O 25 DE ABRIL E A VITÓRIA DOS ABUTRES

(Carlos Matos Gomes, in Blog A Viagem dos Argonautas)

abutres

As chamadas “revoluções” são, na maior parte dos casos, a substituição de um grupo que tinha constituído uma linhagem por um outro, normalmente de bastardos, de segundos filhos, de arrivistas. Em Portugal foi assim com a crise de 1385, com a restauração de 1640, com a revolução liberal, com a República, com o Estado Novo. Com o 25 de Abril de 1974 não foi diferente

Os “capitães de Abril” correspondem aos conjurados de 1640. Foram instrumentos. Os conjurados esgotaram-se no momento em que entregaram o poder ao Duque de Bragança, acobardado em Vila Viçosa. Os capitães, depois de se terem eliminado uns aos outros (como aconteceu aos do 28 de Maio de 1926) entregaram o poder aos políticos que constituíram o Bloco Central, tal como os militares vindos de Braga o tinham entregado a Salazar, a Cerejeira e a uns lentes de Coimbra, herdeiros do miguelismo que se crismou de integralismo, ao serviço da chamada Confederação dos Interesses Económicos e dos latifundiários.

Falar do 25 de Abril é falar do pós 25 de Abril e de como os “filhos segundos e colaterais”, dos chacais que tomaram de novo conta do poder em Portugal. Diga-se, em abono da verdade, que a substituição de casas reinantes em Inglaterra não é diferente deste modelo e que a revolução francesa seguiu o mesmo figurino, como as revoluções russas, a de 1917 e a de Putin de há poucos anos. No final da agitação revolucionária, dos PREC’s de cada um, os poderes reconstituem-se como as baratas que regressam após uma desinfestação.

Refletir sobre o 25 de Abril é identificar os que, como os abutres, estavam a aguardar uma oportunidade. No seu caso, uma oportunidade para se fazerem comendadores, banqueiros, agentes internacionais, concessionários de obras públicas, mestres de leis, compradores dos bens do Estado postos em leilão, como já havia acontecido no vintismo do século XIX.

O Bom do 25 de Abril.

O 25 de Abril de 1974 provocou dois grandes e positivos abalos no velho tronco da história de Portugal:

– A democracia liberal e libertária. Pela primeira vez os portugueses foram considerados como cidadãos. O 25 de Abril entregou Portugal aos portugueses. As escolhas posteriores são dos portugueses. Esse extraordinário feito teve como custo associado o de revelar as nossas fraquezas, os nossos baixos níveis de cidadania, as deformações causadas por séculos de fatalismo, de sebastianismo, de crença em que as divindades resolverão os nossos problemas. O povo em geral, diga-se, prefere ir a Fátima e ao Futebol do que ir às urnas votar.

– O problema colonial. O segundo grande assunto resolvido pelo 25 de Abril foi o problema colonial, que se arrastava desde que os republicanos do século XIX promoveram a excitação patriótica contra o Ultimato inglês. A questão colonial era como o catarro de um fumador. Os governos gostavam de fumar – isto é de ter colónias – mas não sabiam como resolver o problema do catarro. O 25 de Abril resolveu esse problema. Acabou-se o fumo, mas resta algum catarro de ressentimento.

Resolvido o problema da responsabilidade (mais do que o da falta de liberdade) e o das colónias, Portugal voltou à velha e histórica questão da chegada ao poder de uma nova matilha que reproduz os comportamentos da anterior, simplesmente com mais fome e ansiedade. Logo ainda com menos escrúpulos.

Os bárbaros tomam a cidade – O pior do 25 de Abril

– A reprivatização da Banca, com a vinda dos Espirito Santo, nobilitados pelo Estado Novo, a criação do BCP, uma aliança entre a Opus Dei e os arrivistas que defenestraram os industriais e banqueiros nortenhos mais antigos (Cupertino de Miranda e Pinto Magalhães, p.ex), com os regressos triunfais de salvadores como Champalimaud e Melos e respectivas cortes, que iniciaram a espanholização do sistema financeiro e a transferência da actividade produtiva para a especulativa.

– A destruição do tecido produtivo nacional na indústria e na agricultura como condição para a adesão à CEE e ao Euro. A distribuição dos “Fundos Estruturais” pelo grupo escolhido para nos entregar à penhora, com as brutais transferências de populações e de riqueza do interior para o litoral. O endividamento público e privado, com as respectivas PPP. Foi este o modelo com que nos apresentamos às portas da sopa dos pobres da CEE.

– O cavaquismo, que representou a tomada da cidade pelos bárbaros. O regime do novo-riquismo tem um retrato à la minute: o BPN e um credo: o Compromisso Portugal! Tanto o BPN como o Compromisso Portugal eram uma burla. Nem BPN era um banco, nem o compromisso era com Portugal.

Pelo meio disto ocorreram outros assaltos de bastardos ao poder, mas nenhum tão prolongado e tão organizado como o do cavaquismo.

O monumento, o emblema e os heróis do pós 25 de Abril

As épocas mais marcantes da nossa História têm, cada uma, o seu monumento. Os Jerónimos para as descobertas, Mafra para o colonialismo do Brasil, o “monumento do empurra”, em Belém, para o Estado Novo. O monumento do pós 25 de Abril é a EDP!

A entrega do sector essencial da produção e distribuição de energia a um Estado estrangeiro feita pelo governo de Passos Coelho e Paulo Portas é a pedra de fecho do cavaquismo. Em vez da tradicional estrofe, «Ditosa Pátria que tais filhos tem», o estandarte do cavaquismo bem poderia ter o lema: «Tudo se vende, até a luzinha para ler à noite!»

Os cravos, como símbolo do 25 de Abril e da reconquista da dignidade por um povo, foram substituídos pelos dois submarinos que o mais escorregadio dos arrivistas comprou. O Tridente e o Arpão servem para defender as barragens e as torres de distribuição de electricidade dos chineses, os aeroportos dos franceses, as pontes dos ingleses, perante a apatia da maioria e o aplauso dos inquisidores da religião única do neoliberalismo.

Falar dos heróis do pós-25 de Abril é falar da ala dos namorados que se reuniu à volta de Cavaco Silva e do seu condestável Oliveira e Costa, da sua Mocidade Portuguesa com Passos Coelho e Portas. Todos gozando de boa saúde e amplas liberdades!

São os únicos? Claro que não… com uma resma de papel ao lado cada um pode fazer a sua lista dos que constituem hoje a classe reinante em Portugal…

Carlos de Matos Gomes

17 pensamentos sobre “O 25 DE ABRIL E A VITÓRIA DOS ABUTRES

  1. Genial, retrato da realidade Portuguesa a todos os níveis. Este prólogo é deveras merecedor de toda a atenção por parte de todos aqueles que têm uma opinião da vida Portuguesa. A Vida Portuguesa mais acabrunhada da Historia de Portugal, orientada por todos os irresponsaveis de terceira categoria que assumiram a condução do nosso mal estimado Pais. Esses que se Pavoneiam sem culpa formada do fedor que espalham. Assim estamos sem rumo e sem um objectivo definido, em que a entrega deveria ser total, por parte de quem representa as Instituições Portuguesas. Colocam os interesses imbecis acima dos interesses dum povo, dum País, Malvados sejam para sempre.

  2. Volta Otelo, estás perdoado ?! , se te tivessemos dado ouvidos na questão do pequeno campo que tu querias transformar em recordação vindoura, os abutres de elite de hoje seriam de origem abastardada, ainda que na prática, seguramente semelhantes à elite bastarda de ontem. pobre povo, que acredita em homens providenciais e que a eles, entrega o seu futuro sem cuidar de o agarrar com as suas próprias mãos e caminhar pelo seu próprio pé, de cabeça levantada, sem amos ou grilhetas estrangeiras. luminosa seria a “utopia”, luminosos são os caminhos do mercado. entre os arautos de um e de outro credo, o mesmo engodo. resta-nos a jangada de pedra…

    • Exactamente como eu penso – FENOMENAL E EXCEPCIONAL, PELA ORIGINALIDADE, esta análise, abaixo, além de verdadeira!
      Ainda nestes dias do 25Abril, falando com alguns amigos e na viagem que fiz a Santarém para homenagear o Salgueiro Maia, falando com pessoas nas ruas desta cidade, ia emitindo precisamente estas ideias (NÃO TÃO BEM COMO O TEXTO ABAIXO, NEM TÃO COMPLETO) – De facto PARA MIM, todas as revoluções foram/serão actos, cujas consequências foram/serão, muito limitadas no tempo.
      A grande importância do 25Abril74, foi, de facto, o de ter DERRUBADO UMA DITADURA MONSTRUOSA, em que os poderosos assassinavam PIDESCAMENTE quem exprimia ideias contrárias às deles – era uma INQUISIÇÃO da era moderna – é preciso não esquecer que os poderes religiosos desta INQUISIÇÃO ainda se mantêm por aí, em democracia e, pasme-se, respeitados pela maioria do povo. E os poderosos da Finança, como diz o Matos Gomes, “(…)estavam a aguardar uma oportunidade. No seu caso, uma oportunidade para se fazerem comendadores, banqueiros, agentes internacionais, concessionários de obras públicas, mestres de leis, compradores dos bens do Estado postos em leilão, como já havia acontecido no vintismo do século XIX.”
      ESTE É UM DOS MELHORES E MAIS CORAJOSOS TEXTOS do Matos Gomes, um homem que ficou agora na minha memória, até sempre!!!!!
      Bem hajas, camarada Carlos Matos Gomes!!!

  3. Estranho como nenhum socialista , comunista ou outro esquerdista é referido como abutre. São então uns santos os homens e mulheres das esquerdas. Nem mesmo o mais santo de todos eles , o pinto de sousa é referido. Espantosa e isenta análise !…

  4. Exactamente como eu penso – FENOMENAL E EXCEPCIONAL, PELA ORIGINALIDADE, esta análise, abaixo, além de verdadeira! Ainda nestes dias do 25Abril, falando com alguns amigos e na viagem que fiz a Santarém para homenagear o Salgueiro Maia, falando com pessoas nas ruas desta cidade, ia emitindo precisamente estas ideias (NÃO TÃO BEM COMO O TEXTO ABAIXO, NEM TÃO COMPLETO) – De facto PARA MIM, todas as revoluções foram/serão actos, cujas consequências foram/serão, muito limitadas no tempo.
    A grande importância do 25Abril74, foi, de facto, o de ter DERRUBADO UMA DITADURA MONSTRUOSA, em que os poderosos assassinavam PIDESCAMENTE quem, apenas, exprimia, ideias contrárias às deles – era uma INQUISIÇÃO da era moderna – é preciso não esquecer que os poderes religiosos desta INQUISIÇÃO ainda se mantêm por aí, em democracia e, pasme-se, respeitados pela maioria do povo. E os poderosos da Finança, como diz o Matos Gomes, “(…)estavam a aguardar uma oportunidade. No seu caso, uma oportunidade para se fazerem comendadores, banqueiros, agentes internacionais, concessionários de obras públicas, mestres de leis, compradores dos bens do Estado postos em leilão, como já havia acontecido no vintismo do século XIX.”
    ESTE É UM DOS MELHORES E MAIS CORAJOSOS TEXTOS do Matos Gomes, um homem que ficou agora na minha memória, até sempre!!!!!
    Bem hajas, Carlos Matos Gomes!!!
    MC Torres (Teu camarada de profissão)

  5. Exactamente como eu penso – FENOMENAL E EXCEPCIONAL, PELA ORIGINALIDADE, esta análise, abaixo, além de verdadeira!
    Ainda nestes dias do 25Abril, falando com alguns amigos e na viagem que fiz a Santarém para homenagear o Salgueiro Maia, falando com pessoas nas ruas desta cidade, ia emitindo precisamente estas ideias (NÃO TÃO BEM COMO O TEXTO ABAIXO, NEM TÃO COMPLETO) – De facto PARA MIM, todas as revoluções foram/serão actos, cujas consequências foram/serão, muito limitadas no tempo.
    A grande importância do 25Abril74, foi, de facto, o de ter DERRUBADO UMA DITADURA MONSTRUOSA, em que os poderosos assassinavam PIDESCAMENTE quem exprimia ideias contrárias às deles – era uma INQUISIÇÃO da era moderna – é preciso não esquecer que os poderes religiosos desta INQUISIÇÃO ainda se mantêm por aí, em democracia e, pasme-se, respeitados pela maioria do povo. E os poderosos da Finança, como diz o Matos Gomes, e cito: “(…)estavam a aguardar uma oportunidade. No seu caso, uma oportunidade para se fazerem comendadores, banqueiros, agentes internacionais, concessionários de obras públicas, mestres de leis, compradores dos bens do Estado postos em leilão, como já havia acontecido no vintismo do século XIX.”
    ESTE É UM DOS MELHORES E MAIS CORAJOSOS TEXTOS sobre o 25Abril, escrito por Matos Gomes, um homem que ficou agora na minha memória, até sempre!!!!!
    Bem hajas, Carlos Matos Gomes!!! Obrigado Rosa, pelo envio!
    MC Torres (camarada de profissão)

  6. Não muito dado a interpretações de análises politicas, pela toxidade a que tenho vindo a ser exposto nas televisões, criadas para o efeito, e outros pasquins da “voz do dono”, pelos “comentadeiros” da nossa lusitana terra, e com os atores que interpretam esta tragédia, indo até aos seus ancestrais protagonistas. Declaro-me fascinado com o escrito, pela sua clareza, que por certo não agradará como se viu no aqui já postado comentário, “ao atrasado”. Como pequenino reparo, nada do que é descrito na nossa situação mais recente, teve a sua origem numa geração espontânea, somos um cadinho onde se faz experimentação, sempre com os mesmos ingredientes, e sempre com os mesmos resultado sem sucesso A actual situação gerada por um sistema governativo PS com suporte e apoios parlamentares, do PCP Verdes, e BE, continua com ataques cerrados, dos anteriores inquilinos de S. Bento, ex PaF, com a ajuda dos sempre os mesmos, os DDT, e os patrões estrangeiros, do BCE e FMI etc….

  7. Exactamente como eu penso – FENOMENAL E EXCEPCIONAL, PELA ORIGINALIDADE, esta análise, abaixo, além de verdadeira!
    Ainda nestes dias do 25Abril, falando com alguns amigos e na viagem que fiz a Santarém para homenagear o Salgueiro Maia, falando com pessoas nas ruas desta cidade, ia emitindo precisamente estas ideias (NÃO TÃO BEM COMO O TEXTO ABAIXO, NEM TÃO COMPLETO) – De facto PARA MIM, todas as revoluções foram/serão actos, cujas consequências foram/serão, muito limitadas no tempo.
    A grande importância do 25Abril74, foi, de facto, o de ter DERRUBADO UMA DITADURA MONSTRUOSA, em que os poderosos assassinavam PIDESCAMENTE quem exprimia ideias contrárias às deles – era uma INQUISIÇÃO da era moderna – é preciso não esquecer que os poderes religiosos desta INQUISIÇÃO ainda se mantêm por aí, em democracia e, pasme-se, respeitados pela maioria do povo. E os poderosos da Finança, como diz o Matos Gomes, “(…)estavam a aguardar uma oportunidade. No seu caso, uma oportunidade para se fazerem comendadores, banqueiros, agentes internacionais, concessionários de obras públicas, mestres de leis, compradores dos bens do Estado postos em leilão, como já havia acontecido no vintismo do século XIX.”
    ESTE É UM DOS MELHORES E MAIS CORAJOSOS TEXTOS do Matos Gomes, um homem que ficou agora na minha memória, até sempre!!!!!
    Bem hajas, camarada Carlos Matos Gomes!!!
    MCTorres

  8. Certeiro!!! Numa perspectiva do fio da História, é sempre assim… E as revoluções também. No pós-25A todos terão as “mãos sujas”, a começar pelos partidos que têm detido o poder e em quem o eleitorado tem votado – assumamos a culpa colectiva!!! Mas os grandes protagonistas da data histórica na sua generosa e heróica ingenuidade! – os Capitães de Abril! – poderão ter tido alguns “pecadilhos” revolucionários, mas NÃO foram eles que meteram as “mãos na massa”… Honra lhes seja!

  9. Exactamente como eu penso – FENOMENAL E EXCEPCIONAL, PELA ORIGINALIDADE, esta análise, abaixo, além de verdadeira!
    Ainda nestes dias do 25Abril, falando com alguns amigos e na viagem que fiz a Santarém para homenagear o Salgueiro Maia, falando com pessoas nas ruas desta cidade, ia emitindo precisamente estas ideias (NÃO TÃO BEM COMO O TEXTO ABAIXO, NEM TÃO COMPLETO) – De facto PARA MIM, todas as revoluções foram/serão actos, cujas consequências foram/serão, muito limitadas no tempo.
    A grande importância do 25Abril74, foi, de facto, o de ter DERRUBADO UMA DITADURA MONSTRUOSA, em que os poderosos assassinavam PIDESCAMENTE quem exprimia ideias contrárias às deles – era uma INQUISIÇÃO da era moderna – é preciso não esquecer que os poderes religiosos desta INQUISIÇÃO ainda se mantêm por aí, em democracia e, pasme-se, respeitados pela maioria do povo. E os poderosos da Finança, como diz o Matos Gomes, “(…)estavam a aguardar uma oportunidade. No seu caso, uma oportunidade para se fazerem comendadores, banqueiros, agentes internacionais, concessionários de obras públicas, mestres de leis, compradores dos bens do Estado postos em leilão, como já havia acontecido no vintismo do século XIX.”
    ESTE É UM DOS MELHORES E MAIS CORAJOSOS TEXTOS do Matos Gomes, um homem que ficou agora na minha memória, até sempre!!!!!
    Bem hajas, camarada de armas, Carlos Matos Gomes!!!

  10. Belo Artigo que retrata o que a HISTÓRIA NOS CONTEMPLA…
    Os CRAVOS MURCHARAM NO CHÃO…. E VOLTARAM À LAPELA dos OPORTUNISTA que subiram as escadarias da Politica e das Finanças, sempre em datas festivas do 25 Abril. Dos Cravos desfolharam sonhos que breve murcharam ante a realidade do barulho do acordar com a destruição do IMPÉRIO, vendido no MERCADO INTERNACIONAL a troco de NADA…
    O tempo correu e fez História, voltando a DESCOBRIR NOVOS RUMOS Não navegados por mares… mas por terra… à descoberta da EUROPA.. O PORTUGAL FLORIU NA MOEDA ÚNICA, na CORRUPÇÃO e vivemos na CAUDA do GATO que tenta comer o rato… CONTINUAMOS A ESCREVER HISTORIA…Nossos FILHOS a ir\ao JULGAR…

  11. Está tudo certo em relação ao 25 de Abril mas em relação ao 1 de Dezembro de 1640 conta aqui um erro crasso quando faz o paralelo com D. João IV e os 40 conjurados. Pois muitos eram «Chefes de Casa e não filhos segundos, assim, como se não se refugiaram em “salões doirados”,. como aqui é contado pois todos eles foram para a luta (Guerra da Restauração) que durou 48 anos até Portugal conseguir a Paz com a Espanha e em que a maioria deles morreram em combate. Isto para que se saiba e perceber a diferença.

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