a chamar “a actual solução governativa”, mas eu cá, nem que seja só por pirraça, irei continuar a escrever e a falar em GERINGONÇA e, como se pode ver, até escrevo em maiúsculas, dentro do mesmo princípio que me leva a escrever em minúsculas os nomes de gente, ou gentalha, por quem nutro consideração zero], inventou uns suicídios e logo foi meter a boa nova no cu do chefe, o vidente, que logo veio para as TVs atacar o governo com a falta de apoio psicológico!!!???… miserável é esta direita lusa, para ter à frente gentalha reles e sem escrúpulos como este canalha.
Bom, tudo isto para dizer que no capitalismo, seja sob os chapéus da social democracia, do socialismo em liberdade, do liberalismo, da democracia liberal, ou seja lá do que for, continuará a ser o capitalismo, esse hediondo sistema a que urge pôr termo, acabar com ele, pôr-lhe FIM! E como, perguntar-se-á?…
Ao lado dos explorados,
no combate à opressão,
não importa que me matem,
outros amigos virão!
Haja Sol e marinheiros, porque marés não vão faltar, por serem obra da NATUREZA!
Mas artigos como este, sempre vão alimentando discussões e são pano para mangas, enquanto até os indignados como o amigo Estatuadesal vão encontrando motivo para dar asas à sua pena, ou aos teclados do computador ou agora dos ecrãs!
Entretanto, em cada minuto que passa, morrem, em média, 17 crianças com fome ou subnutrição!…

3 pensamentos sobre “Sobre os 100 milhões que Pais do Amaral deve à banca nacional

  1. Só lamento é que não comente os restantes devedores à Banca, entre os quais o Luís Filipe Vieira cujo montante global de dívida à Banca ultrapassa em muito (1.000 milhões) A do Pais do Amaral

  2. A CRISE NÃO É DO CAPITALISMO…..NENHUM FICA SEM TECTO, NEM RENDIMENTOS, NEM PENHORADO…NEM VAI PARA A PRISÃO CUMPRIR PENA, PELO CONTRÁRIO AINDA O ESTADO LHES PAGA DÍVIDAS E LHES DÁ UMA BOA PENSÃO…E ATÉ SÃO CONDECORADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
    A CRISE É DO TRABALHADORISMO…DO ZÉ POVINHO QUE TUDO PAGA E CONSENTE E, AOS QUE AINDA TRABALHAM, SÓ LHES PAGAM UM SALÁRIO POR FAVOR PORQUE A LEI AINDA OS OBRIGA, NÃO SE SABENDO ATÉ QUANDO.

    • Então a crise não é do capitalismo????
      Deve ser, na sua iluminada opinião, do socialismo em que vivem os seus “trabalhadoristas”!!!!
      É por causa destas suas brilhantes ideias, e de outras, que o meu querido e saudoso Mestre Guerra Junqueiro, nos finais do séc XIX, já escrevia assim:
      《Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, bestade nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas.
      Um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
      Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
      Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
      A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas..
      Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.》

      E o meu saudoso e não menos Mestre EÇA DE QUEIROZ já antes tinha escrito:

      《Estamos perdidos há muito tempo… O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
      Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
      Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
      Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida.
      Ninguém se respeita.Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
      Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram.
      A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
      O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
      O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
      A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
      Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
      Algum opositor do actual governo?
      NÃO!》

      Acaso o senhor António Marcelino se revê em alguma espécie de culpados por isto (o hediondo sistema capitalista) estar como está?
      E se não concorda com a situação, diga, por favor, como fazer para fornicar esta canalha toda que, desde o 25.11.1975, são responsáveis pelo reactivar do capitalismo aqui neste jardim à beira mar plantado????
      Na expectativa de uma resposta mais adequada à minha débil quanto deficiente capacidade de compreensão, cordialmente, seu e ao dispor (porque eu tenho soluções),
      aci

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