América, América Quo Vadis!?

(Jorge Bravo, in Facebook, 10/11/2016)

america

“‘Tis the star-spangled banner! Oh, long may it wave
O’er the land of the free and the home of the brave!”… Really!?
O problema é que os EUA, não reconhecem, que o problema, o verdadeiro grande problema, se encontra neles!

A democracia e o sonho americano acabou desde o golpe de 1963… A tiro!
E de seguida continuou tudo a ser maquinando às claras, desde 1966!… Pelos das teorias Straussianas, na sua versão de “hegemonia benevolente” que prosseguiram no seu danoso trabalho!..
Até ser tudo consolidado em 68… novamente a tiro!…

E é esta Rule Class que degradara o ensino médio nos EUA desde 1960, ao apostarem só numa SMT, com um mínimo de valor dado às Letras & Humanistas! E em que mesmo na SMT apontaram à mediania, e incentivaram uma ultra-segmentação sectorial, apelidada tantas vezes de especialização…

Ao ponto de hoje:
“The Washington Post bemoans the fact that the leading nation of the free world ranks so low in such an important area. And well they should, particularly as the following U.S. literacy statistics are even more alarming:
“14% of adults can’t read.
Only 13% of adults can read at a proficient level.
28% of adults didn’t read a book in the last year.
50% of adults can’t read a book written at an 8th grade level.”

E é esta Rule Class que vão travar a 3ª Revolução Industrial, porque simultaneamente a esta, fizeram surgir uma outra revolução, uma Negra Revolução Neoliberal, desencadeada como único fito, de ganhar só para alguns os benefícios, e correr com todos os outros desses benefícios!

E é esta Rule Class que geraram o caos interno na sua própria Industria, com as deslocações das Corporações para fora do seu país gerando a miséria vigente nas suas cidades e os bairros zombis de NY, Chicago, St. Luis, Nova Orleãs, Diteroi, Jakson, Little Rock, Orlando, Des Moines, Oklahoma, Miami, Meridian, Montgomery, Columbia, Richmont, e várias Springfild’s em outros estados, só para falar dos que se conhecem bem, por se lá estar e se ter que visitar as industrias de lá em trabalho, e nem se fala da miséria palpável e visível desde 96, à volta do Ozak Lake com mães adolescentes a fazerem bicha junto do telefone do café, e a pedirem 1 dólar para telefonarem para a assistência, porque naquele Agosto de 96, quando por lá passei, a assistência se tinham esquecido de mandar as senhas para o leite dos filhos…

“Essentially, to get high ratings, a country must have low marginal tax rates, a low minimum wage, a high degree of flexibility in hiring and firing, a small amount of centralized collective bargaining, and low unemployment benefits” (Lawson, Robert A. & Bierhanzl, 2004 p. 122). Advocates of laissez-faire “free market” policies believe that the threat of starvation will motivate people to seek employment. The number of people on food assistance reached an all-time high after the 2008 financial crisis, and currently in the U.S. around one of six people in the country (14% as of Jan 13, 2015, US Dept. Ag[1]), and one in five of children (US Census Bureau, Jan. 28, 2015)[2] are on the Supplemental Nutritional Assistance Program (SNAP), formerly known as food stamps. Polanyi’s claim that without mitigating social institutions, an unregulated free market in labor would result in starvation is proven to be true. Without SNAP these people would starve.”

“The United States has 5% of the world population and 25% of the prison inmates. The incarceration rate is more than double all other OECD countries. It is noteworthy that the era of neo-liberal supremacy began with the election of Ronald Reagan in 1980” Gary Flomenhoft in Real World Economics Review

Tudo em prole da sua Rule Class e seus Supremacistas Wilsionistas W&BASP, e da sua teoria Imperial do Caos Controlado, à la Zbignew Brzezinski, tudo a bem do Mercado das suas “Corporation’s” & CMI’s & Bankster’s”, já bem espelhado no dito “o que é bom para a Ford é bom para a América”.

Depois tudo só piorou, porque se espalhou as teorias desta Rule Class e dos seus Neocom e a sua ditadura dos Mercado, a todo o “Ocidente”:

E são estes que fizeram a “crise” Financista a la Ponzi, de 2008!

E são estes que colocamos seus homens de mão em todo o lado… No “Ocidente”…
“Os responsáveis políticos comportam-se demasiadas vezes como marionetas que se preocupam, sobretudo, em não incomodar o festim dos banqueiros” (Serge Halimi Le Monde Diplomatique, Maio/2011, 1), tanto mais porque, tal com dizia David Millard, “longe de serem naturais os mercados são políticos”.

“Highly protectionist” and “for the benefit of private powers” como diz Chomsky.

Tudo está capturado ainda, pelo Financismo e pelos Banksters ao seu serviço, a começar nas Academias e a acabar nas Politicas!

E os povos?
Os povos, esses são meros activos, já que são os melhores robots, providos do melhor ordenador neuronal do momento, abundantes e muito baratos, e perfeitamente descartáveis, quando já não forem úteis e necessários para eles.

Traduzindo-se o seu descartar em um mero dano colateral nos activos, tudo gizado num Neocartesianismo, que tal como o seu Neoliberalismo é serôdio, e mera capa teórica visível da pseudo-respeitabilidade, que atribuem, aos seus verdadeiros intentos sociais Neodarwinistas!
Mas isto tudo, nada tem a ver com o Capitalismo Saudável, o da Livre Concorrência e da Livre Iniciativa e da Responsabilidade Social Corporativa!

A “única duvida” que existia até agora, era se eles tinham consciência disto, já que está tudo tomado por um colectivo “Síndroma de Estocolmo”, e se podiam notar ou não, o que era!

No entanto, já não resta muitas duvidas hoje, que à medida que sobem na hierarquia acabam por se aperceberem de tal, e passam então à acção de ocultação activa da maquinação!

De vez em quanto algo corre mal, e lá aparece um Server privado, um Irão Contras, umas ameaças de armas de destruição maciça que nem existiam, ou mais modestamente em outros lados, um lugar aceite numa Golden, ou numa Star sem um período de nojo, e lá se destapa a coisa!…

São estes e não os outros, que são responsáveis pelo estado de coisas que gera estes “candidatos”

“This election is not about Trump. It’s never been about Trump. Anyone running on his platform of putting Americans first would be torn to shreds.
There are probably lots of bad things Trump’s done in his personal life in the past. The ruling class wants Hillary to do bad things to our country in the future.”

“These same elites have a solid track record going back at least six decades of meddling, fixing, and overturning democratic elections overseas. Starting with Iran in 1953.” Ron Paul

E que não se livram que lhes apontem manipulações de todo o género nas suas próprias eleições!

Tudo por uma “espécie de democracia” até à próxima ocultação.

Há que mudar de paradigma!

E porque é que isto nos tem que interessar, senão votamos lá!?

Porque como diz John Wolf, um amigo americano que vive em Portugal:
“Uma coisa é certa: os europeus estão obrigados a desenhar alguns cenários que poderão determinar substantivas consequências nas suas existências.”

Há mesmo que mudar de paradigma!

4 pensamentos sobre “América, América Quo Vadis!?

  1. É irónico que o trinfo da extrema-direita nos estados unidos se deva às acções da chamada direita “moderada”, que ao fim ao cabo não é mais que a direita neoliberal, o cavalo de batalha de Reagan e Cavaco Silva. E os resultados estão à vista. A nossa sorte mesmo assim foram os governos não neoliberais (dificilmente lhe poderiamos chamar de anti neoliberais ou muito menos de esquerda, mas vá, ao menos podia ser pior) que travaram um pouco esse cancro pelo nosso país.
    Os EUA não tiveram tanta sorte. Republicanos e democratas são apenas tons da mesma direita que ainda acredita no velho slogan que a prosperidade está ao alcance de todos e que depende esclusivamente dos litros de suor investidos e mais nada. Anos e anos de segregação social, desinvestimento público, principalmente nas áreas chave da educação pública e saúde, enquanto se promovia uma ditadura corporativa sem precedentes começaram finalmente a mostrar os seus frutos negros e podres.
    Os americanos foram literalmente forçados a escolher entre um louco, xenófobo e ignorante ou… mais do mesmo.
    A aversão por mais um político de carreira, mais um selecto membro das elites da Ivy League e claramente de braço dado com a america corporativa que tantos se habituaram a odiar foi de tal foma intensa que a possibilidade de eleger um verdadeiro babuíno (peço desculpa por insultar estes símios) para controlar um dos exércitos mais perigosos do mundo se tornou realidade.
    A tal filosofia do tio Sam em que qualquer Zé Ninguém se podia vir a ter a sua própria frota de ferraris, aquela fábula do milionário que começou por vender pregos que encontrava na estrada, deu nisto.
    Houve quem tivesse prosperado nos EUA? Claro que sim. Mas para cada Warren Buffett, Mark Zuckerberg ou Elon Musk há toda uma legião de “food stamps”. E foi exactamente aí que Trump foi beber.
    A vitória de Trump é mais uma derrota da direita neoliberal que outra coisa.

  2. Pois é… de admiração em admiração lá vamos todos ludibriados sem apelo… Caramba! Será mesmo que a sociedade humana está condenada a morrer como os corpos humanos que a compõem? Se soubesse o que sei hoje não teria cá posto filhos… esperaria pelo aparecimento utópico da «outra»!

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