Draghi, Temer, Macron e Centeno

(João Ramos de Almeida, in Blog Ladrões de Bicicletas, 28/06/2017)

As reformas estruturais que reforçaram a negociação salarial ao nível das empresas podem ter tornado os salários mais flexíveis para baixo, mas não necessariamente para cima.”
A afirmação não é de Manuel Carvalho da Silva, mas de Mario Draghi, na sua intervenção no Fórum do BCE, que se realiza até hoje na Penha Longa, em Sintra….

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2 pensamentos sobre “Draghi, Temer, Macron e Centeno

  1. Meu caro Estatuadesal,

    É aqui que está o busílis do capitalismo e que eu quero ajudar a desmascarar junto do Zépovinho, luso e de expressão oficial portuguesa, pois só escrevo na língua de Camões, essa que adoro, como adoro este meu querido Zépovinho, ao lado de quem me pus/coloquei se é que alguma vez não estive com ELE, para ELE e por ELE.
    E deixe-se de filosofias caras (intelectualoides) entre “libertários” versus “comunitários” porque, por exemplo, eu não tenho jeito nenhum para me satisfazer sexualmente sozinho. É que, no fim, quedo-me sempre indignado e eu com a indignação não serei nunca capaz de fazer os sapatos do jeito que eu gosto de usar, assim como, por outro lado, me sinto muitíssimo mais seguro, e confortável, no meu S320 da Mercedes Benz do que num hipotético carro que eu tivesse que fabricar sozinho.
    Já agora, para o meu amigo (se é que enfia a carapuça) e para o simpático José Neves, aqui comentador, atentem nesta parte do texto que eu ajudei a elaborar, subscrevo integralmente e assino por baixo (sem, sequer, me indignar, ou temer a induzida utopia):

    《Há alguma ironia, como assina Sérgio Aníbal neste artigo do Público, de ver o presidente do BCE a criticar a excessiva moderação salarial. Mas a sua preocupação não tem directamente a ver com a vida desgraçada de quem recebe baixos salários, na sua vida em gueto social que força a um injusto adiamento do seu futuro, ou no futuro de países em desigualdade social, sem pleno emprego, em desequilíbrio constante e submisso por inerência.》

    E reflictam então sobre a que tipo de “História da Civilização” ou da “Sociedade Humana” que, tendencialmente, a “propensão intrínseca mais libertária do ser que o humano é” (segundo ele, o JN), é que chegaríamos com o perpetuar do capitalismo como vocês (ao que me é dado parecer) defendem.
    Entretanto devo confessar que perpétuo, perpétuo, só conheço a luta de classes e desde que existe e até quando existir. Por isso me esforço para que a referida luta se agrave, na esperança de que, no futuro, venhamos, os humanos, a pôr termo também à luta de classes que, queiram vocês, ou não, teve um princípio, e, estou certo, não foi mais uma obra de deus nos tais 6 dias em que fez alguma coisa em toda a sua “eterna” vida.
    Claro que, a estas “coisas” minhas, vocês, Estatuadesal e JN, chamar-lhe-ão “utopias”!!…
    Que sejam!…
    Um abraço, do
    aci

  2. Caro anticapitalista

    O grande problema da “luta de classes” não é não haver luta. É ser cada vez mais difícil identificar classes que saibam que o são. Ora, não sabendo identificar interesses comuns, não pode haver luta comum. Por isso, perpétua é a exploração de uns seres humanos por outros. Há luta de classes quando essa exploração se torna transparente para os explorados e estes se organizam e lutam. O problema actual, no capitalismo cada vez mais financeirizado que temos, é que os mecanismos pelos quais essa exploração se consubstancia são cada vez mais opacos e menos evidentes. E nessa opacidade, a economia, os economistas enquanto cientistas sociais tem grande responsabilidade. A economia foi colonizada, deixou de ser ciência (se é que alguma vez o foi) e passou a ser um missal panfletário que tenta justificar a sociedade capitalista como sendo algo “natural”, “divino” e pré-existente à acção dos homens.

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