Da burka ao colete de explosivos

(José Pacheco Pereira, in Público, 26/03/2016)

Autor

                       Pacheco Pereira

Acabar com o Daesh é possível por meios militares, mas nos últimos vinte anos emergiu uma realidade política e religiosa de natureza muito violenta que existe muito para além do terreno sírio e iraquiano, e está nas nossas cidades.


Recentemente estive num país europeu onde um dos aspectos em que as ruas mais visivelmente mudaram foi o número cada vez maior de mulheres com niqab e algumas com burka. Um niqab, que mostra apenas os olhos da mulher, ou a burka que nem isso mostra, não é nada que passe desapercebido, deixando a milhas o vulgar lenço na cabeça muitas vezes usado com uma roupa em nada diferente da que traria uma rapariga não muçulmana qualquer, ou um mais envolvente hijab, ou um chador, que pela sua preocupação de tapar todo o corpo da mulher, com excepção da face, já proclama mais claramente a prisão a que, em todos estes casos, o corpo da mulher está sujeito. Hijab, chador, niqab e burka reflectem uma hierarquia com distintas origens e tradições, mas em todos os casos significam uma menorização do corpo da mulher e são um símbolo do poder masculino.

Num elevador com duas ou três mulheres, velhas e novas, de niqab, ou num restaurante perguntando-me como é que comem quando todas as atenções estão viradas para elas, como é inevitável, a sua presença gera uma grande sensação de desconforto. Preferia não ter de partilhar um espaço pequeno, mesmo que por minutos, com mulheres que se vestem assim. Incomoda e muito.

Pergunto-me se este tipo de desconforto seria o mesmo que teria um branco no Mississippi se tivesse de se sentar num autocarro ao lado de uma negra nos tempos da segregação. Ou será que o mesmo tipo de desconforto terá um devoto muçulmano se numa aldeia nigeriana, ou numa vila do interior da Anatólia, ou no Magrebe, se tivesse ao seu lado uma mulher “pouco vestida” segundo os seus cânones de correcta maneira de vestir? Aliás, para este último exemplo, não preciso sequer de ir para o mundo do islão: já vi a comoção gerada por uma rapariga que amamentava o filho num café e para isso mostrava um seio. Ou, se se quiser, o incómodo causado por um transexual num meio pequeno e fora dos sítios trendy das cidades. Em quase todos estes casos, mesmo no caso do transexual, é o corpo feminino, a sua ocultação ou exibição, ou a sua assunção pelo sexo “errado”, que está em causa. Não sei que mal fizeram as mulheres, com excepção dessa serva da serpente, Eva, para gerarem este tipo de reacção. Saber sei, há muitos estudos de antropologia e psicologia que o explicam, mas sabendo, não sei.

Ora, um dos aspectos mais complexos de uma alteridade cultural, que representa uma fronteira “civilizacional”, é o modo como no mundo do islão todas as tentativas de modernização têm encalhado na dificuldade de conceber um papel diferente para a mulher, que não a considere propriedade dos homens, do marido aos irmãos e aos pais, e que não a marque com um vestuário humilhante que se destina a mostrar a sua subjugação. É por isso que o niqab é ofensivo, tanto mais quando ao lado da mulher assim escondida está um marido jovem, desempoeirado, de jeans e telemóvel em punho, que, como é óbvio, não segue qualquer código de vestuário e a transporta como se fosse uma peanha.

No debate sobre o terrorismo que se está a travar, antes com a Al-Qaeda, agora com o Daesh, o facto de alguns dos terroristas que combatem na Síria ou no Iraque serem europeus, e os actos de terrorismo apocalíptico em que o objectivo é matar o maior número de “infiéis” no menor tempo possível serem de responsabilidade de jovens muçulmanos nascidos na França ou na Bélgica, obriga a olhar para Marselha, Paris, Bruxelas e Londres e saber o que é que aí está a acontecer. Obriga-nos também a perceber com ainda maior clareza que o relativismo “multicultural” pode ser muito bem avontadado, mas representa uma cedência de valores civilizacionais inaceitável por quem acredita que um mundo com direitos humanos é melhor do que a aceitação de qualquer selvajaria em nome dos “costumes” ou da religião.

Ora, se o terrorismo em si não pode ter qualquer explicação que menorize o acto criminoso por qualquer determinação causal como o desemprego, a exclusão, ou qualquer outro factor socioeconómico, já importa saber por que razão é que nas comunidades onde se “criaram” estes terroristas eles são o seu produto, assim como nelas se movem à vontade, mesmo depois de se saber o que fizeram, como na velha metáfora guerrilheira, como “peixe na água”. Então há todo um conjunto de factores que se tornam explicativos, explicativos não são justificativos, e entre eles avultam todos os que tornaram estas comunidades muçulmanas europeias, em particular em França, Bélgica e Reino Unido, esse espaço em que os terroristas se movem como “peixe na água”. Porque apesar das sucessivas declarações apaziguadoras de que a maioria das pessoas que vivem em bairros como Molenbeek em Bruxelas são gente pacífica — e são — e que condena com toda a veemência os actos de terrorismo — aí já não é bem assim, há nuances —, a verdade é que essas comunidades, que deveriam estar na vanguarda da luta contra o terrorismo que lhe é tão próximo, estão longe de o estar. E aí contam as fronteiras que a alteridade cultural ajudou a erguer, dobrada da crescente adesão dos jovens a um islão fundamentalista, e que reforçam o gueto por dentro. Por fora, sabemos quais são os factores que reforçam esse mesmo gueto, a falta de mobilidade vertical que a estagnação económica da Europa dos últimos anos acentuou e a dificuldade que as sociedades europeias têm de criar o élan ascendente que o melting pot americano tem conseguido para a maioria dos seus emigrantes, muitos dos quais chegam sem nada. Na confluência das duas atitudes de gueto resulta que nos microcosmos, como os bairros pobres de Marselha, Londres, Paris e Bruxelas, se há islão moderado, não se ouve, nem parece existir, e o que acontece é uma crescente raiva, manifesta em particular nos jovens contra uma sociedade, que os leva a acentuar ainda mais o isolamento cultural e social. E as raparigas que usam ostensivamente pelo menos uma qualquer forma de “vestuário” islâmico recusam-se a cumprimentar os homens e a ser vistas nos hospitais por médicos e não podem esperar ter muitos dos empregos a que poderiam aceder.

Mas atenção, também aqui os homens se comportam de forma diferente. Quando se diz que os atentados de Paris são contra o “nosso modo de vida”, cafés, restaurantes, uma sala de diversão, só em parte é verdade, porque muitos desses jovens radicalizados por uma corrente do islão fundamentalista vivem muito bem nesse “modo de vida”: bebem, frequentam prostitutas, vestem-se à ocidental. Até um dia.

Depois há aquele factor que também o nosso “politicamente correcto” tem dificuldade em confrontar: o terrorismo da Al-Qaeda e do Daesh comporta uma componente religiosa, ou melhor, político-religiosa, que temos muita dificuldade em perceber em sociedades já com séculos de laicização. A resposta que se dá vai das alarvidades de Trump às proclamações sucessivas de que o islão “nada tem que ver” com o terrorismo, que é uma perversão do islão. Na verdade, tem. Não podemos separar o lado “bom” do “mau” de uma religião. Há uma corrente no islão, aliás já antiga, que justifica a exterminação dos “infiéis”, como no passado aconteceu também no cristianismo. Aliás, deveríamos voltar à nossa história cristã para perceber alguma coisa sobre este fundamentalismo, visto que já o tivemos com bastante força no cristianismo, e está longe de desaparecer de todo. Por isso, se ignoramos que estes jovens que se suicidam, e também matam, têm também motivações do foro religioso, não percebemos que a religião, entendida de uma forma que nós consideramos para nosso conforto como “pervertida”, está presente nos actos dos terroristas.

Acabar com o Daesh é possível por meios militares, mas nos últimos vinte anos emergiu uma realidade política e religiosa de natureza muito violenta que existe muito para além do terreno sírio e iraquiano, e está nas nossas cidades. A experiência militar e operacional que estes jovens ganharam na Síria combatendo com o Daesh é importante, mas não é preciso ter uma grande experiência militar, saber muito de explosivos, e obter Kalashnikovs, o que não é difícil, para criar o caos criminoso num campo de futebol ou numa rua apinhada ao fim da tarde. Contrariamente ao que às vezes se sugere, não há grande sofisticação nestes atentados, com regras de clandestinidade rudimentares que só funcionam porque é difícil infiltrar estes meios, ou porque os serviços de informação como os belgas não viram nada na rua ao lado. Melhor humint melhora muito o combate ao terrorismo, mas mesmo assim não o impede de todo.

Dito isto, estamos metidos num grande sarilho.

5 pensamentos sobre “Da burka ao colete de explosivos

  1. O Senhor P. Pereira tem toda a razão de dizer :«…as proclamações sucessivas de que o islão “nada tem que ver” com o terrorismo, (…) é uma perversão do islão. Na verdade, tem. Não podemos separar o lado “bom” do “mau” de uma religião. » O Islão, a religião muçulmana contem em sí tudo o que se opõe a nossa civilização…e o que é pior, é que as regras de conduta exigidas pelo dogma religioso, se aplicam como regra civil e fazem parte dos códigos e das leis dos países onde esta religião é dominante, são de facto teocracias. Tudo o que escreve aqui sobre a mulher muçulmana e a sua condição de ser inferiorizado e escrava da vontade masculina, é bem real e fico furiosa de constatar que na Europa, por causa de atitudes “politicamente correctas” deixamo-nos invadir com este carnaval de burkas e tchadores que deveriamos ter prohibido e castigado, perseguido mesmo, em nome das “nossas tradições” que bem valem as deles. Não acredito neste “islão moderado”, e culpo toda a sociedade muçulmana europeia de não ter feito ela própria a faxina necessária dentro das suas hostes .Falta de vontade, falsas atitudes de pesar perante os atentados. Vieram dos seus paises com a vontade de trazer de lá tudo, e denos impor aos poucos leis especiais para os seus hábitos, regras de abate dos animais até horários de piscina especial para mulheres! Que falta mais ?
    Sim, estamos em maus lençois, e vai ser difícil ganhar esta guerra, por falta (erro) de a ter começado há 20 ou 25 anos atrás em França ou na Bélgica. sou Francesa e custa-me imensa voltar a paris e passear em certos bairros onde tenho a sensação de estar nas Arábias. vão me taxar de racista… é provável, mas não tenho nada contra toda a pessoa de qualquer cor ou feitio de cara que viva como eu , passa despercebido nas ruas, come o que quiser, fala com todos e aperta a minha mão, troca uma beijoca, ri de uma boa piada, seja contra o que for e assume os meus valores de liberdade e igualdade entre homens e mulheres, entre todos os humanos de igual dignidade.

  2. “Recentemente estive num país europeu onde um dos aspectos em que as ruas mais visivelmente mudaram foi o número cada vez maior de mulheres com niqab e algumas com burka”

    Tanta imaginação tinha pacheco que malbaratou e lhe falta agora. Foi aos locais para ver as mulheres de burka nas ruas aqui próximas da Europa quando antes via no Iraque, daqui de Lisboa, as armas escondidas de destruição maciça no longínquo Iraque.

    “Ora, se o terrorismo em si não pode ter qualquer explicação que menorize o acto criminoso por qualquer determinação causal como o desemprego, a exclusão, ou qualquer outro factor socioeconómico,”

    O rap disse, no último “governo sombra” que, em sua opinião “o culpado do terrorismo são os terroristas”, qualquer coisa que salazar subscreveria sem hesitar, tal como o culpado da pobreza são os pobres, etc. Ora pacheco, na frase acima, diz o mesmo por outras palavras: “o terrorismo em si não pode ter qualquer explicação que menorize o acto criminoso”.
    Pois, pacheco, é uma pena não teres à mão um bode expiatório, estilo Sócrates ou Iraque, para veres de caras uma qualquer determinação causal do terrorismo.e poderes dissertar com grande visão sobre os fundamentos causais racionais do terrorismo e tão acertada e cientificamente como fundamentaste as maravilhas de jornalismo informativo plasmado diariamente no correio da manha.

    ” Dito isto, estamos metidos num grande sarilho.”

    Claro, pacheco, estás amedrontado e já tremelicas e ainda te vais deixar mijar pelas calças abaixo se um dia acontecer terrorismo por cá. No Iraque era lá longe mas tu só querias soldados no terreno para acabar com o sadam e haver paz lá longe para que cá fosse on gozo uma para vida sem medos “tricotando” os teus ódios de estimação e enaltecendo os teus amigos que assaltavam o bpn.
    Tem calma, pacheco, não te assustes que o daesh será derrotado, como todos os daeches que já houveram com todas as religiões sanguinárias. Claro que antes, os terroristas têm de fazer o trabalho sujo de liquidar os curdos e outros indesejáveis da área e só depois serão despedidos do local e poderão ser autorizados a ir “trabalhar” para onde possam ser úteis aos “mercados” dos teus amigos cavaco e durão.
    Tu, pacheco, nunca estarás metido num grande sarilho; os tipos como tu safam-se sempre de onde o perigo espreita.

  3. Ó Neves, não fosse o seu ódiozinho de estimação pelo PP o seu comentário até seria excelente. Assim, é um tiro de pólvora seca. Concordo com a frase do fim: “Claro que antes, os terroristas têm de fazer o trabalho sujo de liquidar os curdos e outros indesejáveis da área e só depois serão despedidos do local e poderão ser autorizados a ir “trabalhar” para onde possam ser úteis aos “mercados” dos teus amigos cavaco e durão.”. Manda sempre ó Neves e um abraço da Estátua. 🙂

  4. Em homenagem a Asad Shah

    No passado dia 26 de Março o dono de uma modesta tabacaria em Glasgow, Asad Shah de seu nome, publicou no Facebook uma singela mensagem desejando boa Páscoa aos seus clientes que eram quase na totalidade Cristãos: “Very happy Easter to my beloved Christian Nation”. Estes votos de feliz Pascoa foi quanto bastou para que passadas poucas horas tenha sido assassinado na rua por um outro Muçulmano, tornando-se assim em mais uma vitima da onda do ódio que parece estar prestes a submergir-nos a todos.
    Gostaria de falar ainda de dois outros cidadãos Britânicos cuja vida ilustra também a complexidade e, porque não, a perplexidade quando se tenta reflectir sobre o problema da radicalização de elementos da comunidade muçulmana no Reino Unido:
    A primeira é a Baronesa Warsi, nascida no Yorkshire em 1971, filha de pobres imigrantes Paquistaneses e que cedo demonstrou possuir grandes qualidades pessoais. Depois de uma formação académica brilhante entrou na política aderindo ao Partido Conservador vindo rapidamente a desempenhar cargos de grande visibilidade pública, tendo sido em 2007 agraciada com o título de Baronesa, tornando-se assim membro da Câmara dos Lordes. Nesse mesmo ano iniciou uma intensa campanha, ( que veio a ser bem sucedida), com outro notável Muçulmano, o Barão Ahmed, ele também filho de pobres imigrantes, para a libertação de um cidadão Britânico detido no Sudão onde estava sujeito à pena de morte sob a acusação de blasfémia.
    Com a vitória dos Conservadores nas eleições de 2010 fez logo parte do primeiro governo de David Cameron, (Ministra sem Pasta), para mais tarde vir a desempenhar o cargo de Ministra Sénior para os Negócios Estrangeiros e Comunidade Britânica. Em profundo desacordo com a posição do Governo Britânico durante a guerra Israel-Palestina do Verão de 2014, demitiu-se então do cargo.
    O segundo é Sadiq Khan, outro muçulmano, filho de um imigrante Paquistanês condutor de autocarros e que é o actual candidato do Partido Trabalhista ao cargo de Mayor de Londres nas próximas eleições de Maio, onde se apresenta como o favorito.
    Estes três nomes não são excepções e fazem parte do grande numero daqueles que orgulhosamente se proclamam ser ao mesmo tempo Muçulmanos e Britânicos. Tal como nós, muito mais do que nós, travam nas suas comunidades uma dura e corajosa batalha contra o radicalismo, batalha essa que não pode ser solitária mas que deve ser sim imperiosamente solidária, unindo todos aqueles que se revêm nos valores da Nação Britânica.
    É verdade que deveríamos saber explicar o porquê da radicalização de tantos Muçulmanos aqui nascidos. Mas tentar compreender não significa obviamente complacência com o terrorismo. Tal como Camus, que era um pied-noir e que dizia compreender a luta da FLN pela independência da Argélia, mas pondo os guerrilheiros bombas nos transportes públicos de Argel que a mãe usava concluía: “Entre eles e a minha mãe, eu escolho a minha mãe”.
    Essa escolha leva-nos a ter de lutar contra o Islamismo extremista, uma força tenaz e cruel que se manifesta dentro e fora das nossas sociedades e que não irá desaparecer tão cedo. As declarações pias geralmente feitas por ocidentais laicos que, sendo o Islão uma religião de paz, aqueles que cometem actos de terror não são na realidade Muçulmanos deixou de ser credível.
    Outra aproximação corrente consiste em explicar os actos bárbaros do Daesh como um revivalismo do Islão puro do Séc. VII, uma visão apocalíptica e medieval da fé, mas que tem o senão de ser desmentida pela História: Até recentemente o Islão convivia com tolerância com outras religiões mesmo nos territórios que dominava. Sempre são 1.400 anos que não podem ser ignorados.
    Shiraz Maher, talvez o maior especialista no que chama Salafismo Jihadista, não hesita em afirmar que presenciamos um fenómeno totalmente novo. Aponta mesmo para 2005 como a data em que nasceu a presente corrente fundamentalista, ano em que a al-Qaida do Iraque proclamou serem os valores do secularismo – o nacionalismo, o comunismo, a democracia, etc. – uma flagrante violação do Islão e sendo incompatíveis com este. Longe vão os dias do Pan-Arabismo, do nacionalismo de Nasser, do partido laico Baath do Iraque.
    Parece indesmentível que houve uma evolução: O que não sabemos é se esta nova face do Islão será o seu limite ou se caminhará para um ainda maior extremismo.
    Não devemos ignorar que as suas maiores vitimas são Muçulmanos que não aceitem as novas regras. Asad Shah, o pobre lojista de Glasgow, foi primeiro objecto da takfir, ou excomunhão, para depois ser executado pelo crime de não odiar os Cristãos. As noticias de execuções sumárias no território sob controle do Isis abundam, desde jovens mortos por terem sexo antes do casamento a outros atirados de andares altos pelo crime de serem gays.
    Por todo o lado os Muçulmanos moderados estão ameaçados de morte. Trata-se tanto da radicalização do Islão como de Islamização do radicalismo, tal como escreveu Olivier Roy.
    Pela nova doutrina os militantes sunitas radicais declaram que todos os cidadãos das democracias ocidentais são individualmente responsáveis por terem eleito os respectivos governos, e que não os abater equivaleria a quebrar a santa aliança com Alah.
    Eis o inimigo para o qual não há nem inocentes nem neutrais. Todos vamos a ser chamados ao combate quer vivemos nas margens do Sena, do Tamisa, ou junto das calmas águas do Tejo.
    Devemos estar preparados.

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